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RPG. Revista de Pós-Graduação

versão impressa ISSN 0104-5695

RPG, Rev. pós-grad. vol.19 no.4 São Paulo Out./Dez. 2012

 

Resumos / Abstracts

Prevalência de síndrome de Sjörgren em uma população vivendo com HTLV-1 em São Paulo

Daniela Assis do Vale*, Augusto César Penalva de Oliveira, Jorge Casseb, Ivo Bussoloti Filho, Karem López Ortega

Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) – São Paulo/SP

*dani.assis@usp.br

Introdução: O HTLV-1 (human T-cell lymphotropic virus type 1) é o agente etiológico da paraparesia espástica tropical ou mielopatia associada ao HTLV (HAM/TSP). Porém, acredita-se que este retrovírus possa estar associado a várias outras manifestações linfoproliferativas. A Síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, onde a capacidade secretora das glândulas exócrinas é comprometida pela infiltração linfocitária. Pela alta prevalência do HTLV-1 em pacientes com SS em áreas endêmicas para o vírus, acredita-se que o HTLV-1 possa funcionar como um patógeno imuno-ativador para o desenvolvimento da síndrome. Um único trabalho sobre alterações estomatológicas nos infectados pelo HTLV, identificou a HAM/TSP como fator de risco independente para a xerostomia. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo de investigar se existem indícios da relação entre a infecção pelo HTLV-1 e a Síndrome de Sjögren em São Paulo. Métodos: Dois grupos foram estudados: no grupo 1 os pacientes diagnosticados ou em investigação para a SS foram submetidos a exames sorológicos quanto a infecção pelo HTLV. No grupo 2 os pacientes soropositivos para o HTLV que apresentaram sintomas de boca seca foram avaliados quanto a possibilidade de apresentarem SS. Resultados: Nenhum dos pacientes que passaram por investigação sorológica foi reagente para o HTLV (n = 36). No grupo 2, dos 113 pacientes avaliados, 31% relataram xerostomia, 7% apresentaram hiposalivação, nenhum demonstrou autoanticorpos SSa/SSb. Conclusão: Pela falta de critérios que completassem o diagnóstico da SS essa patologia foi afastada em todos os pacientes com HTLV-1, porém, pelos inúmeros relatos de ressecamento bucal, acreditamos que este vírus possa estar mais associado à síndrome sicca.

 

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