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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

 ISSN 0004-5276

     

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Temperatura durante a fresagem óssea. Estudo comparativo das técnicas de irrigação

 

Temperature during drilling bone. Comparative study of the irrigation techniques

 

 

André Luís Del NeroI; Sérgio Alexandre GehrkeII; Nilton De Bortoli Jr.III; Luiz Carlos ZanattaIV

ICirurgião-Dentista - Aluno do Curso de Especialização da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) Regional de São Bernardo do Campo/SP
IIDoutor em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre/RS e Professor da Universidade Católica do Uruguai, Montevideo (URU)
IIIProfessor - Coordenador do Curso de Especialização APCD Regional de São Bernardo do Campo/SP
IVProfessor do Curso de Especialização da APCD Regional de São Bernardo do Campo/SP

Autor para correspondência

 

 


RESUMO

A fresagem óssea em implantodontia é um evento que demanda muito cuidado no que diz respeito ao controle da elevação da temperatura. Através da instalação de termopares, foram mensuradas as temperaturas máximas atingidas no osso medular e no osso cortical de fêmur bovino durante osteotomias para instalação de implantes osseointegrados. Foram realizadas 32 perfurações com profundidade de 15 mm, velocidade rotacional da broca em 1.200 rpm, torque de 35 N, carga de 2 Kg e brocas helicoidais de 2,0 mm de diâmetro. Para medir a temperatura do osso foram utilizados dois termopares tipo K acoplados a um termômetro digital portátil, sendo um na cortical óssea a 3 mm de profundidade (termopar 1), e o segundo a 15 mm de profundidade, no tecido ósseo medular (termopar 2). Em metade das perfurações foi utilizada a técnica de dupla irrigação que permite, além da irrigação externa ao osso, a passagem do líquido irrigante pelo interior da broca. Nas outras 16 perfurações foram utilizadas apenas a irrigação externa a fim de diminuir o calor gerado durante o preparo do local de instalação do implante. Os resultados comprovam que o aumento maior da temperatura está no osso cortical apesar da profundidade da perfuração e que, em comparação com a irrigação externa, a dupla irrigação é mais eficiente no controle do aquecimento durante as osteotomias, diminuindo o risco de superaquecimento e consequentes injúrias ósseas.

Descritores: osteotomia; temperatura extrema; implante dentário; osseointegração; instrumentos cirúrgicos


 

ABSTRACT

The drilling bone in implantology is an event that demands a lot of care with respect to the control of temperature increase. By using thermocouples, the highest temperatures reached in medular and cortical bones of bovine femur were measured during osteotomies to install osseointegrated implants. It was performed 32 perforations with rotational speed of the drill in 1200 rpm, 15 mm of depth, 35 N torque, 2 Kg-load and helicoid drills with 2 mm of diameter. To measure the temperature of the bone were used two type K thermocouples attached to a portable digital thermometer, and a cortical bone 3 mm in depth (thermocouple 1), and the second 15 mm deep in the bone marrow (thermocouple 2). In half of the total number of the perforations it was used the double-irrigation technique which promotes the external irrigation and also allows flowing of irrigating solution inside the drill. In the other 16 perforations it was used only the external irrigation to reduce the heat generated during the perforation. The results prove that temperature increases most in the cortical bone despite the perforation depth and in comparison with the external irrigation only, the double-irrigation technique is more efficient to control the heating during osteotomies decreasing the risk of overheating and consequent bone injuries.

Descriptors: osteotomy; maximum temperature; dental implants; osseointegration; surgical instruments


 

 

RELEVÂNCIA CLÍNICA

Com a crescente utilização dos implantes dentais na clínica odontológica, torna-se necessário que o profissional esteja atento para os possíveis problemas decorrentes da utilização inadequada dos instrumentos e técnicas destinados a realização desse tipo de procedimento. Assim, esse artigo visa chamar a atenção para a possibilidade de aquecimento do tecido ósseo durante o preparo para a instalação de implantes.

 

INTRODUÇÃO

A estabilidade mecânica inicial dos implantes dentais é uma das condições indispensáveis para se alcançar a osseointegração, porém, fatores biológicos devem ser observados e respeitados durante a preparação do local do implante e após a sua instalação1. Esta estabilidade biológica tem interferência direta no processo de osseointegração e pode ser comprometida se houver um aquecimento ósseo durante a fresagem que promova a desnaturação da fosfatase alcalina, provocando necrose óssea2.

O limite de temperatura que o tecido ósseo pode alcançar está entre 44°C e 47°C por um minuto3. Vários fatores influenciam no aumento da temperatura durante o preparo do leito cirúrgico para a colocação do implante, tais como, a carga utilizada pelo operador, a velocidade rotacional, o desenho e o diâmetro da broca, o desgaste das brocas devido a inúmeras utilizações, movimentos constantes ou intermitentes utilizados durante a osteotomia, o tecido ósseo mais ou menos corticalizado e o tempo gasto para a perfuração4,5,6,7. Para amenizar esses fatores, técnicas de irrigação são utilizadas para controle do calor gerado durante as perfurações, como a técnica de irrigação externa, onde o irrigante (água ou soro fisiológico) é dispensado na cortical óssea durante a osteotomia promovendo a refrigeração externamente ao osso e à fresa8. Outra técnica pesquisada e utilizada desde a década de 80, para minimizar o aumento da temperatura durante as perfurações ósseas, é a de irrigação interna, onde o material irrigante percorre o interior da broca através de um orifício9.

Alguns métodos são conhecidos e utilizados para medir a temperatura óssea durante a osteotomia, tais como, a termografia infravermelha, que é um método indireto capaz de mensurar a temperatura da superfície de um corpo através de uma escala de cores8, ou através de termopares instalados diretamente próximos ao local da perfuração10.

Nesse estudo in vitro foi mensurada a temperatura óssea durante as perfurações iniciais com broca de diâmetro 2,0 mm em osso do fêmur bovino, através de termopares, comparando as diferentes temperaturas atingidas pelo osso durante a perfuração para se preparar o leito receptor do implante. O intuito foi avaliar e comparar a importância das técnicas de irrigação no controle da temperatura óssea durante as osteotomias para instalação de implantes osseointegrados, comparando o sistema de irrigação externa com o de dupla irrigação (interna e externa).

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Para esse estudo, um equipamento com base de madeira revestida por metal e hastes metálicas foi especialmente desenhado e construído, onde um peso de 2 Kg foi colocado sobre a plataforma do equipamento, garantindo sempre a mesma carga sobre a ponta da broca durante todas as perfurações, não tendo a interferência humana durante o experimento e, assim, não tendo variações na força de perfuração do cirurgião entre as amostras e durante a osteotomia. Para as perfurações, um contra ângulo cirúrgico, marca Dentscler, MX 2423, com redução de 16:1, foi fixado ao equipamento, permitindo sempre a mesma angulação e a mesma redução em todas as osteotomias. Motor cirúrgico marca Driller, modelo BLM 350, foi acoplado ao contra ângulo garantindo a mesma velocidade rotacional das brocas (1.200 rpm), o mesmo torque (35 N) e a mesma quantidade de 50 ml/min. dispensada do irrigante (60%) durante todo o experimento.

Foram utilizadas duas brocas helicoidais de 2,0 mm de diâmetro (Implacil De Bortoli – Produtos Odontológicos Ltda, São Paulo/SP), sendo uma com orifício interno para irrigação interna, denominada de Grupo 1 (G1) (Figura 1a) e outra sem o orifício permitindo somente a irrigação externa, denominada de Grupo 2 (G2) (Figura 1b).

Para a técnica de irrigação interna foi utilizada uma cânula metálica bipartida (chamado de ¨F¨ de irrigação) que permite a passagem do irrigante pelo interior da broca com orifício interno, sendo utilizado como irrigante soro fisiológico (Cloreto de Sódio 0,9%) em temperatura ambiente.

Para medir a temperatura do osso, foram utilizados dois termopares tipo K acoplados a um termômetro digital portátil (Tenmars, modelo TM 364), o qual está certificado com uma precisão de +/- 0,28°C quando utilizado numa temperatura entre 0 e 50°C, que é a faixa de variação da temperatura atingida quando se realiza perfurações para instalação de implantes endoósseos.

Foram selecionadas para este experimento oito amostras da parte média da diáfise de oito fêmures bovinos, com cerca de 10 cm de comprimento e cerca de 10 mm de cortical óssea cada. As amostras foram congeladas até um dia antes do experimento, sendo utilizadas em temperatura ambiente no momento das osteotomias (~25º C).

Foram realizadas duas perfurações numa distancia de 3 mm entre elas, numa profundidade de 15 mm cada, utilizando-se primeiramente técnica com irrigação interna e externa, e posteriormente, outras duas perfurações, na outra extremidade da mesma amostra, com broca de irrigação externa.

Os termopares tipo K foram instalados entre as perfurações, sendo um na cortical óssea a 3 mm de profundidade, identificado com termopar 1, e o segundo a 15 mm de profundidade, no tecido ósseo medular, identificado como termopar 2 (Figura 2). Para a realização desses procedimentos foi confeccionado um guia de resina acrílica a fim de permitir um padrão único para o local das perfurações e instalações dos termopares.

Assim, foram realizadas 32 perfurações no total, sendo 16 utilizando-se irrigação interna e externa e outras 16 apenas irrigação externa. Em cada perfuração foi registrada a temperatura máxima atingida tanto na cortical óssea (termopar 1), quanto no tecido medular (termopar 2).

 

 

 

 

 

RESULTADOS

Na tabela a seguir estão registradas duas temperaturas máximas atingidas em graus Celcius em cada perfuração, sendo a primeira no osso cortical com uma proximidade de 1 mm do local da perfuração e uma profundidade de 3 mm, e a segunda no tecido ósseo medular a 15 mm de profundidade.

A média do aumento da temperatura no tecido ósseo cortical quando utilizada a dupla irrigação foi de 42,29%, e quando se utilizou somente a irrigação externa foi de 48,52%. A técnica de irrigação externa apresentou, portanto, um aumento da temperatura no osso cortical 6,23% maior em comparação com a dupla irrigação.

No tecido ósseo medular, em média, verificou-se 5,17% de aumento quando se utilizou as irrigações interna e externa e 7,41 % nas osteotomias realizadas com somente a irrigação externa, apresentando uma variação bastante pequena no aumento da temperatura e pouca diferença entre os grupos.

 

 

 

 

 

DISCUSSÃO


Sabe-se que o aumento da temperatura óssea durante a preparação do leito para a instalação de implante é de causa multifatorial11, devendo ser utilizados todos os recursos disponíveis para que não ocorra superaquecimento com dano ao tecido ósseo, como a utilização de movimentos intermitentes de perfuração7, carga adequada à velocidade rotacional5, contra-ângulo com redução e torque do motor de implante adequados12, não utilização de brocas com desgaste6,13, observação da densidade do tecido ósseo a ser perfurado14, observação da região cortical ou medular a ser trabalhada4, diminuição no tempo de perfuração15 e utilização da técnica de dupla irrigação, principalmente quando se perfura tecido cortical compacto9,16,17.

Alguns autores4,8, utilizaram a termografia para mensurar a temperatura gerada durante as osteotomias em seus experimentos. Outros autores10,12,18,19, utilizaram a técnica de instalação de termopares que são dispositivos elétricos com larga aplicação para medição de temperatura. No presente trabalho, de acordo com a maioria dos autores, foram utilizados termopares para mensurar o calor gerado na cortical e na medular óssea das amostras de tecido ósseo não vital.

Constatou-se observando os resultados do presente estudo que o local onde se gera maior calor, apresentando um grande risco de superaquecimento, é a região de cortical óssea, onde o tecido é muito mais compacto do que o medular, o qual apresentou resultados de aumento de temperatura inicial muito menores, mesmo sendo realizadas perfurações de 15 mm de profundidade, onde foi atingido apenas o tecido medular ósseo. Estas observações estão em acordo com o trabalho realizado por outros autores4, que consideraram a cavidade medular como uma região de dissipação térmica, não apresentando um aumento significativo de temperatura durante as perfurações. Além disso, autores14descreveram que a densidade ósseaé muito mais importante na elevação da temperatura do que a profundidade da osteotomia.

Observando os resultados do presente trabalho (Gráficos 1 e 2), é possível verificar que houve um maior desvio padrão nas fresagens do osso cortical, demonstrando que a densidade óssea apresenta grande importância na interferência do aumento da temperatura. Ainda, verificou-se a necessidade de um maior tempo para se proceder as osteotomias nessa porção, sendo que isso também foi observado em outros estudos14.

Foi observado nesse estudo que, em média, as segundas perfurações atingiram temperaturas máximas maiores que as primeiras perfurações, indicando que o tecido ósseo não é um bom condutor térmico, em concordância com o trabalho realizado por outros autores12.

Foram utilizadas no presente trabalho brocas de diâmetro de 2,0 mm novas para que não tivesse interferência do desgaste durante os experimentos, pois vários autores6,7,13 afirmaram que a capacidade do corte dos instrumentos é de extrema importância para a osseointegração e que o desgaste das brocas provocam aumento da temperatura do tecido ósseo.

No presente trabalho se obteve como resultado um aumento da temperatura menor quando se utilizou a técnica de dupla irrigação em comparação com a irrigação externa, durante as osteotomias, com uma diferença de 6,23% na porção óssea cortical entre os dois grupos. Isso está em concordância com estudos que relataram que as perfurações quando realizadas com a dupla irrigação não provocaram necrose óssea em seus experimentos, e que a irrigação interna é mais eficiente do que a externa no ponto de vista histológico17.

Vários autores4,8,10,20, concluíram, que a técnica de irrigação externa é suficiente para controlar o aumento da temperatura durante as perfurações ósseas, não permitindo que se ultrapasse o limite aceitável para conseguir a regeneração óssea e consequente osseointegração dos implantes, porém, tais autores realizaram as osteotomias atingindo o osso medular. No entanto, em outro experimento, foi afirmado que a realização de osteotomias com somente irrigação externa provoca necrose óssea em tecido ósseo cortical em regiões profundas17.

 

CONCLUSÃO

Através dos resultados obtidos e dos métodos utilizados, é possível concluir que a técnica de irrigação interna e externa associadas é mais eficiente no controle da temperatura gerada durante as osteotomias para instalação de implantes, em comparação com a irrigação externa, diminuindo o risco de dano térmico ao osso, principalmente em regiões de cortical óssea onde há a presença de um tecido mais compacto, necessitando de um maior controle. Nas perfurações com profundidade de 15 mm, onde a broca atinge a medular óssea, a dupla irrigação também é mais eficiente, porém, o aumento da temperatura na medular é significativamente menor em comparação com a cortical próxima ao início da perfuração.

 

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Autor para correspondência:
Sérgio Alexandre Gehrke
Rua Dr. Bozano, 571
Centro – Santa Maria – RS
97015-001
Brasil

e-mail: sergio.gehrke@hotmail.com

Recebido em: set/2011
Aprovado em: fev/2012