Editorial

O ensino odontológico passa por muitas reflexões advindas da aproximação com o mundo do trabalho. Como são vistos os preceptores dos estudantes na Atenção Primária à saúde, o emprego de metodologias ativas nos campos de estágio, como as práticas preventivas são realizadas por Técnicos em Saúde Bucal, questões, entre tantas outras, que se formularam ao transcendermos os limites intramuros da formação odontológica. Esse processo mutante e de reconfiguração da prática profissional também trouxe à tona o conflito do imaginário do estudante ao perceber que a visão preconcebida do cirurgião dentista como profissional liberal por excelência é uma frágil concepção do complexo universo da prática comtemporânea. Como os demais profissionais de saúde, prática que não é livre de erros, estresse, burnout, durante e depois da graduação.

Tornar o processo de formação mais bem sincronizado com novas metodologias de ensino-aprendizagem e preparar para uma formação crítica e reflexiva, como requerem as DCNs, também não é missão simples, como relatam estudos apresentados neste número da revista da ABENO. Cada autor contribuiu à sua maneira e com o seu olhar para ajudar a ver e compreender um pouco mais por onde passa a formação generalista e comprometida com a realidade social do país que tanto desejamos. Boa leitura!

Maria Celeste Morita
Presidente da ABENO