Serviços Personalizados
Artigo
Links relacionados
Compartilhar
Odontologia Clínico-Científica (Online)
versão On-line ISSN 1677-3888
Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.11 no.3 Recife Jul./Set. 2012
ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE
Herpesvírus humano: tipos, manifestações orais e tratamento
Human herpes virus: types, oral manifestations and treatment
Manuelly Pereira de Morais Santos I; Mariana Pacheco Lima de Assis Morais I; Deborah Daniela Diniz Fonseca II; Andreza Barkokebas Santos de Faria II; Igor Henrique Morais Silva II; Alessandra A. T. Carvalho III; Jair Carneiro Leão IV
I Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco
II Doutorando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco
III Professsor Adjunto da Universidade Federal de Pernambuco
IV Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco
RESUMO
Os herpes vírus humanos (HHV) fazem parte de uma família -Herpesviridae- e têm como seu hospedeiro, unicamente, o homem. São ubíquos e latentes e, uma vez ocorrida a primo-infeção, permanecem no organismo do indíviduo afetado durante toda a sua vida. O presente trabalho se constitui em uma revisão de literatura com o objetivo de abordar os tipos de HHV e seus tratamentos, com ênfase nas manifestações orais. Os HSV 1 e 2 estão geralmente associados à Gengivoestomatite Herpética Primária, Herpes Labial Recorrente e Herpes Intraoral Recorrente. O HHV-3 provoca a Varicela e, por reinfecção, pode ser a causa do surgimento do Herpes-zóster. O HHV- 4 está diretamente ligado à Mononucleosa Infecciosa, ao Linfoma de Burkitt e ao Carcinoma Nasofaríngeo. O HHV-5 pode levar a má-formações congênitas. O HHV-6 provoca o exantema súbito e está associado à esclerose múltipla, o que demonstra seu forte potencial neuro-invasivo. O HHV-7 correlaciona-se ao vírus da AIDS, uma vez que, para ambos, a molécula CD4 é essencial a fim de funcionar como receptor, e o HHV-8 está estreitamente ligado ao Sarcoma de Kaposi. Nenhuma das terapias usadas para o tratamento representa uma cura para a infecção do vírus, uma vez que elas atuam apenas na sua fase ativa. O conhecimento dos tipos virais, das suas características clínicas e manifestações orais são de suma importância para o correto diagnóstico da doença, para a obtenção de sucesso no tratamento e, consequentemente, para a manutenção da saúde populacional.
Descritores: Herpes; manifestações orais; tratamento, infecção; diagnóstico; doença infecciosa. Doenças Transmissíveis; Herpesvirus Humano, terapia; Herpesvirus Humano, diagnóstico; Herpes Labial; Infecção.
ABSTRACT
The human herpes viruses (HHV) take part of a virus family – Herpesviridae- and these viruses have human as only host. They are ubiquitous and latents, and once the primary infection has occurred, they stay within the host's organism for their entire life. This paper is a review about the human herpes viruses types, their treatments and emphasizes their oral manifestations. The HSV 1 and 2 are usually associated to Primary Herpetic Gingivostomatitis, Recurrent Labial Herpes and Reccurent Intra-Oral Herpes. The HHV-3 causes Varicella, mainly in children, and, by reinfection, can be the cause of the appearance of Herpes-zoster. The HHV-4 is directly linked to Infectious Mononucleosis, Burkitt Lymphoma and Nasopharyngeal Carcinoma. The HHV-5 can lead to congenital malformations. The HHV-6 causes sudden rash and is associated with multiple scleroszis, which shows its strong neuro-invasive potential. The HHV-7 is related to AIDS virus because, for both, the CD4 molecule is essential to act as receiver. The HHV-8 is closely linked to Kaposi's Sarcoma. None of the therapies used as treatment gives a cure to the viral infection, once the drugs only have their effect during the virus active phase. The knowledge of the types of herpes virus, its clinical characteristics and oral manifestations is of paramount importance for the correct diagnosis of the disease to obtain treatment success and, consequently, maintenance of population health.
Keywords: Herpes, oral manifestations, treatment, infection, diagnosis, infectious disease. Communicable Diseases; Herpesvirus 1, Human, therapy; Herpesvirus 1, Human, diagnosis; Herpes Labialis; Infection.
INTRODUÇÃO
Os herpesvírus humano (HHVs) representam vírus de DNA pertencentes à família Herpesviridae, capazes de infectar células humanas, provocando a disseminação de doenças. São divididos em oito subgrupos: vírus da herpes simples (denominado HSV ou HHV- 1 e HSV ou HHV- 2), vírus da varicela zoster (correspondente ao VZV ou HHV- 3), vírus Epstein-Barr (sendo o EBV ou HHV- 4), citomegalovírus (também chamado CMV ou HHV-5) e, por fim, mais três vírus descobertos recentemente, porém sem muitas especificações cientificamente comprovadas (HHV - 6, 7 e 8)1-10.
O HHV é constituído de uma molécula de DNA, envolvida por cápsideo icosaédrico, tegumento de estrutura fibrilar e envelope constituído de bicamada lipídica de origem celular e glicoproteínas virais2,4. As lesões do HHV-1 prevalecem em regiões oral, facial e ocular, enquanto as do HHV-2, em regiões genitais1,3,11. O HHV-3 (VZV), agente causador da varicela, não possui local específico de manifestação mas prevalece entre os 5 e 9 anos 1,3,12. O HHV- 4 (EBV) possui extensa distribuição mundial, chegando à faixa de 90%, sendo mais agravada em muitos países em desenvolvimento, onde a exposição geralmente ocorre aos 3 anos de idade, podendo ser unânime na adolescência1,3,13. O HHV- 5 quase sempre se manifesta em recém-nascidos e em adultos imunodeprimidos, sendo sua prevalência de 0,5 a 2,5% em neonatos, 40% em indivíduos em torno dos 30 anos e de 80 a 100% em indivíduos com 60 anos em média1,3,7,14.
Por serem acelulares, os herpesvírus humano necessitam das células para reproduzirem-se, sendo a transmissão por contato direto ou indireto com fluidos contaminados1,2,5. Após a penetração na célula, os vírions podem provocar uma infecção primária, provocando a ocorrência de sintomas em graus e tipos variados, o que depende do tipo de vírus e da resposta imune do hospedeiro ou podem entrar em estado de dormência e se estabelecerem no citosol como um episoma (molécula de DNA extracromossômica), fase essa conhecida como latência, não sendo detectado e podendo permanecer aí por longos períodos, variáveis de acordo com cada subtipo1,2,3,4,11. Durante a replicação no interior das células, alguns subprodutos do gene HHV causam alterações no metabolismo, cujo efeito principal compreende uma permeabilidade da membrana, promovendo lise e necrose celular, havendo a destruição da célula e a permanência do vírus2,3. Para saírem da fase de latência e tornarem-se infecciosos, são necessários estímulos capazes de reativar os vírus latentes que vão re-infectar as células. Dentre eles, tem-se estresse, imunodepressão, radiação, neoplasias malignas, senilidade, gravidez, entre outros1,2,3,4.
O presente trabalho se constitui em uma revisão literária e tem como objetivo descrever os tipos de vírus da família Herpesviridae, mostrando suas características, abordando as manifestações orais mais comuns relacionadas a cada subtipo assim como o tratamento destas.
REVISÃO
Herpesvírus humano tipo 1 e 2
Os herpesvírus humano 1 e 2 (HHV-1 e HHV-2), também conhecidos como herpes vírus simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), foram os primeiros herpesvírus a serem descritos na literatura1,2,15. O HHV-1 adapta-se melhor e atua, de forma mais eficiente, nas regiões oral, facial e ocular1,16. O HHV-2 se adequa melhor às regiões genitais, envolvendo caracteristicamente a genitália e a pele abaixo da cintura3, porém pode se observar padrão semelhante de manifestações em ambos2,17. A infecção pelo HSV 1 e 2 pode desenvolver mal-estar, febre, irritabilidade, náuseas, gengivoestomatite herpética primária, herpes labial recorrente e herpes intraoral recorrente2,17. A gengivoestomatite herpética primária é o padrão mais comum de infecção herpética primária sintomática e, na maioria dos casos, relaciona-se à infecção pelo HHV- 116. Ocorre geralmente, a partir do contato com gotículas de saliva contaminada ou contato direto com lesões ativas1. O início das manifestações é repentino, caracterizando-se por numerosas vesículas puntiformes, as quais rapidamente se rompem e formam inúmeras lesões pequenas, ulceradas e eritematosas1,16,18. O herpes labial recorrente caracteriza-se por vesículas induzidas pelo HHV-1 ou com menor frequência pelo HHV-2 1,2,19. Apresenta início súbito, geralmente após sensação de dormência, prurido, pontadas, dor e ardência nos lábios, que aparecem durante um período de aproximadamente 4 dias2 . Pode-se citar como fatores que levam à recorrência luz ultravioleta, febre, estresse, trauma físico, menstruação e imunossupressão3,5. As vesículas rompem-se em cerca de 4 a 6 dias, ocorrendo formação de crosta, curando sem deixar cicatriz 1,2,19.
O herpes intraoral é quase exclusivo de epitélio ceratinizado, o que facilita no seu diagnóstico diferencial com úlceras aftosas1,2,19. Dessa forma, as vesículas apresentam-se rasas, irregulares, sendo constituídas do agrupamento de erosões que podem coalescer2.
Nos últimos anos, várias opções de tratamento têm sido propostas para combater as manifestações clínicas do HSV- 1 e 2, porém a maioria dos tratamentos são paliativos e visam a uma melhora para a sintomatologia dolorosa ou são supressores da replicação viral. Até o momento, não há tratamento que promova a cura da doença1,2,4,11,16,18.
O primeiro agente de escolha com uma real e potente ação antivirótica seletiva é o Aciclovir4,15,20 , que representa um inibidor específico e tolerável da polimerase do DNA viral4. Deve-se iniciar a terapia imediatamente após o início de sintomas, como dormência, pontadas, prurido, eritema e dor, sendo esse período denominado período prodrômico1,2,4. O fármaco pode ser administrado por via oral, endovenosa ou tópica, devendo ser mantido até o desaparecimento das lesões1,15. A posologia indicada para adultos e crianças é de 200 mg cinco vezes ao dia, durante dez dias, em caso de episódio inicial e durante cinco dias, em caso de episódio recorrente20. O Aciclovir em suspensão é disponível, podendo ser utilizado para bochechos seguidos de deglutição1,15,20.
O laser de baixa intensidade pode ser utilizado como analgésico e antiinflamatório2. De acordo com os estudos de Ferreira et. al 21, o uso do laser de baixa intensidade é bastante válido, sendo observada uma redução gradual na replicação dos vírus HHV-1 e HHV-2 com 68,4% e 57,3% de inibição, respectivamente, após 5 aplicações, indicando o seu uso clínico.
Herpesvírus humano tipo 3
A Varicela e o Herpes-Zoster representam duas manifestações clínicas da infecção pelo vírus HHV-3, também conhecido como vírus Varicela-Zoster (VZV) ou Herpes Zoster Vírus (HZV)1,3,5,22. A varicela representa a infecção primária pelo VZV1,2,3,12,22,23. É uma doença muito comum na infância, altamente contagiosa, cuja transmissão ocorre pelo contato direto com gotas ou aerossóis contaminados como também de secreções do trato respiratório12,23. Após a infecção primária, segue-se o período de latência, sendo possível a recorrência, muitas vezes após várias décadas, como o Herpes Zoster, devido à reativação da infecção a partir de um gânglio nervoso sensitivo ou autonômico1,2,3,12,22,23. Imunodepressão, tratamento com drogas citotóxicas, radiação, presença de neoplasias malignas, senilidade, abuso do álcool e tratamento dentário são fatores predisponentes para a reativação1,23.
O Herpes Zoster ou Cobreiro é uma dermatovirose, caracterizada por erupções eritemato-vesiculares em vários estágios de evolução limitadas ao dermátomo inervado pelo gânglio sensorial afetado, geralmente unilateral2. As erupções são semelhantes às da varicela, porém mais localizadas, muito dolorosas e acompanham o trajeto de um ou mais nervos infectados1,2,3,5,12,22,24. Em alguns casos, desenvolvem-se lesões na boca e nos lábios como manifestação única12. Os locais mais comumente envolvidos são face, tronco e couro cabeludo1,2,3,5,12. As principais complicações do Herpes Zoster incluem neuralgia pós-herpética e problemas oftálmicos23.
As lesões orais associadas ao HHV-3 ocorrem com o envolvimento dos ramos maxilar e/ou mandibular do nervo trigêmeo e podem estar presentes na mucosa móvel ou aderida1,3,22. Frequentemente as lesões estendem-se para a linha média e ocorrem juntamente com as lesões da pele, que recobrem o quadrante afetado, desaparecendo ao fim de uma semana3,22. Excepcionalmente, podem surgir complicações que podem agravar-se, haja vista infecções agudas no palato duro, fossa tonsilar e língua, sobretudo em pacientes imunocomprometidos 1,3,22. Na cavidade oral, as lesões se apresentam de forma individual, como vesículas branco-opacas com 1 a 4mm, que se rompem para formar ulcerações de pouca profundidade1. Na maioria dos casos, o zóster é auto-limitante, e o tratamento com analgésicos é suficiente2,3,12,22. As medicações antivirais podem ter um pouco de efeito na severidade da dor aguda e na duração das lesões da pele21. Atualmente, o tratamento é feito com antivirais e analgésicos, devendo ser iniciado em até 72 horas após o diagnóstico, com o objetivo de reduzir a duração e intensidade da dor2,3,12,22. O tratamento inicial com medicações antivirais apropriadas, como o Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir, tem acelerado o processo de cicatrização das lesões cutâneas e mucosas23.
Embora tal afecção possa desaparecer após alguns meses, também pode se desenvolver, em uma síndrome de dor persistente e duradoura, a neuralgia pós-herpética1,23. Esta tem sido tratada com resultados variáveis por diversos métodos, incluindo analgésicos, narcóticos, antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, estimulação nervosa elétrica percutânea, biofeedback, bloqueio nervoso e anestésicos tópicos23.
Herpesvírus humano tipo 4
O vírus Epstein-Barr (EBV) ou HHV-4 apresenta uma vasta distribuição mundial, cerca de 90% da população, sendo transmitido através da saliva, de objetos contaminados (escova de dentes, louça) ou através de transfusões sanguíneas3,13. A infecção pelo vírus ocorre geralmente na infância e é assintomática na maioria dos casos, persistindo de forma latente, durante toda a vida do indivíduo13. A alta incidência de EBV em crianças infectadas pelo HIV comparada a crianças não infectadas sugere uma possível ligação entre as duas viroses25. Tanto é que o EBV tem sido implicado na patogênese da pneumonite intersticial linfóide e da parotidite em crianças portadoras do vírus 25.
Além da associação etiológica com a mononucleose infecciosa, torna-se, cada vez mais evidente, a ligação do EBV com o linfoma de Burkitt, a leucoplasia pilosa e o carcinoma nasofaringeo2,6,26 falta algo ???. Em pacientes imunocompetentes, não é necessário um tratamento específico, a menos que haja complicações27. Em casos de imunodepressão, existe a necessidade do uso de drogas, como o Aciclovir, Ganciclovir e Foscarnet28. Corticoides orais, como Prednisona, podem ser utilizados quando há uma participação neurológica, por exemplo, encefalite, meningite, síndrome de Guillain-Barré27. Se houver envolvimento tonsilar, deve-se evitar Ampicilina ou Penicilina devido à alta prevalência de erupções cutâneas. Os corticoesteroides também podem ser usados, no entanto tais drogas não devem ser administradas indiscriminadamente2,26 .
A utilização do Aciclovir no tratamento de doenças associadas ao HHV- 4 inibe a replicação dos genomas lineares e suspende a produção do vírus, embora não tenha efeito na infecção celular latente25.
O herpesvírus humano tipo 5 (HHV-5), também conhecido como citomegalovirus (CMV), é um agente infeccioso presente em diferentes locais, que ataca, preferencialmente, fibroblastos humanos7. As principais vias de transmissão do CMV são a via oral e a respiratória, podendo também ser transmitido pelo leite materno, saliva, urina, secreção do cérvix uterino, placenta, transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos e relação sexual 2,7,14. As formas mais graves dessa virose humana ocorrem no período neo-natal e resultam da infecção intrauterina14. Têm sido descritas infecções no período pós-natal, até cerca de 4 anos de idade, momento a partir do qual a doença se torna mais rara7.
Quanto à forma de instalação da infecção, existem quatro tipos: congênita, perinatal, adquirida e iatrogênica14,29. Na congênita, a infecção ocorre durante o período gestacional; na perinatal, durante o trabalho de parto ou nas primeiras semanas de vida; na adquirida, após o período perinatal e na iatrogênica, em transfusões de sangue ou transplantes de órgãos29,30. Na maioria dos casos, a infecção pelo citomegalovírus mostra-se assintomática30. As manifestações orais são raras, porém, quando há infecção das glândulas salivares, pode ocorrer xerostomia, acompanhada de ulcerações bucais, em pacientes imunocomprometidos12.
O CMV, quando instalado em período neo-natal, pode produzir defeito no desenvolvimento dentário1. Em alguns estudos, os dentes mostraram hipoplasia difusa do esmalte, atrição significativa, áreas de hipomaturação do esmalte e coloração amarelada da dentina subjacente1. Em adultos, notadamente em pacientes transplantados, imunocomprometidos ou com AIDS, apresenta um padrão clínico semelhante ao da mononucleose infecciosa, diferenciando-se desta por ocorrer faringite e linfadenopatia em apenas um terço dos pacientes infectados, o que na mononucleose é praticamente unânime1,14.
As infeções causadas pelo CMV regridem espontaneamente, porém, para os pacientes imunodeprimidos, os sintomas clínicos têm sido solucionados com o Ganciclovir. Entretanto essa droga deve ser mantida no intuito de prevenir recidiva3,30. Em alguns casos de resistência ao último, podemos fazer uso do Foscarnet e ter um bom resultado3.
Herpesvírus humano tipo 6
O herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) foi inicialmente isolado em 1986 por Salahudin et al., em pacientes com doenças linfoproliferativas ou síndrome da imunodeficiência adquirida3,8,31. Foi isolado em células mononucleares do sangue periférico de pacientes com AIDS e designado vírus linfotrópico B humano devido ao seu tropismo pelas células B3. Posteriormente, alguns trabalhos mostraram que, durante a infecção aguda, o maior alvo eram as células, e isso justificou a denominação ao vírus de HHV-6 8,31.
Estudos relatam a presença de duas variantes distintas atualmente reconhecidas e possuidoras de propriedades imunológicas, biológicas e genéticas diferentes8. São elas: o HHV-6A, considerado o mais citolítico e com um nível maior de virulência, e o HHV-6B, agente causador do exantema súbito (roséola infantum)3,8,31,32. A infecção pelo HHV-6 é assintomática e muito comum em crianças até os dois ou três anos de idade 31,32. A via de transmissão mais conhecida é a que ocorre de forma horizontal, através da saliva, uma vez que as glândulas salivares funcionam como um reservatório muito importante desse vírus2,8,31.
A roséola infantum é uma infecção primária, caracterizada por um exantema súbito, acompanhado de febres altas, acima de 40º C, com duração de três a cinco dias3,8,31. Em seguida, são notadas erupções cutâneas espalhadas pelo tronco, embora nunca apareçam na face31. O quadro clínico da criança pode complicar-se em caso de convulsões e sintomas no SNC3,31. Em adultos, é considerada rara, mas, caso se verifique, caracteriza-se por uma infecção hepática do tipo mononucleose31. Essa infecção ocorre com mais frequência em adultos imunodeprimidos, receptores de transplantes de órgãos e HIV positivos8,31. O tratamento para essa condição é realizado com a associação de antivirais e antitérmicos, além da frequente hidratação do paciente. A doença é autolimitada e cura-se espontaneamente sem deixar sequelas8,31,32.
Herpesvírus humano tipo 7
O herpesvírushumano tipo 7 (HHV-7), descoberto em 1990, apresenta algumas semelhanças genéticas com o HHV-62. Esse vírus foi identificado depois de se ter verificado a ativação de linfócitos T CD4+ de indivíduos saudáveis e, posteriormente, através da saliva de indivíduos infectados com o HHV-633. Cerca de 85% dos adultos possuem anticorpos para o HHV-7, por isso a infecção ocorre, não raro, na infância35.
O HHV-7 é um vírus ubíquo e leucotrópico, que, após a primo-infecção, permanece latente nas células mononucleadas do sangue periférico, podendo ser reativado após estimulação destas3. Em indivíduos saudáveis, as glândulas salivares constituem o local preferencial e as secreções orais, os melhores veículos de transporte para a transmissão do vírus3. O vírus possui similaridade com o vírus HIV, nomeadamente o fato de, para ambos, a molécula CD4+ ser um componente essencial para funcionar como receptor9.
Em pacientes com estomatite aftosa recorrente o DNA do HHV-7 é raramente detectável em monócitos do sangue periférico34. Agentes anti-virais, como o Aciclovir, parecem não ter efeitos benéficos no tratamento da estomatite aftosa recorrente34. Estudos pela relação em cadeia da polimerase associaram a infecção pelo HHV-7 como provável causa da pitiríase rósea (PR), doença inflamatória aguda da pele35. No entanto, a resposta pouco satisfatória ao Aciclovir em altas doses não afasta a possível participação do HHV-7 como agente causador da PR visto ser essa droga considerada ineficaz contra o HHV-7 35.
Herpesvírus humano tipo 8
Arnone et. al.36 isolaram pela primeira vez o HHV- 8 em lesões de sarcoma de Kaposi a partir de DNA extraído de material para biópsia em doentes com AIDS denominando esse novo vírus de herpesvírus associado ao sarcoma de Kaposi ou herpesvírus humano tipo 8. O sarcoma de Kaposi (SK) foi inicialmente descrito em 1872 por Moritz Kaposi como "sarcoma pigmentado múltiplo e idiopático da pele"36. Inúmeros agentes infecciosos foram postulados como sendo de importância etiológica no desenvolvimento do sarcoma de Kaposi, particularmente o citomegalovirus humano (CMV), HIV e o HTLV-1, embora pouco provável37.
Admite-se também o HHV-8 como provável agente etiológico para todas as formas de SK graças a sua detecção em mais de 95% dos casos34. Além do SK, o HHV-8 pode ser localizado em algumas formas de linfoma Hodgkin's e não-Hodgkin's, no mieloma múltiplo, doença de Castleman's e, principalmente, em pacientes HIV positivos3,10,36,37. A detecção do HHV-8 nas lesões de todas as variantes de SK, considerada isoladamente, não é suficiente para comprovação do HHV- 8 como agente etiológico do SK37,38. Atualmente considera-se que a infecção pelo HHV-8 precede o desenvolvimento do SK, mas o aparecimento das lesões depende da conjunção com outros co-fatores, haja vista citocinas, proteínas anti-apoptoses e receptores celulares de superfície 37,38.
Lesões bucais são observadas em aproximadamente 50% dos pacientes afetados e estão no local de envolvimento inicial em 20 a 25% dos casos10,38. São frequentemente as maiores causas de morbidade, como resultado de dor, sangramento e interferências funcionais1. Inicialmente, o SK intra-oral apresenta-se como uma lesão vascular plana, assintomática, de coloração vermelho-purpúrea ou marrom e que não desaparecem pela compressão36,37. Como é um neoplasma progressivo reacional, podem desenvolver placas ou se tornam nodulares, associadas com dor, sangramento e disfunção oral. Além disso pode invadir o osso e provocar mobilidade38. Embora ele possa ocorrer em qualquer região da mucosa bucal, o palato duro, a gengiva e a língua são os sítios mais comuns1.
O tratamento do SK é instituído para reduzir o número e tamanho das lesões2. Baixas doses de radioterapia bem como a quimioterapia são eficazes no tratamento e raramente o SK é a causa primária do óbito2. A terapêutica sistêmica prolongada promove, muitas vezes, a depressão do sistema imunológico, aumentando, assim, a susceptibilidade do paciente a infecções e outras neoplasias1. Dos tratamentos sistêmicos disponíveis a quimioterapia é o mais utilizado, permitindo o controle da doença na maioria dos casos36. Entre os tratamentos locais são utilizados a radioterapia, exérese cirúrgica, criocirurgia, laserterapia e terapias intra-lesionais com agentes quimioterápicos, esclerosantes36.
DISCUSSÃO
As infecções causadas pelos herpesvírus humano sempre foram motivo de preocupação e questionamentos entre os pesquisadores desse tema. Dessa forma, estudar e descrever os tipos de vírus da família Herpesviridae mostrando suas características e suas manifestações orais mais comuns são de suma importância para o correto diagnóstico e tratamento destas patologias.
De acordo com estudos de Lazarini et. al.39, Milagres et. al.40 e Ypiranga et. al.11, o HHV-1 e HHV- 2 estão relacionados com outras patologias e as suas manifestações dependem muito da reativação do vírus por fatores ligados ao hospedeiro e ao ambiente. Silverman et.al.2 e Varella et. al.15 revelam que, clinicamente, as infecções provocadas pelo HHV-1 e HHV-2 manifestam-se como mal estar, febre, irritabilidade, gengivoestomatite herpética primária, herpes labial recorrente, dentre outros, sendo seu diagóstico relativamente fácil. Entretanto, Mukai et. al.41 mostram que o reconhecimento da infecção cutânea pode ser difícil em pacientes imunocomprometidos devido a sua apresentação atípica. Eles relatam que essas lesões podem se manifestar como ulcerações grandes, crônicas ou hiperceratósicas, podendo não haver história prévia de surgimento de vesículas, logo, dificultando o estabelecimento do diagnóstico.
Muitos autores como1,2,4,42,16,18 são categóricos quando dizem que até o momento não há tratamento para a cura desta patologia, apenas medicamentos que visam à melhora da sua sintomatologia. Trindade et.al.4 e Lisco et.al.9 ainda acrescentam o uso do laser de baixa intensidade como uma ferramenta eficaz no alívio da dor provocada e na recorrência destas lesões.
A infecção provocada pelo vírus varicela zoster apresenta suas características clínicas bem definidas e descritas por diversos autores como Martinho3,5,12,23,22 facilitando, assim, o seu diagnóstico clínico. Complementando as informações associadas a esta doença, Martinho et. al.3 relatam que a imunodepressão são fatores predisponentes ou agravadores para a reativação deste vírus, corroborando com Reis et. al.12 e Bricks et. al.24 que citam ainda a presença de neoplasias malignas, o tratamento com drogas citotóxicas, o abuso do álcool e, o tratamento dentário como fatores pré disponentes. Para o tratamento da infecção provocada pelo HHV-3, Silverman et. al.2, Martinho et. al.3, Reis et. al.12 e Cunha et. al.22 são unânimes quanto à utilização de analgésicos e antivirais, sobretudo nas primeiras 72 horas do diagnóstico para maior eficácia. Wim et. al.23 e Cunha et. al.22 ressaltam, ainda, o uso do Aciclovir no processo de cicatrização das lesões por Zoster.
Os estudos de Martinho et.al.2 e Lima et.al.13, mostrando a vasta distribuição mundial do HHV-4 com cerca de 90% da população afetada, ressalta a importância epidemiológica mundial em se conhecer as características clínicas e a condução desta doença. Lima et. al.13 e Silva43 associam o vírus Epstein-Barr a outras neoplasias malignas, principalmente a carcinomas gástricos, carcinomas mamários, leiomiossarcomas, linfomas T e carcinomas de glândulas salivares, pulmão e timo. Alguns altores2,6,8 sugerem a participação do Epstein-Barr na patogênese do Linfoma de Burkitt, da Leucoplasia Pilosa e do Carcinoma Nasofaríngeo. Carvalho25 completa ainda dizendo que há uma possível ligação do EBV com o HIV. Apesar do grande comprometimento na população mundial, Teive et. al. 27 e Carvalho et. al.28 concordam ao afirmarem que o tratamento só é necessário em pacientes imunodeficientes.
Com relação ao citomegalovirus (HHV-5), em estudos de soroprevalência, Martinho et. al.3 demonstraram que 40 a 60% dos doadores de sangue saudáveis, em nações industrializadas, apresentavam infecção pelo CMV, tornando as taxas nos países em desenvolvimento altas. Apesar disso, Candeias et. al.7, Miura et.al14, Yamamoto et. al.29 e Panutti30 dizem que a infecção provocada por este vírus possui pouca relevância em relação às manifestações orais, uma vez que as mesmas são raras e normalmente regridem espontaneamente. Silverman et. al.2 retratam a semelhança genética entre o herpesvírus humano tipo 6 e o herpesvírus humano tipo 7, entretanto, Martinho et. al.3 e Faro31 dizem que o HHV-7 apresenta menor patogenicidade que o HHV-6 devido ao fato de que, neste último, há presença de erupções cutâneas.
Silverman et. al.2, Faro31 e Rebello et. al.32 relatam que a principal via de transmissão para o HHV-6 é a saliva. Martinho et. al.3 e Freitas et. al.8 ressaltam que este vírus é o único herpesvírus que pode ser transmitido ao ultrapassar a barreira placentária ou ao ser integrado ao cromossoma humano podendo ocorrer, também, a transmissão por transfusão sanguínea e por transplante de órgãos. Considerando o HHV-7, Martinho et. al.3 cita a saliva também como sendo a principal via de transmissão deste vírus. Autores8,31,32 indicam antivirais e antitérmicos para o tratamento de infecções provocadas pelo HHV-6, apesar desta doença curar-se espontaneamente, já para infecções provocadas pelo HHV- 7, Miranda et. al.35 afirma a ineficácia de agentes anti-virais como o Aciclovir.
Em relação ao HHV- 8, Martinho et. al.3, Spode et. al.10 e Leão et. al.37 mostram estudos comprovando a sua presença em mais de 95% dos casos de Sarcoma de Kaposi (SK), considerando este vírus como provável agente etiológico desta neoplasia. Já para Arnone et. al.36 e Souza et. al.38, a detecção do HHV-8 nas lesões de todas as variantes de SK não é suficiente para comprovação deste vírus como agente etiológico do SK, tendo o seu aparecimento dependente da conjunção com outros co-fatores.
Martinho et. al.3 e Spode et. al.10 são concordantes no tocante às características clínicas das lesões bucais provocadas pelo SK – HHV-8, bem como quanto aos sítios mais comumente afetados. Arnone et. al.36 concordam quanto ao tratamento do SK: baixas doses de radioterapia e de quimioterapia, instituídas para reduzir o número e tamanho das lesões, permitindo o controle sistêmico da doença na maioria dos casos. Além disso, estes autores citam a exérese cirúrgica, criocirurgia, agentes esclerosantes, interferon alfa e laser para o tratamento local em infecção por HHV-8.
CONCLUSÃO
Os diferentes tipos de herpes vírus humano manifestam-se das mais variadas formas e estão associados com diversas patologias. Diante do exposto, fica evidente que o conhecimento dos tipos de herpes vírus, das suas características clínicas e manifestações orais são de suma importância para o correto diagnóstico da doença, para a obtenção de sucesso no tratamento e, conseqüentemente, manutenção da saúde populacional.
REFERÊNCIAS
1. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral & Maxilofacial.2004; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.; 2004. [ Links ]
2. Silverman S Jr, Eversole LR, Truelove EL. Fundamentos de medicina oral.2002; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.; 2002.
3. Martinho A, Oliveira A, Silva C. Monografia sobre os Hherpes Vvírus Hhumanos. [dissertação]. 2004; Évora: Universidade de Évora.
4. Trindade AKF, Queiroga AS, Silva DSC, Campos SEM, Lucena LBS, Sousa EMD. Herpes simples labial - um desafio terapêutico. Com Ciências Saúde. 2007 Nov; 18(4): 307-14.
5. Castro LGM, Chen S. Zoster: mais frequente entre jovens que entre idosos. An bBras dDermatol. 1990 Mar/Jun; 65(3): 129-33.
6. Panutti CS. Soro-epidemiologia do virus de Epstein-Barr (VEB). Rev Saúde Públ 1981 Fev; 15(1): 93-100.
7. Candeias JAN, Stewien KE, Barbosa V. Estudo sorológico de infecções ocasionadas por citomegalovírus. Rev Saúde Públ 1974 Jun/Agos; 8(3): 257-63.
8. Freitas RB, Freitas MR, Linhares AC. Evidence of active herpesvirus 6 (variant-A) infection in patients with lymphadenopathy in Belém, Pará, Brazil. Rev Inst Med Trop 2003 Set/Out; 45(5): 283-8.
9. Lisco A, Grivel JC, Biancotto A, Vanpouille C, Origgi F, Malnati MS, et.al. Viral Iinteractions in Hhuman Llymphoid Ttissue: HHV-7 Ssuppresses the Rreplication of CCR5-tropic HIV-1 via CD4 Mmodulation. Journal of Virology J Virol.2007 Fev; 81(2):708-17.
10. Spode VL, Schmitt VG. Estudo sobre as possíveis vias de transmissão do Hherpesvírus Hhumano tipo 8. Rev Bras Anal Clin. 2003; 35(1):41-3.
11. Ypiranga S; Moraes AM. Prevalência do herpes-vírus humano tipo 1 em neoplasias cutâneas epiteliais malignas. An Bras Dermatol. 2009 Mar/Abr; 84(2): 137-42.
12. Reis AD, Panutti CS, Souza VAUF. Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras. Rev Soc Bras Med Trop 2003 Mai/ Jun; 36(3):317-20.
13. Lima MAP, Rabenhorst SHB. Associação do vírus epstein-barr (EBV) com tumores sólidos. Rev Bras Cancerol. 2006; 52(1): 87-96.
14. Miura CS, Miura E, Mombach AB, Cheskya M. Prevalência de infecção congênita por citomegalovírus em recém-nascidos de uma unidade de tratamento intensivo de um hospital público. J Pediatr 2006; 82(1):46-50.
15. Varella RB, Pires IL, Saraiva CA, Guimarães ACC, Guimarães MAAM. Diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus herpes simples (HSV) em pacientes transplantados e não-transplantados. J Bras Patol Med Lab 2005 Ago; 41(4): 257-62.
16. Lawall MA, Almeida JFA, Bosco JMD, Bosco A. Gengivoestomatite herpética primária em adulto: relato de caso clínico. Rev Odonto Ciên 2005 Abr/Jun; 20(48): 191-4.
17. Paschoini MC, Duarte G, Cunha SP, Fonseca BAL. Avaliação da soroprevalência dos vírus herpes simples tipos 1 e 2 em parturientes. Rev Bras Ginecol Obstet 2001 Jan/Fev; 23(1): 15-20.
18. Newman MG, Takei HH, Carranza FA. Periodontia Cclínica. 2004 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004..
19. Mateus MJR, Duarte IL, Gondim VML, Sobral APV. Avaliação do nível de estresse e sua correlação com o surgimento do herpes labial recorrente. Rev Bras Promoção Saúde 2006; 19(1): 35-9.
20. Silva CCA, Cerri AJ. Revisão da terapêutica utilizada em herpes simples labial. J Bráas Clin Estet Odontol 2000; 4(23):59-62.
21. Ferreira DC, Martins FO, Romanos MTV. Impacto do laser de baixa intensidade na supressão de infecções pelos vírus Herpes simplex 1 e 2: estudo in vitro. Rev Soc Bras Med Trop 2009 Jan/Fev; 42(1): 82-5.
22. Cunha S, Sá R, Pombo V, Coelho F, Oliveira J, Ramos I, et.al. Doenças infecciosas – o desafio da clínica. [dissertação].2008 Coimbra: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra – DDI HUC.
23. Wim O, Just E, Arie KN, Theo V. Tratamento de herpes zoster. Can Fan Physician 2008; 54: 373-7.
24. Bricks LF, Sato HK, Oselka GW. Vacinas contra varicela e vacina quádrupla viral. J Pediatr 2006 Julho; 82(3):101-8.
25. Carvalho LHFR. Mononucleose infecciosa. J pPediatr 1999; 75(1): 115-25.
26. Dias EP, Spyrides KS, Junior AS, Rocha ML, Fonseca EC. Leucoplasia pilosa oral: aspectos histopatológicos da fase subclínica. Pesqui Odontol Bras 2004 Abr/Jun; 15(2):104-11.
27. Teive HAG, Zavala JAA, Iwamoto FM, Bertucci-Filho D, Wernec LC. Cerebelite aguda causada por vírus Epstein- Barr. Arq Neuro-Psiquiatr. 2001 Set; 59(3A):616-8.
28. Carvalho AP, GandolfiLV, Tonelli E. Infecção pelo vírus Epstein-Barr em crianças com AIDS. J pPediatr 1998; 74(2): 125-134.
29. Yamamoto AY, Figueiredo LTM, Pinhata MMM. Infecção perinatal por citomegalovírus: muito freqüente, mas pouco diagnosticada. J pPediatr 1999; 75(2):126-130.
30. Pannuti CS. Infecção por Citomegalovirus. Pediatr 1984 Abr; 6: 144-53.
31. Faro ES. Epidemiologia Molecular do Herpes Vírus Humano Tipo 6 (HHV-6) em crianças recém-nascidas e suas respectivas mães. [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo - Instituto de Ciências Biomédicas; 2008.
32. Rebello AS, Carvalho MGC, Rebello MCS, Fischer J, Carvalho PC, Carvalho JFO. Detecção molecular da reativação simultânea de VZV e HSV em paciente com história clínica de roseola infantum. J Bras Patol Med Lab 2003 Jul/ Set; 39(3):207-9.
33. Thomasini RLC, Martins JM, Parola DC, Bono SHA, Boin IFSF, Leonard LS et.al.Detecção de herpesvirus humano-7 por nested-PCR qualitativo: comparação entre indivíduos sadios e receptores de transplante hepático. Rev Soc Bras Med Trop 2008 Nov/Dez; 41(6):556-9.
34. Porter SR, Hegarty A, Kaliakatsou F, Hodgson TA, Scully C. Recurrent Aaphthous Sstomatitis. Clinics in Dermatology Clin Dermatol. 2000; 18: 569-78.
35. Miranda SMB, Delmaestro D, Miranda PB, Filgueira AL, Pontes LFS. Pitiríase rósea. An bBras dDermatol. 2008; 83(5): 461-9.
36. Arnone M, Souza VCTU, Nico MMS, Neto CF. Sarcoma de Kaposi clássico disseminado associado à infecção pós herpes- vírus humano tipo 8: relato de caso e revisão de literatura. An bBras dDermatol. 2002; 77(3): 349-54.
37. Leão JC, Hinrichsen SL, Freitas BL, Porter SR. Herpes vírus humano-8 e Sarcoma de Kaposi. Rev Ass Med Bras. 1999 Jan/ Mar; 45(1):55-62.
38. Souza LB, Pereira Pinto L, Medeiros AMC, Araújo Jr. RF, Mesquita OJX. Manifestações orais em pacientes com AIDS em uma população brasileira. Pesq Odont Bras. 2000 Jan/ Mar; 14(1): 79-85.
39. Lazarini PR, Vianna MF, Alcântara MPA, Scalia RA, Filho HHC. Pesquisa do vírus herpes simples na saliva de pacientes com paralisia facial periférica de Bell. Rev Bras Otorrinolaringol. 2006 Jan/Fev; 72(1): 7-11.
40. Milagres A, Leite AFSA, Soares FD, Dias EP, Lourenço SQC. Coexistência de pênfigo vulgar e infecção pelo vírus herpes simples na mucosa oral. J Bras Patol Med Lab 2007 Dez; 43(6): 451-4.
41. Mukai MM, Giostri IF, Coelho MS, Neto JF, Moritiz S. Apresentação atípica de infecção por herpes simples em um paciente imunossuprimido. J Bras Patol Med Lab. 2005 Abr; 41(2): 79-82.
42. Lupi O. Imunoprofilaxia anti-herpética utilizando vírus geneticamente modificado: vacina DISC. An Bras Dermatol. 2003 Maio/Jun; 78(3): 345-53.
43. Silva AR, Zucoloto S. O papel do vírus epstein-barr na tumorigênese humana. Medicina (Ribeirão Preto). 2003 Jan/ Mar; 36(1): 16-23.
Endereço para correspondência:
Jair Carneiro Leão, PhD
Av. Prof. Moraes Rego, 1235
Recife PE Brasil 50670-901
E-mail: jleao@ufpe.br
Recebido para publicação: 16/03/11
Enviado para publicação: 20/04/11
Aceito para publicação: 20/06/11