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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.18 no.4 São Paulo Out./Dez. 2011

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Concordância entre os diagnósticos clínicos e histopatológicos do Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Pernambuco

 

Agreement between clinical and histopathological diagnoses of the Laboratory of Oral Pathology, Faculty of Dentistry of Pernambuco

 

 

Daniela de Almeida VazI; Daniela Lima ValençaI; Renata Bandeira de Melo LopesI; Amitis Vieira Costa e SilvaII; José Ricardo Dias PereiraIII

IAcadêmica do Curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP) da Universidade de Pernambuco (UPE) – Recife/PE
IIMestranda de Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UPE); Professora da Disciplina de Radiologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP) da Universidade de Pernambuco (UPE) – Recife/PE
IIIDoutor em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP) da Universidade de Pernambuco (UPE); Professor Adjunto do Departamento de Clínica e Odontologia Preventiva, Disciplina de Estomatologia, da Universidade Federal de Pernambuco (UPE) – Recife/PE

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

O preenchimento adequado dos dados pessoais do paciente, bem como a hipótese provável do diagnostico clínico, na ocasião do envio do material ao laboratório, favorece o fechamento do diagnóstico histopatológico e a conduta terapêutica a ser adotada pelo cirurgião-dentista, para o tratamento da lesão. Porém, observa-se que esta não é uma rotina adotada pelo profissional, dificultando o estabelecimento correto do diagnóstico. O objetivo deste trabalho foi analisar, através de um estudo retrospectivo, o nível de concordância entre o diagnóstico clínico e histopatológico, obtido através de 3.549 laudos arquivados no Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (FOP-UPE), nos anos de 1999 a 2009. Como resultado observou-se que o gênero feminino e a faixa etária entre 10 e 39 anos foram os mais acometidos, e a que a hiperplasia fibrosa inflamatória foi o diagnóstico histopatológico mais frequente. Os diagnósticos clínico e histopatológico foram coincidentes em 46% dos casos.

Descritores: Diagnóstico Bucal. Patologia Bucal. Biópsia.


 

ABSTRACT

The completion of the appropriate patient's personal data, as well as the likely hypothesis of the clinical diagnosis at the time of sending the material to the laboratory, favors the closing of the histopathological diagnosis and therapy to be adopted by a dentist, for treatment of injury. However, it is observable that it is not a routine adopted by the professional, making it more difficult to establish the correct diagnosis. The aim of this study was to analyze through a retrospective study, the level of agreement between clinical diagnosis and histopathological findings, obtained through 3549 reports filled in Oral Pathology Laboratory of the Faculty of Dentistry, University of Pernambuco (FOP-UPE), between 1999 and 2009. As a result it was observed that the female gender and age between 10 and 39 years were most affected and that the inflammatory fibrous hyperplasia was the most frequent histopathological diagnosis. The clinical and histopathological diagnoses were concordant in 46% of cases.

Descriptors: Oral Diagnosis. Oral pathology. Biopsy.


 

 

INTRODUÇÃO

A cavidade oral é uma das partes constituintes do trato gastrointestinal e pode ser acometida por doenças, variando desde alterações de desenvolvimento até neoplasias malignas agressivas e metastizantes7.

O diagnóstico correto das mais variadas lesões que acometem o sistema estomatognático é essencial na Odontologia, e um elemento importante para o diagnóstico clínico é o conhecimento da frequência relativa ou prevalência dessas lesões21. Para tanto, os estudos epidemiológicos constituem um instrumento fundamental, pois promovem a avaliação das condições de saúde da população, por meio da investigação de seus determinantes e das ações destinadas a alterá-las. Além disso, favorecem na elaboração de hipóteses diagnósticas, auxiliando os profissionais na Estomatologia Clínica, com base em dados sobre a prevalência das alterações de doenças, permitindo ao profissional estimar a possibilidade de encontrá-las na sua prática clínica4. Observa-se, ainda, que as associações entre estudos epidemiológicos e estudos em Histopatologia são muito importantes para o fechamento do diagnóstico, classificação e indicação do tratamento mais adequado da doença18; portanto, compete ao cirurgião-dentista desempenhar importante papel na prevenção e no diagnóstico precoce das lesões que se manifestam na cavidade oral, por manter contatos regulares com os pacientes e ser a boca um sítio de fácil acesso e de ampla visualização17.

Este trabalho visou realizar um estudo comparativo entre as lesões bucais diagnosticadas no Laboratório de Patologia Bucal da Universidade de Pernambuco (FOP-UPE) e a hipótese clínica estabelecida quando do envio da peça, objetivando obter a estatística de coincidência entre ambas e contribuir para o levantamento epidemiológico relacionado à prevalência, além de analisar aspectos da população avaliada quanto ao gênero e faixa etária mais acometida.

 

OBJETIVOS

Objetivo Geral

O presente trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo das lesões bucais diagnosticadas no Laboratório de Patologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco no período compreendido entre 1999 e 2009.

Objetivos Específicos

•Identificar a prevalência das principais lesões bucais;
•Identificar a ocorrência das lesões entre os principais fatores demográficos, como gênero e faixa etária;
•Avaliar o nível de concordância entre os diagnósticos clínicos e histopatológicos.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade de Pernambuco, sob o registro de n°120/09.

Para a realização desta pesquisa, foram examinados 3.549 laudos presentes no livro de entrada e saída do Laboratório de Patologia Bucal FOP-UPE, por um período de 10 anos, compreendido entre janeiro de 1999 e agosto de 2009, os quais foram agrupados por ano de requisição do exame. No livro de entrada estão presentes as informações referentes ao paciente: nome, gênero e idade, além do diagnóstico clínico que acompanha a requisição do profissional, e quando esta apresentava mais de uma hipótese diagnóstica, ambas foram consideradas isoladamente. No livro de saída, encontram-se as informações referentes ao diagnóstico histopatológico, emitido pelo patologista bucal após processamento da peça cirúrgica. A coleta para a criação do banco de dados foi obtida a partir do preenchimento de uma ficha elaborada, composta de tópicos relativos à identificação do paciente (idade, sexo, raça, ocupação, hábitos, vícios e costumes), tempo de evolução da lesão, diagnóstico inicial referente ao diagnóstico clínico e diagnóstico final, referente ao diagnóstico histopatológico, através do seu preenchimento pelos avaliadores, e estes foram tabulados após um tratamento estatístico descritivo e analítico.

Foi adotado, como critério de inclusão, estar notificado no livro de entrada e de saída e que contivesse o diagnóstico clínico emitido pelo profissional, no envio da peça. Como critério de exclusão foi estabelecido que não fariam parte desta análise os laudos com diagnóstico histopatológico inconclusivo, para que não ocorresse dubiedade da definição diagnóstica, já que este foi considerado padrão-ouro neste estudo.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A cavidade oral é acometida por um grande número de doenças. Estas são classificadas em um amplo espectro de lesões que possuem bases semelhantes. Estas lesões podem ser agrupadas em: hiperplasias e lesões reativas dos tecidos moles bucais; neoplasias benignas dos tecidos moles; lesões da mucosa oral; cistos odontogênicos, não odontogênicos e pseudocistos; periapicopatias; pericoronarite e tecido folicular dentário; neoplasias odontogênicas benignas; lesões ósseas bucais; lesões de glândula salivar; lesões cancerizáveis e malignas e outras lesões não especificadas6. Autores referiram que essas lesões diferem de acordo com sexo, idade e raça dos pacientes9,19. Em nosso estudo, verificamos uma grande variedade de lesões evidenciando-se, nesta constatação, uma interação com a grande diversidade de tecidos e órgãos existentes na cavidade bucal.

Dos dados coletados, 2.098 casos foram do sexo feminino (59,1%) e 1.451 do sexo masculino (40,9%). Este resultado pode ser explicado pela procura mais expressiva das mulheres aos serviços odontológicos e, ainda, por estas se submeterem mais aos exames dentários de rotina, o que demonstra maior preocupação com a sua saúde bucal, e estudos corroboram com essa justificativa10,15. Essa diferença percentual pode, ainda, ser estabelecida pelo fato de algumas lesões terem comprovadamente maiores índices de prevalência no sexo feminino, como por exemplo, o granuloma piogênico, que pode ser denominado "granuloma gravídico", durante a gestação, em que as alterações hormonais parecem exercer influência na sua etiopatogenia23. A Tabela 1 demonstra o número de pacientes atendidos por sexo em cada ano, no serviço de patologia da FOP-UPE.

A informação sobre a idade dos pacientes durante todo o período avaliado esteve disponível em 3.252 registros e esta variou de 1 a 99 anos, sendo a média de 36,12 anos. O elevado número de pacientes enquadrados nessa faixa etária provavelmente esteja relacionado à maior interação entre os indivíduos economicamente ativos e o acesso aos serviços de saúde10.

 

 

 

 

 

Dentre o grupo com essa faixa etária prevalente de atendimento no serviço, podemos destacar dois subgrupos: o primeiro, composto pelo grupo de pessoas que possuem um plano de saúde e, por isso, dispõem de mais opções e oportunidades de atendimento e tratamento; e o segundo, que abrange as pessoas que não possuem assistência privada e, portanto, são usuários do SUS, o qual, apesar de exibir certa precariedade, demonstrou que a rede de serviços e sua oferta fazem diferença na hora do tratamento.

A Tabela 2 mostra a frequência de atendimento, no serviço, de acordo com a faixa etária, sendo avaliados tanto pelo total do grupo durante todo o período, como por cada ano desse intervalo de tempo.

A distribuição dos diagnósticos clínicos estabelecidos e enviados ao Serviço de Patologia, anexada à peça para análise histopatológica, foram representados no Gráfico 1, pelos dez mais frequentes, que em ordem decrescente foram: fibroma (12,7%), hiperplasia fibrosa inflamatória (11,3%), mucocele (8,6%), granuloma piogênico (7,6%), cisto dentígero (5,0%), ameloblastoma (5,0%), cisto radicular (4,7%), papiloma (4,2%), queratocisto (4,2%) e leucoplasia (3,0%).

A lesão mais prevalente foi o fibroma, representando 12,7% de todas as lesões neste estudo, o que é justificado por ser o tumor mais prevalente da cavidade oral; no entanto, na maioria dos casos ele não parece ser um neoplasma verdadeiro, sendo mais provável que seja uma hiperplasia reacional de tecido conjuntivo fibroso, em resposta à irritação local ou trauma16.

 

 

 

 

 

Observa-se que o grupo das hiperplasias e das lesões reativas dos tecidos moles bucais representou um percentual bastante significativo, pois a hiperplasia fibrosa inflamatória foi a segunda mais frequente, com 11,3%, e o granuloma piogênico a quarta, com 7,6% de todos os casos.

Como a cavidade oral é comumente acometida por um grande número de traumas e ainda podem ter várias outras condições associadas, a alta prevalência do fibroma e da hiperplasia fibrosa inflamatória como diagnóstico clínico é justificada.

Outro dado importante a ser considerado é que as hipóteses clínicas distintas referenciadas pelos cirurgiões-dentistas totalizaram 134, o que demonstra um grau razoável de conhecimento da ampla variedade de lesões que podem acometer o complexo maxilofacial.

O Gráfico 2 representa a distribuição dos 10 diagnósticos histopatológicos mais frequentes, que em ordem decrescente foram: hiperplasia fibrosa inflamatória (13,8%), mucocele (7,2%), fibroma (6,7%), processo inflamatório inespecífico (6,3%), granuloma piogênico (4,7%), cisto odontogênico (4,0%), cisto radicular (3,6%), ameloblastoma (3,0%), folículo pericoronário (3,0%), carcinoma epidermoide (2,5%).

Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se constatar que como resultado de diagnóstico histológico a lesão mais frequente foi a hiperplasia fibrosa inflamatória, concordando com os achados obtidos em vários estudos1,4,5,10,14,15,17,20,22,24. Essa lesão é caracterizada por um aumento do volume tecidual decorrente de traumas mecânicos crônicos locais, que na grande maioria dos casos está associada ao uso pelos pacientes de próteses mal adaptadas11. Isto ocorre devido a não haver um acompanhamento profissional adequado após a colocação da prótese dentária total ou parcial removível, o qual não pode, assim, avaliar a adaptação desta ao paciente. O que ganha relevância pela estratificação financeira estabelecida na nossa sociedade, que faz com que pacientes de classes menos favorecidas, que somam a maioria da população, procurem muitas vezes serviços precários que tendem a confeccionar próteses de má qualidade, justificando uma adaptação inadequada.

A mucocele, que pertence ao grupo das patologias de glândulas salivares, foi a segunda patologia com maior predominância nesta pesquisa, representando 7,2% de todas as lesões, demonstrando seu alto índice de prevalência como resultado de diagnóstico histológico. Resultado semelhante foi observado em outro estudo13, que apresentou a mucocele como a lesão mais prevalente, representando 33,7% dos casos avaliados. Já em outra pesquisa1, a mucocele representou 5,04% das lesões, aparecendo em quarto lugar em frequência.

Em nosso trabalho, o fibroma representou a terceira lesão mais frequente, com 6,7%. Esta lesão pertence ao grupo das mais prevalentes, porém, com frequências que vão desde 8,218 a 21,29% 1.

Um fator importante a ser considerado, observado neste estudo, foi a inadequada indicação para biópsia, pois em 1,7% das amostras o diagnóstico foi de tecido normal, fato que pode ser explicado pela falta de conhecimento técnico, que resulta em indicação errada do procedimento e que faz com que o paciente seja submetido a um ato cirúrgico desnecessário. Outra possibilidade para esse achado pode ser decorrente da falta do emprego de técnicas histológicas de coloração especial que o material requisitasse e que estas não foram empregadas durante a confecção da lâmina, ou pode, ainda, estar relacionada com a escolha errada do local da biópsia, sendo realizada em área inadequada12.

A Tabela 3 e o Gráfico 3 demonstraram as coincidências entre os dois tipos de diagnósticos, o clínico e o histológico, sendo considerada coincidência quando qualquer um dos diagnósticos clínicos coincide com o diagnóstico histopatológico.

Através dos resultados apresentados no Gráfico 3, observou-se que o percentual de coincidência de resultados das avaliações durante todo o período avaliado correspondeu a 46,0%. Essas coincidências foram, ainda, observadas na Tabela 3, por cada ano avaliado, sendo que o percentual de coincidência em menor grau ocorreu no ano de 2009, com 33,9%, e o maior encontrado foi no ano de 2005, com 49,5%.

 

 

 

 

 

Percentual mais alto de concordância (51,6%) foi encontrado em outro estudo10, resultado que diverge deste estudo. Essa distorção de resultado encontrada pode estar relacionada a uma deficiência em um dos dois tempos da semiotécnica, o que aumenta a possibilidade de falhas. O primeiro momento que poderia desencadear esses erros estaria relacionado à anamnese, quando o profissional não faz um histórico adequado sobre a situação atual do paciente e da lesão, negligenciando dados de grande importância para o diagnóstico. E o segundo momento seria durante o exame clínico, quando a execução de manobras pode deixar de ser executada, dificultando ou impossibilitando conhecer todos os sinais clínicos importantes da lesão. Podemos inferir, então, que alguns profissionais não estão priorizando a anamnese, cujo o diálogo é um fator essencial para elucidar dúvidas sobre o histórico da lesão durante o exame clínico.

Outro aspecto que podemos destacar para explicar esse resultado está relacionado à grande demanda de pacientes no serviço público, o que muitas vezes acarreta em uma carência de tempo para que o profissional possa realizar o exame clínico de maneira adequada.

Pode-se referir, ainda, que este resultado ocorra em decorrência de problemas direcionados com uma demanda crescente de casos externos que não são oriundos do serviço ambulatorial da FOP-UPE e também a falta de dados clínicos complementares que deveriam acompanhar a peça cirúrgica, quando do seu envio, oportunizando ao patologista um diagnóstico histopatológico mais efetivo.

De acordo com o demonstrado no Gráfico 4, é possível verificar que os maiores percentuais de acertos ocorreram nos diagnósticos: mucocele (83,3%), papiloma (77,8%), folículo pericoronário (77,4%), ameloblastoma (75,0%), fibroma (71,6%), granuloma piogênico (64,9%), queratocisto (60,7%), hiperplasia fibrosa inflamatória (53,2%), cisto radicular (51,6%), granuloma periapical (34,2%), granuloma central de células gigantes (33,8%) e carcinoma epidermoide (31,5%).

A lesão que apresentou maior índice de coincidência entre os diagnósticos foi a mucocele, com um percentual de concordância de 83,3%. Isto pode estar relacionado ao fato de ser esta uma lesão comum e por suas características clínicas serem bem conhecidas pelos cirurgiões-dentistas, além de ser de fácil visualização, pois o lábio inferior é a região mais comum16, o que facilita o correto diagnóstico clínico.

A hiperplasia fibrosa inflamatória, apesar de ter sido a lesão mais frequente, teve um percentual de concordância bem razoável, totalizando 53,2%, visto que essa lesão faz diagnóstico diferencial com outras lesões, como: lipofibroma, neurofibroma, rabdomioma, leiomioma e tumores de glândulas salivares menores2, além do granuloma piogênico e o fibroma ossificante periférico³, o que dificulta seu diagnóstico.

O carcinoma epidermoide, tumor maligno mais frequente na cavidade bucal, teve 31,5% de coincidência entre diagnóstico clínico e histopatológico. Apesar de não ser um percentual elevado, foi a 12ª lesão mais coincidente, mostrando maior preocupação dos clínicos em diagnosticar o câncer bucal. Esta ação é importante, pois sabemos que toda lesão maligna possui forte tendência à morbimortalidade, e que o diagnóstico precoce é um fator importante para que se possa ter amplas condições de proporcionar a cura ou reduzir sequelas aos pacientes.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que:

1- Foi constatado um percentual maior de discordância que o de coincidência entre os diagnósticos clínico e histopatológico avaliados no período.

2- O gênero feminino e a faixa etária entre os 10 a 39 anos foram mais prevalentes.

3- Os 10 diagnósticos clínicos mais frequentes foram, em ordem decrescente: fibroma, hiperplasia fibrosa inflamatória, mucocele, granuloma piogênico, cisto dentígero, ameloblastoma, cisto radicular, papiloma, queratocisto e leucoplasia.

4- As 10 lesões que mais foram diagnosticadas no laboratório no período avaliado foram em ordem decrescente: hiperplasia fibrosa inflamatória, mucocele, fibroma, processo inflamatório inespecífico, granuloma piogênico, cisto odontogênico, cisto radicular, ameloblastoma, folículo pericoronário, carcinoma epidermoide, queratocisto.

 

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Endereço para correspondência:
José Ricardo Dias Pereira
Rua Faustino Porto, 66, apto. 1.402 – Boa Viagem
CEP 51020-270 – Recife/PE
Fone: (81) 8653-5230

e-mail:
jose_ricardodias@yahoo.com.br

Recebido em: 2/6/11
Aceito em: 11/7/11

 

Trabalho realizado no Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Pernambuco da Universidade de Pernambuco (FOP-UPE) – Recife/PE.