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Revista Brasileira de Odontologia

versão On-line ISSN 1984-3747versão impressa ISSN 0034-7272

Rev. Bras. Odontol. vol.74 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2017

 

Artigo de Revisão de Literatura/Patologia Oral

 

Avaliação da laminina-332 na tumorigênese de carcinoma de células escamosas orais: uma revisão de literatura

 

Evaluation of laminin-332 in tumorigenesis of oral squamous cell carcinoma: a literature review

 

Eline Manhães Reid SilvaI; Letícia Côgo MarquesI; Kristian Cláudio CallegariII; Letícia Nogueira da Gama de SouzaI

 

I Departamento de Morfologia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil
II Departamento de Odontologia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

 

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Objetivo: verificar se a laminina-332 é um marcador de alterações em processos iniciais da carcinogênese. Material e Métodos: trata-se de uma revisão da literatura, realizada a partir da seleção e análise de artigos originais e de revisão, publicados entre os anos de 1997 a 2013 no portal eletrônico Pubmed, Academic Google e portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Resultados: foram selecionados 36 artigos através dos descritores: "oral"; "squamous cell carcinoma"; "laminin-332 ou laminin-5", "oral dysplastic cells" "potentially malignant disorders" que correlacionaram o avanço, progressão e/ ou invasão, do processo de progressão tumoral com a laminina-332 ou a expressão dessa glicoproteína em displasias e carcinoma oral. Conclusão: a variação da apresentação da laminina-332 apresentou relação direta com a evolução do câncer. Assim, compreender o papel dessa molécula na biologia tumoral pode auxiliar no entendimento da progressão da doença.

Palavras-chave: Laminina-332 ou laminina-5; Carcinoma de células escamosas; Desordens potencialmente malignas.


ABSTRACT

Objective: to verify if laminin-332 is a marker of alterations in early processes of carcinogenesis. Material and Methods: this is a review of the literature, based on the selection and analysis of original articles and review, published between 1997 and 2015 in the electronic portal PubMed, Academic Google and periodical portal of the Coordination of Improvement of Personnel of Higher Education (CAPES). Results: 36 articles were selected using the descriptors: "oral"; "Squamous cell carcinoma"; "Laminin-332 or laminin-5," "oral dysplastic cells," "potentially malignant disorders" that correlated the progression, progression and / or invasion of the tumor progression process with laminin-332 or the expression of that glycoprotein in dysplasias and carcinoma oral. Conclusion: the variation of the presentation of laminin-332 was directly related to the evolution of cancer. Thus, understanding the role of this molecule in tumor biology may help in understanding the progression of the disease.

Keywords: Laminin-332 or laminin 5; Squamous cell carcinoma; Potentially malignant disorders.


 

Introdução

O câncer de boca ficou entre os 5 mais incidentes em homens e 12 entre as mulheres para o ano de 2014.1 O carcinoma oral de células escamosas (CCE) também conhecido como carcinoma espinocelular, é a neoplasia maligna de origem epitelial com maior índice de ocorrência na cavidade oral, ocupando, aproximadamente, 90-95% de todas as neoplasias nessa região.2 Pode desenvolver-se a partir de carcinoma in situ (CIS) ou desordens orais com potencial de malignização (DOPMs), como leucoplasia e eritroplasia, apresentando graus de diferenciação histológica.3

O CCE pode ser encontrado em qualquer sítio da boca e muitos fatores de risco estão associados ao aumento de sua incidência. O hábito de fumar e o consumo de álcool são fatores bem reconhecidos pela literatura. Isolados, esses fatores podem aumentar de duas a três vezes o risco de CCE.4

A displasia epitelial oral (DEO) é caracterizada por variação morfológica e celular nos tecidos que são similares àquelas que acontecem no CCE. São restritas ao epitélio e permanecem como uma condição não invasiva. Ela descreve um estágio pré-canceroso e sua avaliação histopatológica é um fator preditivo para a transformação maligna de DOPMs.5 Quando DOPMs apresentam a DEO e não são interceptadas precocemente, podem evoluir para CIS e até mesmo o CCE.6

Na interface entre o epitélio e o tecido conjuntivo está a membrana basal (MB). Inicialmente, essa estrutura foi considerada como uma barreira protetora contra a invasão do câncer, com a função de impedir a invasão das células tumorais aos tecidos subjacentes.7 No entanto, trabalhos demonstraram que a MB é uma estrutura bastante dinâmica no processo tumoral.8 Ela funciona como um complexo de proteínas ligantes e fatores de crescimento que influencia no comportamento do microambiente. São componentes que fazem parte da MB: colágeno tipo IV, laminina, perlecan, nidogen (entactina) e outras moléculas específicas.9

A laminina-332 é uma grande glicoproteína extracelular e importante componente da MB.10 A molécula de laminina é um heterotrímero em formato de cruz, consistindo de três cadeias polipeptídicas ligadas por pontes dissulfeto: uma cadeia pesada (α) e duas cadeias leves (β e γ). O papel da laminina-332 em adesão de células epiteliais é tão fundamental que alteração no gene Lam 3 no período de embriogênese leva ao aparecimento de doenças incompatíveis com a vida.11

Dentro do contexto da tumorigênese, a laminina-332 vem recebendo destaque. Trabalhos realizados em diferentes tipos de tumores epiteliais mostraram uma mudança na sua distribuição, com uma perda local na MB e deposição no estroma próximo às células neoplásicas invasoras, em particular quando a lesão apresenta comportamento agressivo.12

Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar se a laminina-332 é um marcador de alterações em processos iniciais da carcinogênese.

 

Material e Métodos

Os artigos que foram empregados para efetuar esta revisão de literatura foram selecionados no portal eletrônico PubMed, Academic Google e portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) abrangendo trabalhos entre 1997 e 2013. As seguintes etapas foram observadas: identificação da proposta, busca na literatura no período de outubro de 2015, avaliação dos estudos, exclusão de estudos não pertencentes ao tema, análise crítica dos resultados e interpretação. A figura 1 mostra o fluxograma de confecção do artigo.

 

 

 

Os critérios de inclusão foram: publicação na língua inglesa, textos completos que tivessem em seu título ou resumo os seguintes descritores: "oral"; "squamous cell carcinoma"; "laminin-332 or laminin-5", "oral dysplastic cells" "potentially malignant disorders" e que correlacionassem o avanço (progressão/invasão) do processo de tumoral com a laminina-332 ou a expressão dessa glicoproteína em displasias e carcinoma oral. Foram excluídos da pesquisa teses e dissertações, bem como artigos que ao serem analisados não se enquadravam na temática proposta. Para a introdução do artigo e seu enriquecimento, também foram incluídos: artigos de revisão de literatura que mencionavam laminina-332 e estudos com sua expressão em carcinomas de outras regiões do corpo humano. Foram selecionados 36 artigos e após a leitura completa destes, 26 foram excluídos por não atenderem aos requisitos anteriores.

 

Resultados

Os principais resultados referentes à imunomarcação da laminina-332 estão resumidos na tabela 1.

 

 

 

A Imunomarcação da Cadeia γ2 da Laminina-332 na Mucosa Normal, Hiperplasia Fibrosa Inflamatória, Displasias e CCEs

Na mucosa normal sem alterações, 64% dos casos não apresentaram marcação referente à laminina-332 e 36% apresentaram marcação restrita à MB. Com relação à hiperplasia fibrosa inflamatória, que em muitos artigos era usada como controle negativo, mostrou-se com marcação negativa em 88% dos casos e em 12% com marcação restrita à MB. Estes casos com marcação positiva de hiperplasia fibrosa inflamatória estão relacionados a um artigo que relatou espessamento da membrana com irregularidades com análise por imunofluorescência confocal. As displasias foram separadas em baixo, moderado e de alto grau. Nas primeiras foram verificados aspectos negativos em 97% e apenas 3% apresentaram marcação restrita à MB, sendo esta contínua e regular. Na displasia moderada, 100% dos casos (relatados por um único artigo) foram negativos. As displasias de alto grau apresentaram 55% dos casos com marcação negativa e 45% com marcação positiva, variando em aspecto descontínuo, irregular ou duplicação da MB concomitantemente à marcação no tecido conjuntivo. Nos CCEs houve alguns aspectos relevantes: 49% apresentaram fronts invasivos com marcação do tecido conjuntivo adjacente e descontinuidade ou ausência da MB e/ou ninhos tumorais, este último apresentou marcação mais acentuada na periferia e nenhuma marcação no centro. Em 36% dos casos a marcação foi citoplasmática nas células tumorais e 15% apresentaram MB contínua ou duplicada, este último aspecto mostrou-se mais evidenciado em CCEs bem diferenciados.

Aspecto Relacionado à Quantificação, Intensidade e Hibridização in situ de Células Marcadas

Em relação à quantificação de células marcadas, a mucosa normal apresentou em 93% dos casos menos que 10 células marcadas. Apenas 2% dos casos apresentaram uma quantificação acima de 50 células marcadas.

Com relação aos casos de displasias, 83% apresentaram-se com marcação em menos de 10 células. Os outros 17% apresentaram expressão em uma quantidade de 11 a 30 células.

Nos CCEs, Gasparoni et al.13 descreveram expressão em menos de 10 células em 56% dos casos. Em 33% dos casos, a marcação ficou entre 21 a 50 células. Os demais 11% dos casos demonstraram uma expressão em mais de 50 células. Já Zargaran et al.,24 descreveram que em 56% dos casos houve expressão em menos de 5 células. Gasparoni et al.13 destacaram a relação positiva entre células marcadas e sobrevida. Quando o paciente tinha menos que 10 células marcadas a média de sobrevida foi de 67,4 meses, em contrapartida quando havia mais do que 50 células marcadas a média de sobrevivência caiu para 17,8 meses. Em relação à hibridização in situ, 100% dos casos não mostraram nenhum sinal na mucosa normal, nas displasias 100% mostraram sinalização nas células epiteliais da camada basal e nos CCEs 100% dos casos mostraram sinalização nos fronts e ilhas e ausência de sinalização no estroma. Consoante à intensidade com imunofluorescência confocal, a predileção foi decrescente com a MB mostrando maior intensidade (99-10%) e os carcinomas mostrando perda de intensidade na MB (40- 60%). Quando o aspecto foi a análise da marcação nas células, a mucosa normal e displasias mostraram marcação ausente e fraca, respectivamente, e em análise entre carcinoma verrucoso e CCE, este mostrou marcação intensa em 100% dos casos e aquele marcação fraca em 100% dos casos.

 

Discussão

Um importante passo na progressão do câncer são as alterações que afetam a MB e sua densa rede de glicoproteínas.9 A laminina-332 desempenha múltiplas funções biológicas e tem sido associada com a progressão do tumor em uma variedade de neoplasias epiteliais malignas.25,26

Estudos recentes mostraram que a atividade biológica da laminina-332 é modulada pelo processamento da cadeia γ2 e α3,18,27 por ação de enzimas proteolíticas denominadas metaloproteinases de matriz (MMPs). Ou seja, sua clivagem gera uma isoforma com atividade celular aumentada. A presença da molécula foi observada em células cancerígenas localizadas na interface tumor/estroma em alguns tipos de carcinomas, sugerindo que ela possa exercer importante função na motilidade celular. Portanto, a laminina-332 pode atuar sob certas circunstâncias como um elemento chave para adesão celular, mas em outras vezes como promotor de motilidade.28 Outro aspecto relacionado a essa glicoproteína é sua capacidade em promover potente migração celular. No reparo de feridas, por exemplo, ela é sobre-expressa pelos queratinócitos.29,30

Embora o aumento de sua expressão na invasão tumoral tenha sido observado, não se sabe que mecanismo está por trás da regulação desses dois eventos biológicos paradoxais, adesão X migração, quando se está diante de células consideradas estáveis.31 Assim, para a elucidação desse processo, são necessários novos estudos que busquem avaliar aspectos funcionais e reguladores da laminina-332 no contexto da tumorigênese.

O padrão de marcação da laminina-332 frequentemente encontrado em tecidos normais ou hiperplasia, quando usado como controle, foi restrito à MB ou negativo,13,14,17,22,24evidenciando que em situações de normalidade ou benignidade a MB está inalterada.

A invasão de carcinoma engloba o processamento da MB, há muito tida como inerte, simultaneamente a formação de uma nova membrana, por vezes reduzida ou descontinuada. Isso se deve também a atividades proteolíticas da integrina α6β4, principal receptor da laminina-332, essencial para formação de hemidesmossomos que mantêm a união entre os queratinócitos da camada basal e a MB.15 Shruthy et al.22 mostraram que houve maior descontinuidade da MB em carcinomas pobremente diferenciados do que em bem diferenciados, sugerindo que há grande atividade proteolítica nas lesões mais agressivas, levando ao processamento da MB e consequentemente invasão e metástase.

Segundo Haas et al.,14 uma redução da adesão da célula à MB, por meio da laminina-332 em carcinomas, seria uma etapa comum no processo de invasão de células tumorais (figura 2). No entanto, em carcinomas pelo menos três padrões distintos de expressão desta glicoproteína foram encontrados, (1) expressão dentro de células tumorais de epitélio invasivo, (2) marcação em região em que havia processo de descontinuidade da MB e (3) marcação estromal, muitas vezes em locais abaixo de fronts invasivos.16,20,23 Essas características embora aparentemente distintas evidenciam um processo de transição epitéliomesenquimal em que a interação célula-célula e célula-ambiente é alterada permitindo assim a invasão tumoral (figura 2).

Kainulainen et al.15 avaliaram a expressão da laminina-332 através de hibridização in situ e evidenciaram aumento da expressão em displasias e a forte expressão de RNA em CCEs orais, ao contrário do que se observou em mucosa normal e líquen plano, comprovando que há aumento dessa glicoproteína em situações patológicas.

Outra característica encontrada em muitos tumores foi a marcação da molécula em ninhos tumorais. Essa marcação foi mais evidente na periferia do tumor ao contrário do centro, sendo observado por muitos autores como um fenótipo celular de migração e invasão celular, com consequente pior prognóstico para o paciente.18,20

A intensidade da marcação também foi analisada em mucosa normal, displasia e carcinoma e foi demonstrado que quanto maior a alteração tecidual, mais acentuada foi a marcação.21,24Trabalhos mostraram ainda que houve pior prognóstico de sobrevida para pacientes que tiveram mais células marcadas para laminina-332 em epitélio invasivo,13,19embora não tenha havido relação com o estadiamento do tumor.

 

 

 

Conclusão

Embora nenhum marcador inicial ou uma molécula chave que represente a base de todo o processo tumoral tenha sido encontrada, pode-se dizer que a laminina-332 apresenta resultados relevantes, tanto em etapas precoces quanto em etapas avançadas do câncer e pode ser usada como possível biomarcador para o melhor entendimento da carcinogênese epitelial.

 

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Endereço para correspondência:
Eline Manhães Reid Silva
e-mail: elinereid@gmail.com

 

 

Recebido: 05/01/2017
Aceito: 09/03/2017