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Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial
versão On-line ISSN 1808-5210
Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.16 no.1 Camaragibe Jan./Mar. 2016
Editorial
O cegamento na pesquisa científica
Blinding in scientific research
A pesquisa científica deve ser imparcial. A falta de cuidado desse item pode gerar a afirmações incorretas. O cegamento é um ponto, dentre outros necessários, que se caracteriza por evitar erros de aferição de dados e consequentemente tendecias indesejaveis. Certamente, artigos em que essa conduta é verificada torna o manuscrito diferenciado e de qualidade superior.
No cegamento, os envolvidos não conhecem em que grupo, controle e experimental foi realizada a intervenção. Detalhes da pesquisa ficam no anonimato de maneira a evitar tendências.
Pode-se classificar o cegamento nos estudos em mono-cego, duplo-cego e triplo-cego. O mono-cego ocorre quando o observado ou observador não conhece a intervenção nos grupos. No duplo-cego, o observado e o observador não conhece a intervenção nos grupos. Entretanto no triplo-cego o observado, o observador e o estatístico (analista de dados) não conhecem a intervenção nos grupos.
Consideramos a seguir as fases para se conseguir um cegamento eficiente para se verificar a ação de um determinado medicamento em cirurgia buco maxilo facial:
α) A Pesquisa deve ser explicada ao observado, no entanto sem saber em qual grupo ocorrerá a intervenção;
β) A intervenção nos observados, seja nos grupos controle e experimental, deve ser aleatória;
γ) A cirurgia deve ser feita pelo cirurgião, seja observador ou não, condicionado ao desconhecimento saber qual droga está sendo pesquisada pelo grupo;
δ) Os dados anotados em ficha própria devem reproduzir as variáveis contínuas e /ou categpricas encontradas com base nos instrumentos de avaliação;
O tratamento de dados deve ser imparcial.
Belmiro C. E. Vasconcelos
Editor Chefe
Prof. Associado e Livre Docente
Universidade de Pernambuco
belmiro.vasconcelos@upe.br