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Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial

versão On-line ISSN 1808-5210

Resumo

SILVA NETO, Joaquim Celestino; PONTUAL, Andréa dos Anjos  e  CARIBE, Pérola Michelle Vasconcelos. Avaliação linear da espessura óssea da região mentual para enxertos ósseos intraorais. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. [online]. 2010, vol.10, n.2, pp. 77-82. ISSN 1808-5210.

O processo alveolar das maxilas e da mandíbula sofre reabsorção após a remoção das raízes dos elementos dentários, ou mesmo, diante de lesões neoplásicas, traumáticas e infecciosas. Inicialmente a reabsorção impossibilita a reabilitação dos pacientes edêntulos devido a possíveis não adaptação das próteses e falta de altura para implantes. Isso pode acarretar severos danos à sua saúde, tais como: disfunções fonéticas, incapacidade mastigatória, má nutrição, além de repercussão na estética facial que gera distúrbios psicológicos e/ou socials Para reconstrução dos processos alveolares e posterior implante dentário, pode-se utilizar enxertos ósseos, em especial os autógenos, os quais podem ser retirados de áreas doadoras intra ou extraorais. Dentre as áreas doadoras intraorais destaca-se a região mentoniana da mandíbula por caracterizar-se pela baixa morbidade e fácil acesso cirúrgico. O objetivo deste estudo foi o de mensurar, através de medidas lineares, a massa de tecido ósseo disponível para doação na região mentoniana, utilizando a tomografia computadorizada por reconstrução volumétrica associada ao software Dental Slice®. As variáveis analisadas foram: espessuras corticais e medulares da região onde se localizam os dentes incisivos centrais, incisivos laterais e caninos, respeitando-se os limites de 3mm abaixo da raiz dos caninos e 3mm acima do bordo cortical inferior da mandíbula e determinando-se as medidas de volume da área possível para doação de enxerto. Foram analisados pacientes do sexo masculino e feminino, com idade acima dos 24 anos para respeitar o período de crescimento tardio da mandíbula. Os resultados mostraram que a média da área mentual disponível para possível doação óssea forma um paralelepípedo com 1.61 cm3. O bloco retangular da área mentoniana de pacientes masculinos possui: 10,32mm de altura; 24,40mm de comprimento; 2,31mm de região cortical e 5,21mm de região medular. A área doadora de pacientes femininos possui: 8,79mm de altura; 23,67mm de comprimento; 2,18mm de região cortical e 4,54mm de região medular. Após a realização deste trabalho, pode-se concluir que, em média, há 1.61 cm3 de material ósseo na região mentoniana para possível doação de enxerto e que existe diferença significante nas medidas quando analisada a variável de gênero, esclarecendo a existência do dimorfismo sexual nas medidas realizadas.

Palavras-chave : Transplante Ósseo; Enxerto Ósseo; Perda Óssea Alveolar; Reabsorção Óssea.

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