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Stomatos

versão impressa ISSN 1519-4442

Resumo

PIMIENTA DA SILVA, Amanda; LIMA DOS ANJOS, Aline  e  PERPETUA MOTA FREITAS, Maria. Contaminação de cones de papel absorvente e cones de guta percha utilizados em endodontia: avaliação "in vitro". Stomatos [online]. 2017, vol.23, n.44, pp. 33-40. ISSN 1519-4442.

O tratamento endodôntico tem como objetivo promover a desinfecção do canal radicular. Para isso, instrumentos e materiais devem estar livres de microrganismos, visto que poderão contribuir para a instalação e/ou persistência de lesões perirradiculares após o fechamento do canal. Apesar dos cones de papel e de guta-percha serem produzidos em condições assépticas, eles podem ser contaminados por fatores como aerossóis e/ou aspectos físicos durante sua armazenagem, bem como pelo manuseio, mesmo quando removidos cuidadosamente de suas embalagens. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a presença de contaminação microbiana de três marcas comerciais tanto de cones de papel absorvente consideradas estéreis, quanto de cones de guta-percha, em embalagens não estéreis, conforme disponibilizadas pelo fabricante, bem como após a colocação para uso clínico. Metodologia: Foram avaliados 120 cones, sendo 60 de papel absorvente e 60 de guta percha, ambos das marcas Dentsply Maillefer® sistema Protaper universal (Ballaigues, Suisse), VDW GmbH® sistema Mtwo (Bayerwaldstr, Munich, Alemanha) e Meta Biomed® (Cheongju-si, Chungbuk, Korea), divididos em doze grupos (n=10, cada). Para avaliação microbiológica, esses materiais foram submetidos a testes para detecção do crescimento bacteriano, determinado através do turvamento do meio de cultura. Resultados: Os dados mostraram que nenhuma das marcas, conforme disponibilizadas pelo fabricante, apresentou turvamento nas embalagens estéreis ou não estéreis, sugerindo ausência de crescimento bacteriano. Já para as embalagens após colocação para uso clínico, os cones de guta percha da marca Meta Biomed® mostraram-se contaminados. Pode-se concluir que as embalagens conforme disponibilizadas pelos fabricantes, tanto para cones de papel quanto gutapercha, mostraram-se isentas de contaminação e, portanto, confiáveis, diferente das embalagens abertas e colocadas para uso clínico, justificando a utilização de uma rotina de descontaminação desses cones antes da sua utilização clínica.

Palavras-chave : Endodontia; esterilização; cones; contaminação; biossegurança; Amanda.

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