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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.17 no.4 São Paulo Out./Dez. 2010

 

ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE

 

Influência da rugosidade superficial de dentes artificiais de resina composta na percepção da cor entre profissionais da Odontologia

 

Influence of surface roughness difference of composite resin artificial teeth on the color perception among dental professionals

 

 

Yuri ArakakiI; Glauco Fioranelli VieiraII

IDoutoranda do curso de Pós-graduação em Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) – São Paulo/SP
IIProfessor Associado do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) – São Paulo/SP

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo avaliou a influência da diferença na rugosidade superficial de réplicas de dentes artificiais na percepção da cor de 100 profissionais da Odontologia e verificou se houve variação na opinião de 20 profissionais, uma semana após a primeira avaliação. Neste estudo foram utilizados quatro pares de réplicas de dentes artificiais, sendo que cada par foi confeccionado em resina composta nas cores EA1, EA3, EB1 ou EB2, porém uma réplica apresentava superfície lisa e a outra, superfície rugosa. As avaliações foram realizadas em cabine de luz sob o iluminante D65 e para cada participante foi questionado se havia diferença de cor entre as réplicas. A análise dos resultados sugeriu que a diferença na textura superficial influenciou a percepção da cor das réplicas e que após uma semana houve variação na opinião dos observadores.

Descritores: Cor. Percepção de Cores.


ABSTRACT

This study evaluated the influence of the surface roughness difference between artificial teeth replica on the color difference perception of 100 dental professionals and if there were variations on 20 professionals’ opinion one week after the first evaluation. The test was composed by four pairs of artificial composite resin teeth replicas confectioned with the same color EA1, EA3, EB1 or EB2, but the surface of one replica was smooth and the surface of the other one was rough. All the evaluations were conducted in light booth with D65 illuminant and each participant was asked if there was color difference between the replicas. The analysis of the results suggested that the surface texture difference influenced the observers’ color perception between the replicas and reaffirmed that the professionals’ opinion varied after one week of the first evaluation.

Descriptors: Color. Color perception.


 

 

Introdução

Atualmente, saúde bucal tem sido considerada um fator determinante na qualidade de vida dos indivíduos40 pelo fato de que "a aparência dos dentes se tornou tão importante quanto uma dentição confortável, saudável e funcional"28 e, também, pela necessidade dos indivíduos de manter uma aparência dento-facial aceitável dentro de um contexto sociocultural12.

Para os profissionais, a necessidade e o sucesso de qualquer tratamento, seja ele estético ou não, envolve aspectos funcionais, morfológicos e ópticos, mas para os pacientes a cor tem sido o fator determinante na avaliação quanto à necessidade ou à qualidade do tratamento odontológico. Embora a cor dental seja considerada o fator que mais contribui para a insatisfação dos indivíduos com relação à aparência do sorriso36,42, foi verificado que os pacientes nem sempre avaliam a cor de seus dentes da mesma forma que os profissionais2.

É importante enfatizar, no entanto, que a percepção da cor é complexa, pois ela depende da interação entre luz, objeto e observador6,29. A interação entre luz e objeto depende de suas características físicas e óticas. Já no observador, a luz proveniente do objeto é interpretada pelo sistema nervoso central4,29,30. Portanto, a visão da cor é própria de cada indivíduo e, consequentemente, pessoas diferentes interpretam a mesma cor de formas diferentes1,7,26,32,33. Além da variação entre os indivíduos na percepção da cor, há variação na percepção da cor para um mesmo indivíduo ao longo do tempo21,26, sendo que a justificativa para a divergência de opinião inter e intraobservadores foi associada à composição dos substratos e/ou às variações que ocorrem para um mesmo indivíduo3,7,21,26. Entretanto, a diferença de textura e curvatura superficias entre dentes e guias de cor poderiam influenciar a percepção de cor11,15,19. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da diferença de textura superficial de réplicas de incisivo central superior direito confeccionadas em resina composta na percepção da cor de 100 profissionais e verificar se 20 profissionais reproduziriam suas opiniões após 1 semana.

 

Material e Método

Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) (protocolo 30/2008).

Neste trabalho, foram entrevistados 117 cirurgiões dentistas, idade entre 22 e 67 anos, 37 homens (31,6%) e 80 mulheres (68,4%). O fator de exclusão foi a deficiência na visão das cores, identificada por meio do teste digitalizado e simplificado de Ishihara22. O profissional foi excluído do estudo caso identificasse uma ou mais pranchas incorretamente.

Para o estudo foram confeccionadas duas réplicas, R1 e R2, em resina composta, cor EA3 (Tabela 1), de um dente artificial. As réplicas R1 e R2 foram confeccionadas por meio de inserção de três incrementos de 1 mm de espessura do compósito em molde de silicona de condensação obtido do dente artificial e fotopolimerizado de acordo com as recomendações do fabricante. A superfície de R1 foi planificada com auxílio de ponta diamantada tronco-cônica obtendo-se o padrão de superfície lisa (PSL). A seguir, foi obtido o molde de PSL e foram confeccionadas 20 réplicas em resina composta desse padrão (Tabela 1), subdivididas em: G1) cor EA1 L (n=5), G2) cor EA3 L (n=5), G3) cor EB1 L (n=5) e G4) cor EB2 L (n=5). Já na superfície de R2 foram confeccionados sulcos no sentido mesiodistal com auxílio de ponta diamantada esférica, obtendo-se o padrão de superfície rugosa (PSR). Posteriormente, foi obtido molde de PSR e foram confeccionadas 20 réplicas em resina composta desse padrão (Tabela 1), subdivididas em: G5) cor EA1 R (n=5), G6) cor EA3 R (n=5), G7) cor EB1 R (n=5) e G8) cor EB2R (n=5) (Figura 1). Todas as réplicas foram polidas com disco de feltro e pasta diamantada de granulação 1 µm (Microdont, Brasil). As réplicas foram armazenadas em estufa a 37ºC (± 1ºC).

Após a confecção das réplicas, foi realizada a mensuração dos valores L*, a* e b* do terço médio da face vestibular das réplicas com auxílio do espectrofotômetro Cintra 10 UV – Visible Spectrometer (GBC, Austrália; APESP: 05/59695-1). Os valores de L*, a* e b* foram obtidos por meio de 3 leituras consecutivas, intervalo de 380 a 780 nanômetros, sobre anteparo branco, utilizando o iluminante D65. As mensurações foram repetidas semanalmente até que a variação total de cor fosse inferior a uma unidade ∆E*39. Após a 4ª leitura, as réplicas que apresentaram o valor de L* igual à mediana do grupo ao qual pertenciam foram selecionadas para comporem os pares P1, P2, P3 e P4 nas cores EA1, EA3, EB1 e EB2, respectivamente. Cada par foi composto por 1 réplica do PSL e 1 do PSR. Foi calculada a diferença entre as réplicas de superfície rugosa e lisa nos eixos: luminosidade (∆L* = LR-LL), vermelho-verde (∆a* = aR-aL) e amarelo-azul (∆b* = bR-bL). A diferença de cor (∆E*) entre as réplicas dos pares P1, P2, P3 e P4 foi calculada por meio da equação:

Todo o experimento foi realizado em cabine de luz (MM-2e/ UV, Konica Minolta, New Jersey, Estados Unidos; FAPESP: 06/54331-4), utilizando o iluminante D65 e tempo médio de observação de 10 segundos. Foi solicitado aos participantes que comparassem o terço médio das réplicas e questionado se havia diferença de cor entre as réplicas. Uma semana após a primeira avaliação, 20 profissionais selecionados aleatoriamente repetiram todo o teste.

A análise dos resultados envolveu a observação da porcentagem de concordância entre os observadores quanto à diferença de cor entre as réplicas, e a variação na percepção de cor para um mesmo indivíduo, após uma semana, foi avaliada utilizando o coeficiente de Kappa.

 

Resultados

Dos 117 profissionais, 6 homens (5,1%) e 11 mulheres (9,4%) foram excluídos do estudo.

Na Tabela 2, observa-se que as variações no eixo luminosidade (L*) foram as que mais contribuíram para a diferença de cor entre as réplicas dos pares de menor (P1 e P3) e maior (P2 e P4) saturação, sendo que os pares de menor saturação apresentaram os menores valores de diferença total de cor.

Já na Tabela 3 observa-se que para P1, P2 e P3 mais de 50% dos profissionais concordaram que havia diferença de cor entre as réplicas e na Tabela 4 apresentam-se as avaliações dos 20 participantes que repetiram o teste, os valores de Kappa para avaliar a concordância intraobservador e os números de participantes que concordaram com as avaliações realizadas inicialmente. Os valores de Kappa variaram de 0,06 a 0,21 e, considerando o critério utilizado por Lagouvardos et al.26, observou-se que a concordância intraobservador foi pobre.

 

Discussão

Os resultados deste trabalho sugerem que a percepção da cor dos profissionais foi influenciada pela diferença da textura superficial entre as réplicas e que após uma semana os profissionais não reproduziram suas primeiras avaliações.

A deficiência na percepção das cores foi utilizada como critério de exclusão dos participantes, pois há diferença na percepção de cor entre indivíduos com visão cromática normal e deficiente3,13,18. Neste estudo, 6 homens (5,1%) e 11 mulheres (9,4%) apresentaram deficiência na visão das cores, cuja prevalência difere de estudos anteriores em que esta foi maior para homens3,10,13. Como na versão simplificada do teste não há o uso de todas as pranchas, é possível que tenham ocorrido resultados falsos-positivos.

A percepção da cor depende da interação entre luz, objeto e observador6,29. Nos estudos foi observado que houve diferença de cor entre corpos de prova submetidos a diferentes tratamentos9,27,37,38,41, que as variações de cor seriam perceptíveis9,37,38 e que havia relação entre aumento da rugosidade superficial e a variação da cor dos materiais restauradores9,24,27,37,38. Para Seghi et al.39, diferença total de cor superior a uma unidade de ∆E* teria grande probabilidade de ser detectada pelo observador e, de acordo com Matthews30, quando houvesse harmonia de luminosidade, as diferenças de cor entre os dentes e a restauração não seriam perceptíveis. Ainda de acordo com Frondiest17, Preston e Bergen34 e Saleski35, as superfícies rugosas pareceriam mais escuras que as superfícies lisas e segundo Ferreira16, Frondiest17 e O’Brien et al.31, a reflexão difusa predomina em superfícies rugosas e evidencia as características colorimétricas do material, enquanto em superfícies lisas a cor da luz do iluminante refletida pela superfície da restauração predomina sobre a cor do material restaurado.

As réplicas de PSL e PSR foram confeccionadas de tal modo que a diferença entre as texturas superficiais era perceptível (Figura 1), a diferença total de cor entre as réplicas dos pares foi superior a uma unidade, e as variações no eixo luminosidade (L*) foram as que mais contribuíram para a diferença de cor entre as réplicas. Embora para o P4 não tenha havido diferença entre os profissionais que consideraram e os que não consideraram haver diferença de cor entre as réplicas, para os demais pares mais de 50% dos profissionais consideraram que havia diferença de cor. É possível que os profissionais tenham considerado que as réplicas de superfície lisa seriam mais claras que as réplicas de superfície rugosa e/ou que os profissionais tenham comparado a cor do iluminante D65 refletida pelas réplicas de superfície lisa às características colorimétricas do material da réplica de superfície rugosa.

Clinicamente, os cirurgiões dentistas comparam a cor dos dentes e das guias das escalas de cor, mas os profissionais não selecionam a mesma cor para os mesmos dentes5,11,14,21,26,33, pois além das diferenças quanto à composição, as escalas não englobam toda a gama de cores dos dentes19,20 e há variação de concordância entre os observadores com o uso de diferentes escalas25,32. Entretanto, as considerações feitas no parágrafo anterior devem ser estendidas à rotina clínica dos cirurgiões dentistas e devem ser reconhecidas como fator que influencia e/ou dificulta a seleção de cor dos profissionais, uma vez que as guias das escalas de cor nem sempre apresentam a mesma textura superficial dos dentes.

Com relação ao matiz e à saturação, Curd et al.10 observaram que as guias do matiz B eram mais facilmente pareadas que as guias de matiz A e C. Já Lagouvardos et al.26 verificaram que a porcentagem de pareamento correto das guias de menor saturação foi superior ao pareamento das guias de maior saturação. Neste estudo, no entanto, para os pares de menor saturação, P1 e P3, houve maior porcentagem de profissionais que avaliaram corretamente que não havia diferença de cor entre as réplicas confeccionadas com o matiz EA1. Já para pares de maior saturação, os resultados deste estudo correspondem aos resultados dos estudos anteriores, ou seja, houve maior porcentagem de profissionais que avaliaram corretamente que não havia diferença de cor entre as réplicas confeccionadas com o matiz EB2 (Tabela 3).

Com relação aos profissionais que refizeram o teste, os dados deste trabalho reforçam a evidência de que há variação na percepção da cor para um mesmo indivíduo ao longo do tempo7,11,14,25,26,32, já que a porcentagem de concordância entre a 1ª e a 2ª avaliação foi de 60% para os pares P1, P2 e P3 e de 55% para o par P4 (Tabela 4). De acordo com o critério de Lagouvardos et al.26, a reprodução da opinião dos observadores foi pobre.

Neste estudo, além da influência das características das superfícies das réplicas, o fato de alguns profissionais, por exemplo, terem realizado a primeira avaliação no período da manhã, e a segunda avaliação no período da tarde ou da noite pode ter influenciado os resultados quanto à concordância intraobservador, pois as condições emocionais e fisiológicas podem alterar a percepção da cor8.

Diante dos diversos fatores que podem influenciar a percepção da cor do cirurgião-dentista, muitos profissionais poderiam considerar que a sugestão do uso de equipamentos auxiliasse a seleção de cor proposta por Dancy et al.11 como uma opção para minimizar as seleções inadequadas de cor. Entretanto, seria importante para o profissional considerar a ressalva feita por Karamouzos et al.23 de que o local de mensuração (mesial, distal, cervical, incisal e terço médio), e o tipo dental (dentes posteriores e incisivos inferiores) poderiam comprometer a reprodutibilidade e a precisão das mensurações de cor dos dentes.

Embora tenham sido utilizadas apenas duas variações de morfologia superficial, somente o matiz A e o matiz B, em dois níveis de saturação, e avaliações somente sob o iluminante D65 e corpos-de-prova que apresentavam mesma composição, este trabalho contribuiu para o estudo sobre cor, pois foi observado que a percepção da diferença de cor pelos profissionais foi influenciada pelas diferenças de textura superficial entre as réplicas e que, após uma semana, houve variação na opinião dos profissionais. Também foi observado que a concordância intraobservador foi considerada pobre no iluminante D65.

 

Conclusões

Dentro das condições experimentais deste trabalho, a análise dos dados sugere que diferentes texturas superficiais influenciaram a percepção da cor dos profissionais e que houve variação na percepção da cor para um mesmo indivíduo após uma semana.

 

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Endereço para correspondência:
Yuri Arakaki
Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Avenida Professor Lineu Prestes, 2.227 – Cidade Universitária
CEP 05508-900 – São Paulo/SP
E-mail: yuri.arakaki@usp.br
Trabalho realizado na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) – São Paulo/SP.

Recebido: 18/10/10
Aceito: 09/12/10