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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas
versão impressa ISSN 0004-5276
Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. vol.68 no.1 Sao Paulo 2014
ARTIGO ORIGINAL
Prevalência de lesões cervicais não cariosas e da hiperestesia dentinária em alunos de Odontologia
Prevalence of non-carious cervical lesions and dentin hypersensitivity in Odontology students
Fernanda Chiguti YamashitaI; Margareth Calvo Pessutti NunesII; Carina Gisele Costa BispoIII; Amanda Lury YamashitaIV; Isabela Chiguti YamashitaV; Isabel de Freitas PeixotoVI
I Acadêmica do 5º ano de graduação de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
II Professora Doutora em Dentística pela Universidade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (USP), docente adjunto de Dentística do Departamento de Odontologia da UEM
III Professora Doutora em Clínica Integrada pela USP, docente adjunto de Clínica Integrada do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
IV Graduada pela UEM, mestranda em Odontologia Integrada do programa de pós-graduação da UEM
VGraduada pela UEM, mestranda em Clínica Odontológica do programa de pós-graduação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
VI Professora Doutora em Clínica Integrada pela USP, professora livre docente da disciplina de Clínica Integrada do Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp)
CEP/UEM nº 375.950/2013
RESUMO
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de lesões cervicais não cariosas (LCNCs) e de hiperestesia dentinária em estudantes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e registrar as variáveis bucais, comportamentais e sistêmicas comuns aos pacientes portadores. Foram examinados 80 alunos, utilizando um questionário como instrumento de coleta de dados. O exame clínico foi utilizado para verificar a presença de lesões na face vestibular de pré-molares e primeiros molares de todos os quadrantes, além da hiperestesia dentinária. A análise estatística foi analisada através do teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. 77,5% apresentaram LCNCs, com média de 2,5 ± 2,8. O dente mais acometido foi o 1º pré-molar seguido do 2º pré-molar e do 1º molar. Quanto à hiperestesia dentinária houve diferença estatisticamente significante em um único elemento dentário (p=0,00540). Idade, hábitos parafuncionais, tipo de escova dental e dieta ácida não apresentaram relação com a presença das LCNCs. Assim, a ocorrência das LCNCs não pode ser atribuída a um único fator etiológico.
Descritores: sensibilidade da dentina; prevalência.
ABSTRACT
The aim of this study was to determine the prevalence of non-carious cervical lesions (NCCLs) and dentin hypersensitivity in Odontology students of the State University of Maringá (UEM) and correlate them to variables oral, behavioral and systemic. Data of 80 students were collected via a questionnaire and clinical examination. The clinical examination was used to verify the dentin hypersensitivity and the presence of lesions on the buccal surface of premolars and first molars. Statistical analysis was performed by chi-square test at 5% significance level. 77.5% had NCCLs, with mean of 2.5 ± 2.8. The teeth with most NCCLs were the first premolar, followed by second premolar and then first molar. The dentin hypersensitivity was statistical in a single tooth (p = 0.00540). No significant diference for age, parafunctional habits, type of toothbrush and acidic diet, between the groups with or without NCCLs. Thus, the occurrence of NCCLs cannot be attributed only to a single etiological factor.
Descriptors: dentin sensitivity; prevalence.
RELEVÂNCIA CLÍNICA
As lesões cervicais não cariosas (LCNCs) podem ocasionar problemas estéticos e funcionais, sendo de grande importância registrar as variáveis bucais, comportamentais e sistêmicas comuns aos pacientes portadores destas lesões e da hiperestesia, e que possam, eventualmente, auxiliar no estabelecimento de suas respectivas etiologias.
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o declínio na prevalência de cárie dentária na população mundial tem sido acompanhado por um aumento na incidência de lesões não cariosas, que levam a uma perda irreversível da estrutura dentária.1 A presença dessas lesões pode acarretar problemas estéticos e funcionais, ocasionando a hipersensibilidade dentinária2, em que um indivíduo revela-se com dor após a exposição dos túbulos dentinários em virtude do desgaste do esmalte e cemento.3,4
As causas de perda de estrutura da superfície do dente propostas são classificadas como: atrição, abrasão, corrosão e abfração.5 Atrição é a perda de estrutura dentária causada por contatos entre os dentes antagonistas, durante a mastigação normal ou em situações parafuncionais.2 A abrasão é um desgaste patológico da estrutura dentária, provocado por um processo mecânico de forma repetida e persistente. Ela é resultante de hábitos viciosos e a escovação inadequada e o uso de dentifrícios abrasivos é a causa mais comum.6,7 A erosão é definida como a perda da superfície de tecido duro como um resultado de um processo químico de origem não bacteriana, sendo o ácido o principal agente causador.8 Os ácidos responsáveis pela erosão foram classificados baseados em sua etiologia em extrínseca, intrínseca e/ ou idiopática.9 Os ácidos extrínsecos podem ser provenientes da dieta ácida, meio ambiente (indústrias químicas, piscinas cloradas) e por medicamentos.10 A erosão intrínseca é resultado da regurgitação do suco gástrico.8 Apesar do termo "erosão" estar bastante divulgado e aceito na literatura odontológica, seria mais adequado utilizar o termo corrosão tendo em vista que essas lesões são resultados de processos de desgaste corrosivo.11
Na década de 80, Mccoy12 foi o pioneiro a mencionar as forças oclusais como responsáveis pelo aparecimento das lesões de abfração. Logo após Lee e Eakle13 enfatizaram que durante a função mastigatória normal, as forças são dissipadas ao longo eixo dos dentes e resulta em uma mínima distorção na região cemento-esmalte. Já durante o estresse oclusal pode gerar forças laterais significantes que resultam na flexão do dente e criam dois tipos de tensões: compressão e tração.13 Segundo Lintojua6, mais dados conclusivos são necessários para apoiar o termo "abfração" como uma entidade clínica ou como um fator primário para a origem das lesões cervicais.
Em 2004, Grippo et al.5, enfatizaram que a etiologia das lesões cervicais são resultado de três mecanismos físicos e químicos: fricção que envolve a abrasão e a atrição, estresse oclusal e corrosão. Esses mecanismos interagem entre si e resultam nas lesões cervicais não cariosas (LCNCs); frequentemente um fator sobrepõe os outros, tornando assim a lesão multifatorial.
Neste contexto, o estudo teve como objetivo determinar a prevalência de LCNCs e de hiperestesia dentinária, associada ou não à ocorrência de lesões em estudantes de odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e registrar as variáveis bucais, comportamentais e sistêmicas comuns aos pacientes portadores de lesões e de hiperestesia, e que possam, eventualmente, auxiliar no estabelecimento de suas respectivas etiologias.
METODOLOGIA
A amostra foi composta aleatoriamente por 80 alunos, que cursavam do segundo ao quinto ano de graduação do curso de Odontologia da UEM, sendo 20 alunos de cada ano. Os alunos apresentavam idade mínima de 18 anos e máxima de 27 anos. Foi utilizado um questionário como instrumento de coleta de dados, cujo preenchimento foi efetuado pelo próprio paciente e supervisionado pelos pesquisadores para eventuais esclarecimentos.
O questionário foi constituído pela identificação do paciente e por perguntas relacionadas aos hábitos de escovação, tipo de escova e escovação, à dieta ácida e também aos hábitos parafuncionais. Após o preenchimento cada indivíduo foi submetido a um exame clínico, realizado por dois examinadores, para verificar a presença da LCNC. O exame foi realizado utilizando uma sonda milimetrada (Hu-Friedy Mfg. Co. Inc, Illinois, Chicago, EUA), onde foram analisadas somente as faces vestibulares do primeiro pré-molar, segundo pré-molar e do primeiro molar de todos os quadrantes, devido à maior prevalência das lesões nesses dentes.2,14,15 A ponta da sonda foi posicionada perpendicularmente à superfície dentária e levada ao fundo do sulco gengival, passando pela junção amelocementária (JCE), até aproximadamente a metade da face do dente em questão. A presença de qualquer irregularidade foi considerada lesão, mesmo se esta estivesse localizada na JCE.16 Foram consideradas lesões detectadas visualmente e tactilmente; lesões restauradas não foram avaliadas. Como critério de exclusão, indivíduos portadores de aparelho ortodôntico e pacientes com agenesia ou ausência dos elementos avaliados não participaram da pesquisa.
Para classificação das lesões quanto à severidade, foi utilizado o Índice de Desgaste Dental (IDD) proposto por Smith e Knight17, o qual caracteriza o desgaste da superfície dental. O índice define a profundidade das lesões em uma escala de um a quatro para cada superfície dentária separadamente, sendo o escore zero para ausência de alteração de contorno (Figura 1). Para verificar a profundidade, a sonda milimetrada foi posicionada perpendicularmente ao longo eixo do dente no centro da lesão e verificou-se o IDD.
A hiperestesia dentinária foi avaliada de acordo com a subjetividade na resposta de cada paciente. Na pesquisa em questão, foi realizada através da Escala Visual Analógica (EVA) (Figura 2), que se apresenta como uma linha de 10 cm de comprimento cujas extremidades representam os limites da dor, ausência de dor e dor severa. O indivíduo após o estímulo, através de jatos de ar da seringa tríplice a uma distância de 1 cm, durante 3 segundos, indicou o número correspondente à sensibilidade provocada.
Os participantes da pesquisa somente submeteram-se aos procedimentos depois da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual de Maringá (CAAE n. 02255913.3.0000.0104).
Os dados obtidos foram digitados em planilha do programa Microsoft Excel 2010 e analisados estatisticamente com auxílio do Software Statistica 8.0. Foi realizada a avaliação das médias e dos desvios padrão para as variáveis quantitativas. Já para as variáveis qualitativas foram utilizadas tabelas de frequências com percentual seguidas do teste qui-quadrado para verificar possíveis associações entre as variáveis. O nível de significância adotado nos testes foi de 5%, ou seja, foram consideradas significativas as associações cujo p<0,05.
RESULTADOS
Descrição do perfil dos entrevistados
A amostra de pacientes avaliados mostrou-se bem uniforme em relação à idade. Foram avaliados 80 estudantes do curso de Odontologia da UEM com idade média de 21,4±2,0 anos. A amostra do grupo de pacientes com ausência e presença de LCNCs apresentou idade mais prevalente no intervalo entre 18 a 22 anos.
O teste qui-quadrado com p<0,05 foi utilizado para análise dos seguintes dados: idade (p=0,35368), frequência de escovação (p=0,64694), tipo de escova dental (p= 0,16998), força durante a escovação (p= 0,12978), hábitos parafuncionais (p=0,64035), consumo semanal de refrigerante (p=0,11279), consumo semanal de sucos cítricos (p= 0,81459), consumo semanal de frutas cítricas (p= 0,91566) e problemas gástricos (p= 0,85834), indicando que não houve diferença significante entre o grupo com e sem lesão (Tabela 01).
Prevalência
A amostra foi composta de 80 pacientes, em que foram examinados 960 dentes. Demonstra-se dois tipos de grupos de indivíduos, a prevalência do grupo com presença de lesão foi de 77,5% e a prevalência da ausência de lesão foi de 22,5%.
Quando avaliada a média obtida pelas LCNCs dos 80 entrevistados foi verificado média de 2,5±2,8. O dente mais acometido pelas LCNCs foi o 1º pré-molar com 47,53%, e em menor frequência o 2º pré-molar e o 1º molar (Figura 3).
De acordo com o IDD, o escore 1 de severidade foi o que apresentou maior frequência nos dentes (76,2%), e o escore de severidade 4 não foi encontrado. Os índices de número 2 e 3 apresentaram frequência de 23,3% e 0,5%, respectivamente. O dente 1º pré-molar obteve o índice 1 e 2 em maior frequência quando comparado com os outros dentes avaliados (Figura 4).
Hiperestesia dentinária
Observa-se na pesquisa que, indiferentemente da presença ou ausência de LCNCs, os dentes após o estímulo com jatos de ar apresentavam sensibilidade dentinária. Por meio do teste de qui-quadrado, somente no dente 26 foi possível relacionar significamente a sensibilidade com a presença da lesão, ao nível de 5% de significância (Tabela 02).
DISCUSSÃO
Foram examinados 80 pacientes, com total de 960 dentes, onde 77,5% dos indivíduos apresentaram LCNC, com média de 2,5 ± 2,8. Esse resultado é semelhante ao de Silva15 (2006) e Barroca18 (2007) que encontraram 63,64% e 72,5% destas lesões respectivamente.
Segundo Aw et al.14 (2002), Barroca18 (2007) e Oliveira et al.19 (2011), as lesões cervicais não cariosas são mais prevalentes nos dentes posteriores possivelmente devido ao fato de que maiores forças oclusais e mais forças laterais são exercidas nos mesmos, por isso somente foram avaliados os pré-molares e o 1º molar. No presente estudo, foi observado que o dente mais acometido foi o 1º pré-molar seguido do 2º pré-molar e do 1º molar, concordando com outras pesquisas onde relatam que o primeiro pré-molar é o dente mais acometido.14,15,20,21 Segundo Brady e Wood22 (1977), os pré-molares são os dentes mais propensos a desenvolver a LCNC pois são mais susceptíveis ao estresse oclusal devido a sua configuração anatômica e sua localização na arcada dentária. Em contrapartida, Telles23, em 2000, constatou que os dentes mais atacados são o primeiro molar, primeiro pré-molar e segundo pré-molar. Em outro estudo, também, foi observado que o primeiro molar foi o dente mais acometido seguido do segundo pré-molar e primeiro pré-molar.16
A maioria dos dentes examinados não possuía nenhuma alteração de contorno (79%); nos dentes que possuíam alteração, as lesões com profundidade menor que 1 mm mostraram-se mais prevalentes, concordando com os estudos de Oliveira et al.19 (2011), em que aproximadamente metade dos dentes avaliados (54%) não apresentavam nenhuma alteração de contorno e quase a totalidade das LCNCs apresentavam-se menor que 2 mm de profundidade. Segundo Barroca18 (2007), as lesões mais profundas são submetidas a um tratamento restaurador antes de atingir esse índice devido a um maior comprometimento da estrutura dental.
A amostra de pacientes avaliados apresentou-se bem uniforme em relação à idade. Foram avaliados 80 estudantes do curso de odontologia da UEM com idade média de 21,4±2,0 anos. Assim como Barroca18 (2007), o fator idade não se mostrou um fator significante na presença de lesões (p=0,35368), discordando dos resultados de Aw et al.14 (2002) e Silva15 (2006). Na revisão sistemática de Van't Spjiker et al.24 (2009), a porcentagem prevista de adultos com o desgaste dental aumenta de 3% aos 20 anos para 17% aos 70 anos. Consequentemente, há uma tendência para desenvolver mais desgaste com a idade. Não foi possível afirmar dentro do número limitado de estudos analisados se este aumento reflete a maior severidade da lesão ou um maior número de dentes envolvidos. Corroborando com os resultados de Pegoraro et al.16 (2005) e Silva15 (2006), não houve diferença significante entre os grupos com e sem lesão relacionando o consumo de alimentos e/ ou bebidas cítricas e também com problemas gástricos. Para Bartlett25 (2005) há uma forte evidência que a maneira que a bebida ou o alimento é consumido é mais importante que a sua quantidade total, prolongando assim o contato do ácido com o dente.
Um estudo in vitro26 concluiu que tanto escovas de cerdas macias, médias e duras com uso de dentifrícios com média abrasividade não são capazes de abrasionar o esmalte dentário, enquanto que a dentina mostrou mudanças na rugosidade da superfície pela ação de escovas de dente médias e duras. Dentre as variáveis independentes relativas às práticas de escovação, Brandini et al.26 (2011) verificaram que firmeza da escova dental foi a única variável que apresentou associação estatisticamente significante (p = 0,01) com a presença de LCNCs.
Na literatura, pode-se encontrar trabalhos relacionando a presença de LCNCs com hábitos parafuncionais.15,27 Contrariando estes resultados, a lesão cervical não cariosa não foi relacionada com a presença de hábitos parafuncionais no estudo em questão assim como nos trabalho de Pegoraro et al.16 (2005). Wood et.al 28 (2009) investigaram se a redução das forças oclusais através do ajuste da oclusão de um dente durante o movimento excursivo de lateralidade teve qualquer efeito sobre a taxa de progressão das lesões de abfração existentes e não encontraram diferença estatisticamente significante nas taxas de desgaste entre os dentes ajustados e não ajustados.
A teoria Hidrodinâmica de Brannstrom29 é ainda a mais aceita para a explicação da hiperestesia dentinária. De acordo com essa teoria, estímulos de natureza variáveis são capazes de estimular a movimentação do fluido dentinário presente no interior do túbulo dentinário, ativando os nervos pulpares. Aw et al.14 (2002), atribuem a falta de sensibilidade com a esclerose dos túbulos dentinários e encontraram sensibilidade mínima ou ausente em dentes com perdas de estruturas macroscópicas. Diferentemente destes autores e Barroca18 (2007), e concordando com Silva15 (2006) e Oliveira et al.19 (2011), os resultados obtidos em relação a hiperestesia dentinária demonstraram haver evidências estatisticamente significante.
CONCLUSÃO
Pelos resultados obtidos é possível sugerir que a LCNC foi observada em 77,5% dos pacientes, acometendo na maioria dos elementos avaliados o primeiro pré-molar, seguido do segundo pré-molar e primeiro molar. Quanto à severidade, as lesões com mínima perda de contorno foram as mais frequentes (76,2%).
Idade, hábitos parafuncionais, tipo de escova dental e dieta ácida não possuem relação com a presença de lesões cervicais não cariosas. Além disso, verificou-se uma correlação significativa entre a prevalência de lesões não cariosas e a hiperestesia dentinária somente em um dente.
APLICAÇÃO CLÍNICA
As lesões cervicais não cariosas geram problemas de ordem estética e funcional, como a sensibilidade dentinária. Elas apenas são tratadas quando estas alterações se tornam visíveis e/ou ocasionam dor ao paciente. Torna-se então imprescindível uma intervenção preventiva, de modo a conhecer a sua real etiologia e desta forma amenizar a evolução da doença.
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Endereço para correspondência:
Fausto Medeiros Mendes
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Recebido em: dez/2013
Aprovado em: jan/2014