Resumo

LORO, Raphael Carlos Drumond et al. Introdução osteogênica de células da medula óssea humana: um estudo in vitro. RFO UPF [online]. 2012, vol.17, n.1, pp. 72-77. ISSN 1413-4012.

Objetivo: este estudo avaliou a indução osteogênica de células da medula óssea humana por proteína-4 morfogenética óssea recombinante humana (rhBMP-4) e proteínas liberadas pela Saos-2 (linha de células do osteossarcoma humano). Metodologia: a osteoindução, na presença ou na ausência de Saos-2 e/ou rhBMP-4, foi avaliada em células cultivadas de medula óssea humana. Aspectos morfológicos e marcadores de proteínas ósseas (osteonectina, osteopontina e osteocalcina) foram analisados nos dias 1, 2, 5, 8, 11 e 14. A expressão da osteonectina foi avaliada usando imuno-histoquímica com proteína ácida antissecretada e rica em anticorpo cisteína (anti-SPARC). Transcrições de mRNA para osteopontina foram determinadas através de RTPCR, com primers específicos. Resultados: as células de medula óssea aderiram desde o primeiro dia da cultura e se mostraram positivas para osteonectina. Transcrições de mRNA foram detectadas em todas as condições de cultura, desde o primeiro dia. O fato de que células do osteossarcoma humano são fonte adicional do fator de crescimento não afetou a osteoindução. RhBMP-4 regulou a osteoindução apenas durante os primeiros dias da cultura. Osteoblastos foram obtidos a partir de células de medula óssea humana, mesmo na ausência de fatores de crescimento e apresentaram morfologia característica. Células derivadas de medula óssea podem sofrer osteoindução in vitro na ausência de fatores de osteocondução, tais como proteínas morfogenéticas ósseas. Conclusões: este estudo revelou que uma linhagem celular osteoblástica pode ser obtida a partir de células aderentes derivadas de medula óssea humana e que a presença de rhBMP-4 parece ter efeito apenas durante os primeiros estágios da diferenciação.

Palavras-chave : Células-tronco; Imunoistoquímica; Osteoblastos.