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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

versão impressa ISSN 0004-5276

Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. vol.66 no.1 Sao Paulo Jan./Mar. 2012

 

ARTIGO ORIGINAL

 

A ausência de radiopacidade em alguns cimentos de ionômero de vidro

 

The absence of radiopacity of some glass ionomer cements

 

 

Karina Monteleone Lachowski MestreI; Narciso Garone NettoII; Sergio Brossi BottaIII; Adriana Bona MatosIV; Maria Angela Pita SobralV

IDoutoranda
IIProfessor Titular
IIIProfessor Doutor - Pós-doutorando
IVLivre-docente - Professora Associada
VLivre-docente - Professora Associada

Autor para correspondência

 

 


 

RESUMO

A radiopacidade é um pré-requisito imprescindível para materiais utilizados como base e forramento de restaurações. Possibilita que o profissional identifique a presença do material, permitindo a diferenciação com a estrutura dental adjacente. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a radiopacidade de materiais de base e forramento disponíveis para uso clínico e comparar com a radiopacidade do esmalte e dentina. Materiais e Métodos: Foram analisados: 13 marcas comerciais de cimento de ionômero de vidro, 1 amálgama e 1 resina composta. Foram confeccionados três corpos de prova com espessura de 1 mm para cada cimento de ionômero de vidro e para cada material restaurador. Obteve-se 1 espécime, com 1 mm de espessura, de esmalte/dentina através de um corte transversal da coroa dental. As tomadas radiográficas foram feitas com o sistema digital RVG 5000 Kodak e tempo de exposição de 0,32 segundos. As imagens obtidas foram trabalhadas no programa Image Tool® obtendo-se os valores médios de cinza. A análise estatística ANOVA, seguida pelo teste de Tukey (p˂0,05) detectou diferenças consideráveis. Resultados: Alguns cimentos de ionômero de vidro apresentaram radiopacidade inferior à da dentina e inadequada segundo as normas ISO 9917, sendo considerada insuficiente para um correto diagnóstico radiográfico. Conclusão: Conclui-se que existem cimentos de ionômero de vidro indicados como base e forramento de restaurações disponíveis para aquisição com radiopacidade imprópria para serem detectados radiograficamente.

Descritores: radiografia dentária digital; cimentos de ionômeros de vidro; falha de restauração dentária; dentina


 

ABSTRACT

The radiopacity is an essential prerequisite for materials used as a base liner and restorations and allows the professional to identify the presence of the material allowing the differentiation from the adjacent tooth structure. Objectives: The aim of this study was to evaluate the radiopacity of base and liner materials available for clinical use and compare to the radiopacity of enamel and dentin. Materials and methods: 13 glass ionomer cements, one resin composite and one amalgam were evaluated. Three specimens with 1 mm thickeness for each glass ionomer cement and restorative material were prepared. Cross section was made from a third molar dental crown to obtain enamel and dentin specimen with thickness of 1 mm. Radiographs were taken with digital system Kodak RVG 5000 and exposure time of 0.32 seconds. The images were analysed through the programe Image Tool® to obtain the mean grey values. Statistical test ANOVA followed by Tukey test (p<0.05) detected considerable differences. Results: Some glass ionomer cements presented radiopacity lower than dentin, considered insufficient for a correct radiographic diagnosis, according to ISO 9917. Conclusion: It was concluded that some base and liner materials available for purchase have an inadequaderadiopacity to be detected radiographically.

Descriptors: radiography, dental, digital; glass ionomer cements; dental restoration failure; dentin


 

 

RELEVÂNCIA CLÍNICA

Uma radiopacidade apropriada é um pré-requisito imprescindível para materiais empregados em restaurações. Alguns cimentos de ionômero de vidro não apresentam radiopacidade suficiente para serem distinguidos das estruturas vizinhas, alertando o clínico que estes materiais podem levar ao erro de diagnóstico.

 

INTRODUÇÃO

No passado, de um modo geral, o paciente procurava o clínico para tratamento dental restaurador quando havia dor, lesões de cárie visíveis ou restaurações deslocadas. O grande esforço praticado pela Odontologia, nos últimos tempos, conscientizou a população da necessidade de frequentes consultas ao Cirurgião-Dentista. Muitos pacientes passaram a procurar o profissional sem uma causa aparente de alteração dental, mas sim, para prevenir que problemas dentais em estágios iniciais, e não percebidos pelo indivíduo, fossem detectados precocemente, evitando, como ocorria no passado, uma destruição descontrolada de seus dentes. Assim, o paciente busca no tratamento preventivo restaurador não somente o tratamento de lesões de cárie, mas também o controle das restaurações existentes.

Na Dentística Restauradora, o controle das restaurações existentes é efetuado durante o exame clínico e a análise radiográfica. A procura por cáries secundárias, falhas de contorno proximal, espaços em margens gengivais e a proximidade com a polpa são detectados em radiografias, desde que o material apresente contraste com as estruturas vizinhas.

Os cimentos de ionômero de vidro (CIV) apresentam diversas propriedades positivas como: liberação de flúor, biocompatibilidade, adesão à estrutura dental e coeficiente de expansão térmica semelhante ao dente1,2. Assim, esse material possui uma ampla indicação de uso: base e forramento de restaurações, cimentação de peças ortodônticas e protéticas, restauração, núcleo de preenchimento e selante de fóssulas e fissuras3,4,5. Aos poucos este material foi substituindo materiais empregados no passado com a função de proteger o complexo dentino-polpa, como material de base ou ainda como cimento provisório. Além das propriedades já citadas, esse material apresenta cor semelhante à estrutura dental, é de fácil aplicação e pode compensar a contração de polimerização das resinas compostas ao ser empregado sob estas restaurações6. Convém lembrar ainda, que o CIV resino-modificado do tipo fotoativado proporciona a facilidade de controle de presa e a realização do condicionamento ácido logo após sua presa.

Uma radiopacidade apropriada dos materiais restauradores passou a ser um requisito essencial, porém muitas vezes não tem sido levado em consideração pelos fabricantes. As resinas compostas no passado eram radiolúcidas e podiam ser facilmente confundidas com lesões de cárie. Ainda hoje é possível encontrar restaurações realizadas com resina composta radiolúcida e, portanto, devemos estar atentos. Com o avanço tecnológico, as resinas compostas passaram a apresentar radiopacidade adequada, de modo a facilitar sua presença e relação com os tecidos adjacentes em uma simples tomada radiográfica.

Porém, o mesmo não pode ser afirmado quando o material empregado é um cimento de ionômero de vidro. Na prática clínica, é possível encontrar CIV que não apresentam radiopacidade suficiente; dessa maneira, não permitem sua identificação durante o exame radiográfico, como pode ser observado nas Figuras 1 e 2.

Diversos clínicos têm relatado que já se depararam com alguns cimentos de ionômero de vidro disponíveis no mercado brasileiro com radiopacidade insuficiente para serem diagnosticados como materiais de base e forramento. Tem sido comum também o relato de que alguns convênios odontológicos não aprovam algumas restaurações realizadas, pois alegam que o profissional não removeu todo o tecido cariado, quando na verdade tratava-se de um forramento da cavidade realizada com cimento de ionômero de vidro.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a radiopacidade de diversos cimentos de ionômero de vidro que podem ser empregados como materiais de proteção ou bases de restaurações disponíveis para aquisição no mercado brasileiro.

 

 

 

 

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram analisadas 13 marcas comerciais de cimentos de ionômero de vidro, disponíveis comercialmente e comparadas com esmalte, dentina, resina composta (Z100 3M ESPE St. Paul, MN, EUA) e amálgama (GS80, SDI Products, Bayswater, Victoria, Australia). Os CIVs estudados, o fabricante, o lote e a composição estão dispostos na Tabela 1.

Foram confeccionados três corpos de prova com 1 mm de espessura para cada material, a partir de matrizes de plástico pré-fabricadas circulares, com 4 mm de diâmetro. Para minimizar a incorporação de bolhas e falhas nos corpos de prova, os CIVs foram inseridos nas matrizes até o seu total preenchimento com o auxílio de uma seringa Centrix (DFL, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Os materiais que necessitavam de fotoativação foram fotoativados pelo tempo preconizado pelos fabricantes (20 a 40 segundos) com o aparelho Degulux® Soft Start (Degussa Dental, Hanau, Alemanha). Os corpos de prova de resina composta e amálgama foram inseridos nas matrizes com o auxílio de instrumentos específicos para cada material. O amálgama foi condensado e a resina composta fotoativada por 40 segundos.

Para o preparo dos espécimes de esmalte e dentina, foi utilizado um terceiro molar humano, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Local (protocolo 01/11). Um fragmento com 1 mm de espessura da região coronária foi obtido, no sentido transversal, de modo que apresentasse estrutura de esmalte e dentina simultaneamente.

Os corpos de prova foram posicionados sobre um sensor digital (RVG 5000 Kodak, Kodak Company, Marne-la-Vallée, França), que, por sua vez, era fixado a um suporte de alumínio para mantê-los paralelos ao plano horizontal e permitir uma tomada radiográfica no sentido perpendicular ao plano horizontal. Foi feita a tomada radiográfica com o aparelho de raios X periapical Gnatus (70 kVp–7 mA, Gnatus Equipamentos Odontológicos LTDA, Ribeirão Preto, SP, Brasil) conectado ao sistema digital Kodak RVG 5000 (Trophy for Eastman Kodak Company, Marne-la-Vallée, França), com tempo de exposição de 0.32 segundos distante 30 cm. As imagens radiográficas obtidas foram armazenadas em um computador (Samsung SyncMaster 753DFX, Seul, Coreia do Sul) conectado ao aparelho digital por meio do programa que acompanha o sistema, Software Kodak Dental Imaging (Software 6.8 KDIS Patient File, Eastman Kodak Company, Marne-la-Villée, França).

As imagens obtidas foram exportadas, no formato JPG (Joint Photograpfic Groups), de forma que ficassem disponíveis ao programa Image Tool® (versão 2.00, The University of Texas Health Science Center, San Antonio, TX, EUA). Foram obtidos histogramas dos níveis de cinza e suas representações numéricas. Esse método consiste na criação de janelas de análise, no centro do corpo de prova, que possuem dimensões definidas por quatro pontos, formando um retângulo (30 X 30 pixels). A partir da definição desta janela de análise, foi possível obter o histograma dos níveis de cinza. O cinza mais escuro ou preto recebeu o valor de "0" (número de pixels) e o mais claro, ou branco, o valor de "255".

Para a análise estatística, o teste ANOVA foi utilizado para a comparação entre as médias dos valores de cinza dos materiais estudados, seguido pelo Teste de Tukey, utilizado para detectar as diferenças entre eles. O nível de significância foi de 5%.

 

RESULTADOS

As médias de valores de cinza obtidos pelos cimentos de ionômero de vidro, amálgama, resina composta, esmalte e dentina estão apresentados na Figura 3. As imagens radiográficas obtidas dos diferentes materiais estudados podem ser visualizadas na Figura 4.

De acordo com os resultados encontrados, o amálgama apresentou a maior radiopacidade, muito superior em relação aos demais materiais e estruturas dentais.

O cimento de ionômero de vidro "Ionomaster" foi o material que apresentou a menor radiopacidade, seguido pelo "Maxxion" e "Bioglass R", sendo estatisticamente diferente em relação a todos os demais materiais. Esses materiais apresentaram radiopacidade inferior à da dentina.

"Vidrion" F, "Bioglass F" e "Vidrion R" apresentaram radiopacidade estatisticamente semelhante a da dentina.

"Ketac Molar", "Vitremer", "Vitro Fil", "Magic Glass" e "Vitrebond" apresentaram radiopacidade superior à da dentina e semelhante à do esmalte.

"Riva SC" e "Riva LC", apresentaram radiopacidade superior à do esmalte e equivalente à radiopacidade da resina composta Z100.

 

DISCUSSÃO


O material de base e forramento deve ser suficientemente radiopaco para que seja possível localizá-lo, e assim delimitar a interface dente-restauração e diferenciá-lo da estrutura dental7.

No passado, os materiais indicados para proteção pulpar ou base de restaurações como: cimentos de óxido de zinco, fosfato de zinco, policarboxilato e hidróxido de cálcio apresentavam radiopacidade suficiente para serem distinguidos das estruturas vizinhas. Os cimentos de ionômero de vidro passaram a ser indicados por suas propriedades vantajosas em relação aos materiais antigos. No entanto, temos verificado que alguns fabricantes não estão se preocupando o suficiente em relação à radiopacidade destes materiais. Uma imagem radiográfica radiolúcida abaixo de uma restauração radiopaca, como está acontecendo com alguns cimentos de ionômero de vidro disponíveis no mercado brasileiro, pode induzir o profissional ao erro de diagnóstico fazendo-o crer que a área radiolúcida trate-se de uma infiltração por cárie. Certamente, o profissional substituirá a restauração desnecessariamente.

Dentro do esperado, o amálgama, por se tratar de um metal, é um material que confere alto grau de radiopacidade e não há dúvidas radiográficas quanto à sua presença.

A espessura de 1 mm foi selecionada porque recentemente8 verificou-se que nessa espessura é possível visualizar diferenças entre materiais nas imagens radiográficas e é a espessura comumente empregada para base e forramento de restaurações.

De acordo com as normas ISO 40499 e ISO 991710, uma resina composta ou um cimento de ionômero de vidro, respectivamente, devem apresentar radiopacidade igual ou superior à mesma espessura de dentina. A radiopacidade dos materiais analisados apresentou-se muito variada. De acordo com os resultados encontrados, três dos materiais estudados (Ionomaster, Maxxion e Bioglass) estão fora das normas da ISO 991710. A baixa radiopacidade destes materiais pode ser confundida com tecido cariado ou "espaços vazios".

 

 

 

 

 

 


No entanto, essa norma da ISO tem sido algumas vezes questionada. Diversos autores na literatura11,12,13,14,15,16 acreditam que um material deve ser diferenciado da estrutura dental e da lesão de cárie sem dificuldade, a fim de facilitar seu diagnóstico; portanto, a radiopacidade deveria ser superior a do esmalte. Se essa opinião fosse levada em consideração, somente o "Riva SC" e o "Riva LC" estariam dentro destes padrões. No entanto, esta consideração deve ser vista com cautela, pois o excesso de radiopacidade pode mascarar o diagnóstico de cárie adjacente.

Para conferir radiopacidade os fabricantes podem optar por diferentes elementos químicos na composição de seus produtos: Bário, Zinco, Alumínio, Estrôncio, Silício, Ítrio, Itérbio ou Lantânio17,18,19. A radiopacidade é proporcional à quantidade de óxido radiopaco presente na composição20. O Bário e o Zinco são os elementos químicos mais encontrados nas formulações, porém quanto maior o número atômico do elemento incorporado ao material maior é a capacidade de absorção de raios X21. O Itérbio que apresenta número atômico (Z)=70 dá maior radiopacidade do que Bário (Z=56), Ítrio (Z=39), Estrôncio (Z=38), Zinco (Z=30), Silício (Z=14) e Alumínio (Z=13). Assim, fica claro porque o cimento de ionômero de vidro "Maxxion", que possui Silício em sua composição, apresentou radiopacidade insuficiente para ser detectado radiograficamente. Por outro lado, outros fabricantes têm conferido radiopacidade, semelhante ou superior a do esmalte, aos seus produtos empregando o Estrôncio na composição: "Vitro Fil", "Vitrebond", "Riva LC" e "Riva SC". Já o cimento de ionômero de vidro "Magic Glass" deve conter altas proporções de Fluoraluminosilicato para apresentar o valor de radiopacidade encontrado nesta pesquisa. Este composto apresenta baixa radiopacidade9, no entanto, outro elemento químico pode ter sido adicionado e não divulgado pelo fabricante.

Os cimentos de ionômero de vidro que se apresentaram mais radiolúcidos, coincidentemente os produzidos no Brasil, foram os que continham em sua composição os elementos químicos ou compostos radiopacos com menores números atômicos (Fluoraluminosilicato, Alumínio ou Bário). Concordamos com outros pesquisadores22 que as propriedades dos materiais dependem de sua composição, mas que podem alterar a sua radiopacidade. Provavelmente, a incorporação de elementos químicos de maior número atômico ou de maiores proporções aos cimentos de ionômero pode prejudicar a propriedade estética e ainda elevar o custo do produto.

A radiopacidade de um material odontológico funciona como uma valiosa ferramenta de diagnóstico, principalmente no acompanhamento de restaurações em longo prazo e, portanto, os fabricantes devem se preocupar em oferecer materiais com a devida radiopacidade. Cabe ao profissional preocupado em oferecer ao seu paciente um bom trabalho, procurar por produtos que satisfaçam a necessidade de radiopacidade para o correto acompanhamento radiográfico das restaurações. Cabe aos pesquisadores avaliarem periodicamente os novos produtos lançados pelos fabricantes.

 

CONCLUSÃO

Concluiu-se que existem cimentos de ionômero de vidro que não conferem radiopacidade apropriada para serem detectados radiograficamente, podendo conduzir o clínico ao erro de diagnóstico.

 

AGRADECIMENTOS

Este trabalho é parte da tese submetida à Faculdade de Odontologia da USP (Fousp), como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Dentística da Fousp.

 

REFERÊNCIAS

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Autor para correspondência:
Maria Angela Pita Sobral
Departamento de Dentística
Av. Prof. Lineu Prestes, 2227
Cidade Universitária - São Paulo - SP
05508-000
Brasil

e-mail: mapsobra@usp.br

CEP/Fousp protocolo nº 01/11

Recebido em: out/2011
Aprovado em: dez/2011