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RFO UPF

versão impressa ISSN 1413-4012

RFO UPF vol.17 no.1 Passo Fundo Jan./Abr. 2012

 

 

Avaliação do conhecimento dos cirurgiões-dentistas quanto ao câncer bucal

 

Evaluation of the knowledge of dentists regarding oral cancer

 

 

Maria Luísa AlvarengaI; Mayara Garcia CoutoII; Alex de Oliveira RibeirooIII; Roselaine Coelho Moreira MilagresIV; Michel Reis MessoraV; Leandro Toyoji KawataVI

IAcadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário de Lavras. Bolsista de iniciação científica Pibic/Fapemig, Lavras, MG, Brasil.
IIAcadêmica do curso de Odontologia do Centro Universitário de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
IIIMestre em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras. Professor de estatística do Centro Universitário de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
IVAluna do curso de doutorado em Radiologia Odontológica pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos da Universidade Estadual Paulista. Professora das disciplinas de Diagnóstico Oral I e II do curso de Odontologia do Centro Universitário de Lavras, Lavras, MG, Brasil.
VDoutor em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista. Professor do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
VIDoutor em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista. Professor das disciplinas de Diagnóstico Oral I e II do curso de Odontologia do Centro Universitário de Lavras, Lavras, MG, Brasil.

Endereço para correspondência

 

 


 

RESUMO

O objetivo deste trabalho consistiu em avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas da cidade de Lavras - MG sobre o câncer bucal. Foi utilizado um questionário previamente testado, com 37 questões, dividido em temas como: características gerais dos participantes, conhecimento das características clínicas e fatores de risco do câncer de boca e sobre a prática clínica relacionada à doença. A análise de cada questionário permitiu atribuir um conceito ao profissional (A - ótimo, B - bom, C - regular e D - insuficiente). Os resultados mostraram que dos 230 dentistas 74 responderam ao questionário entregue nos consultórios. A maior parte dos profissionais era do sexo feminino e estava na faixa etária de trinta a cinquenta anos. Aproximadamente 30% relataram não saber que o carcinoma espinocelular é o tipo mais comum de câncer de boca e 36,5% relataram ter falta de confiança para realizar o diagnóstico. Quase 76% dos entrevistados afirmaram que seus pacientes não estão suficientemente informados sobre os aspectos preventivos e de diagnóstico da doença. Após avaliação, 6,8% dos dentistas se enquadraram no conceito A; 32,4%, no B; 28,4%, no C, e 32,4%, no conceito D. Não houve correlação estatisticamente significativa (teste do qui-quadrado, p < 0,05) entre o conceito e as variáveis sexo, idade, tempo de formação, tipo de instituição de formação e autoconhecimento sobre o câncer de boca. Conclui-se que é necessária aconscientização dos cirurgiões-dentistas sobre a importância da doença e o treinamento em relação aos meios de prevenção e detecção precoce do câncer de boca.

Palavras-chave: Carcinoma de células escamosas. Diag nóstico bucal. Neoplasias bucais.


 

ABSTRACT

The objective of this work was to evaluate the dentists' knowledge from Lavras-MG about oral cancer. We used a previously validated questionnaire with 37 questions divided into subjects such as: the participants' general characteristics, their knowledge on clinical features and the risk factors of oral cancer as well as their understanding of the disease-management practice. The analysis of the questionnaires allowed to attribute a concept to the professional (A - great, B - Good, C – fair and D – not enough). The results showed that from the 230 dentists, 74 answered the questionnaire in their offices. The great majority was female aging from 30 to 50 years old. Approximately, 30% reported not to be aware that carcinoma squamous is the most common oral cancer and 36.5% reported not to be confident enough to achieve the diagnosis. Almost 76% of the respondents asserted that their patients are not informed enough on the preventive aspects and diagnosis of the disease. After the evaluation, 6.8% of the dentists fit in concept A; 32.4% in B; 28.4% in C and 32.4% in concept D. there was no significant statistical correlation (qui-square test, p < 0.05) between the concept and variables sex, age, time of clinical practice, type of graduation institution and knowledge on oral cancer. Then it is concluded that dentists need to be aware on the disease aspects and the importance of training with relation to its prevention and early diagnosis.

Keywords: Carcinoma. Squamous cell. Diagnosis. Oral. Mouth neoplasmas.


 

 

Introdução

O câncer no Brasil é um problema de saúde pública. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca-MS), em 2011 ocorreriam 489.270 casos novos de câncer no Brasil, sendo a região Sudeste a que apresentaria maior incidência da doença. Excluindo o câncer de pele não melanoma, a boca seria o quinto local mais acometido pela doença nos homens, com 13.250 casos novos, e o sexto local mais acometido nas mulheres, com 4.880 casos novos. O carcinoma espinocelular representa de 90 a 95% de todos os casos de câncer de boca1,2.

A taxa de sobrevida do câncer de boca aos cinco anos é de 43,2%. Dados mais específicos mostram que o câncer diagnosticado em estágios iniciais (estádio clínico I e II) tem a taxa de sobrevida de77,3%, ao passo que aquele diagnosticado em estágios avançados (estádio clínico III e IV) apresenta taxa de sobrevida de 32,2%3.

Apesar de ser evidente a necessidade de um diagnóstico precoce para que os índices de morbidade e mortalidade melhorem, os estudos epidemiológicos indicam que 70 a 80% dos casos de câncer de boca ainda são diagnosticados em estágios avançados3,4.

A boca é um sítio anatômico de fácil acesso para o exame, permitindo que cirurgiões-dentistas, médicos generalistas ou o próprio paciente, por meio do autoexame, possam visualizar diretamente alterações suspeitas de câncer5.

Atualmente, observa-se que houve um aumento da quantidade de pessoas que têm acesso aos consultórios odontológicos, tanto na rede pública quanto privada, por motivos funcionais, e/ou estéticos. Assim, o cirurgião-dentista tem papel fundamental na prevenção e diagnóstico da doença, porém um dos fatores que levam a um diagnóstico tardio do câncer de boca é o despreparo de alguns para realizar o diagnóstico em fases iniciais6. Nessa perspectiva, o propósito deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas da cidade de Lavras - MG sobre o câncer bucal.

 

Sujeitos e método

O presente trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Unilavras (Caae: 0003.0.189.000-10). Para a realização do estudo, foram entregues 224 questionários a cirurgiões-dentistas da cidade de Lavras - MG nos consultórios odontológicos de cada profissional e recolhidos após uma semana.

Foram obtidos, a partir dos questionários analisados, características gerais dos participantes, conhecimento das características clínicas e fatores de risco associados ao câncer de boca. Também foram apurados dados sobre a prática clínica, interesse e percepção do profissional relacionado à doença.

As questões do questionário foram separadas em três plataformas, sendo atribuí do a cada uma um valor diferente.

A plataforma 1 era composta de seis perguntas referentes às características clínicas da ocorrência do câncer de boca, cada uma valia um ponto. Na plataforma 2 o enfoque das questões era sobre os fatores de risco do câncer de boca e do seu estágio no diagnóstico, foi atribuído a esta plataforma um total de quatro pontos. As questões da plataforma 3 eram relacionadas com a prática clínica, educação continuada e características gerais do profissional. Não foram atribuídos valores a estas, pois se conclui que não influenciariam no conhecimento dos CDs.

Após a coleta dos questionários, foram reunidas as informações de cada plataforma e somadas. Por fim, pela análise quantitativa, cada entrevistado foi classificado com sua nota final numa categoria de acordo com o seguinte critério: A, para notas entre 9 e 10; B, entre 7 e 8,99; C, entre 5 e 6,99, e D, para notas inferiores a 4,99, consideradas insatisfatórias.

Para a análise da frequência das respostas e da correlação de frequência entre as diferentes variáveis estudadas, foram utilizados um microcomputador e programas específicos para gerenciamento de banco de dados (Excel) e análise estatística (SPSS for Windows).

 

Resultados

A amostra constituiu-se dos cirurgiões-dentistas que responderam o questionário. De um total de 224 questionários distribuídos, 74 (33,03%) foram respondidos.

Os dados referentes às características gerais dos participantes, o conceito obtido (Fig. 1) e a relação entre estes são mostrados na Tabela 1, podendo-se ainda observar que não houve relação estatisticamente significativa entre eles.

 

 

 

 

 

A maior parte dos entrevistados (89,2%) relatou que realiza o exame físico buscando diagnosticar lesões suspeitas de câncer de boca, mas 10,8% informaram não realizar o exame, pois não sabem realizá-lo e também porque não recebem honorários para tal procedimento.

Quanto às características clínicas do câncer de boca, os participantes responderam corretamente que a doença acomete principalmente indivíduos acima de quarenta anos (81,1%); o carcinoma espinocelular é o tipo mais comum (63,6%); a língua é a principal localização (25,8%); o aspecto mais comum é a úlcera indolor (78,4%) e o linfonodo característico se apresenta duro, sem dor, com mobilidade ou não (50%).

Com relação ao estágio em que o câncer de boca é mais frequentemente diagnosticado, 17,6% dos profissionais não souberam responder, mas a maior parte deles (70,3%) respondeu que é o avançado.

Os cirurgiões-dentistas foram questionados sobre os fatores e condições de risco relacionados ao câncer bucal. A resposta desse questionamento pode ser visualizada na Tabela 2.

 

 

 

O questionário investigava se os cirurgiões-dentistas consideravam seus pacientes suficientemente informados sobre o câncer de boca. A maior parte dos entrevistados (75,7%) respondeu que não e 8,1% responderam que sim. Uma parcela pequena (1,3%) apontou não saber e outros 14,9% não responderam à pergunta.

 

Discussão

Neste trabalho, os questionários foram entregues pessoalmente em cada consultório odontológico e recolhidos após uma semana. Mesmo sendo entregues pessoalmente e solicitado o seu preenchimento e devolução, por até três vezes em alguns casos, não se obteve sucesso. Observou-se a falta de colaboração por vários profissionais. O percentual de retorno obtido no presente estudo, embora baixo, foi maior que o obtido por Cimardi7 (2009) (21,1%) e menor que o de Moraes8 (2003) (52,98%). Conclui-se que a metodologia de entrega mais efetiva é a entrega de questionários previamente a cursos de educação continuada.

O fato de 78,4% dos dentistas apontarem corretamente a úlcera indolor como parte da sintomatologia da doença é bom. Por outro lado, 36,4% dos profissionais não souberam responder que o carcinoma espinocelular é o tipo de câncer bucal mais comum, isso indica que o conhecimento dos profissionais é superficial.

A região anatômica mais frequente para a ocorrência do câncer bucal é a língua, apontada corretamente por 25,8% dos profissionais, mas 74,2% relataram não saber qual a região certa. O resultado do presente estudo é compatível com o encontrado na literatura da área7,8. A maior parte das pesquisas ainda concorda que a língua é a região de maior ocorrência para o câncer de boca, mas alguns trabalhos atuais mostram que é a gengiva9.

O câncer bucal é uma doença de grande relevância que apresenta altos índices de morbidade e mortalidade, mas a maior parte dos cânceres bucais podem ser evitados se eliminados os fatores de risco para a sua ocorrência. De acordo com um estudo8 (2003), o primeiro método de prevenção do câncer de boca requer o conhecimento dos fatores de risco tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.

Em relação aos fatores de risco, 74,3% dos participantes sustentam o conceito errôneo de que próteses mal-adaptadas podem causar o câncer de boca. Neste trabalho, o estresse emocional foi considerado como não sendo um fator de risco, porém alguns estudos atuais começam a discutir essa possível relação10. Também neste trabalho, o sexo oral não foi considerado como sendo um fator de risco; no entanto, muitos estudos estão tentando relacionar o câncer bucal com o HPV, mas ainda não há um consenso na literatura11,13.

Em relação à realização do exame pelos profissionais, 89,2% dos entrevistados relataram que realizam o exame, número que caracteriza um bom resultado e concorda com trabalhos anteriormente realizados7,8,14-17.

Sobre a autoavaliação do profissional em relação ao conhecimento sobre o câncer bucal, o estudo constatou que 41,9% dos entrevistados consideram bom seu nível de conhecimento; 33,8%, pobre e 17,6% se autoavaliaram como insuficientes. Cabe salientar que, de acordo com este resultado, os profissionais têm ciência de sua falta de conhecimento.

Quando indagados sobre o grau de confiança para realizar diagnóstico em caso de câncer bucal, a maior parte dos entrevistados (36,5%) relatou ter falta de confiança, ao passo que 10,8% relataram ser confiantes. Este fato pode ser justificado pelo fato de muitos desses cirurgiões-dentistas não se atualizarem sobre o assunto, dificultando, assim, o diagnóstico. Para isso, eles deveriam frequentar cursos de capacitação e atualização sobre o tema em questão.

É necessário manter a população informada sobre os aspectos relacionados com o câncer de boca, para, assim, preveni-lo e diagnosticá-lo em fases iniciais18. A população deveria saber sobre o autoexame de boca, pois a sua prática é simples e seria um bom começo para o diagnóstico precoce do câncer bucal19.

Contradizendo a estas informações, 75,7% dos entrevistados afirmaram que seus pacientes não estão suficientemente informados sobre os aspectos preventivos e de diagnóstico do câncer bucal. Esses dados são semelhantes ao de Cimardi7 (2009), que concluiu que os cirurgiões dentistas parecem desempenhar suas atividades profissionais mais voltadas para o aspecto curativo do que para a prevenção e promoção de saúde de seus pacientes. Da mesma forma, percebe-se a necessidade de pensar em estratégias para tornar acessível à população leiga as informações sobre o câncer bucal.

A análise dos resultados pode sugerir a necessidade de os profissionais refletirem sobre o seu conhecimento, prática e técnica diária referentes ao câncer de boca, uma vez que somente 6,8% dos profissionais obtiveram conceito A; 32,4%, B; 28,4%, C, e 32,4 se enquadraram no conceito D, que é considerado insuficiente. Esses dados se aproximam dos obtidos por Moraes8 (2003), segundo o autor 55,9% dos entrevistados não estavam devidamente preparados para prevenir e diagnosticar precocemente o câncer de boca.

Quando comparados à autoavaliação que o profissional realiza com o conceito obtido, verificou-se que existiam profissionais relatando ter um conhecimento bom sobre o assunto, mas, de acordo com as respostas do questionário, somente 4% deles se enquadraram no conceito A e a maior parte obteve conceitos B (16,3%) e D (12,2%). De acordo com esse resultado, evidencia-se mais uma vez a necessidade de capacitação dos profissionais. Dos profissionais que relataram ter um ótimo conhecimento, todos se enquadraram no conceito B e aqueles que relataram ter conhecimento regular, a maior parte obteve conceitos C e D (24,4%).

 

Conclusão

É necessária a conscientização dos cirurgiõesdentistas sobre a importância da doença e o treinamento em relação aos meios de prevenção e detecção precoce do câncer de boca.

 

Agradecimentos

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e Centro Universitário de Lavras (Unilavras).

 

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Endereço para correspondência:
Leandro Toyoji Kawata
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