SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.69 número3 índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

versão impressa ISSN 0004-5276

Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. vol.69 no.3 Sao Paulo Jul./Set. 2015

 

Artigo original (Autor convidado)

 

Disposição dos Cirurgiões-Dentistas para identificar condições médicas em consultório odontológico

 

Dentists' willingness to identify medical conditions in a dental setting

 

 

Marina GallottiniI; Cibele PelissariII; Ney Soares de AraújoIII

 

I Professora titular da disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp)
II Aluna do curso de doutorado em Odontologia - Patologia e Estomatologia Básica e Aplicada da Fousp
III Professor titular da disciplina de Patologia Bucal do Instituto São Leopoldo Mandic

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

Objetivo: As doenças crônicas não transmissíveis bem como a infecção pelo HIV e as hepatites virais representam hoje problemas de saúde importantes liderando as causas de mortes e causando grande gasto de dinheiro público. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as atitudes e vontade de Cirurgiões- Dentistas brasileiros em relação a detecção de condições médicas em consultório odontológico, e comparar os resultados com pesquisa semelhante conduzida com Cirurgiões-Dentistas americanos. Material e métodos: Entrevistamos 323 Cirurgiões-Dentistas de São Paulo. O questionário anônimo avaliou a opinião e disposição dos Cirurgiões-Dentistas em realizar procedimentos médicos no consultório odontológico. A escala de respostas de 5 pontos incluía 1 (muito importante/ muito disposto) até 5 (muito pouco importante/ muito pouco disposto). Resultados: Igualmente aos Cirurgiões-Dentistas americanos, a maioria dos entrevistados acredita ser muito importante detectar doença cardiovascular (80.8%), hipertensão (83.3%), diabetes (83.3%), infecção pelo HIV (86%), e hepatite (86.7%). A maioria está disposta a realizar exame com resultado imediato (54% dos Cirurgiões-Dentistas), mas apenas 47% estão dispostos a discutir o resultado de exames com o paciente imediatamente após realizá-lo. Menos da metade dos entrevistados (47%) consideram seguro saúde como "muito importante" na decisão de incorporar ou não os exames médicos no consultório. Tempo, custo, responsabilidade legal e a vontade do paciente foram considerados "muito importantes" pela maioria dos entrevistados. Conclusão: A maioria dos Cirurgiões-Dentistas brasileiros entrevistados acredita que a triagem para condições médicas em cadeira odontológica seja muito importante e estão dispostos a conduzir um rastreio para condições médicas específicas em consultório odontológico..

Descritores: doença crônica; triagem; consultórios odontológicos; doenças cardiovasculares; diabetes mellitus


 

ABSTRACT

Objective: Non-communicable diseases as well as HIV infection and viral hepatitis represents today a major health problem leading causes of death and great expenditures for society. The objective of this survey was to assess Brazilians dentists' attitudes and willingness regarding chairside medical screening in the dental office, and compare the results with a similar survey conducted with American dentists. Material and methods: We interviewed 323 dentists from São Paulo city. The anonymous questionnaire aimed assessing the opinions of dentists in relation to medical procedures in the dental office. The 5-point response scale enclose 1 (very important/very willing) to 5 (very unimportant/very unwilling). Results: In the same way as the American dentists, the majority of the respondents believed it is very important for dentists to conduct screening for cardiovascular disease (80.8%), hypertension (83.3%), diabetes (83.3%), human immunodeficiency virus (86%), and hepatitis (86.7%). Most are willing to conduct screening that generated immediate results (54%), but only 47% are disposed to discuss results immediately with the patient during the dental visit. Less than half of interviewed dentists (47%) considered that having insurance coverage was "very important" in deciding whether or not incorporating medical screening into dental practice. Time, cost, liability and patient´s willing were considered more important among majority of the respondents. Conclusion: Most respondents believed that chair side screening for medical conditions was very important and were disposed to conduct screening for specified medical conditions in a dental setting.

Descriptors: dental offices; cardiovascular diseases; diabetes mellitus; triage; chronic disease


 

 

RELEVÂNCIA CLÍNICA

Os resultados deste estudo sobre a realização de testes para diagnóstico de condições médicas em consultório odontológico pode encorajar mudanças na abordagem educacional do Cirurgião- Dentista e ajudar a definir o papel dos Cirurgiões-Dentistas como profissional da saúde.

 

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos alguns estudos têm se preocupado com as possíveis relações entre saúde bucal e sistêmica, particularmente a associação entre doença periodontal com a diabetes e doenças cardiovasculares.1 Estas duas condições são crônicas e de prevalência alta no Brasil em muitos outros países, e apesar de ainda não estar suficientemente comprovada, a busca de evidências sobre a associação entre estas condições tem despertado o interesse de vários pesquisadores e incitado discussões entre os profissionais da saúde. Dentre elas tem se discutido o papel dos Cirurgiões-Dentistas no tratamento de pessoas com doenças sistêmicas crônicas, bem como a sua importância no rastreamento e detecção de condições específicas de saúde.2

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), tais como doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, neoplasias malignas, doenças pulmonares, bem como a infecção pelo HIV e as hepatites virais, constituem problemas de saúde importantes e são responsáveis por grandes gastos públicos relacionados à prevenção e tratamento, incluindo exames, medicamentos e internações. Estima-se que no ano de 2020, as DCNT serão responsáveis por 80% da carga de doença dos países em desenvolvimento. Atualmente, nesses países, a aderência aos tratamentos para essas condições chega a ser apenas de 20%.3

Segundo a Associação Americana de Diabetes, em 2012, 9,3% da população americana, ou 29.1 milhões de pessoas, tinham diabetes, e deste total, 8,1 milhões de pessoas não estavam diagnosticadas. 4 No Brasil, pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) demonstrou que existiam em 2007 em nosso país cerca de 6 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes e apontou uma prevalência de 18,6% na população com idade acima de 65 anos. A VIGITEL ainda revelou aumento de 40% da diabetes entre 2006, primeiro ano do levantamento, e o ano de 2012. O percentual de pessoas que declararam ter diabetes passou de 5,3% para 7,4% no período, alcançando 11% em grandes centros urbanos como São Paulo.5

As doenças cardiovasculares (DCV) foram responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no Brasil no ano de 2011, de acordo com dados do Ministério da Saúde.6 Isso significa que mais de 308 mil pessoas faleceram principalmente de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), naquele ano. A alta frequência do problema coloca o Brasil entre os 10 países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares no mundo.6 Nos Estados Unidos, o Centro de Controle de Doenças (CDC) juntamente com a Associação Americana de Cardiologia divulgaram que 33.0% dos adultos americanos sofrem de hipertensão, e que que a maioria deles tem um controle inadequado da doença.7

Além do impacto na mortalidade, as doenças crônicas estão associadas com aumento da morbidade, perda da qualidade de vida e aumento dos custos do governo com os seus cidadãos. Com o aumento da expectativa de vida, espera-se que a incidência e prevalência destas condições aumentem, sendo importante a realização de medidas efetivas para o controle de morbidade e mortalidade. Tais medidas começam com o a identificação de indivíduos com risco aumentado de desenvolver a doença. Em muitos casos as pessoas não percebem os fatores de risco ou esses fatores são inadequadamente controlados.

De acordo com Greenberg e colegas10, a American Dental Association (ADA) constatou que, em 2003, 60% dos homens adultos (maiores de 45 anos), nos Estados Unidos, visitaram seus Cirurgiões- Dentistas, o que sugere que esse profissional, se rastreasse algumas doenças, poderiam aumentar a detecção de indivíduos com predisposição para tais condições e consequentemente estes se beneficiariam com o diagnóstico precoce. Dados revelam que entre os homens de 40 anos de idade ou mais sem histórico de problemas cardíacos ou acidentes cardiovasculares, que não consultaram o médico nos últimos doze meses, foi encontrada a possibilidade de risco de desenvolver doenças cardíacas graves em pelo menos dez anos em 18,3% deles, tendo sido esta identificação realizada por Cirurgião-Dentista.8 Estimulados por este dado, Greenberg e colegas9 conduziram um estudo, em 2007, para determinar se o Cirurgião-Dentista poderia identificar o risco de doenças cardíacas entre indivíduos que desconhecessem sua predisposição e que não tinham consultado um médico nos últimos doze meses. Os resultados demonstraram que 17% dos pacientes analisados, que desconheciam sua predisposição, estavam propensos a desenvolver problemas cardíacos em até dez anos a partir da realização da pesquisa e demonstraram a viabilidade e possível eficácia da rotina em clínicas odontológicas como uma estratégia adicional para identificar pacientes com risco para desenvolver doenças cardíacas graves.9

Preocupados em saber a opinião dos Cirurgiões-Dentistas em relação ao seu papel em detectar sinais e sintomas de doenças sistêmicas crônicas, além das alterações cardiovasculares, em consultório odontológico, dois grupos de pesquisadores americanos, aplicaram um questionário com quatro tipos de questões e com cinco opções de resposta para cada pergunta que variavam de "acho muito importante" até "não acho nada importante". Em ambas as pesquisas os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados achou muito importante que o Cirurgião-Dentista realizasse screening para doenças sistêmicas, tais como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, infecção pelo HIV e hepatites virais, em seus pacientes odontológicos.2,10

Considerando que diagnosticar e tratar previamente doenças sistêmicas crônicas pode evitar ou retardar o início da doença ou amenizar o seu curso, com consequente diminuição da morbidade e mortalidade, e partindo dos estudos conduzidos nos Estados Unidos2,10, nos propusemos a avaliar a disposição do Cirurgião-Dentista brasileiro em realizar certos procedimentos no consultório odontológico para rastreio e detecção de alterações sistêmicas. Conhecer a aceitabilidade dos Cirurgiões-Dentistas brasileiros e perceber as barreiras sobre ter uma conduta médica no consultório odontológico, irá fornecer valiosas informações para se estabelecer novas propostas na área da Odontologia e novas políticas de educação em Odontologia e saúde.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Entrevistamos 323 Cirurgiões-Dentistas que participaram de um congresso anual da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD), em São Paulo, e Cirurgiões-Dentistas que participaram de cursos de atualização na Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Faculdade de Odontologia (FUNDECTO) da USP. Todos os entrevistados participaram da pesquisa voluntariamente, após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. O questionário anônimo visou avaliar a opinião dos Cirurgiões- Dentistas em relação às condutas médicas para screening de doenças no consultório odontológico.

O questionário usado foi o mesmo elaborado pelos estudos prévios2,10, aplicados para Cirurgiões- Dentistas americanos, porém traduzido e adaptado para a língua portuguesa pelos autores deste trabalho, a fim de que pudéssemos comparar as respostas dadas por Cirurgiões-Dentistas americanos e Cirurgiões-Dentistas brasileiros. O questionário foi composto por quatro blocos de perguntas acrescidos de questões pessoais para compor o perfil demográfico dos entrevistados (Quadro 1). As respostas eram de múltipla escolha e incluíam cinco

 

 

 

opções para as perguntas do bloco 1 e 4: "acho muito importante", "acho importante", "não sei", "acho pouco importante" e "acho muito pouco importante"; e cinco opções para as perguntas do bloco 2 e 3: "me sinto muito disposto", "me sinto disposto", "não sei", "me sinto pouco disposto", "me sinto muito pouco disposto".

 

RESULTADOS

Dos 323 entrevistados, 63.57% (205/323) eram do sexo feminino, sendo que 37,5% (121/323) tinham idade entre 20 e 30 anos. Quando perguntados se achavam importante identificarem pacientes com risco para doenças sistêmicas 91% acharam "muito importante" e 9% acharam "importante". A maioria dos Cirurgiões-Dentistas considerou "muito importante" pesquisar ou identificar pacientes com doenças cardiovasculares (80,8%), hipertensão (83,3%), diabetes mellitus (83,3%), infecção por HIV (86%) e hepatite (86.7%), em seus consultórios odontológicos. Eles se consideraram "muito dispostos" a realizar exame na cadeira odontológica com resultado imediato (55,4% dos dentistas), discutir resultado de exame com o paciente imediatamente após realizá-lo (47%) e encaminhar o paciente para o médico (74,3%), sendo que 11,7% estariam "pouco dispostos" a realizar coleta na cadeira e mandar as amostras para o laboratório. A maioria dos entrevistados estaria "muito disposto" para coletar fluido oral para diagnóstico salivar (59,4%), gota de sangue por punctura digital (45,5%), aferir pressão arterial (70,6%) e poucos estariam "muito dispostos" a verificar peso e altura (36,2%). Caso considerassem realizar exames em suas práticas odontológicas, a maioria dos entrevistados achou "muito importante" considerar o tempo gasto (61%), o custo (60,7%), a vontade do paciente (69%) e a responsabilidade legal deste ato (75,5%). Menos da metade (43%), considerou "muito importante" a cobertura destes procedimentos pelo convênio. Todas as respostas estão resumidas na Tabela 1.

 

DISCUSSÃO

O século XXI trouxe uma importante revolução tecnológica e científica que proporcionou o desenvolvimento de novos medicamentos e avanços terapêuticos, melhorando a qualidade de vida e aumentando a longevidade dos doentes e, consequentemente, aumentando a população idosa mundial.

Algumas doenças passaram a compor o leque das doenças ditas sistêmicas crônicas, como por exemplo, a infecção pelo HIV. Outras passaram a ter prognósticos muito mais satisfatórios quando comparados ao passado. Desta forma, hoje em dia é muito provável que os dentistas estejam atendendo em seus consultórios pacientes com diversas doenças crônicas, cientes ou não desse fato.

A partir dos resultados obtidos nessa pesquisa, podemos perceber que o Cirurgião-Dentista brasileiro acha importante detectar certas condições sistêmicas em consultório odontológico. A simples detecção de sinais e sintomas e o correto encaminhamento deste paciente para o médico competente pode antecipar o diagnóstico, melhorando o prognóstico de vida deste indivíduo. Nossos resultados foram muito semelhantes às respostas obtidas nas entrevistas direcionadas aos Cirurgiões-Dentistas norte americanos. Porcentagens que variaram de 71% a 86.7% dos Cirurgiões-Dentistas americanos e brasileiros, respectivamente, consideram importante o Cirurgião-Dentista examinar o paciente em cadeira odontológica para sugerir ou diagnosticar hipertensão, diabetes, hepatite viral, infecção pelo HIV e doença cardiovascular.

Curiosamente menos Cirurgiões-Dentistas, brasileiros bem como americanos, consideraram importante conversar e aconselhar seus pacientes em relação ao peso e altura corpórea. Sabemos que o índice de massa corporal (IMC) é uma das variáveis a serem consideradas no cálculo do risco de doença cardiovascular. No entanto, os Cirurgiões-Dentistas não se sentem confortáveis para abordar esse assunto com seus pacientes. Uma das explicações para isso poderia ser a cultura que relaciona estética a baixo peso.

Sendo DCV a principal causa de morte no mundo, de acordo com OMS, e sabendo que os principais fatores de risco para seu desenvolvimento estão relacionados à idade, alto índice de colesterol, pressão alta, fumo e diabetes, observar precocemente essas alterações é importante para prevenir e auxiliar no diagnóstico e controle, caso a doença já esteja instalada. Nesse aspecto, o Cirurgião-Dentista ao aferir a pressão arterial, verificar a glicemia e conhecer a taxa de colesterol no consultório, pode possibilitar que ele identifique essas alterações e atue não como o profissional que fará o diagnóstico da DCV, mas sim como o intermediário entre o paciente e o médico.

A partir dos nossos resultados também foi possível observar que a preocupação que os Cirurgiões-Dentistas têm em relação a doenças contagiosas, tais como a hepatite infecciosa e a infecção pelo HIV, está mais relacionada com a possibilidade de contaminação ocupacional durante o atendimento odontológico do que com o estado de saúde do paciente em si. Outro resultado importante diz respeito ao fato de que apenas 47% dos entrevistados estariam dispostos para discutir imediatamente os resultados dos exames obtidos com o paciente. Este achado pode sugerir que mais da metade dos entrevistados não se sente preparado para interpretar prontamente os resultados obtidos.

 

CONCLUSÃO

Nossos resultados mostraram que os Cirurgiões-Dentistas consideram importante e estariam dispostos a verificar sinais e sintomas de doenças sistêmicas em consultório odontológico e encaminhar os pacientes para o médico, quando necessário. Resta reforçarmos a formação do Cirurgião-Dentista no campo médico. Não para que ele seja um "concorrente", mas para que ele seja um interlocutor, e que na condição de profissional de saúde possa propiciar diagnósticos precoces e possibilitar com isso prognóstico mais favorável para pacientes com doenças sistêmicas crônicas.

 

 

 

REFERÊNCIAS

1. Aarabi G, Eberhard J, Reissmann DR, Heydecke G, Seedorf U. Interaction between periodontal disease and atherosclerotic vascular disease - Fact or fiction? Atherosclerosis. 2015;241(2):555-560.         [ Links ]

2. Laurence B. Dentists consider medical screening important and are willing to incorporate screening procedures into dental practice. J Evid Based Dent Pract. 2012;12(3 Suppl):32-3.

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.28p.: http://189.28.128.100/dab/docs/geral/documento_norteador.pdf Consultado em 22 de julho de 2015.

4. National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion (US). National diabetes statistics report, 2014: estimates of diabetes and its burden in the United States [Internet]. Atlanta: National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion; 2014 [cited 2015 Jan 19] 12 p. Modo de acesso:http://www.cdc.gov/diabetes/pubs/ statsreport14/national-diabetes-report-web.pdf Consultado em 20 de julho de 2015.

5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. Vigitel Brasil 2012: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

6. http://www.brasil.gov.br/saude/2011/09/doencas-cardiovasculares, consultado em 23 de julho de 2015.

7. Go AS, Mozaffarian D, Roger VL, Benjamin EJ, Berry JD, Blaha MJ, et al. Heart disease and stroke statistics--2014 update: a report from the American Heart Association. Circulation 2014;129(3):e28-e292.

8. Glick M and Greenberg BL. The potential role of dentists in identifying patients' risk of experiencing coronary heart disease events. J Am Dent Assoc. 2005; 136:1541-1546.

9. Greenberg BL, Glick M, Goodchild J, Duda PW, Conte NR, Conte M. Screening for cardiovascular risk factors in a dental setting. J Am Dent Assoc. 2007; 138:798-804.

10. Greenberg BL1, Glick M, Frantsve-Hawley J, Kantor ML Dentists' attitudes toward chairside screening for medical conditions. J Am Dent Assoc. 2010 Jan; 141(1):52-62.

 

 

Endereço para correspondência:
Marina Gallottini
Departamento de Estomatologia
Centro de Atendimento a Pacientes Especiais - Fousp
Avenida Professor Lineu Prestes, 2227
Cidade Universitária - São Paulo - SP
05508-000
Brasil

e-mail:
mhcgmaga@usp.br

 

Recebido: jul/2015
Aceito: ago/2015