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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

versão impressa ISSN 0004-5276

Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. vol.67 no.3 Sao Paulo  2013

 

RELATO DE CASO CLÍNICO

 

Aplicação de um novo sistema adesivo universal: relato de caso

 

Aplication of a new universal adhesive system: case report

 

 

Carlos KoseI; Eloisa Andrade de PaulaII; Alexandra Patricia Mena SerranoIII; Lidia Yileng TayIV; Alessandra ReisV; Alessandro Dourado LoguercioVI; Jorge PerdigãoVII

I DDS, MS - Aluno de Doutorado em Odontologia. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná - Brasil
II DDS, MS - Aluno de Doutorado em Odontologia. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná - Brasil
III DDS, MS - Aluno de Doutorado em Odontologia. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná - Brasil
IV DDS, MS - Aluno de Doutorado em Odontologia. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/ Paraná - Brasil
V DDS, PhD - Professor adjunto. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná - Brasil
VI DDS, MS, PhD - Professor adjunto. Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa/Paraná - Brasil
VII DDS, MS, PhD - Professor titular. Faculdade de Odontologia da Universidade de Minnesota, Minneapolis, EUA

COEP/UEPG nº 48/2012

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Apesar de se tentar com que os adesivos atuais sejam cada vez mais simplificados e versáteis, até o momento o clínico deve optar por adesivos autocondicionantes ou convencionais. O presente relato de caso visa apresentar a aplicação clínica de um novo sistema adesivo considerado universal, pois pode ser usado na técnica autocondicionante ou convencional. Foram realizadas restaurações de lesões cervicais não cariosas com as várias possibilidades de aplicação do adesivo Single Bond Universal, ou seja, aplicando o ácido fosfórico em toda a cavidade e deixando a dentina seca ou úmida; aplicando o ácido fosfórico apenas no esmalte, ou aplicando apenas o adesivo sem a utilização do ácido fosfórico. Após a realização das restaurações com resina composta, estas foram avaliadas inicialmente e após seis meses. Os resultados demonstraram um excelente desempenho clínico quando este novo sistema adesivo foi utilizado em quaisquer das estratégias propostas. Estudos de longa duração e um maior número de casos clínicos devem ser realizados para comprovar os resultados aqui apresentados.

Descritores: Adesivos dentinários; resinas compostas; dentina.


ABSTRACT

In spite of trying to make the current adhesive systems more simplified and versatile, until the moment the clinician should choose self-etch or etch-and-rinse adhesives. This case report aims to present the clinical application of a new adhesive system considered as universal, as it can be used under the self-etch or etch-and-rinse protocols. Caries-free cervical lesions were restored with the different application modes of the adhesive Single Bond Universal, that is, etching the entire cavity leaving dry or moist dentin, enamel etching only or applying the adhesive without etching. After finishing the restoration with resin composite, there were evaluated at baseline and after 6 months. The results demonstrated an excellent clinical behavior when this new adhesive system was used under any protocol proposed. Long term studies and more clinical reports are needed to prove the results here presented.

Descriptors: dentin-bonding agents; composite resins; dentin.


 

 

RELEVÂNCIA CLÍNICA

Apesar de o lançamento de novos sistemas adesivos no mercado ocorrer frequentemente é de grande importância mostrar ao clínico a sua correta forma de aplicação para garantir a longevidade das restaurações.

 

INTRODUÇÃO

Atualmente, os sistemas adesivos podem ser classificados de acordo com a abordagem de união aos substratos dentários em adesivos que usam o condicionamento ácido como passo separado, também chamados de adesivos convencionais, ou os autocondicionantes, que não usam o ácido como passo separado. Os sistemas convencionais necessitam da desmineralização dos substratos dentais, esmalte e dentina, através do condicionamento ácido antes da aplicação do adesivo. São subdivididos em três passos: condicionamento ácido, primer e adesivo; e dois passos: condicionamento ácido e primer/adesivo. Os sistemas autocondicionantes apresentam, dentro de sua composição, monômeros ácidos que desmineralizam e infiltram os substratos simultaneamente, podendo ser encontrados de dois passos: primer e adesivo; ou simplificados de passo único, sendo dois frascos misturáveis ou em apenas um frasco1,2.

Apesar da menor longevidade laboratorial e clínica, relacionada aos adesivos simplificados em comparação aos não-simplificados3,4, aqueles têm sido desenvolvidos em grande parte devido à necessidade de simplificação da técnica e do tempo de aplicação, facilitando a utilização por parte dos clínicos2,5.

Em relação aos sistemas adesivos convencionais, o maior problema é a sua susceptibilidade à umidade dentinária6, que invariavelmente faz com que não haja uma correta infiltração por toda a malha de colágeno desmineralizada, ocasionando os primeiros focos para a degradação da interface de união4, levando à maior probabilidade de ocorrência de sensibilidade pós-operatória.

Isto pode, pelo menos em parte, ser evitado pela utilização de sistemas autocondicionantes, já que estes materiais têm a capacidade de, após a remoção parcial e/ou total da smear layer, incluí-la na camada híbrida, diminuindo, assim, a potencial sensibilidade pós-operatória causada pela incompleta infiltração de monômeros resinosos nos túbulos dentinários7,8.

Por outro lado, os adesivos autocondicionantes apresentam um baixo padrão de condicionamento do esmalte, ocasionando menores valores de adesão ao esmalte e, consequentemente, um maior percentual de descoloração marginal nas margens de esmalte em estudos clínicos8,9. Para superar essa limitação, é indicada a realização do procedimento de condicionamento ácido seletivo do esmalte previamente à utilização dos sistemas autocondicionantes10,11 e, inclusive, alguns fabricantes têm indicado na bula dos materiais o condicionamento seletivo do esmalte antes da utilização dos adesivos autocondicionantes. Contudo, o ácido fosfórico pode acidentalmente ser levado até a dentina, em especial em grandes cavidades ou quando é usado um ácido fosfórico na forma de semi-gel; isto levaria a que os sistemas autocondicionantes estivessem sendo aplicados em dentina como sistemas convencionais, deixando, portanto, de ter sentido o seu uso. A literatura registra resultados controversos quando o condicionamento ácido da dentina é realizado antes da aplicação de um adesivo autocondicionante12,13.

Entretanto, o que clínico quer saber é: 1) posso usar apenas um material adesivo para todas as situações clínicas? 2) qual material adesivo devo escolher? A resposta à primeira pergunta é sim, mas a resposta à segunda questão parece ser um pouco mais complexa, de tal forma que, atualmente, muitos experts têm indicado a utilização de dois adesivos: um adesivo que usa o condicionamento ácido, em especial os simplificados para os dentes anteriores e os autocondicionantes de dois passos para os dentes posteriores.

Assim, recentemente alguns fabricantes (3MESPE, GC Corporation, Ultradent e Bisco), no intuito de facilitarem a vida do clínico, lançaram sistemas adesivos que podem ser utilizados tanto como autocondicionantes, como com condicionamento ácido total de esmalte e dentina. Um exemplo deste material é o sistema Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, St.Paul, EUA), lançado no Brasil em 2012. Baseado nas informações acima, este relato de caso tem o objetivo de apresentar as várias possibilidade técnicas de aplicação do sistema adesivo Single Bond Universal (3M ESPE, St.Paul, EUA) utilizado em lesões cervicais não cariosas.

 

RELATO DE CASO

Paciente do sexo masculino, 30 anos de idade, apresentou no exame clínico lesões cervicais não cariosas nos dentes 23, 24, 14 e 15 (Figuras 1a, 1b, 1c e 1d), todas com características semelhantes: não apresentavam sensibilidade dental ao ar, à sondagem ou espontaneamente, grau de esclerose tipo 1, 50% da borda em esmalte e 50% em dentina, as lesões apresentavam profundidade aproximada de 1mm e angulação de 90° e sem faceta de desgaste.

Antes dos tratamentos restauradores foi realizada profilaxia com pedra pomes, isolamento absoluto com dique de borracha e grampo 212 modificado, para impedir a contaminação por saliva e permitir melhor visualização da lesão. Nestes casos, foi escolhido o sistema adesivo Single Bond Universal Adhesive (3MESPE, St. Paul, MN, EUA), um novo material adesivo que pode ser usado de várias formas. A técnica restauradora escolhida para cada dente está descrita a seguir:

• Condicionamento ácido total mantendo a dentina seca (CT seco)

No dente 23 (Figura 1a) foi realizado o condicionamento do esmalte e dentina com ácido fosfórico 34% (Single Bond Universal Etchant – 3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 15 segundos (Figura 2a), lavado durante 15 segundos, secado com jato de ar até o esmalte e a dentina não apresentarem umidade, sem promover nenhum ressecamento (Figura 3a). Foi aplicado o Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 20 segundos de forma ativa (Figura 4a) e logo um leve jato de ar por 5 segundos, a fotopolimerizacão foi realizada com aparelho LED (Radii-cal SDI, Victoria, Austrália) durante 10 segundos.

• Condicionamento ácido total com dentina úmida (CT úmido)

No dente 24 (Figura 1b) foi feito o condicionamento do esmalte e dentina com ácido fosfórico 34% (Single Bond Universal Etchant – 3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 15 segundos (Figura 2b), lavado por 15 segundos e secado com jato de ar, tomando-se o cuidado para não ressecar a dentina, deixando- a ligeiramente úmida (Figura 3b). Foi aplicado o Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 20 segundos de forma ativa (Figura 4b) e logo um leve jato de ar por 5 segundos, fotopolimerizacão com aparelho LED (Radii-cal SDI, Victoria, Austrália) durante 10 segundos.

• Autocondicionante com condicionamento ácido no esmalte (AC seletivo)

No dente 14 (Figura 1c) foi feito o condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico 34% (Single Bond Universal Etchant – 3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 15 segundos (Figura 2c), lavado durante 15 segundos, e secado com leve jato de ar (Figura 3c), foi aplicado o Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, St.Paul, EUA) durante 20 segundos de forma ativa (Figura 4c) e logo um leve jato de ar por 5 segundos, fotopolimerização com aparelho LED (Radii-cal SDI, Victoria, Austrália) durante 10 segundos.

• Autocondicionante de 1 passo (AC)

No dente 15 (Figura 1d) não foi realizado condicionamento ácido (Figura 2d), a lesão foi lavada e secada, o Single Bond Universal Adhesive (3M ESPE, St.Paul, EUA) foi aplicado diretamente sobre o esmalte e dentina de forma ativa durante 20 segundos (Figura 4d) e logo um leve jato de ar por 5 segundos, fotopolimerização com aparelho LED (Radii-cal SDI, Victoria, Austrália) durante 10 segundos.

Todas as restaurações foram realizadas com a resina composta Filtek Z350 XT (3M ESPE, St.Paul, EUA) (Figuras 5a, 5b, 5c e 5d), ao passo que cada porção foi fotopolimerizada por 30 segundos. As figuras 6a, 6b, 6c e 6d mostram as restaurações finais antes do acabamento e polimento para cada técnica.

Na mesma sessão, após a remoção do dique de borracha, as quatro restaurações receberam acabamento com ponta diamantada de granulação extrafina (2200FF, KG Sorensen, São Paulo, SP, Brasil) e polimento com a sequência de borrachas de polimento Astropol (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein).

Após seis meses da realização das restaurações, o paciente foi novamente chamado para avaliação e exame clínico. Verificou- se a presença de sensibilidade dental, retenção, fratura, infiltração marginal e pigmentação da restauração de acordo com critérios internacionais para a realização deste tipo de avaliação14 (Hickel et al., 2007). Como resultado da avaliação, nenhuma restauração apresentou quaisquer das falhas apontadas acima, o que demonstra que as quatro técnicas foram efetivas (Figuras 7a, 7b, 7c e 7d) no período de seis meses.

 

 

 

DISCUSSÃO

O Single Bond Universal Adhesive é um material recentemente lançado no mercado e, apesar disso, manteve a base monomérica do sistema adesivo Adper Single Bond (sem carga) e Adper Single Bond 2 (com carga). Estes últimos materiais demonstraram excelentes resultados clínicos em períodos de avaliação de seis a 36 meses em lesões cervicais não cariosas15-19.

O excelente padrão de retenção é atribuído à presença do ácido polialquenóico, composto base dos ionômeros de vidro Vitrebond e Vitremer, que tem sido utilizado em praticamente todos os sistemas adesivos da 3M ESPE. Embora haja certa controvérsia em relação à adição de ácido polialquenóico3, acredita-se que a presença deste co-polímero forme complexos na região superficial da camada híbrida e dentro dos túbulos dentinários20, que podem estabilizar a interface de união, fazendo um efeito de relaxamento de tensões1. Van Landuyt et al. (2007)21, em uma recente revisão sobre os componentes dos sistemas adesivos, indicam que a inclusão deste monômero na composição do adesivo é realizada para melhorar a estabilidade em meio úmido22.

Entretanto, até a extensão do nosso conhecimento, a presença do composto na formulação deste material não foi ainda avaliada e futuros estudos devem ser realizados para comprovar tal hipótese. Entretanto, no caso do Single Bond Universal Adhesive, outro componente muito importante foi adicionado na composição, o 10-metacriloiloxidecil di-hidrogênio fosfato, conhecido como 10-MDP. Apesar da literatura odontológica sempre indicar que os padrões de retenção obtidos pelos materiais adesivos atuais se devem basicamente à interação micromecânica através da formação da camada híbrida, a presença de 10-MPD tem mudado este conceito. Alguns autores propuseram o conceito de nano-camada para caracterizar a interação química que ocorre entre alguns monômeros químicos e a estrutura dentária, neste caso notadamente o 10-MDP23.

Após o prévio condicionamento (adesivos convencionais) ou autocondicionamento, os íons cálcio que permanecem logo abaixo da malha de colágeno desmineralizada ou que se difundem para dentro da camada híbrida (autocondicionantes), quando em contato com o 10-MDP, iniciam uma interação química na forma de nano-camadas, em um processo que é conduzido até a formação de um sal de MDP-Ca. Esta adesão química tem sido responsável pelos excelentes resultados laboratoriais24 e clínicos9,15 de adesão com o Clearfil SE Bond (Kuraray), adesivo autocondicionante que contém 10-MDP.

Estudo publicado recentemente25 demonstrou que o sistema Single Bond Universal Adhesive também tem capacidade de adesão química ao dente, sendo esta ligeiramente inferior a do adesivo Clearfil SE Bond, devido possivelmente à interação entre diferentes componentes químicos presentes no material. Isto também foi demonstrado por Perdigão et al.26 (2012b).

Entretanto, outros detalhes adicionados à forma de aplicação do material também ajudam a explicar os excelentes resultados clínicos aqui apresentados, em especial a aplicação vigorosa. Já foi demonstrado que a aplicação vigorosa de adesivos autocondicionantes melhora a resistência de união imediata e diminui a degradação da união ao longo do tempo27,28

Da mesma forma, a aplicação vigorosa melhorou a adesão imediata de adesivos convencionais, mesmo quando aplicados em dentina seca e esta adesão foi mantida ao longo do tempo em estudos laboratoriais e clínicos6,29. Isto se deve ao fato de que a aplicação vigorosa melhora a infiltração dos monômeros dentro da dentina, sejam eles convencionais ou autocondicionantes, e colabora na evaporação do solvente.

Como o Single Bond Universal Adhesive é um material recentemente lançado no mercado, poucos estudos foram publicados com este material; contudo, avaliação realizada por Perdigão et al.26 (2012b) demonstrou que a resistência de união deste adesivo quando aplicado à dentina úmida ou seca foi semelhante, o que aponta uma grande vantagem do uso deste material. Além disso, também foi avaliada a adesão ao esmalte, e neste caso, o uso do condicionamento seletivo do esmalte previamente à aplicação do material na sua forma autocondicionante foi fundamental para a melhora da resistência de união.

Mena-Serrano et al. (2012)30 avaliaram clinicamente 200 restaurações em lesões cervicais não cariosas onde foi aplicado o adesivo Single Bond Universal, nas quatro técnicas descritas neste relato de caso. Após seis meses de avaliação clínica, apenas quatro restaurações falharam (3 do grupo autocondicionante e 1 do grupo convencional seco), sendo, portanto, considerado excelente o desempenho clínico, assim como demonstrado neste relato de caso.

Futuros estudos devem ser realizados para comprovar as hipóteses aqui levantadas, e estudos de longevidade necessitam ser realizados para se verificar o comportamento clínico dos materiais aqui avaliados.

 

CONCLUSÃO

Mais estudos, especialmente clínicos de longa duração, são ainda necessários para determinar a efetividade deste novo produto; entretanto, sua versatilidade de uso como convencional ou autocondicionante faz com que seja um material desejado pelos clínicos.

 

APLICAÇÃO CLÍNICA

A versatilidade do sistema adesivo Universal diminui a possibilidade de se cometerem erros durante a aplicação do material, facilitando seu uso, já que pode ser usado associado ou não ao ácido fosfórico.

Utilizando um único material, único frasco, o clínico pode decidir que técnica poderá efetuar de acordo com cada caso.

 

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Paulo Alexandre Silva
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Recebido em: mar/2013
Aprovado em: mai/2013