Resumo

MACHADO, Cíntia de Vasconcellos et al. Isolamento e cultura de células-tronco derivadas da polpa de dentes permanentes: um método bem sucedido. RFO UPF [online]. 2015, vol.20, n.2, pp. 159-163. ISSN 1413-4012.

Objetivo: estabelecer culturas de células da polpa de dentes permanentes por meio do método explant, avaliando nessas células parâmetros usualmente apresentados por células-tronco, como a expressão de determinados marcadores e a capacidade de diferenciação nas linhagens osteogênica, condrogênica e adipogênica. O estudo também teve como objetivo avaliar a expressão da atividade da enzima ALDH1 (aldeído dehydrogenase1) nas células isoladas. Método: o tecido pulpar obtido a partir de terceiros molares foi acondicionado em placa de seis poços contendo meio de cultura apropriado e armazenado a 37° C e 5% de CO2 para a proliferação celular e aderência ao plástico. As células foram testadas quanto à expressão de marcadores de superfície e à atividade da enzima ALDH1, por meio da citometria de fluxo. Além disso, as células foram avaliadas quanto à capacidade de multidiferenciação. Resultados: as células isoladas mostraram alta expressão para CD44 (98,8%), CD73 (100%) e CD90 (97,2%) e uma expressão moderada para STRO-1 (18,4%) e ALDH1 (16,2%), por meio da citometria de fluxo. Da mesma forma, as células foram capazes de se diferenciar nas três linhagens celulares testadas. Conclusão: os resultados sugerem que o método explant, ou de proliferação celular, é adequado para o isolamento de células-tronco da polpa de dentes permanentes. As células isoladas podem ser consideradas células-tronco, de acordo com os critérios correntes para caracterização de tais células, como aderência ao plástico, expressão de certos marcadores e ausência de outros, assim como capacidade de multidiferenciação, apresentando um potencial promissor para a aplicação na regeneração tecidual.

Palavras-chave : Células-tronco.; Polpa dentária.; Isolamento.; ALDH1..