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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.18 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2011

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Satisfação profissional: perfil dos cirurgiões-dentistas que exercem suas atividades em empresa do setor privado – São Paulo, 2008

 

Job satisfaction: professional activities profile among the dentists who work in a private company – São Paulo, 2008

 

 

Teresa Maria da PonteI; Simone Rennó JunqueiraII; Maria Gabriela Haye BiazevicII; Antonio Carlos FriasII; Maria Ercília de AraújoIII; Edgard Michel-CrosatoIV

IDoutoranda do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo/SP
IIProfessores Doutores do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo/SP
IIIProfessora Titular do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo/SP
IVProfessor Livre-Docente do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo/SP

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

O objetivo do estudo foi verificar a satisfação profissional dos cirurgiões-dentistas que desenvolviam suas atividades em uma empresa de caráter privado do estado de São Paulo. Tratou-se de estudo transversal, realizado por meio de questionário autoadministrado distribuído aos cirurgiões-dentistas que trabalhavam em unidades da empresa localizadas em diversas cidades do estado de São Paulo. Os dados foram organizados e analisados no programa Stata 10.0. Participaram da pesquisa 194 cirurgiões-dentistas que exerciam suas atividades na empresa, no ano de 2008. Em relação às características sociodemográficas, os participantes apresentaram idade entre 25 e 54 anos (média de 35,78 anos); e 68,04% eram do gênero feminino e 31,96% do gênero masculino. O nível de satisfação profissional total foi de 3,45 (dp = 0,50), considerando-se uma escala de 1 a 5. Os blocos analisados apresentaram os seguintes valores médios: satisfação geral com o trabalho – 3,39 (dp = 0,89); percepção de renda – 3,21 (dp = 0,74); tempo pessoal – 2,60 (dp = 1,06); tempo profissional – 3,13 (dp = 0,71); equipe – 3,35 (dp = 0,98); relacionamento com pacientes – 4,34 (dp = 0,59) e fornecimento de assistência/atendimento – 4,16 (dp = 0,58). Concluiu-se que o nível de satisfação no trabalho dos profissionais pôde ser considerado bom, sendo que o bloco que apresentou menor valor de satisfação foi o tempo pessoal.

Descritores: Satisfação no emprego. Força de trabalho. Prática profissional. Odontologia.


 

ABSTRACT

The objective of the study was to verify the professional satisfaction among the dentists who worked in a private enterprise of São Paulo State. A descriptive cross-sectional and analytic study was carried out, using a self-administered questionnaire distributed to dentists who worked in the company's units located in different cities of São Paulo State. Data were organized and analyzed at Stata10.0 statistical package. Participated of the study 194 dentists, those were working in the company in the year of 2008. Regarding socio-demographic characteristics, 68.04% were female and 31.96% were male with ages between 25 and 54 years (mean 35.78 years). The mean score of overall job satisfaction was 3.45 (sd = 0.50), in a 1 to 5 scale. The blocks of factors showed the following average values: general satisfaction with job/employment – 3.39 (sd = 0.89); income perception – 3.21 (sd = 0.74); personal time – 2.60 (sd = 1.06); professional time – 3.13 (sd = 0.71); team – 3.35 (sd = 0.98); patients relationship – 4.34 (sd = 0.59) and healthcare delivery – 4.16 (sd = 0.58). The job satisfaction levels among the professionals were considered good, and the block that scored the lowest satisfaction was personal time.

Descriptors: Job satisfaction. Labor force. Professional practice. Dentistry.


 

 

INTRODUÇÃO

O modelo competente de gestão de pessoas para a atualidade é aquele orientado para solucionar problemas, enfrentar os desafios e apresentar resultados10.

No campo da saúde e especificamente da Odontologia, o gerenciamento do profissional é fundamental para o êxito dos sistemas de saúde8.

Nesse contexto, conhecer o perfil da força de trabalho é a primeira ferramenta para direcionar ações para uma correta política de recursos humanos em saúde e saúde bucal11.

Devem-se destacar as diferenças existentes entre as expressões recursos humanos e força de trabalho. O termo força de trabalho corresponde à caracterização socioeconômica e demográfica dos profissionais de uma determinada área, suas aspirações, sua visão de mundo e sua percepção com o setor de atuação. Por sua vez, a expressão recursos humanos é utilizada no âmbito das Ciências da Administração, e mais especificamente, num espectro de gerenciamento. Assim, optou-se por adotar, neste trabalho, a nomenclatura força de trabalho, que parece mais adequada à descrição e interpretação de uma realidade profissional17.

Outra definição importante para o presente estudo é o significado da palavra perfil, que pode ser classificado como conjunto de fatores ou itens indicadores das qualidades ou traços característicos de um profissional12.

Nesse contexto de mudanças, é importante conhecer as características atuais da profissão existente em um local, em um determinado momento, pois se sabe que os profissionais são resultantes do processo evolutivo dessa atividade e que caracterizam uma etapa de evolução da profissão. Assim, para tentar verificar o perfil no qual se encontra a Odontologia e, como consequência, caracterizar o mercado de trabalho dessa profissão em nosso país, é necessário conhecer a força de trabalho existente no momento13.

A prática de uma profissão não pode ser considerada somente como o resultado das aptidões e habilidades de sua força de trabalho. Ela resultará da confluência de fatores psicológicos e sociais que exercem marcada influência sobre o comportamento do homem no exercício de sua profissão e condicionam a compatibilização do profissional com seu trabalho. O nível de ajustamento do profissional nos leva à chamada satisfação profissional6.

Nos estudos sobre satisfação profissional, entre os fatores mais comumente analisados estão a satisfação geral com o trabalho, a percepção de renda, o tempo pessoal, o tempo profissional, equipe, relacionamento com pacientes e fornecimento de assistência e atendimento1,4,5,7,9,14,15.

 

OBJETIVO

Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi verificar a satisfação profissional dos cirurgiões-dentistas que desenvolviam suas atividades em uma empresa privada do estado de São Paulo.

 

MATERIAL E MÉTODO

 

Tipo de estudo

Nesta pesquisa, empregou-se o estudo observacional, transversal, tipo inquérito, analítico.

 

População do estudo

Fizeram parte deste estudo todos os cirurgiões-dentistas (n = 219) que exerciam suas atividades nas unidades de uma determinada empresa no estado de São Paulo, em 2008.

 

Local de estudo

A empresa na qual foi feita esta pesquisa se baseia no conceito de serviço social custeado pelo empresariado, é de caráter privado e está voltada ao bem-estar social; assim, tem como um de seus princípios basilares a promoção da saúde, e abrange o desenvolvimento de atividades na área de saúde, lazer, prática esportiva e cultura. Seu objetivo é promover o bem-estar social, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento cultural dos trabalhadores de determinada categoria profissional, de associados e de seus dependentes, bem como da comunidade em geral. A pesquisa foi desenvolvida com os cirurgiões-dentistas que trabalhavam nas 23 clínicas odontológicas distribuídas pelo estado de São Paulo, no ano de 2008.

 

Critérios de inclusão

Fizeram parte da pesquisa os cirurgiões-dentistas do quadro da empresa que estavam ativos na época do estudo.

 

Critérios de exclusão

Não foram inclusos no estudo, profissionais afastados – férias, licença (médica, gala, maternidade), em serviço externo, ou compensando horas.

 

Instrumento de coleta de dados e aplicação

A coleta de dados foi realizada por meio de questionário composto de perguntas fechadas, agrupadas por assuntos. Na fase de planejamento, a coordenação estadual de Odontologia da empresa forneceu dados sobre a quantidade de cirurgiões-dentistas por clínica (entre as unidades operacionais do estado de São Paulo que contêm o serviço) aos pesquisadores, e os nomes dos dentistas coordenadores de cada uma foram conferidos. No total, são 23 clínicas que variam quanto aos períodos de funcionamento (matutino/vespertino/noturno), à quantidade de equipamentos e, consequentemente, ao número de profissionais alocados.

Os questionários foram enviados por malote (serviço de correspondência interna) aos dentistas coordenadores – previamente contatados por e-mail enviado pela coordenação estadual de Odontologia (elaborado em conjunto com os pesquisadores) – juntamente com informações sobre a pesquisa e orientações de como deveriam ser entregues e recolhidos os envelopes contendo a pesquisa. Cada envelope continha um questionário e um termo de consentimento esclarecido. Os coordenadores seriam os intermediários: entregariam um envelope por cirurgião-dentista; os envelopes deveriam ser recolhidos posteriormente e enviados de volta para os pesquisadores em duas semanas, por malote. Foram utilizados papéis timbrados, objetivando fornecer credibilidade à pesquisa, diminuir intercorrências como desconfiança, temor de invasão de privacidade e outras e, consequentemente, aumentar as possibilidades de resposta11. Os profissionais foram alertados que o corpo diretivo da empresa não teria acesso às informações pessoais de cada participante.

A escala de satisfação utilizada neste estudo foi elaborada, testada e validada por Michel-Crosato9, a partir do modelo proposto por Jeong et al.5. O instrumento apresenta 29 perguntas distribuídas em 7 blocos. Para conseguir o escore de satisfação de cada bloco principal, calculou-se a média aritmética dos itens de cada bloco. O bloco 1 apresenta perguntas referentes à satisfação geral da profissão. O bloco 2 tem como tema perguntas referentes à percepção de renda. O bloco 3 foca o tempo fora da profissão (tempo de lazer, esporte, arte). O bloco 4 verifica a satisfação com o tempo profissional (questões referentes a horas de trabalho, períodos de estresse). O bloco 5 se dedica ao relacionamento com a equipe de trabalho. O bloco 6 está relacionado com o relacionamento com o paciente. O bloco 7 apresenta questionamentos referentes à satisfação com o tipo de serviços de assistência prestados.

 

Digitação e análise dos dados

Os dados foram digitados e analisados no programa Stata 10.0. As medidas descritivas utilizadas foram a média, desvio padrão, valores mínimos e máximos. Para verificar a possível associação entre as variáveis estudadas, foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney. O nível de significância adotado no presente estudo foi de 95%.

 

Considerações éticas

A pesquisa foi encaminhada aos cirurgiões-dentistas com uma carta explicativa para esclarecê-los sobre o propósito do estudo. Para que fosse obtida a autorização para a realização do trabalho, procedeu-se ao preenchimento em duas vias do termo de consentimento livre e esclarecido, como preconiza a Resolução nº 196 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). O projeto de pesquisa foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da USP (Parecer 140/08) e também obteve aprovação da direção da empresa no estado de São Paulo.

 

RESULTADOS

O estudo contou com a participação de 194 cirurgiões-dentistas (taxa de não resposta de 11,42%, visto que 219 receberam, efetivamente, o questionário) que exerciam atividades profissionais em uma empresa de caráter privado, no final de 2008. Observou-se que 56,70% moravam na cidade de São Paulo e 43,30% dos cirurgiões-dentistas residiam em outros municípios.

Em relação às características sociodemográficas, os participantes apresentaram idade entre 25 e 54 anos (média de 35,78 anos) e 68,04% eram do gênero feminino e 31,96% do gênero masculino. Quanto à formação, 64,43% estudaram em faculdades públicas e 35,57% em faculdades particulares; 116 (59,79%) haviam concluído curso de especialização.

O nível de satisfação dos participantes alcançou um valor de 3,45, considerando-se uma escala de 1 a 5. Os valores de cada bloco são apresentados na Tabela 1.

A Tabela 2 apresenta a satisfação dos cirurgiões-dentistas em relação ao gênero. Profissionais do gênero feminino estavam mais satisfeitas com o relacionamento com os pacientes do que os do gênero masculino (p = 0,04).

Quando comparada a satisfação entre os profissionais que cursaram cursos públicos e os que fizeram cursos privados, os formados por faculdades públicas apresentaram uma melhor satisfação geral (p = 0,01) (Tabela 3). Os profissionais que tinham realizado curso de especialização apresentaram uma maior satisfação com o relacionamento com a equipe de trabalho (p = 0,04) e uma menor satisfação com o relacionamento com o paciente (p = 0,04) (Tabela 4).

 

 

 

 

 

 

DISCUSSÃO

Satisfação no trabalho é um assunto de suma importância, porque afeta a produtividade profissional e contribui com a qualidade das tarefas que são realizadas14.

Este estudo mostrou que o indicador de satisfação no trabalho foi de 3,45, resultado superior ao estudo realizado por Michel-Crosato9 em profissionais da rede pública de São Paulo, utilizando o mesmo índice, em que o indicador de satisfação no trabalho foi de 2,86.

Outros estudos internacionais utilizaram o mesmo instrumento. Na pesquisa realizada na Coréia do Sul, o indicador de satisfação foi de 3,205, resultado semelhante ao encontrado no presente estudo. Outros estudos apresentaram valores mais altos, tais como estudo realizado na Lituânia, com valor médio 4,0615, e outro estudo realizado entre ortodontistas canadenses, no qual o indicador médio foi 4,0016.

Todos os eixos da escala de satisfação apresentaram impactos semelhantes na satisfação com o trabalho. Embora existam relatos diferentes que motivem o profissional a escolher a Odontologia como profissão, vários estudos apontam que os graduandos escolhem a profissão pelo fato de ser uma profissão liberal, pela flexibilidade de horário, pela possibilidade de auferir remuneração alta2,3,11. Portanto, um fator específico, como percepção com a renda, não impactou tanto na satisfação profissional, como poderia ser esperado.

Em relação à associação entre satisfação e gênero, tipo de graduação e especialização, o presente estudo apresentou resultados parecidos com a literatura. Profissionais do gênero feminino estavam mais satisfeitas com o relacionamento com os pacientes do que os do gênero masculino; os formados por faculdades públicas apresentaram uma melhor satisfação geral; e os profissionais que tinham realizado curso de especialização apresentaram uma maior satisfação com o relacionamento com a equipe de trabalho e uma menor satisfação com o relacionamento com o paciente1,4,5,7,9,14,15.

Os resultados desta pesquisa poderão colaborar na busca e melhor entendimento das características sociodemográficas e de aspectos relacionados às práticas profissionais, educação continuada e outros fatores que podem influenciar a satisfação profissional e, consequentemente, o desempenho e a qualidade de vida desses indivíduos.

O presente estudo apresenta limitações, visto que foi realizado com um grupo de profissionais que trabalhavam em empresa de caráter privado e a análise foi transversal. Mais estudos devem ser conduzidos com outras populações de cirurgiões-dentistas para que se acrescentem novos dados a serem comparados, a fim de se conhecer com maior profundidade o perfil e satisfação profissional da força de trabalho que atua na área atualmente.

 

CONCLUSÃO

O nível de satisfação no trabalho dos profissionais pôde ser considerado bom, sendo que o bloco que apresentou menor valor de satisfação foi o tempo pessoal.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Endereço para correspondência:
Prof. Dr. Paulo Nelson Filho
Department of Pediatric Clinics, Preventive and Social Dentistry. School of Dentistry of Ribeirao Preto, University of Sao Paulo
Avenida do Café w/o nº
CEP 14040-904 – Ribeirão Preto/SP, Brazil
Phone: (55) 16 3602-4099
e-mail:
nelson@forp.usp.br

Recebido em: 16/2/11
Aceito em: 28/3/11