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Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas

versão impressa ISSN 0004-5276

Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. vol.70 no.1 Sao Paulo Jan./Mar. 2016

 

Relato de caso clínico

 

Cementoblastoma: oito novos casos, revisão da literatura e considerações sobre melhor manejo clínico

 

Cementoblastoma: report of eight cases, literature review and considerations of best approach

 

 

Adriele Ferreira GouvêaI; Francesco Salvatore MannarinoII; Alan Roger dos Santos SilvaIII; Jacks JorgeIV; Pablo Agustin VargasV; Márcio Ajudarte LopesVI

 

I PhD - Professora adjunta da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense - polo Nova Friburgo
II Cirurgião-Dentista
III PhD - Professor assistente do departamento de Diagnóstico Oral da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (FOP-Unicamp) - Piracicaba - SP
IV PhD - Professor titular do departamento de Diagnóstico Oral da FOP-Unicamp, Piracicaba - SP
V PhD - Professor titular do Departamento de Diagnóstico Oral da FOP-Unicamp, Piracicaba - SP
VI PhD - Professor titular do Departamento de Diagnóstico Oral da FOP-Unicamp, Piracicaba – SP




 

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

Cementoblastoma é um tumor odontogênico benigno incomum de origem mesenquimal que usualmente afeta ossos gnáticos de indivíduos jovens, produzindo dor ou desconforto. Pode ser erroneamente diagnosticado como outras lesões, devido sua variada apresentação clínica e radiográfica. Frequentemente o tratamento sugerido é a ressecção tumoral em conjunto com o dente associado. Entretanto, abordagem mais conservadora pode ser uma opção em alguns casos assintomáticos e estáveis, como observado neste estudo. Apresentamos oito novos casos e uma breve revisão da literatura a fim de melhor caracterizar o comportamento biológico desta relativamente rara lesão.

Descritores: tumores odontogênicos; interpretação de características radiográficas; protocolos clínicos; condutas terapêuticas.


 

ABSTRACT

Cementoblastoma is an uncommon benign odontogenic tumour of mesenchymal origin that affects the jaws of generally young persons, producing pain or discomfort. It may be mistaken for several other lesions, due to its varied clinical and radiographic features. The suggested treatment is often tumour resection in conjunction with the associated tooth. However, a more conservative approach could be an option in asymptomatic and stable lesions as seen in the present study. Eight new cases and a brief review of the literature are presented here to better characterize the biological behavior of this relatively rare lesion.

Descriptors: odontogenic tumors; radiographic image interpretation; clinical protocols; therapeutical approaches.


 

 

RELEVÂNCIA CLÍNICA

A maioria dos estudos recomenda como tratamento geral dos cementoblastomas a enucleação cirúrgica do tumor associada à extração do dente envolvido. Neste artigo apresentamos sugestão de manejos mais conservadores nos casos em que não há indicação cirúrgica estrita.

 

INTRODUÇÃO

O cementoblastoma foi descrito pela primeira vez por Dewey (1927) e Norberg (1930) como um cementoma verdadeiro.1 A Organização Mundial de Saúde (OMS), em sua nova classificação de tumores odontogênicos de 2005, o definiu como uma neoplasia benigna caracterizada pela formação de tecido similar à cemento aderido à raiz de um dente. Radiograficamente ele se apresenta como massa radiopaca ou de densidade mista com margens bem definidas circundadas por uma fina zona radiolúcida. Sua classificação atual não difere da última proposta pela OMS, em 1992.2,3,4

Cementoblastoma é uma lesão rara de origem ectomesenquimal, assim como o são o fibroma e o mixoma odontogênicos, representando 0.8–2.6% de todos os tumores odontogênicos.2,3,4 Mais de 100 casos foram descritos na literatura, a maior parte destes em pacientes jovens.2 A maioria dos cementoblastomas ocorre em mandíbula, particularmente associados aos primeiros molares permanentes erupcionados.5 Há relatos na literatura sobre envolvimento isolado6-8 ou de múltiplos dentes decíduos9 e envolvimento de dentes maxilares9,10, mas são considerados casos mais raros.

Histologicamente, cementoblastoma é neoplasia composta por tecido semelhante à cemento que pode apresentar linhas reversas, produzindo um padrão similar ao observado na doença de Paget. Este tecido pode ser não mineralizado na periferia da massa tumoral ou em áreas de crescimento mais ativo. O tumor se funde à raiz dental, levando à reabsorção desta, à perda da lâmina dura e à obliteração do espaço do ligamento periodontal.2,4,5 O diagnóstico de cementobastoma deve ser baseado na associação das características clínicas e radiográficas e, em alguns casos, análise microscópica pode ser necessária.2,4,5 Apresentamos neste artigo oito novos casos de cementoblastoma, a fim de melhor entender seu comportamento.

 

RELATO DE CASOS CLÍNICOS

Os arquivos da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas – FOP-Unicamp (Departamento de Patologia Oral e Diagnóstico Oral), São Paulo, Brasil, foram revistos de 1982 a 2011 e oito casos de cementoblastoma foram selecionados. Seus dados epidemiológicos, clínicos, radiográficos e histopatológicos foram analisados.

Dos oito pacientes afetados, seis eram mulheres e dois eram homens, com idades variando de 8 a 60 anos (idade média de 35.5 anos). Quatro destes oito tinham mais de quarenta anos à apresentação. Seis pacientes eram caucasianos, um pardo e um era negro. Quatro dos oito pacientes apresentavam dor como principal queixa, com duração de vários meses a oito anos (Tabela 1). Apenas dois pacientes apresentavam aumento de volume associado a dor na primeira consulta (pacientes 1 e 6).

 

 

 

A primeira paciente, uma menina negra de 8 anos de idade, apresentava no exame extraoral assimetria facial e no exame intraoral uma massa dura à palpação recoberta por mucosa normal, causando apagamento do fundo de sulco em região de corpo mandibular posterior direito (Figura 1). O paciente 6 inicialmente apresentava história de relato de dor contínua e aumento de volume em mandíbula posterior esquerda, cujo tratamento instituído foi exodontia e instalação de uma prótese parcial. No entanto, os sintomas persistiram e se intensificaram e a paciente foi encaminhada ao nosso serviço. O paciente 8 apresentou aumento de volume indolor envolvendo o fundo de sulco associado ao dente 14, causando assimetria do lado direito da face, com duração de 2 meses (Figuras 2 e 3). Os pacientes 2 e 7 relataram a dor como única queixa. A paciente 7 tinha uma raiz residual, que havia sido fraturada durante a tentativa frustrada de exodontia. Três dos sete pacientes (pacientes 3, 4 e 5) foram diagnosticados em exames radiográficos de rotina e não apresentavam sinais ou sintomas.

Em termos de características radiográficas, cinco dos oito casos apresentavam lesões radiopacas circundadas por um halo radiolúcido associado ao primeiro molar inferior permanente. Em um caso (paciente 1), notou-se radiodensidade mista envolvendo a raiz mesial do primeiro molar permanente e o segundo molar decíduo (Figura 4). Pré-molares estavam envolvidos em dois pacientes: paciente 7 apresentava massa radiopaca com halo radiolúcido associada à raiz residual do segundo pré-molar mandibular e o paciente 8 apresentava lesão com mesmas características radiográficas envolvendo o dente 14, causando reabsorção radicular deste (Figura 5 e 6).

Três pacientes (3, 4 e 5) foram acompanhados clínica e radiograficamente, pois não apresentaram sintomas ou sinais na primeira consulta. Dois destes pacientes (pacientes 3 e 5) são examinados periodicamente e as lesões permanecem estáveis e assintomáticas. Paciente 4, assintomático durante o seguimento clínico, apresentou perda de vitalidade pulpar no dente envolvido, havendo indicação de tratamento endodôntico com posterior amputação da raiz e enucleação da lesão. O material foi microscopicamente analisado e o cementoblastoma foi diagnosticado. Não houve sinais de recidiva da lesão até o momento, 10 anos depois.

Os outros cinco pacientes foram tratados cirurgicamente, com remoção da lesão e do dente envolvido, em alguns casos. Ressecção em bloco com a manutenção da continuidade da mandíbula sob anestesia geral foi realizada na paciente 1. O segundo molar decíduo foi removido e a raiz mesial do primeiro molar permanente foi amputada durante a cirurgia. Posterior tratamento endodôntico e tração ortodôntica foram realizados, obtendo-se oclusão e estética favoráveis (Figuras 7, 8, 9). A análise microscópica revelou proliferação de tecido cementóide associado à raiz dental, característica de cementoblastoma. A paciente permanece em seguimento clínico e recidivas não foram observadas dez anos após o tratamento cirúrgico (Tabela 1 e Figura 10).

O paciente 8 apresentava envolvimento do primeiro pré-molar maxilar, que foi extraído em um bloco com a lesão. À análise macroscópica, as raízes estavam parcialmente reabsorvidas (Figuras 11 a 15). O bloco dente-lesão foi analisado microscopicamente, mostrando a aparência clássica de tecido semelhante à cemento associado à raiz com a formação de linhas reversas. O paciente tem sido acompanhado há dois anos e não foram observadas recidivas (Figura 16).

 

DISCUSSÃO

Cementoblastomas são caracterizados por um crescimento lento e ilimitado, causando expansão óssea sem destruição cortical e assimetria facial.11 A descoberta inicial mais comum é aumento de volume e dor intensa na região do dente relacionado, que apresenta sensibilidade à percussão vertical e interessante vitalidade pulpar.12 Alguns casos podem levar à fratura mandibular ou parestesia do lábio inferior.2,13 No presente estudo, quatro dos oito pacientes (50%) apresentaram queixa de dor; em três pacientes as lesões foram detectadas durante exame radiográfico de rotina e um paciente apresentou aumento de volume indolor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cementoblastomas são tumores raros que geralmente afetam os pacientes jovens.2,14 No presente estudo, a idade média foi de 35,5 anos (variando de 8 a 60 anos) e, curiosamente, apenas quatro dos oito pacientes apresentavam idades abaixo dos 30 anos e quatro tinham mais de 40 anos, com idades variando entre 43 e 60 anos. Estes pacientes mais velhos provavelmente apresentavam estas lesões por muitos anos, mas, interessantemente, desenvolveram sintomatologia tardiamente ou não apresentaram nenhum sinal ou sintoma (veja paciente 3 na Tabela 1).

O cementoblastoma mostra uma predileção variável por sexo: alguns estudos têm relatado que ocorrem com mais frequência em homens, outros têm relatado uma maior prevalência em mulheres e outros ainda têm relatado nenhuma diferença entre os sexos.2,3,4,14 Predileção feminina foi observada no presente estudo (seis dos oito casos) e, assim como Brannon e colaboradores, observamos uma maior prevalência em pacientes caucasianos (seis de oito pacientes) (Tabela 1).13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Embora haja relatos de envolvimento maxilar por cementoblastomas9,10,15, a mandíbula é de longe o local mais afetado e a região posterior, especialmente a área do primeiro molar, está envolvida em 90% dos casos.2,3,4,13,14 No presente estudo cementoblastomas afetaram a área posterior de mandíbula em seis casos e envolvimento direto do primeiro molar permanente ocorreu em cinco dos oito casos.

Cementoblastomas associados à dentição decídua são bastante raros.6,7,8,16 De acordo com Lemberg e colaboradores (2007), oito casos foram relatados na literatura envolvendo dentes decíduos6. de Noronha Santos et al. (2012)7 relataram resultados semelhantes, mas um novo caso foi relatado em 2013 por Monti et al.8 De acordo com alguns autores, quando cementoblastomas ocorrem na dentição decídua, o segundo molar inferior é o mais comumente afetado.16 Envolvimento do primeiro molar inferior permanente e também do segundo molar inferior decíduo foi observado na paciente negra de oito anos de idade (paciente 1). De acordo com a literatura, este é um achado relativamente raro: cementoblastoma ocorrendo em dentição decídua e envolvendo múltiplos dentes, fato este mais comumente observado em maxila.9

Cementoblastomas geralmente são diagnosticados quando sintomáticos. Curiosamente, dois dos pacientes aqui descritos (3 e 4) apresentaram-se totalmente assintomáticos e um dos pacientes sintomáticos tornou-se assintomático durante o acompanhamento (paciente 5). Ao invés de tratamento cirúrgico, acompanhamento clínico periódico foi escolhido. Embora esta abordagem não tenha sido relatada na maioria dos estudos, dois destes casos não demonstraram qualquer crescimento das lesões ou aparecimento de sintomatologia em todo o tempo de proservação clínica.

Os achados radiográficos indicam o grau de maturação da lesão e potenciais diagnósticos diferenciais. Vários diagnósticos diferenciais devem ser considerados, incluindo osteíte esclerosante, osteomielite, fibroma ossificante, displasia óssea florida, osteoma osteóide, osteoblastoma e até mesmo osteosarcoma.4,5,14 Em alguns casos, diferenciar um cementoblastoma agressivo de um osteoblastoma atípico ou mesmo de um osteosarcoma de baixo grau é um processo difícil.5

Cementoblastomas agressivos podem ocorrer em pacientes mais jovens e tendem a ser lesões grandes com maiores índices de recorrência. Expansão, dor, erosão ou perfuração de cortical óssea foram vistos em uma alta porcentagem de tumores recorrentes, mas também foram observados em alguns tumores não recorrentes. Recorrências variam de 5,9% a 37,1%, de acordo com o tratamento instituído em alguns estudos.2,4,13 No entanto, não foram observadas recidivas no presente estudo.

Diferentes tratamentos para cementoblastomas têm sido relatados na literatura: ressecção em bloco; extração do dente envolvido e remoção do tumor; amputação de raiz e enucleação tumoral; curetagem da lesão sem a extração do dente/raiz envolvido.13 Análise dos diferentes tratamentos demonstra que a recorrência é mais provável quando curetagem é realizada sem a extração do dente envolvido, embora recorrência também já tenha sido relatada quando o bloco dente-lesão foram removidos concomitantemente. Tratamento endodôntico associado à amputação radicular e remoção da lesão também foi relatado como opção de tratamento de sucesso.13 Embora abordagens mais conservadoras tenham sido reportadas, a maioria dos estudos recomendam enucleação cirúrgica da lesão com a extração do(s) dente(s) associado(s) como o tratamento de escolha, pois o cementoblastoma tem potencial de crescimento ilimitado e destruição local importante.9,11,12 14

 

CONCLUSÃO

Na série atual, diferentes tratamentos foram escolhidos de acordo com a queixa do paciente e com o comportamento das lesões: a ressecção em bloco em um caso sintomático e extenso; tratamento endodôntico com posterior amputação radicular e remoção da lesão em caso que se tornou sintomático; exodontia e remoção da lesão em alguns pacientes e apenas acompanhamento clínico periódico em outros. Nenhuns dos seis casos tratados demonstraram recorrência. Os outros dois casos apenas acompanhados não mostraram progressão da lesão no seguimento. Assim, pode-se concluir que os casos assintomáticos que não mostram progressão da lesão podem ser periodicamente avaliados e tratados somente se houver alterações clínicas e radiográficas.

 

APLICAÇÃO CLÍNICA

Este trabalho tem como importância clínica a apresentação de diferentes condutas que podem ser tomadas pelos Cirurgiões-Dentistas em suas práticas diárias ao se depararem com casos de cementoblastoma. Fica mais clara a orientação que existem possibilidades alternativas de tratamento desta neoplasia, que não o mais comumente preconizado pela literatura (tratamento cirúrgico com extração do dente e enucleação da lesão). Este trabalho também enfatiza, através da apresentação de casos com diferentes apresentações clínicas e radiográficas, a importância de serem avaliadas as características clínicas de cada paciente a fim de se determinar a conduta clínica mais apropriada.

 

AGRADECIMENTOS

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES - Brasil) pelo apoio financeiro.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
Adriele Ferreira Gouvêa
Rua Doutor Sílvio Henrique Braune, nº 22
Centro - Nova Friburgo - RJ
28625-650
Brasi
e-mail: adrielefg@yahoo.com.br

 

Recebido: ago/2015
Aceito: jan/2016