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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.17 no.2 São Paulo Abr./Jun. 2010

 

ARTIGOS CIENTÍFICOS

 

Estudo comparativo entre ativação imediata e tardia de mini-implantes ortodônticos

 

Comparative study of orthodontic mini-implant immediate and delayed activation

 

 

RAFAEL GOLGHETTO DOMINGOS I; ALEXANDRE DO VALLE WUO II; JULIO RAMIRES DE LUCA III; FÁBIO NAUFF IV; ANDRÉ FELIPE ABRÃO V; JORGE ABRÃO VI

I Aluno de Especialização em Ortodontia no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao); Membro do Centro de mini-implantes do Cetao (Cemic) – São Paulo/SP
II Mestre em Clínica Integrada pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP); Coordenador do Centro de mini-implantes do Cetao (Cemic) – São Paulo/SP
III Aluno de Especialização em Prótese Dentária no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao); Membro do Centro de mini-implantes do Cetao (Cemic) – São Paulo/SP
IV Mestre em Radiologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Professor Assistente em Ortodontia do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao) – São Paulo/SP
V Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP); Professor Assistente em Ortodontia do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao)
VI Professor Associado de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP); coordenador do curso de Especialização em Ortodontia do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao)

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Introdução: No tratamento ortodôntico, a ancoragem dos dentes é um dos principais fatores para a obtenção de resultados satisfatórios. Infelizmente, a ancoragem pode ser perdida, colocando em risco o sucesso do tratamento. Este contratempo pode ser contornado com uma ancoragem estável propiciada por mini-implantes. Objetivos: Avaliar a taxa de aproveitamento de dois tipos de ativação de mini-implantes ortodônticos: imediata ou seis semanas após a instalação (tardia). Materiais e métodos: Foram utilizados 60 mini-implantes com 1,6 mm de diâmetro por 9 mm de comprimento, sendo divididos em 2 grupos: G1, com 30 mini-implantes ativados imediatamente; e G2, com 30 mini-implantes ativados tardiamente. A força de ativação para os dois grupos foi de 1,5 N. O sucesso do mini-implante foi considerado pela sua viabilidade durante o tratamento ortodôntico. Resultados: No G1 houve uma taxa de sucesso de 96,6%, e no G2 essa taxa foi de 96,6%. Conclusão: A ativação imediata e a ativação tardia de mini-implantes apresentam a mesma taxa de sucesso.

Descritores: Procedimentos de Ancoragem Ortodôntica. Movimentação Dentária. Ortodontia Corretiva.


ABSTRACT

Introduction: The orthodontic anchorage is one of the main factors to achieve satisfactory results during dental movement. Unfortunately, the anchorage loosening may occur, which may decrease the success of the treatment. This problem can be avoided with a stable anchorage afforded by mini-implants. Objectives: To evaluate two kinds of orthodontic mini-implants activation: immediate or six weeks after installation (delayed activation). Material and methods: 60 mini-implants measuring 1.6 mm in diameter and 9 mm in length were divided into 2 groups: G, with 30 mini-implants immediately activated, and G2, with 30 mini-implants submitted to delayed activation. The strength of activation for the two groups was 1.5 N. The mini-implant success was considered according to its viability during orthodontic treatment. Results: In G1 the success rate was 96.6%, and in G2 the success rate was also 96.6%. Conclusion: The immediate activation and the delayed activation of orthodontic mini-implants have the same success rate.

Descriptors: Orthodontic anchorage procedures. Tooth movement. Orthodontics, corrective.


 

 

Introdução

Um dos mais importantes pré-requisitos para que o tratamento ortodôntico atinja os seus objetivos é uma ancoragem estável. Infelizmente, esta ancoragem pode não ser alcançada em decorrência de diversos fatores, tais como comprometimento da inserção periodontal dos dentes pilares, perda dentária precoce ou rejeição no uso de ancoragem extraoral por motivos estéticos7,8.

Os mini-implantes vieram como uma alternativa na ancoragem ortodôntica por serem estáveis, permitirem movimentações dentárias mais previsíveis e não dependerem da cooperação do paciente quanto ao uso de outros dispositivos2,2,27,29,31. Eles têm atraído grande atenção para este ramo de pesquisa por serem muito versáteis, necessitarem mínima invasão cirúrgica para instalação e apresentarem pouco acréscimo no preço final do tratamento5,13.

Qualidade óssea, design do mini-implante e modalidades de inserção são características que influenciam a sua estabilidade primária. Esta, por sua vez, é crucial na sobrevivência do mini-implante durante o tempo de tratamento ortodôntico4,18,20,33.

Estudos têm demonstrado que os mini-implantes devem ser ativados imediatamente após a sua implantação ou após seis semanas para que haja sucesso, sendo que a pior época para carregá-los é duas semanas após a implantação16.

 

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi comparar a taxa de sucesso entre dois tipos de ativação de mini-implantes ortodônticos: imediatamente após (ativação imediata) e seis semanas após a sua instalação (ativação tardia).

 

Materiais e Métodos

Foram selecionados 23 pacientes (com idade de 16 a 64 anos, sendo a média de 30,13 anos; 3 homens e 20 mulheres) na clínica odontológica do Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao) que necessitavam de movimentos dentais durante o seu tratamento bucal e tinham indicação do uso de mini-implantes. O seu uso, indicações e riscos do tratamento foram explicados para estes pacientes ou para seus responsáveis. O estudo foi conduzido apenas com os pacientes que consentiram com a instalação do mini-implante e aceitaram fazer parte da pesquisa. Esta trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da UNESP de Araraquara (CEP FOAr), protocolo número 48/06.

Sessenta mini-implantes ortodônticos autoperfurantes de titânio (Neodent, Curitiba, Brasil; 1,6 mm de diâmetro e 9 mm de comprimento, cinta média) foram instalados nestes pacientes (Figura 1).

O local de instalação do mini-implante foi previamente selecionado pelo ortodontista responsável pelo caso e marcado em modelo de gesso, foi então confeccionada uma guia cirúrgica para a futura instalação21 (Figura 2). Antes do ato operatório, foram feitas provas clínica e radiográfica desta guia (Figura 3).

Para o procedimento de instalação, foi aplicada anestesia local com técnica infiltrativa (Lidocaína 2% e Epinefrina 1:100000); seguiu-se com uma marcação no local delimitado pela guia cirúrgica e perfuração transmucosa de 3 mm de profundidade e 1,1 mm de diâmetro com broca do kit de instalação para mini-implantes (Figuras 4 e 5) (Neodent, Curitiba, Brasil) numa rotação de 800 rpm e constante irrigação feita com soro fisiológico16,33. O mini-implante foi rosqueado manualmente no local perfurado até o recobrimento da sua parte transmucosa e obtenção de torque de 10 Newtons por centímetro (N/cm) aferidos com torquímetro clínico (Figura 6)22.

Trinta mini-implantes foram classificados como grupo 1 (G1) e ativados imediatamente após a sua instalação (ativação imediata) (Figura 7 e 8). Trinta foram ativados seis semanas após a sua instalação (ativação tardia), e classificados como grupo 2 (G2). Foram feitos controles clínicos, nos quais se checou a presença de algum tipo de exudato inflamatório ou mobilidade, e radiográficos 7, 15, 30, 60 e 90 dias após a ativação ortodôntica. A força de ativação aplicada em cada mini-implante foi de 1,5 N (150 g), aplicada com o uso de cadeias elásticas e medidas com tensiômetro. O sucesso do mini-implante foi avaliado através da sua viabilidade durante os três meses de controle, tempo suficiente para que ocorresse a movimentação dentária à qual ele foi proposto.

Após a instalação, os pacientes foram orientados a higienizar a área dos mini-implantes com clorexidina a 0,12% na forma de colutório bucal durante uma semana uma vez ao dia e, após esta semana, prosseguir com higiene oral normal como nas demais áreas da boca. Nenhum antibiótico foi prescrito aos pacientes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a conclusão da movimentação ortodôntica, o mini-implante foi removido sob anestesia local (lidocaína 2% e epinefrina 1:100.000) e contratorque simples do mini-implante.

Ao longo dos controles clínicos, foi observado baixo grau de inflamação em alguns mini-implantes, sendo revertidos após novas orientações de higiene da área estudada29. Estes pontos de inflamação não afetaram o andamento do trabalho.

 

Resultados

Durante este trabalho clínico, um mini-implante do G1 falhou (localizado na região de molares em maxila) duas semanas após o ato operatório, evidenciando 29 mini-implantes bem-sucedidos. Também um mini-implante do G2 falhou (localizado na região de molares em maxila) oito semanas após a operação (duas semanas após a ativação). A taxa de sucesso para ambos os grupos foi de 96,6%, conforme mostram os Gráficos 1 e 2.

 

Discussão

Neste estudo, o objetivo foi comparar as taxas de aproveitamento entre a ativação imediata e a ativação tardia dos mini-implantes ortodônticos, tendo sido encontrado 96,6% de sucesso para os dois tipos. Esta taxa de sucesso pode ser considerada elevada, tendo em vista que a porcentagem de aproveitamento de mini-implantes encontrada em literatura varia de 0 a 100%4,5,6,8,9,22,23,24,25,26 e que a maioria dos estudos mostram taxa de sucesso maior que 80%26. Para mini-implantes ativados imediatamente, encontra-se taxas de sucesso de 756 a 100%9, enquanto para os mini-implantes ativados tardiamente são encontradas taxas de sucesso que variam de 025 a 100%8.

 

 

 

 

 

O tempo de ativação do mini-implante pode variar de minutos a oito semanas após a implantação17. A ativação tardia é citada em muitos trabalhos2,8,16,20,25 e é defendida por se tratar de um tempo necessário para que ocorra a cicatrização dos tecidos peri-implantares4,16, porém corre-se um maior risco de perda por mobilidade no período anterior à ativação, uma vez que a ativação imediata promove maior estabilidade mecânica inicial4,10. A ativação imediata dos mini-implantes também tem sido proposta em diversos trabalhos científicos3,6,9,10,15,22,23,29, sendo que o uso de forças leves não afeta o padrão de recuperação óssea15 e este tipo de ativação diminui o tempo de tratamento, reduzindo o incômodo para o paciente4.

Sessenta mini-implantes é uma boa amostra, visto que há trabalhos variando de 10 a 480 espécimes, a maioria contendo menos mini-implantes do que os aqui utilizados26.

Os dois mini-implantes que falharam estavam instalados na região posterior de maxila direita. São vistos em literatura conceitos divergentes quanto à relação entre o lado de instalação e o sucesso do mini-implante. Há autores que não relatam esta relação2, entretanto, também encontra-se trabalhos que indicam maiores taxas de sucesso do lado esquerdo da boca26, conforme visto neste estudo, pois a maioria dos pacientes são destros e, consequentemente, higienizam melhor o lado esquerdo28. Embora os dois fracassos tenham ocorrido duas semanas após serem ativados, não foi encontrada relação entre a data de ativação e a falha do mini-implante.

Os trabalhos encontrados em literatura mostram o uso de forças que variam de 0,5 N (50 g) a 2 N (200 g)2,3,4,15,19,22. Aqui, foi utilizada uma força de ativação de 1,5 N (150 gramas) por estar entre estes dois valores e se tratar de uma quantidade aceitável para diversas movimentações ortodônticas.

O tempo de controle de três meses é considerado mínimo para que se obtenham os objetivos de ancoragem exigidos pelo mini-implante, sendo encontrados na literatura períodos de acompanhamento que variam de 3 a 37 meses após a ativação24,26.

Para que haja uma boa estabilidade inicial, a perfuração do osso não deve ser do mesmo comprimento do mini-implante e deve ser de 0,2 a 0,5 mm menor do que o seu diâmetro. Neste trabalho, o mini-implante tinha 1,6 mm de diâmetro e a pré-fresagem foi feita com uma broca de 1,1 mm de diâmetro, portanto a diferença foi de 0,5 mm; quanto ao comprimento, 3 mm de profundidade garante a transfixação da máxima espessura de cortical óssea encontrada em boca11 e ainda é menor do que o comprimento de 9 mm do mini-implante. Isto permitiu que se empregasse um torque inicial de 10 N/cm22. A perfuração óssea foi conduzida sob irrigação constante de soro fisiológico a fim de evitar sobreaquecimento ósseo e minimizar o risco de falha18 e é indicada para não haver excesso de torque inicial do mini-implante, evitando altas taxas de estresse inicial, isquemia e necrose do osso circundante4,30,32, além de diminuir o risco de fratura durante a instalação do mini-implante33.

A invasão do espaço periodontal ou até mesmo da raiz dentária eram riscos que foram evitados com a confecção de guias cirúrgicas individualizadas14,21, entretanto, mesmo que houvesse esta invasão, estudos histológicos têm demonstrado a reparação dos tecidos periodontais em casos em que ocorreram estes contatos acidentais1.

 

Conclusões

Considerando este estudo clínico, no qual foram utilizados 60 mini-implantes ortodônticos de mesmas dimensões com bom travamento inicial e comparadas as modalidades de ativação imediata e tardia, podemos chegar à conclusão de que a ativação imediata e a ativação tardia de mini-implantes ortodônticos apresentam a mesma porcentagem de sucesso de 96,6%.

 

Agradecimentos

Os autores gostariam de agradecer à Neodent por providenciar tanto os mini-implantes quanto os kits cirúrgicos utilizados neste estudo clínico.

 

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Endereço para correspondência:
Rafael Golghetto Domingos
Avenida Indianópolis, 153 – Moema
CEP 04063-000 – São Paulo/SP
e-mail: rafaelgolghetto@yahoo.com.br

Recebido em: 02/03/10
Aceito em: 28/06/10