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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

versão impressa ISSN 0004-5276

Resumo

CANEPPELE, Taciana Marco Ferraz  e  BRESCIANI, Eduardo. Resinas bulk-fill - O estado da arte. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. [online]. 2016, vol.70, n.3, pp. 242-248. ISSN 0004-5276.

Apesar de as resinas compostas serem amplamente utilizadas, as mesmas ainda apresentam propriedades a serem melhoradas para um desempenho clínico estendido. A contração de polimerização, resultando em estresse na interface dente-restauração, talvez seja a principal característica a ser melhorada. Assim surgiram as resinas bulk-fill, ou de preenchimento único. Não se sabe se estas resinas devem ou podem substituir as resinas atuais, geralmente de nanotecnologia. Com isso, o objetivo desta revisão é situar o leitor frente às informações disponíveis sobre estas resinas, tanto em estudos laboratoriais quanto em estudos clínicos. Foram selecionados artigos científicos dos anos de 2014, 2015 e 2016, disponíveis no Pubmed, contendo trabalhos que comparassem as resinas bulk com resinas convencionais, para que o panorama atual pudesse ser traçado. Os resultados in vitro mostram uma tendência de contração de polimerização e geração de estresse maior para as resinas bulk fluidas, enquanto que as resinas bulk de consistência regular geralmente apresentam valores de contração e geração de estresse similar às resinas convencionais. Para o grau de conversão em 4mm de profundidade, a maioria dos estudos relata que as resinas atingem fotoativação adequada. Para a resistência flexural, há distribuição similar entre resultados inferiores e similares/superiores para as bulk-fill. Para a fenda e deflexão de cúspide, a grande maioria relata resultados similares ou superiores quando da comparação com resinas convencionais. Os estudos clínicos, com avaliação de 1 a 5 anos, mostram similaridade de comportamento tanto para as resinas bulk-fill fluidas ou regulares. Conclui-se que este novo grupo de materiais representa uma possibilidade para restaurações diretas, principalmente pela facilidade de técnica e similaridade de propriedades em comparação com as resinas convencionais. Não se sabe frente ao exposto, se estes materiais devem ou podem substituir as resinas convencionais, sendo que mais estudos e controles clínicos maiores são necessários.

Palavras-chave : resina composta; propriedades mecânicas; fenda marginal; avaliação clínica..

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