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RFO UPF

versão impressa ISSN 1413-4012

RFO UPF vol.15 no.1 Passo Fundo Jan./Abr. 2010

 

Determinação fenotípica das haptoglobinas em pacientes com dor crônica causada por desordens temporomandibulares

 

Haptoglobin phenotypic determination in patients with chronic pain caused by temporomandibular disorders

 

 

Norberto Perri MoraesI; Maria Margareth Theodoro CaminhasII; João Paulo De CarliIII; Soluete Oliveira da SilvaIV; Maria Salete Sandini LindenV; Micheline Sandini TrentinVI; Rejane Eliete Luz PedroVII

IProfessor Titular do Departamento de Patologia e Propedêutica Clínica, disciplina de Estomotologia - Faculdade de Odontologia de Araçatuba/SP/Unesp
IIProfessora Assistente Doutora de Genética Animal do Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal - Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba/ SP/Unesp
IIIMestre em Estomatologia pela Unesp de Araçatuba - SP, aluno do curso de doutorado em Estomatologia pela PUCPR e professor Assistente da Faculdade de Odontologia da UPF
IVDoutora em Estomatologia Clínica pela PUCRS, professora Titular da Faculdade de Odontologia da UPF
VDoutora em Implantodontia pela SL Mandic/Campinas/SP, professora Titular da Faculdade de Odontologia da UPF
VIDoutora em Periodontia pela Unesp de Araraquara - SP, professora Adjunta da Faculdade de Odontologia da UPF
VIIMestra e aluna do curso de doutorado em Gerontologia da PUCRS

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Os fenótipos do sistema hemoglobina-haptoglobina (Hb-Hp) foram determinados em 124 indívíduos, dos quais cem eram pacientes portadores de algia crônica por desordens temporomandibulares (DTMs) e 24 normais, sem nenhuma dor corporal, durante os anos de 2000-2003. O sistema Hb-Hp apresentou polimorfismo Hp1-1, Hp2-1 e Hp2-2, respectivamente, em 100 e 85%, e anahaptoglobinemia (Hp 0) em 15% da amostra estudada. O genótipo Hp1-1 esteve presente significativamente (p < 0,0001) em pacientes com DTMs, independentemente do tipo clínico da DTM diagnosticada, podendo sugerir a Hp1-1 como provável marcador genético de suscetibilidade para o desenvolvimento de algias crônicas por DTMs.

Palavras-chave: Articulação temporomandibular. Dor. Haptoglobina. Polimorfismo genético.


ABSTRACT

The phenotypes of the hemoglobin-haptoglobin (Hb-Hp) system were measured in 124 subjects, 100 patients with chronic pain in temporomandibular disorders and 24 normal, without any bodily pain during the years 2000 -2003. The system Hb-Hp showed polymorphism Hp1-1, Hp2-1 and Hp2-2, at 100% and 85% respectively; anahaptoglobinemia (Hp0) in 15% of the sample studied. Hp1-1 genotype was present significantly (p < 0, 0001) in patients with TMDs, regardless the clinical type TMD, suggesting that Hp1-1 and likely genetic marker of susceptibility for the development of chronic pain in TMD.

Key words: Temporomandibular joint. Pain. Haptoglobin. Polymorphism genetic.


 

 

Introdução

Na associação entre doenças e genética destaca-se o estudo eletroforético do polimorfismo genético bioquímico do sistema hemoglobina-haptoglobina associado à suscetibilidade a infecções, inflamações e neoplasias, além de ser um método laboratorial de baixo custo1-6.

A haptoglobina é uma proteína ligada à hemoglobina (sistema Hb-Hp) que apresenta propriedades antioxidantes e imunomodulatórias7-9. A função principal da haptoglobina é impedir a perda da hemoglobina em nível renal por meio da formação do sistema Hb-Hp, que é estruturalmente estável e de grande tamanho, portanto não atravessa a membrana glomerular1. O sistema Hb-Hp, sendo estável e estando presente dessa forma na circulação sanguínea, permite o estudo bioquímico dos seus níveis séricos em diferentes abordagens de pesquisa, incluindo os estudos genéticos. No homem existe o polimorfismo genético da cadeia alfa com três principais genótipos: Hp1-1, Hp1-2 e Hp2-21; determinados por dois genes codominantes, Hp1 e Hp2, localizados no cromossomo 16q2210,11.

Na região bucofacial, enfermidades desenvolvem dor crônica ou persistente durante três a seis meses12-14. Dentre as dores crônicas da região bucofacial, as desordens temporomandibulares (DTMs) são motivo de queixa de grande número de pacientes no consultório odontológico15-18. Foi constatado que 6% da população civil americana (10,8 milhões de pessoas) apresentaram dores na região da articulação temporomandibular (ATM) ou na face/bochecha nos últimos seis meses, sintomas que estavam comumente associados às DTMs19.

É propósito deste trabalho estudar a possível base genética no desenvolvimento das DTMs por meio do estudo genético-bioquímico eletroforético da haptoglobina de pacientes acometidos por algia crônica ocasionada por desordens temporomandibulares. Dessa forma, este trabalho caracterizou o padrão eletroforético do complexo hemoglobina-haptoglobina em pacientes com algia crônica por DTMs e em indivíduos normais, sem nenhuma dor corporal; além disso, pesquisou possíveis associações entre o polimorfismo do complexo hemoglobina-haptoglobina e a algia crônica por DTMs.

 

Sujeitos e método

O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (protocolo nº 2007-00151).

Foram coletados, em seringas heparinizadas, 0,5 mL de sangue total venoso de 124 indivíduos adultos, selecionados aleatoriamente quanto a gênero, idade e raça. Esses foram divididos em: Grupo I - 100 indivíduos portadores de algia crônica por DTMs, registrados no Serviço de Dor Orofacial do Centro de Oncologia Bucal (COB) e na Clínica de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp; Grupo II - 24 indivíduos voluntários, formado por alunos e docentes da Unesp/Campus de Botucatu, sem nenhuma dor corporal.

O diagnóstico das DTMs baseou-se principalmente na análise conjunta dos dados da história da doença, sinais e sintomas, além dos achados dos exames radiográficos de rotina12,14,17,20.

A determinação dos fenótipos do sistema Hb-Hp foi feita no Laboratório de Genética da Faculdade de Medicina Veterinária da FOA/Unesp por meio de eletroforese horizontal1; modificando o meio suporte para ágar-amido21.

 

Resultados e discussão

O estudo clínico revelou como resultado de maior significado os seguintes tipos clínicos diagnosticados de DTMs: artralgia (sinovite, capsulite, retrodiscite), em 94% dos casos; artralgia associada a deslocamento do disco sem redução e desordem miofacial, em 25% dos casos; artralgia associada ao deslocamento do disco sem redução, desordem miofacial e desordem espinocervical, em 20% dos casos (Fig. 1).

 

 

Os resultados do estudo laboratorial do polimorfismo genético bioquímico do sistema hemoglobina-haptoglobina demonstraram que o genótipo HbA-A esteve presente em 95,96% da amostra e o genótipo HbA-B, em 4,04% (Fig. 2); o genótipo Hp1-1 esteve presente significativamente (p < 0,0001) em 85,48% da amostra e em 100% dos pacientes estudados, independentemente do tipo clínico da DTM diagnosticada. O gene Hp1 prevaleceu nas mulheres (77 casos no gênero feminino e 8 no masculino) e na raça branca (69 casos). A anahaptoglobinemia (Hp0) foi detectada em 14,52% da amostra (14 mulheres e 4 homens) e com maior frequência na raça branca (10,48%).

 

 

Os genótipos Hp2-1 e Hp2-2 foram detectados, respectivamente, em 8,87% e 3,23% dos indivíduos e apenas no grupo de controle. Entretanto, no grupo de pacientes com algia crônica por desordens temporomandibulares houve o monomorfismo para o sistema Hb-Hp e para a haptoglobina Hp1-1 em indivíduos do gênero feminino e da raça branca, independentemente do tipo clínico da DTM. Sugere-se, portanto, que a haptoglobina Hp1-1 participa da etiopatogenia da algia crônica por desordens temporomandibulares.

Neste trabalho, no que se refere à condição de se ter o genótipo Hp1-1 como associado à suscetibilidade para o desenvolvimento de DTMs, encontra-se respaldo na literatura consultada, visto que muitos autores sugerem o polimorfismo da haptoglobina com determinados genótipos como marcadores de suscetibilidade a infecções, inflamações e processos degenerativos. As leucemias, a artrite reumatoide juvenil e as talassemias do tipo beta mostraram-se associadas significativamente à haptoglobina1; e o genótipo Hp1-1, associado à cirrose hepática22. Em pacientes coronarianos, o genótipo Hp2-2 é um fator angiogênico positivo, ao passo que o genótipo Hp 1-1 apresenta maior risco de mortalidade coronariana, obesidade e diabetes23-25; o que foi confirmado por outros autores5,25. Diabéticos com o genótipo Hp 2-2 apresentaram significativamente mais nefropatias, retinopatias e doenças cardiovasculares do que diabéticos com os genótipos Hp1-1 e Hp1-225,26.

O gene Hp1 foi associado significativamente com alguns tipos de tumores: câncer ovariano27,28; tumores mamários malignos (associados ao genótipo Hp1-1), carcinomas de cérvix (associados ao Hp1-2)29; adenocarcinoma de pulmão (mulheres com o genótipo Hpt1-1)30; câncer de esôfago (genótipo Hpt 1-2), cânceres gástrico31; renal32 e de bexiga33 (associados ao genótipo Hpt 1-1) e câncer de pulmão em pacientes sem histórico familial (associado ao genótipo Hp2-2)30. Sugeriu-se5 o genótipo homozigoto haptoglobina Hp1-1 como marcador para a osteoporose pós-menopausa em mulheres. Em estudos com pacientes com leucemia, nenhuma associação foi verificada entre leucemia com Hp1-1, como sugere a literatura; entretanto, observou-se maior prevalência de haptoglobinêmicos entre os pacientes leucêmicos34.

Os resultados deste trabalho vêm se somar àqueles da literatura, que sugerem uma possível base genética na etiopatogenia das desordens temporomandibulares. Por exemplo: a matriz extracelular da cartilagem da ATM é muito afetada por atividades celulares, incluindo-se a expressão gênica24,35; existe uma provável base genética no desenvolvimento dos processos inflamatórios e degenerativos da ATM em alguns pacientes36.

A base genética para as DTMs também encontra suporte no estudo etiológico da artrite reumatoide, na medida em que há evidências não só do papel imunológico e neural no seu desenvolvimento, como da participação do fator genético na sua etiopatogenia, considerando-se que a artrite reumatoide é, dentre as doenças artríticas, a que mais acomete a ATM de pacientes com desordens temporomandibulares37,38.

Neste trabalho, quanto à constatação da prevalência da Hp1-1 em mulheres, indicando monomorfismo para Hp1 para as mulheres da amostra estudada, encontra-se suporte na literatura39 quando se deduz que raça branca e gênero feminino seriam significativamente prevalentes na DTM por osteoartrite secundária em razão de uma predisposição genética, e nos informes da Ciba Collection40; ao afirmarem que um gene dominante nas mulheres e recessivo nos homens poderia estar envolvido na herança da osteoartrite. Portanto, sugere-se no presente trabalho que Hp1 represente um gene dominante para mulheres e recessivo para homens quando na presença de algia crônica por desordens temporomandibulares.

No referente ao estudo haptoglobina versus raça, há variação das frequências dos genes Hp1, Hp2 e ausência de haptoglobina (anahaptoglobinemia) ou ocorrência de deleção do gene promotor da cadeia alfa Hp110 entre as raças humanas1,41. Existe prevalência do gene Hp1 em negros da África, seguidos de leucodermas da Europa e amarelos da Ásia; há também subtipos de Hp1 (HpF e HpS) em indígenas mexicanos42.

No presente trabalho constatou-se que o genótipo Hp1 (91 casos) esteve presente na raça branca (75 casos; 60,48%), seguido da raça negra (13 casos; 10,48%), da amarela (2 casos; 1,61%) e vermelha (1 caso; 0,81%).

A ana-haptoglobinemia apresentou-se em 18 casos, sendo 13 na raça branca, quatro na negra e uma na amarela.

Quanto à haptoglobina versus história familial, houve correlação positiva entre Hp1-1 e história familial para dores na face e artrite reumatoide (27 casos, correspondendo a 90% dos casos de história familial positiva), indicando evidência da participação genética do sistema Hb-Hp no desenvolvimento das DTMs.

 

Conclusão

O monomorfismo da haptoglobina Hp1 esteve presente em 85% dos pacientes (mulheres da raça branca) com DTMs, independentemente do tipo clínico da DTM diagnosticada. Isso sugere a haptoglobina Hp1-1 como um provável marcador genético de suscetibilidade para o desenvolvimento de algia crônica por DTMs. O método genético-bioquímico eletroforético do sistema Hb-Hp mostrou-se válido para o estudo da etiopatogenia genética das DTMs, além de ser de baixo custo, simples e bem aceito pelo paciente. Finalizando, sugere-se que novos estudos nesta linha sejam realizados para melhor compreender os resultados obtidos neste trabalho.

 

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Norberto Perri Moraes
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Recebido: 28.09.2009
Aceito: 20.11.2009