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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.18 no.4 São Paulo Out./Dez. 2011

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Efeito da aplicação de primers para metal na resistência de união de cimentos resinosos à zircônia

 

Effect of application of metal primers on the bond strength of resin cements to zirconia

 

 

Wladimir Franco de Sá BarbosaI; Marina Di FrancescantonioII; Thaiane Rodrigues AguiarII; Andrea Nóbrega CavalcantiIIIMarcelo Tavares de OliveiraIV; Marcelo GianiniV

IProfessor Assistente, Departamento de Dentística, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Manaus/AM
IIDoutoranda em Clínica Odontológica, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP/Unicamp) – Piracicaba/SP
IIIProfessora Assistente, Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Medicina e Saúde Pública da Bahia (EBMSP) – Salvador/BA
IVProfessor Assistente, Faculdade de Odontologia, Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – São Paulo/SP
VProfessor Associado, Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (FOP/Unicamp) – Piracicaba/SP

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de primers para estruturas à base de ligas metálicas na resistência de união (RU) de um cimento convencional e de um cimento autoadesivo à zircônia, utilizando o teste de microcisalhamento. Foram preparadas 60 placas de óxido de zircônia (Cercon), com dimensões de 13 x 5 x 1 mm (comprimento x largura x espessura). Essas placas foram jateadas com óxido de alumínio e divididas em seis grupos experimentais, segundo o tratamento utilizado (n = 10). Os primers e cimentos foram aplicados de acordo com as recomendações dos fabricantes e grupos experimentais. Após o tratamento da zircônia, cilindros de cimento resinoso foram construídos na superfície das placas, utilizando matrizes (Tygon) com 0,7 x 1 mm (diâmetro x altura). As amostras foram armazenadas em água destilada por 24 h à 37ºC e submetidas ao ensaio de microcisalhamento (0,5 mm\min, Instron 4411). Os valores obtidos foram analisados pela ANOVA (2 fatores) e teste Tukey (α = 0.05). Somente a utilização do Metal Primer II aumentou a RU dos dois cimentos resinosos à zircônia. O cimento autoadesivo RelyX U-100 obteve as maiores médias de RU quando comparado ao cimento convencional Bistite II DC, para todos os tratamentos de superfície utilizados. Para se obter maior RU à zircônia Cercon deve ser utilizado o Metal Primer II e o cimento autoadesivo RelyX U-100.

Descritores: Cimentos de resina. Cerâmica. Resistência à tração.


 

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the effect of alloy primers on the bond strength (BS) of conventional resin cement and self-adhesive cement to zirconia using the microshear bond strength test. Sixty ceramic plates, with dimensions of 13 x 5 x 1 mm (length x width x thickness), were prepared . The ceramic plates were air-abraded with aluminum oxide and divided into six experimental groups, according to the treatment used (n = 10). The primers and resin cements were applied according to manufacturers' recommendations and experimental groups. After treatment of the zirconia, resin cement cylinders were constructed on their surfaces by using matrix (Tygon) with 0.7 x 1 mm (diameter x height). The samples were stored in distilled water for 24 hours at 37°C and tested in a universal testing machine (0.5 mm\min, Instron 4411). The data were analyzed by ANOVA (two factors) and Tukey test (α = 0.05). Only the use of Metal Primer II increased the bond strength of all resin cements to zirconia. The self-adhesive RelyX U-100 cement promoted higher bond strength values than Bistite II DC, for all surface treatments. To obtain the highest bond strength to zirconia, it must be used the Metal Primer II and the self-adhesive RelyX U-100 resin cement..

Descriptors: Resin cements. Ceramics.tensile strength.


 

 

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento das porcelanas odontológicas com melhora nas propriedades mecânicas e estéticas originou os sistemas restauradores indiretos com características clínicas e laboratoriais bastante distintas, capazes de serem empregados como material para a confecção de infraestruturas em próteses fixas unitárias e parciais9,14. As porcelanas à base de zircônia são caracterizadas pelo seu alto conteúdo cristalino, como dióxido de zircônio (< 90%), zircônia tetragonal estabilizada por ítrio e cerâmica infiltrada por vidro com 35% de zircônia parcialmente estabilizada (Y - TZP)4,8,14. Esses materiais não contêm sílica ou nenhuma fase vítrea, e possuem elevada resistência a flexão, assim como rigidez moderadamente superior às cerâmicas à base de alumina e dissilicato de lítio2,12,20.

A baixa reatividade é uma desvantagem dos materiais à base de zircônia. Ao contrário das cerâmicas odontológicas passíveis de condicionamento, a ausência da fase vítrea faz com que o protocolo de cimentação deste tipo de peça protética seja diferente do tradicional condicionamento com ácido fluorídrico e a aplicação de silano na superfície cerâmica condicionada1,4,5,8,17,18.

Algumas técnicas de cimentação específicas para as estruturas à base zircônia têm sido propostas. Estudos indicam como métodos de tratamento da superfície o jateamento com óxido de alumínio, a irradiação com laser de Er:YAG ou o uso de materiais que promovam união química com o dióxido de zircônio5,11,15,18.

Grupamentos do éster fosfatados presentes em alguns cimentos resinosos e primers para metal parecem capazes de se unir aos óxidos metálicos, como o óxido de alumínio6,7 e o óxido de zircônio10. Em função de esses materiais serem basicamente compostos de óxido de zircônio, é possível que estes primers interajam quimicamente com a superfície da zircônia, melhorando a união com os cimentos resinosos.

As evidências existentes a respeito da união de compostos resinosos aos materiais à base de zircônia indicam que a técnica com melhor previsibilidade e durabilidade clínica ainda não foi determinada. Por este motivo, estudos da união a essas estruturas de zircônia ainda devem ser realizados, visando identificar os materiais e as técnicas superiores, anteriormente à sua aplicabilidade clínica. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de primers para ligas metálicas na resistência de união por microcisalhamento de dois cimentos resinosos à superfície da zircônia.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Sessenta amostras de porcelana à base de zircônia, com dimensões de 13 mm (comprimento) x 5 mm (largura) x 1 mm (espessura) foram obtidas através de cerâmica contendo 94% de ZrO2 estabilizada com 5% Y2O3 (Cercon Base, DeguDent, Hanau, Alemanha). As placas de zircônia cerâmicas foram jateadas com partículas de óxido de alumínio de 50 μm utilizando o microjateador (Microetcher, Danville Eng. Inc., San Ramon, CA, EUA) por 15 segundos, a uma distância de 10 mm e pressão de 2.5 bar. Em seguida, as placas foram submetidas à limpeza ultrassônica por 5 minutos (Cristófoli Equip., Campo Mourão, PR, Brasil) e distribuídas aleatoriamente em 6 grupos experimentais (n = 10).

Os materiais utilizados neste estudo estão descritos na Tabela 1. Foram estudados dois cimentos resinosos, ambos de dupla ativação, sendo um convencional (Bistite II, Tokuyama Dental Corp., Tóquio, Japão) e outro autoadesivo (RelyX U-100, 3M ESPE, Seefeld, Alemanha); e dois primers para ligas metálicas (Alloy Primer, Kuraray Medical Inc., Kurashiki, Japão) e Metal Primer II (GC Corp., Tóquio, Japão). A manipulação e aplicação dos materiais (primers e cimentos resinosos) foram realizadas de acordo com as recomendações de cada fabricante.

Três matrizes transparentes cilíndricas (Tygon tubing - TYG-03, Saint-Gobain Performance Plastic, Maime Lakes, FL, EUA) foram posicionadas sobre cada placa de zircônia após os tratamentos propostos13. Em seguida, o cimento resinoso previamente manipulado foi aplicado no interior de cada tubo de Tygon com o auxílio de sonda exploradora # 5 (Hu-Friedy, Chicago, IL, EUA). Ao final, cada cilindro foi fotoativado durante 40 segundos com o aparelho fotopolimerizador XL 3000 (3M ESPE, St. Paul, MN, EUA) e em seguida, os espécimes foram armazenados em umidade relativa, a 37oC por 24 horas.

Após esse período, as matrizes foram removidas com auxílio de lâminas cirúrgicas (#11, Pro Cirúrgica Blade Co., Qingdao, China), expondo os três cilindros de cimento (0,7 mm de diâmetro por 1 mm de altura). Antes do ensaio, todos os cilindros de cimento foram verificados em microscópio óptico (30 X,EMZ-5, Meiji Techno Co., Saitama, Japão) para avaliação de defeitos na área de união.

 

 

 

Cada placa de zircônia foi posicionada no dispositivo de teste acoplado à máquina universal de ensaios (4411, Instron Corp, Canton, MA, EUA) com cola de cianoacrilato (Super Bonder, Loctite, Itapevi, SP, Brasil) para a realização do ensaio de microcisalhamento. O carregamento de cisalhamento foi aplicado à base do cilindro de cimento resinoso com um fio de aço (0,2 mm de diâmetro) numa velocidade de 0,5 mm/min até o rompimento da união. A resistência de união por cisalhamento foi calculada e os dados expressos em MPa. O valor da resistência de união para cada placa foi representado pela média dos três cilindros de cimento resinoso de cada placa. Os resultados foram analisados estatisticamente pela análise de variância (ANOVA) 2 fatores (uso de primer e cimento resinoso) e teste de Tukey, com nível de significância de 5%.

Após o teste, as placas de zircônia foram montadas em stubs de alumínio, metalizados (Denton Desk II, Denton Vacuum LLC, Moorestown, NJ, EUA) e observados em microscopia eletrônica de varredura (JSM 5600LV, Jeol, Tóquio, Japão). Fotomicrografias das áreas representativas das superfícies fraturadas foram registradas com aumento de 85 a 100 X para avaliação padrão de fratura, que foi classificado como (1) adesiva (na união zircônia-cimento), (2) coesiva no cimento e (3) mista (combinação das fraturas adesiva e coesiva).

 

RESULTADOS

As médias de resistência de união por microcisalhamento em função dos cimentos e do uso de primers estão apresentadas na Tabela 2. A análise estatística mostrou diferença significativa entre os cimentos (p = 0,0001) e entre os primers (p = 0,002), mas a interação cimento x primer não foi significativa (p = 0,7045).

 

 

 

Enquanto o Metal Primer II aumentou a resistência de união para ambos os cimentos (p < 0,05), o uso do Alloy Primer não produziu alterações significativas na resistência de união dos cimentos à zircônia, quando comparados aos grupos sem a aplicação desse primer (p > 0,05). Na comparação entre os cimentos, maiores médias foram observadas para o material autoadesivo RelyX U-100, que apresentou resultados significativamente superiores ao cimento Bistite II DC, em todas as condições testadas (p < 0,05).

As Figuras 1 e 2 são representativas dos tipos de fraturas encontradas nos espécimes testados. O não uso de um primer resultou em falhas adesivas (Tipo 1). Da mesma forma, o uso do Metal Primer II também produziu fraturas predominantemente adesivas, ou seja na união zircônia-cimento, especialmente quando o cimento RelyX U-100 foi utilizado. No grupo testado em associação com o cimento Bistite II DC, maior quantidade das falhas foram consideradas mistas (Tipo 3), sendo que nesses casos, os remanescentes de cimento ocupavam uma área de até 20% da área total de união (Figura 2). Quando o Alloy Primer foi utilizado, as fraturas foram basicamente adesivas (Tipo 1) para ambos cimentos. Fraturas coesivas puras no cimento resinoso (Tipo 2) ocorrem em pequena proporção para todos os grupos experimentais.

 

 

 

 

 

DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo mostraram que o uso de um determinado primer para superfícies metálicas pode promover alteração significativa na resistência de união entre cimentos resinosos e materiais à base de óxido de zircônia. O agente de união Metal Primer II aumentou significativamente os valores médios de resistência de união, tanto para o cimento convencional (de 28,8 ± 6,4 MPa para 38,0 ± 5,4 MPa), quanto para o cimento autoadesivo (de 38,8 ± 7,0 MPa para 44,1 ± 11,4 MPa). Entretanto, o uso do Alloy Primer não alterou a resistência de união em relação aos espécimes testados sem esse agente de união, tanto para o cimento autoadesivo (RelyX U-100) que contém metacrilatos com ésteres do ácido fosfórico, quanto para o cimento de composição tradicional.

Os primers para ligas metálicas utilizados no presente estudo são agentes de união do tipo vinil-tiona, entretanto, apresentam diferentes monômeros funcionais nas suas composições. O monômero VBATDT (vinilbenzil-n-propil amino-triazina-ditiol) e o MDP (metacriloxidecil di-hidrogênio fosfato) são utilizados no Alloy Primer, enquanto o MEPS (metacrilato tiofosfórico) é o ingrediente principal do Metal Primer II. A diferença na composição dos produtos é a responsável pelos resultados obtidos, pois cada primer para metal apresenta monômeros funcionais diferentes.

Estudos recentes têm mostrado que esses primers nem sempre são efetivos em promover a união entre cimentos resinosos e as zircônias Y-TZP, sendo os resultados dependentes da composição de cada produto11,15,17,19. Contudo, outros estudos mostraram resultados favoráveis quando o Alloy Primer foi utilizado4,19. Nestes casos, esse primer foi associado a um cimento resinoso do mesmo fabricante (Panavia F 2.0, Kuraray Med.), contendo também o monômero funcional 10-MDP.

Houve diferença significativa, também, entre os cimentos e em todas as situações testadas. Assim como observado em estudos prévios, que têm mostrado a afinidade química entre materiais contendo monômeros fosfatados e materiais à base de zircônia10,11,15,16,19, no presente trabalho, o cimento autoadesivo RelyX U-100 apresentou valores superiores aos obtidos pelo cimento resinoso convencional Bistite II DC (Tokuyama), mesmo quando nenhum primer foi utilizado. Alguns pesquisadores relacionam esses resultados com a presença de monômeros com grupamentos de éster fosfato e sua interação com o dióxido de zircônio, que é a composição básica deste tipo de material restaurador11,15,17.

Os resultados da análise dos padrões de fratura, independentemente do grupo experimental, foram em sua maioria do tipo adesiva, ou seja, na área de união cimento-zircônia. Mesmo nas situações consideradas mistas, apenas uma área de aproximadamente vinte por cento da área total envolvida na união apresentava alguma retenção de material resinoso, deixando as placas de zircônia praticamente livres de qualquer remanescente de cimento. Este achado é interessante, pois mesmo quando maiores valores de resistência de união foram obtidos, não se observou alteração significativa no modo de falha dos espécimes testados.

 

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o cimento auto-adesivo RelyX U-100 apresentou maior resistência de união que o convencional Bistite II DC e o uso do Metal Primer II aumentou a resistência de união para ambos os cimentos na superfície da zircônia.

 

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Endereço para correspondência:
Cleber Keiti Nabeshima
Avenida Lineu Prestes, 2227 – Cidade Universitária
CEP 05508-000 – São Paulo/SP

e-mail:
cleberkn@hotmail.com

Recebido em: 18/4/11
Aceito em: 16/5/11