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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.17 no.4 São Paulo Out./Dez. 2010

 

ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE

 

Avaliação das pulpectomias em uma instituição de ensino superior: estudo retrospectivo

 

Evaluation of pulpectomy in an institution of higher education: a retrospective study

 

 

Viviane Andrade Cancio de PaulaI; Ivna Ribeiro de Oliveira BritoII; Roberta BarcelosIII; Laura Guimarães PrimoIV; Ivete Pomarico de SouzaV

IEspecialista e Mestre em Odontopedatria e Doutoranda em Odontopediatria pelo Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro/RJ
IIAluna de Graduação em Odontologia do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro/RJ
IIIProfessora Assistente do Departamento de Formação Específica da Faculdade de Odontologia do Polo Universitário de Nova Friburgo da Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói/RJ
IVProfessora Adjunta do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro/RJ
VProfessora Titular do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro/RJ

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A terapia endodôntica nos dentes decíduos foi analisada por meio de 3.358 prontuários de crianças atendidas na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no período de 1990 a 2010. Os dados deste estudo retrospectivo foram tabulados no programa SPSS 16.0, e o protocolo da conduta clínica foi analisado por década (P1 = 1990-2000; P2 = 2001-2010) utilizando-se o teste x2. A média de idade das crianças foi de 4,5 ± 1,4 anos para a primeira década e de 5,5 ± 2,1 anos para a segunda década. Um dos principais motivos para o tratamento continua sendo a presença de cárie extensa (79,9%). Para a obturação dos condutos, no primeiro período, a pasta mais utilizada foi a proposta por Guedes-Pinto (76,5%), e no segundo, a pasta de óxido de zinco e eugenol (54,0%). Concluiu-se que não houve mudança significativa no protocolo das pulpectomias realizadas na Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ, embora tenham se observado pequenas variações nas técnicas utilizadas em relação ao material obturador.

Descritores: Endodontia. Pulpectomia. Dente decíduo. Obturação do canal radicular.


ABSTRACT

Endodontic therapy in the deciduous teeth was analyzed in 3,358 medical records of children treated at the Clínica de Odontopediatria of the Faculdade de Odontologia of the Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) for the period fron 1990 to 2010. Data from this retrospective study were tabulated in SPSS 16.0, and the medical profile was analyzed by decade (P1 = 1990-2000; P2 = 2001-2010) using the x2 test. The children’s mean age was 4.5 ± 1.4 years for the first decade and 5.5 ± 2.1 years for the second decade. A major reason for treatment remains the presence of extensive caries (79.9%). For the filling of the conduits in the first period, the paste used was proposed by Guedes-Pinto (76.5%), and in the second period, zinc oxide and eugenol paste was used (54.0%). We concluded that there was no significant change in the protocol of pulpectomy performed at the Departamento de Odontopediatria of the Faculdade de Odontologia of UFRJ, although we had observed small variations in the techniques used in relation to the filling material.

Descriptors: Endodontics. Pulpectomy. Tooth, deciduous. Root canal obturation.


 

 

Introdução

As academias norte-americana e britânica de Odontopediatria indicam a realização da pulpectomia com remoção de todo tecido pulpar inflamado ou necrótico, através do debridamento, alargamento e desinfecção dos canais, seguido da obturação com pasta reabsorvível1,32. A primeira utilização de terapia pulpar foi descrita por Sweet35 como uma técnica composta por sucessivas consultas com troca de formocresol, irrigação com água e obturação com pasta de óxido de zinco e eugenol. Outros autores se sucederam apresentando técnicas diferentes, com sessão única ou múltipla, com ou sem debridamento dos canais, irrigação com variadas substâncias e obturação com diferentes pastas reabsorvíveis19-42. Toda essa diversidade nas técnicas e materiais revela que, apesar de existirem protocolos definidos para a terapia pulpar2,9,11,12, esse ainda é um assunto controverso na literatura39.

A utilização da pulpectomia apresenta queda, visto que em 1997 esse procedimento foi recomendado por 94% dos professores norte-americanos27, enquanto em 2005 apenas 85% o indicaram14. Para esses autores14,27, a exodontia e a instalação de mantenedor de espaço parece apresentar menor sensibilidade técnica e maior eficácia. Essa forma simplista parece, contudo, não cumprir com o objetivo precípuo da Odontopediatria, que é a manutenção dos dentes decíduos até o momento da sua esfoliação fisiológica27.

Dessa forma, é importante que haja busca por procedimentos que apresentem facilidade de execução, aliados a altas taxas de sucesso. Além disso, os serviços e as escolas de Odontologia devem periodicamente realizar avaliações da qualidade do serviço prestado28. O objetivo dessa monitorização é exercer vigilância contínua, de tal forma que desvios dos padrões possam ser detectados precocemente, de modo a maximizar os benefícios e minimizar os riscos13. Para Bimsteim e Eidelmam10, é importante que professores de Odontopediatria tenham programas de ensino flexíveis, que ajudem a refletir sobre as mudanças tecnológicas, a demanda de serviço e o bem-estar público.

 

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi avaliar os protocolos das pulpectomias em dentes decíduos realizadas na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) durante os últimos 20 anos, em duas etapas (1991-1999/2000-2010).

 

Métodos

Este estudo retrospectivo avaliou o protocolo das pulpectomias realizadas nos últimos 20 anos na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ, por meio da análise de prontuários de crianças atendidas no período de 1990 a 2000 (P1) e de 2001 a 2010 (P2). Todas as pulpectomias foram supervisionadas por professores com o objetivo de padronizar as terapias instruídas.

Os critérios de inclusão no estudo foram prontuários de pacientes com pulpectomias em dentes decíduos concluídas há pelo menos seis meses, cujas fichas clínicas estivessem corretamente preenchidas, especialmente quanto à data da realização do procedimento, ao material utilizado, à presença de radiografia, ao motivo da alteração pulpar, dente e arco acometidos, pasta obturadora, à medicação intracanal e ao desempenho do tratamento. Dessa forma, avaliou-se, por meio de dados da ficha, o sucesso ou insucesso da terapia, bem como o motivo da perda dentária.

O desempenho do tratamento foi caracterizado como insucesso quando até a última consulta registrada na ficha havia relato de sinais clínicos como: edema, fístula, mobilidade ou dor na região, ou quando ao exame radiográfico havia presença de reabsorções patológicas ou lesão radiolúcida na região de furca ou periápice. Todos esses dados deviam estar discriminados na ficha do paciente. O relato de ausência de alterações clínicas e radiográficas caracterizava sucesso no tratamento. O tempo de avaliação da pulpectomia foi calculado a partir da data de realização do procedimento até a última consulta registrada na ficha do paciente.

O projeto de pesquisa seguiu as diretrizes éticas internacionais de pesquisa em seres humanos, conforme Resolução CNS n. 196/1996, sendo submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva. Previamente à realização do tratamento, os responsáveis pelas crianças autorizaram o uso das informações de seus prontuários, por meio da assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram tabulados no programa SPSS 16.0 e analisados pela estatística descritiva e inferencial, quando possível, com nível de significância de 5%.

 

Resultados

O total de prontuários analisados foi 3.358, sendo 1.171 fichas clínicas em P1 e 2.187 em P2. O número de registros de terapia endodôntica em dentes decíduos concluída foi de 225 e 244 na primeira e segunda etapas, respectivamente. Em P1, a média de idade foi 4,5 ± 1,4 anos, com predominância do sexo feminino (50,2%) e em P2 foi de 5,5 ± 2,1 anos, com predominância do sexo masculino (58,0%). A arcada superior foi a mais acometida nos dois tempos da pesquisa (P1 = 80,0% e P2 = 73,0%) e quanto à região, observou-se que os dentes posteriores tiveram a maior prevalência (P1 = 58,0% e P2 = 50,5%). O principal motivo para a alteração pulpar foi a cárie extensa (79,9%).

As limas tipo Kerr foram as mais utilizadas nas duas etapas. No que tange ao desempenho das pulpectomias, observou-se aumento significativo (p < 0,001) na frequência de sucesso entre os dois períodos.

Em P1, no tratamento de dentes sintomáticos, observou-se relação significante entre sucesso e uso da pasta Guedes-Pinto (χ² = 90,4; p < 0,01). A pasta de OZE foi a mais utilizada em P2, apresentando a mesma relação positiva no sucesso do tratamento dos dentes (χ2 = 37,41; p < 0,040). Os demais resultados da primeira e segunda etapas podem ser visualizados na Tabela 1.

 

Discussão

É indiscutível a importância do tratamento endodôntico para a manutenção de dentes decíduos com comprometimento pulpar irreversível na cavidade bucal23. Entretanto, apesar desse consenso, ainda existe uma diversidade de técnicas e materiais utilizados4,12,25, sem evidências científicas que suportem a superioridade de algum deles6.

Os resultados de P1 apontaram grande variabilidade nas técnicas empregadas. Ademais, nesse período, a pasta Guedes-Pinto foi a mais utilizada (76,5%), o que representava um distanciamento do protocolo seguido pela escola: o preconizado por McDonald et al.23. Nesse sentido, empenhou-se em restabelecer a observância do referido protocolo.

Além disso, desde 2000 a Disciplina de Odontopediatria da UFRJ vem desenvolvendo estudos clínicos que avaliam a terapia pulpar, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% e ácido cítrico a 6% para remoção de smear layer e obturação dos canais com pasta de óxido de zinco e eugenol5-19,39-42. Os resultados de P2 comprovaram que esse objetivo foi alcançado, passando a pasta de OZE a ser a mais utilizada (54,0%), assim como a técnica de remoção de smear layer na instrumentação dos canais radiculares.

A pasta óxido de zinco e eugenol apresenta como vantagens facilidade de inserção nos condutos radiculares, ausência de contração e de perda da plasticidade, por ser densa, além de ser insolúvel e promover neoformação óssea39. Como desvantagem o OZE possui pouca adesividade e reabsorção mais lenta quando extravasado pelo ápice39. Por sua vez, as pastas iodoformadas são antimicrobianas, possuem rápida reabsorção quando extravasadas, apresentam facilidade na inserção e remoção do material, e o índice de reabsorção é semelhante ao dente1. Destaca-se que a pasta de óxido de zinco e eugenol, primeiro material indicado para obturação dos canais radiculares35, continua sendo o material mais preconizado nos Estados Unidos14,27. No entanto, no Brasil, as pastas iodoformadas são as mais utilizadas nas faculdades de Odontologia21 e por pós-graduandos em Odontopediatria4. Essa preferência deve-se à facilidade de inserção e ao bom desempenho clínico e radiográfico apresentado, apesar de autores brasileiros terem demonstrado em uma revisão sistemática que não há superioridade desse material em relação à pasta de OZE6. Os resultados apresentados neste estudo confirmam que não há evidências que suportem a maior efetividade de um material sobre outro.

O paramonoclorofenol canforado (PMCC) foi o medicamento intracanal entre consultas mais utilizado (70,8% na primeira etapa e 61,0% na segunda etapa), corroborando os dados encontrados na literatura pesquisada2,3,6,11, 38,41. A escolha por esse medicamente baseia-se na sua propriedade antimicrobiana potente, que se apresenta sob a forma de cristais e com odor fenólico característico2,40. Ele possui ainda dupla ação devido às propriedades antissépticas do fenol e do íon cloro, que é liberado lentamente. Entretanto, o PMCC na literatura mundial2,39,40 não tem sido utilizado, diante a tendência de tratamentos pulpares de dentes decíduos em sessão única, sendo indicado somente em casos de infecção aguda ou em pacientes de difícil manejo do comportamento.

Na presente pesquisa, o percentual de sucesso aumentou na segunda etapa (P2) e essa diferença foi significativa. Tal fato coincide com o início da linha de pesquisa em pulpectomias de dentes decíduos em que critérios de inclusão dos sujeitos passaram a ser mais rigorosos.

Os resultados encontrados corroboram estudos prévios14-18,25,27 que relatam a diversidade na pulpepctomia em dentes decíduos. Nas universidades brasileiras diversos protocolos são utilizados para a realização de pulpectomias. Entretanto, em uma mesma escola o tratamento de canais de dentes decíduos deve ser padronizado2. Como limitação deste estudo, pode-se citar a metodologia baseada na análise de prontuários, sujeita a vieses de preenchimento de fichas e padronização dos operadores. Esses resultados, contudo, são importantes na avaliação e planejamento das atividades didáticas desenvolvidas nas faculdades de Odontologia. Estudos clínicos controlados8,18 com o intuito de estabelecer um protocolo para pulpectomias vêm sendo realizados na disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Em que pesem os resultados satisfatórios encontrados nessas pesquisas laboratoriais e clínicas2,4,6,8,18,39,40, de longo prazo, ainda não foi possível estabelecer um guia único que deva ser seguido para pulpectomia desses dentes. Os resultados apresentados, no que tange ao desempenho clínico e radiográfico das pastas obturadoras nos dois períodos, não permitem apontar a superioridade de um material sobre o outro. Estudos controlados e randomizados vêm sendo realizados para melhor elucidação desse assunto.

 

Conclusões

Concluiu-se, comparativamente, que, nos últimos 20 anos, não se observou mudança significativa nas condutas adotadas na Faculdade de Odontologia da UFRJ para a realização das pulpectomias. Exceto pela maior utilização da pasta de OZE em detrimento da pasta Guedes-Pinto e por uma maior taxa de sucesso das pulpectomias na segunda etapa do estudo, diretamente associadas ao estudo clínico de pulpectomias iniciado em 2000.

 

Agradecimentos

À Profa. Dra. Luciane Cople Maia, por acesso a dados referentes aos resultados deste trabalho. Os autores agradecem pelo suporte financeiro ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) pela manutenção do Centro de Vigilância e Monitoramento de Traumatismos Dentoalveolares (CVMT).

 

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Endereço para correspondência:
Laura Guimarães Primo
Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Centro de Ciências da Saúde – Cidade Universitária
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Recebido: 05/10/10
Aceito: 18/11/10