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Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
versão On-line ISSN 1808-5210
Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.12 no.1 Camaragibe Jan./Mar. 2012
RELATO DE CASO / CASE REPORT
Cisto odontogênico ortoqueratinizado x tumor odontogênico queratocístico: a importância da diferenciação histopatológica no tratamento
Orthokeratinized Odontogenic Cyst x Keratocystic Odontogenic Tumour: The Importance of Differential Histopathogenesis in the Treatment
Rodrigo Dias NascimentoI; Fernando Vagner RaldiII; Michelle Bianchi de MoraesIII; Déborah HollebenIV; Paula Tamião ArantesV
IDoutor em Patologia Bucal e Professor da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP
IIProfessor Doutor da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP
IIIPhD. no programa de Biopatologia Oral na área de Radiologia e Professor Doutor da Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP
IVCirurgiã- dentista e estagiária pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP, na Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Departamento de Diagnóstico e Cirurgia
VAluna de graduação e monitora pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP, Disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Departamento de Diagnóstico e Cirurgia
RESUMO
O cisto odontogênico ortoqueratinizado (COO) e o tumor odontogênico queratocístico (TOQ) são lesões distintas, com comportamento clínico e características radiográficas semelhantes. Enquanto o COO é classificado como cisto odontogênico, o TOQ, com base na última classificação da OMS em 2005, passou a ser classificado como neoplasia odontogênica. Essa alteração realizada na classificação do TOQ baseou-se em evidências científicas que constataram uma taxa de proliferação celular dessas lesões não compatível com as lesões císticas, fato esse comprovado mediante os dos elevados índices de recidiva encontrados no TOQ. Em função das semelhanças clínicas e radiográficas, a diferenciação histológica dessas lesões torna-se preponderante para o delineamento de um plano de tratamento conservador ou agressivo. Neste trabalho, relata-se um caso de paciente com 28 anos, gênero masculino, leucoderma, com aumento de volume assintomático em mandíbula, na região dos dentes 33, 34 e 35, todos com vitalidade. Os exames de imagem revelaram lesão radiolúcida em parasínfise e corpo mandibular esquerdo. O paciente foi submetido à punção aspirativa, com resultado negativo, e à biópsia incisional. O material coletado foi enviado a um laboratório de anatomopatologia cujo laudo revelou tumor odontogênico queratocístico. Assim sendo, o paciente foi submetido à cirurgia de enucleação com curetagem marginal, evoluindo sem intercorrências no pós-operatório. O material coletado durante a enucleação foi encaminhado ao laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP cujo laudo mostrou lesão cística revestida por epitélio ortoqueratinizado compatível com cisto odontogênico ortoqueratinizado, contradizendo o resultado obtido na biópsia incisional. Atualmente, o paciente encontra-se em proservação há 72 meses, sem indícios de recorrência lesional.
Descritores: Cisto Odontogênico Ortoqueratinizado; Tumor Odontogênico Queratocístico; Radiologia; Mandíbula; Osso.
ABSTRACT
The orthokeratinized odontogenic cyst (OOC) and keratocystic odontogenic tumour (KCOT) are distinct lesions with similar clinical behavior and radiological features. According to the latest edition of the WHO classification, the KCOT is now classified as an odontogenic neoplasm and the OOC continuesto be classified as an odontogenic cyst. This change made in the classification of KCOT was based on scientific evidence that demonstrated that the proliferation rate of these lesions is not compatible with cystic lesions, a fact demonstrated by the high rate of recurrence found in KCOT. Due to their clinical and radiological similarities, the histological differentiation of these lesions is crucial when choosing whether to adopt a conservative or invasive plan of treatment. In this paper, we describe a 28-year-old male patient, caucasian, with asymptomatic increased volume in the mandible in the region of teeth 33, 34 and 35, all with vitality. The imaging studies revealed a radiolucent lesion in the left mandibular body and parasymphysis. The patient underwent aspiration with negative results and incisional biopsy. The material collected was sent to an anatomic pathology laboratory, and the report revealed a keratocystic odontogenic tumour. The patient therefore underwent a surgical enucleation with marginal curettage, with an unremarkable postoperative course. The material collected during the enucleation was sent to the Oral Pathology Department at the School of Dentistry, São José dos Campos – UNESP, whose report revealed a cystic lesion lined by orthokeratinizing epithelium compatible with an orthokeratinized odontogenic cyst, which was at odds with the result obtained in the incisional biopsy. The patient has been followed up for 72 months with no evidence of recurrence of the lesion.
Descriptors: Orthokeratinized Odontogenic Cyst. Keratocystic Odontogenic Tumour. Radiology. Mandible. Bone.
INTRODUÇÃO
Os cistos e tumores odontogênicos se constituem em entidades de suma importância na patologia oral e maxilo-facial. Tais lesões são frequentemente encontradas na clínica odontológica, sendo o tumor odontogênico queratocístico (TOQ) reportado com uma frequência relativa de 1.3% a 21.5% entre todos os cistos odontogênicos1. Com uma incidência muito menor, cerca de 10% dos cistos queratinizados da mandíbula são revestidos predominantemente de epitélio ortoqueratinizado2, como o cisto odontogênico ortoqueratinizado (COO), que para alguns autores corresponde a uma variação do TOQ, e, para outros, uma entidade patológica distinta.
Apesar de serem consideradas entidades separadas, o TOQ e o COO compartilham algumas semelhanças histológicas, com o comportamento3 clínico dessas lesões extremamente semelhante, porém com taxas de recidivas totalmente diferentes. Considerando-se esse dado, portanto, o exame microscópico torna-se imperativo no diagnóstico final, tratamento e proservação do caso.
Algumas investigações têm demonstrado diferenças comportamentais significativas nas características histológicas e clínicas entre TOQ e COO3.
O TOQ típico é caracterizado por uma cápsula cística forrada por um uniforme epitélio escamoso, paraqueratinizado de células com aparência ondulada e achatada, que apresenta 5 a 10 camadas de células2-4. Com uma camada basal bem desenvolvida de células epiteliais colunares ou cúbicas hipercromáticas arranjadas em paliçada, a qual mostra seus núcleos verticalmente alongados2-3. Podem ser observados ilhas, cordões de epitélio odontogênico, calcificações distróficas ou pequenos cistos-satélites na cápsula de tecido conjuntivo fibroso relativamente delgada, em geral, sem presença de infiltrado inflamatório4. Entretanto, o COO, segundo as amostras do trabalho de Diniz et al., (2010) relata a presença de uma cápsula fibrosa revestida de um epitélio escamoso estratificado, que apresenta superfície ortoqueratinizada de espessura variável3-4. Grânulos de querato-hialina podem ser bem visíveis na camada epitelial superficial subjacente à ortoqueratina. O limitante epitelial pode ser relativamente fino4.
Em contraste com a taxa de recorrência significativa após convencional tratamento cirúrgico do TOQ, o COO mostra pouca agressividade clínica3. A atividade mitótica do TOQ é maior do que a
dos outros cistos odontogênicos, e por isso, tende a recorrer2, enquanto o COO apresenta menor atividade proliferativa, comparado com o TOQ e maior índice de apoptose3.
Os tumores odontogênicos podem ser derivados de proteínas precursoras da odontogênese, mais especificamente da interação de mediadores epitélio-mesenquimais. A proteína SHH, produto
da transcrição do gene SHH, foi relatada para ser expressa no epitélio odontogênico, durante a fase inicial de iniciação do germe dentário, uma etapa da formação dos dentes, associada como uma possível precursora para alguns cistos odontogênicos e tumores1,3.
O COO é um cisto odontogênico de etiologia desconhecida, que ocorre, predominantemente, em adultos jovens, com uma relação homem-mulher de 2:1, principalmente no segmento posterior da mandíbula, sendo que suas características clínicas ou radiográficas não se diferenciam dos outros cistos odontogênicos3-4. Geralmente, a lesão mostra-se radiotransparente e unilocular, podendo, em alguns casos, ser multilocular, e, às vezes, ser confundida com um cisto dentígero4.
O TOQ, entretanto, tem etiologia derivada dos remanescentes celulares da lâmina dentária, e seu crescimento pode estar relacionado com fatores inerentes, desconhecidos do próprio epitélio ou com atividade enzimática na cápsula fibrosa4. Em virtude do comportamento biológico agressivo, das altas taxas de recidivas e das diferenças moleculares existentes entre os queratocistos e as demais lesões císticas odontogênicas, a Organização Mundial da Saúde, em 2005, reclassificou-a como uma neoplasia benigna intraóssea, sugerindo a designação de tumor odontogênico queratocístico1,5.
O TOQ pode ser diagnosticado em pacientes com idade variável, entre 10 e 40 anos, com predileção pelo gênero masculino, envolvendo, normalmente, a região posterior da mandíbula e ramo ascendente. Uma das suas características clínicas é ser, na maioria das vezes, assintomático, com crescimento no sentido ântero-posterior, sem causar expansão óssea evidente. Quando um paciente apresenta TOQ, ele deve ser avaliado para outras manifestações, como a síndrome do carcinoma nevoide de células basais (Gorlin)4.
As lesões podem se apresentar multiloculadas, com área radiotransparente bem definida, com margens regulares e corticais. Associadas a dentes inclusos, em 25% a 40% dos casos, seu aspecto radiográfico sugere diagnóstico de cisto dentígero, contudo a reabsorção radicular dos dentes adjacentes irrompidos é menos comum do que a observada com os cistos radicular e dentígero. Os aspectos radiográficos, entretanto, não são suficientes para o diagnóstico4.
O objetivo do estudo é elucidar por meio do caso clínico em questão, a diferença histopatológica, clínica e radiográfica entre COO e TOQ, pois as opções de tratamento e proservação de tais lesões são distintas, e o correto diagnóstico é de suma importância.
RELATO DE CASO
Este trabalho relata um caso de paciente com 28 anos, gênero masculino que apresentava uma lesão expansiva em hemimandíbula esquerda, com abaulamento vestibular, no fundo de vestíbulo
dos dentes 33 ao 37, assintomática e sem envolvimento da vitalidade pulpar dos dentes 33, 34 e 35 (Figura 1).
Como exames complementares de imagem, foram realizadas radiografia panorâmica e tomografia computadorizada (Figuras 2 e 3). Segundo esses exames, a lesão se apresentou expansiva, com
conteúdo hipodenso, com densidade próxima à de partes moles, de limites bem definidos, localizada na transição entre o corpo esquerdo e a região mentoniana à esquerda da mandíbula, expandindo e afilando contornos corticais, sem associação com componentes de partes moles adjacentes. A imagem manteve íntima relação com a raiz dos dentes incisivos, canino e pré-molares desse lado, acarretando desvio destes. As demais estruturas ósseas não apresentaram alterações; os seios paranasais, com transparência normal; a musculatura, com aspecto tomográfico normal, e o tecido celular subcutâneo, sem alterações apreciáveis, sugerindo a hipótese de um cisto odontogênico. Assim sendo, o exame radiológico não foi suficiente para determinação de uma lesão específica, induzindo a uma biópsia incisional.
O paciente foi submetido à punção aspirativa, com resultado negativo, e à biópsia incisional. O material coletado foi enviado a um laboratório de anatomopatologia cujo laudo revelou tumor odontogênico queratocístico.
Macroscopicamente, segundo a descrição do laboratório de anatomopatologia, a lesão apresentou múltiplos fragmentos irregulares medindo 0.8 x 0.8 x 0.4 cm, granulosos, castanho-amarelados de consistência elástica, tendo em meio áreas pétreas. O espécime foi inteiramente submetido a exame histológico.
Microscopicamente, os fragmentos de parede da estrutura cística se apresentaram revestidos de epitélio estratificado escamoso queratinizado, com múltiplas lamelas de queratina compactadas adjacentes, sem atipias de arquitetura ou de células individuais. O tecido conjuntivo adjacente mostrouse com múltiplos focos de infiltrado mononuclear de predomínio linfocitário, vasos neoformados e áreas de fibrose. Houve presença de pequena trabécula óssea desvitalizada de permeio sem sinais de malignidade.
Assim sendo, o paciente foi submetido à cirurgia de enucleação com curetagem marginal e o procedimento de enxertia por meio da associação de enxerto heterógeno (DFDBA) e PRP, evoluindo sem intercorrências, no pós-operatório. O material coletado durante a enucleação (figura 4) foi encaminhado ao laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP, cujo laudo mostrou lesão cística revestida de epitélio ortoqueratinizado compatível com cisto odontogênico ortoqueratinizado, contradizendo o resultado obtido na biópsia incisional.
No aspecto histológico, observou-se uma cápsula e revestimento epitelial cístico pavimentoso ortoqueratinizado, com camada granulosa evidente e camada basal menos proeminente (figura 5). Após 72 meses de acompanhamento, não foi observado recidiva da lesão.
DISCUSSÃO
A com base nesse relato de caso, pode-se confrontar as características clínicas, radiográficas e histológicas com outros trabalhos acerca dos COO e TOQ.
O COO é caracterizado por uma cavidade que apresenta um epitélio alinhado, sendo uma parcela significativa desse epitélio ortoqueratinizada, com células basais não hipercromáticas, mostrando
pouca tendência a se polarizar ou se arranjar em paliçada, como as do TOQ6. Frequentemente, existe uma camada de células granulares associadas a essa ortoqueratina. E, em razão, de sua ocorrência intraóssea na mandíbula, preferencialmente nas áreas posteriores da mandíbula e de sua capacidade de queratinização nos revestimentos, sugeriu-se, inicialmente, que o COO compartilhava a mesma origem histogênica (da lâmina dentária e seus remanescentes) do TOQ7. No entanto, muitas investigações têm demonstrado diferenças significativas nas características
histológicas e no comportamento clínico (menor potencial de crescimento e menores taxas de recorrência do COO) entre TOQ e COO6. Além disso, as alterações no gene PTCH, comumente descritas na TOQ, não foram observadas em COO6.
Segundo Dong et al. (2010)8, a idade média dos 61 casos diagnosticados de pacientes com COO é 38.9 anos, com predominância do gênero masculino, sendo a relação entre os gêneros masculino e feminino de 2.59: 1, dado consistente com os dados combinados de todos os casos relatados na literatura inglesa de COO (2.26: 1)7,9-10,11-13, porém, maior do que o relatado para o TOQ (variando 1.42: 1 para 1.76: 1)14-17.
Quanto ao aspecto radiográfico, Dong et al. (2010)8 revelaram, em sua pesquisa, que COO apresentou-se com uma lesão radiolúcida unilocular em 87% dos casos, em comparação com os 67.1% dos casos de TOQ, sendo os referidos dados coincidentes com esse relato. Em metade desses casos, algum dente impactado estava associado à lesão, o que não ocorreu no presente relato8.
Segundo Neville et al.(2004)4, o TOQ é tratado de maneira semelhante aos outros cistos odontogênicos, por enucleação ou curetagem. Mas a completa remoção do TOQ é, muitas vezes, difícil devido à natureza friável e à espessura fina da cápsula do cisto, aumentando a sua tendência a recorrer após o tratamento.
De acordo com o relato do caso clínico aqui descrito, pode-se notar a controvérsia de diagnósticos entre um laboratório de análises clínicas gerais para um laboratório de análise específica de lesões associadas à face, considerando, assim, a importância de um conhecimento anatomopatológico específico da área odontológica e de uma avaliação mais cuidadosa dessas lesões. Entretanto, não há pesquisas que abordem essa controvérsia de diagnósticos entre laboratórios. Assim, a complementação da análise histológica com estudos imuno-histoquímicos comprovadamente auxilia na diferenciação do comportamento biológico entre os tumores odontogênicos queratocísticos e os cistos odontogênicos ortoqueratinizados1.
O tratamento do COO, usualmente, é feito através de enucleação com curetagem, sendo raras as recorrências com frequência de 2% em comparação ao TOQ, o qual é de 30% ou mais4.
Embora o tratamento das duas patologias seja enucleação com curetagem, o TOQ precisa ser removido com margem de segurança. Por isso, faz-se uso de terapias adjuvantes, incluindo osteotomia periférica, crioterapia e uso de solução de Carnoy, além da necessidade de maior atenção durante sua proservação por ter maior frequência de recorrências relatadas em razão de fragmentos da cápsula fibrosa que não foram removidos completamente no momento da cirurgia ou ao novo "tumor" que pode ter sido desenvolvido de remanescentes da lâmina dentária no local do TOQ ou adjacenteà lesão de original1,4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A diferenciação histológica existente entre o cisto odontogênico ortoqueratinizado (COO) e o tumor odontogênico queratocístico (TOQ) é de suma importância para a definição do tratamento. Devido aos diferentes índices de recidiva, o tratamento do COO pode ser a enucleação com curetagem. Por outro lado, o tumor odontogênico queratocístico exige tratamento mais invasivo, com curetagem das margens cirúrgicas e proservação mais rigorosa.
É importante também que o laboratório de patologia cirúrgica realize essa diferenciação para auxiliar o cirurgião na opção de tratamento adequado, que minimize a morbidade pós-operatória do paciente.
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Endereço para correspondência:
Rodrigo Dias Nascimento
Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade
de Odontologia São José dos Campos,
Universidade Estadual Paulista
Eng. Francisco José Longo, 777
Jardim São Dimas - São José dos Campos - SP/Brasil.
CEP: 12245-000
e-mail: rodrigo@fosjc.unesp.br
Recebido em 17/08/2011
Aprovado em 21/12/2011