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RFO UPF

versão impressa ISSN 1413-4012

RFO UPF vol.15 no.3 Passo Fundo Set./Dez. 2010

 

Perfil da demanda de um pronto-socorro em um município do interior do estado de São Paulo

 

Demand profile of a casualty yard in a countryside city of São Paulo state

 

 

Fabrício Narciso OlivatiI; Gustavo Antonio Martins BrandãoII; Fabiana Lima VazquezII; Luiz Renato ParanhosIII; Antonio Carlos PereiraIV

IAluno do curso de mestrado em Saúde Coletiva. Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp), Departamento de Odontologia Social, Piracicaba, SP, Brasil
IIAlunos do curso de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp), Departamento de Odontologia Social, Piracicaba, SP, Brasil
IIIProfessor Titular, Faculdade da Saúde (Umesp), Departamento de Ortodontia, São Bernardo do Campo, SP, Brasil
IVProfessor Titular, Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp), Departamento de Odontologia Social, Piracicaba, SP, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo teve como objetivo caracterizar a demanda populacional dos serviços do Pronto-Socorro Municipal de Capão Bonito, enfatizando aspectos socioeconômicos e de saúde, buscando identificar os principais motivos de saúde que geram a busca pelo usuário ao serviço de pronto-atendimento.
MÉTODOS: Foi realizado um inquérito epidemiológico transversal utilizando um questionário aplicado a 668 indivíduos que buscaram atendimento durante um período de sete dias. O instrumento buscou identificar o sexo, faixa etária, o modelo de assistência à saúde que os usuários utilizavam, a ocupação atual, a cidade de residência, a presença de enfermidades associadas e a queixa principal dos usuários.
RESULTADOS: Os resultados mostraram maior procura por atendimentos efetuada pelo sexo feminino (54,34%) e para a faixa etária de 18-29 anos (25,30%); a maior parte da demanda é residente no município de Capão Bonito (87,12%) e utiliza assistência pública por meio do SUS (97,71%); 76,35% dos entrevistados relataram não possuir doenças associadas ao motivo principal da procura pelo atendimento de saúde.
CONCLUSÕES: a oferta dos serviços do Pronto Socorro, na maioria das vezes, foi direcionada ao ato agudo da queixa dos usuários, não ampliando o foco da atenção para um histórico clínico.

Palavras-chave: Acesso aos serviços de saúde. Necessidades e demanda de serviços de saúde. Sistemas locais de saúde.


ABSTRACT

The aim of this study was to characterize the population demand for health services in the Emergency Room hospital of Capão Bonito city, São Paulo, Brazil seeking to identify the main medical reasons that cause the user's query to the service. A cross-sectional epidemiological survey was conducted using a questionnaire administered to 668 individuals who sought treatment for a seven days period.
METHODS: The research instrument sought to identify sex, age, the model of health care, the present occupation, city of residence, the presence of associated diseases and the user's main complaint.
RESULTS: The results showed greater demand made by females (54.34%) aged 18-29 years (25.30%). Most of the users were resident in Capão Bonito city (87.12%) and use public assistance through the SUS (97,71%); 76.35% reported not having diseases associated with the main reason for seeking health care.
CONCLUSIONS: Emergency services provision was mostly directed to acute act complaint from users, not expanding the attention focus for a medical history.

Key words: Access to health services. Health Services Needs and demands. Local health systems.


 

 

Introdução

O fácil acesso aos serviços de saúde é reconhecido há muitos anos como de grande importância para reduzir a morbidade e mortalidade, uma vez que representa a possibilidade de um indivíduo que acredita ter um problema de saúde poder consultar um profissional que possa ajudá-lo a entender se o problema é sério o suficiente para necessitar de atenção adicional, ou se é um problema autolimitado que não necessita de atenção especial1.

A demanda aos serviços de saúde pode ser entendida como um pedido explícito que expressa todas as necessidades do usuário, podendo ser efetivada por meio de consulta, acesso a exames, consumo de medicamentos e realização de procedimentos, pois esta é a forma como os serviços organizam sua oferta. Paradoxalmente, as necessidades dos usuários podem ser outras, como respostas às questões socioeconômicas, às más condições de vida, à violência, à solidão, à necessidade de vínculo com um serviço/profissional, ou, ainda, o acesso a uma tecnologia específica que possa lhes proporcionar qualidade de vida2.

A ideia da existência de acesso cada vez que um novo atendimento é necessário para um problema de saúde inerente à organização de serviços por nível de atenção (primária, secundária e terciária) identifica-se em linguagem mais clara como a porta de entrada1. Historicamente, no Brasil, em razão da dificuldade de Atenção Básica na prestação de serviços de saúde, a população recorre aos pronto-socorros para a resolução dos mais variados problemas, tornando-o a principal porta de entrada da demanda reprimida ao Sistema Único de Saúde (SUS)3.

A defesa da Atenção Básica como principal porta de entrada muitas vezes não encontra referência no modo como a população utiliza as redes de serviços de saúde do SUS, com uma tendência relatada por muitos gestores municipais de procura pelos pronto-socorros como porta de entrada preferencial. Tal situação, analogicamente, inverte a "pirâmide" de atenção, na qual o uso de serviços terciários como porta de entrada compromete a eficácia, a efetividade e a eficiência de todo o sistema4.

Existem hipóteses que tentam explicar os motivos da procura aos pronto-socorros. Alguns estudos apontam fatores socioeconômicos como indicadores importantes em consultas subsequentes, como tipo de moradia, ingestão de bebida alcoólica, drogas ilícitas e problemas psiquiátricos, que estão associados com a demanda de utilização dos serviços5,6. Há mais de uma década observam-se, mundialmente, pronto-socorros lotados em razão de um deslocamento da população em direção a esses serviços, configurando-os como prestadores de atenção primária de assistência à saúde, não de fato destinados a atendimentos emergenciais7.

Byrne8 (2003) mostrou, por meio de um estudo caso-controle, que os usuários que frequentemente utilizavam os serviços do pronto-socorro também eram usuários frequentes de outros serviços de saúde e sociais, pois consultavam com seus médicos da atenção primária, utilizavam mais os programas de assistência social e permaneciam mais tempo internados no pronto-socorro que os grupos de controle.

A procura por serviços de saúde envolve fatores que, dependendo do modo como são ordenados, definirão a escolha pelo usuário. Assim, são influentes a gravidade ou a urgência do problema/necessidade, a tecnologia disponível, a resolutividade da atenção, a acolhida, as condições de acesso, a agilidade no atendimento, as experiências vividas pelo paciente ou sua família, a destreza na marcação de exames ou encaminhamentos para outros serviços, bem como o vínculo estabelecido pelo usuário com profissionais, os serviços e o sistema de saúde9,10.

Em razão da oferta restrita de serviços, o público excedente procura atendimento em locais que concentrem maior possibilidade de portas de entrada, e os pronto-socorros e emergências hospitalares correspondem ao perfil de atender às demandas de forma mais ágil e concentrada. Apesar de superlotados, impessoais e atuando sobre a queixa principal, esses locais reúnem um somatório de recursos, quais sejam, consultas, remédios, procedimentos, exames laboratoriais e internações, enquanto as unidades de saúde da Atenção Básica oferecem apenas a consulta médica11.

O município de Capão Bonito está localizado na região sudoeste do estado de São Paulo, distando aproximadamente 220 km da capital. Possui um PIB per capita de R$ 9.315,27 anuais. A escolaridade média da população é o ensino fundamental incompleto12. A estrutura da assistência de saúde pública atual do município conta com sete equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e um de Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), situados em regiões periféricas de maior risco, sendo responsáveis por, aproximadamente, 50% da cobertura populacional. O Centro de Saúde I, no centro da cidade, é a referência para pessoas não incluídas no PSF e moradores da zona rural que não possuem unidades em seus bairros. Sete unidades de saúde da zona rural são servidas por uma equipe médica volante semanalmente. As urgências e emergências, maternidade e cirurgias eletivas são atendidas na Santa Casa e no Pronto Socorro local, além de atendimentos especializados na Casa da Gestante, Centro Odontológico, CAPS, Fisioterapia e Ambulatório de Especialidades13.

Assim como a maior parte dos serviços de emergência do país, a superlotação do Pronto-Socorro do Município de Capão Bonito - SP é um dos principais problemas do sistema de saúde local, pois o deslocamento da população em direção a esse serviço promove o pronto-socorro a um prestador de atenção primária à saúde, não, de fato, destinado ao atendimento de urgência. A análise das características da população que procura um pronto-socorro é fundamental para a elaboração de políticas públicas de saúde que proporcionem qualificação do atendimento de urgência e emergência e um aumento do poder de resolução da atenção básica. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a demanda populacional dos serviços do Pronto-Socorro Municipal de Capão Bonito, enfatizando aspectos socioeconômicos e de saúde, buscando identificar os principais motivos de saúde que geram a busca do usuário ao serviço de pronto-atendimento.

 

Sujeitos e método

Foi realizado um inquérito epidemiológico transversal na Unidade de Pronto Socorro Municipal, integrado à Santa Casa de Misericórdia do município, mediante a autorização da instituição, emitida no dia 18 de novembro de 2009. Como instrumento de medida adotou-se um questionário aplicado verbalmente pelos responsáveis pelo acolhimento no momento do primeiro atendimento, no período de 14 a 20 de dezembro de 2009, em sete dias consecutivos, caracterizando uma semana típica de atendimento. Foram coletados dados de 668 usuários que buscaram atendimento no local. O questionário foi dirigido à identificação dos processos sociais que se refletem diretamente na vida das pessoas que utilizam os serviços de saúde, como o modelo de assistência à saúde, classificado como público ou privado, para a verificação da porcentagem de usuários que se reportam ao SUS para um atendimento de urgência e emergência; identificação da situação laboral e atual ocupação dos usuários no mercado de trabalho, utilizando-se as categorias estudante/menor, carteira assinada, trabalho informal, desempregado e aposentado, a cidade onde reside; presença de patologias instaladas, crônicas ou não, englobando as categorias não possui, hipertensão, diabetes, respiratória, outras, e a avaliação da queixa principal dos usuários.

Foram identificados como demandas ao serviço de pronto-socorro atendimentos em situações graves aos pacientes, queixas agudas, não urgências, busca de atendimentos complementares aos oferecidos na rede básica, assim como o vínculo com o serviço. Os dados obtidos foram tabulados e são apresentados descritivamente.

 

Resultados

Os resultados obtidos são descritos nas Tabelas 1 a 7. Considerando a distribuição da amostra segundo o sexo, a maior procura por atendimentos no período do estudo foi pelo sexo feminino (54,34%) (Tab. 1).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De acordo com a faixa etária, o maior número de atendimentos ocorreu na faixa etária de 18-29 anos (25,30%) e a menor na faixa etária de sessenta anos ou mais (11,68%), (Tab. 2).

A Tabela 3 representa a distribuição da demanda dos pacientes segundo o município de domicílio, verificando-se que a maior parte dos atendimentos foi de indivíduos residentes no próprio município de Capão Bonito (87,12%), onde foi realizado o estudo.

Segundo o modelo de assistência à saúde, a maior parte dos usuários incluídos na amostra deste estudo depende da assistência pública por meio do SUS (97,71%). A assistência privada, caracterizada pelo atendimento remunerado e de convênios, apresentou número expressivamente menor (3,29%), considerando a totalidade dos atendimentos (Tab. 4).

Considerando a situação dos usuários no mercado de trabalho, pode-se observar que 24,85% dos entrevistados apresentavam vínculo com carteira assinada, seguidos por menores de idade, estudantes (24,55%) e desempregados (20,96%). Das pessoas que foram atendidas no PSM durante a realização da pesquisa, 48,21% possuíam remuneração, considerando o número de trabalhadores formais e informais (Tab. 5).

Os dados apresentados na Tabela 6 mostram que 76,35% dos entrevistados relataram não possuir doenças associadas ao motivo principal da procura pelo atendimento de saúde. Portadores de hipertensão arterial, doenças respiratórias e diabetes representaram pequena proporção nos casos de doenças associadas, somando juntos 13,93% do total dos pesquisados. A referência a outras doenças associadas aos sintomas que motivaram as pessoas a procurar o PSM foi observada em 9,13% dos entrevistados.

A Tabela 7 classifica as principais queixas dos usuários no acesso ao serviço do PSM, que apresentou como grande motivo situações acidentais, como trauma, fraturas, quedas, torções e queimaduras, com aproximadamente 14,52% dos casos. Problemas respiratórios (11,97%) e sintomas como febre (11,38%) e dores gerais pelo corpo (8,98%) também foram bastante relevantes nas queixas durante o período da pesquisa. Um fator significativo diagnosticado com o questionário foi a procura ao PSM por grande número de gestantes, visando ao atendimento de intercorrências gestacionais e sintomatologias, com cerca de 8,08% do total. Pode-se observar também que 8,08% das pessoas procuraram atendimento para retorno em consultas, como pós-operatórios, aplicações de medicamentos, curativos e até mesmo consultas com médicos em suas mais diversas variedades.

 

Discussão

Observou-se que a maior parte dos usuários é composta de mulheres, com idades entre 18 e 29 anos, residentes no município de Capão Bonito, empregadas em trabalho formal, com carteira assinada, não possuindo doença prévia associada e dependentes do SUS. Assim, confirmam-se dados encontrados por Barakat7 (2009) de que a constituição da demanda foi predominantemente de mulheres.

Os dados pesquisados em relação ao modelo de assistência em saúde confirmam reflexões e observações que conferem ao SUS uma grande representatividade como política pública na assistência à saúde dos brasileiros, principalmente se for comparada a assistência atual com a de algumas décadas anteriores. Porém, o sistema ainda enfrenta fragmentação em seu processo de trabalho, nas relações profissionais, nas redes de atenção, na burocratização e verticalização dos serviços14. Inúmeras pesquisas5-8 relacionam a procura por serviços de saúde, sejam de urgência e emergência, sejam de atenção primária, a fatores socioeconômicos. De acordo com o resultado deste estudo, mais de 45% dos usuários do pronto-socorro de Capão Bonito não são economicamente ativos, sendo o desemprego um fator preocupante nesse contexto.

Apesar de a maior parte dos usuários ser residente no município de Capão Bonito, Ribeirão Grande, por possuir convênio de atendimento a urgências e emergências com a Santa Casa, representou 5,54% dos usuários do PSM, ficando os municípios de Buri e Guapiara com pequenas porcentagens de utilização. Em virtude do entroncamento de importantes rodovias que ligam o sul do país ao estado de São Paulo, 2,84% das pessoas que procuraram o pronto-socorro no período da pesquisa informaram seu domicílio em cidades que ligam os eixos citados.

As principais demandas do pronto-socorro foram situações de risco para os pacientes, em que as principais queixas foram agudas e envolveram desconforto físico, compondo uma sintomatologia característica de processos terapêuticos de atenção básica, além de aspectos emocionais e de necessidades consideradas não urgentes. A busca de atendimento complementar ao recebido em outros serviços e o vínculo com o pronto atendimento também são significativos. Doenças crônicas associadas não são o principal motivo da procura dos usuários ao serviço, podendo sugerir que seu tratamento seja realizado nas unidades de saúde das redes locais. As queixas trazidas pelos usuários vinham moldadas segundo as expectativas por eles criadas nas relações sociais, pois a busca pelo atendimento, segundo os dados coletados, dava-se para atender a necessidades agudas ou não, mas que no momento lhes traziam limitações e desconforto. Tais situações são consideradas emergências e urgências e realmente devem fazer parte das principais atribuições de um pronto-socorro15.

O deslocamento da população de regiões distantes do município e de outros para a realização de procedimentos de rotina de uma atenção primária pode ser interpretado como falta de acesso aos serviços em sua origem. Porém, os usuários certamente procuravam os serviços não apenas pela localização geográfica, mas pelas qualidade desses e pela garantia no acesso.

De acordo com os resultados deste estudo, constata-se que a oferta dos serviços do pronto-socorro, na maior parte das vezes, foi direcionada ao ato agudo da queixa dos usuários, não ampliando o foco da atenção para um histórico clínico16. A porta de entrada para o sistema foi obtida, independentemente da gravidade dos casos. Entretanto, a garantia da agilidade de encaminhamentos nos casos graves, como internações e referências, deve ser prioridade para a consolidação das diretrizes do Sistema Único de Saúde, as quais preveem integralidades das ações e serviços de assistência à saúde.

 

Conclusão

Diante dos resultados deste trabalho, observou-se que, independentemente da queixa do paciente, este foi acolhido no pronto-socorro, sendo-lhe garantidos o acesso e tratamento para o que o afligia e, independentemente da gravidade, a porta de entrada para o sistema foi obtida, apesar de muitos casos poderem ser resolvidos na Unidade Básica de Saúde. Entretanto, a garantia de encaminhamento nos casos graves, como internação e referência, deve ser prioridade para a consolidação das diretrizes do SUS.

 

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Endereço para correspondência:
Antonio Carlos Pereira
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Recebido: 29.09.2010
Aceito: 03.11.2010