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Arquivos em Odontologia

versão impressa ISSN 1516-0939

Arq. Odontol. vol.49 no.2 Belo Horizonte Abr./Jun. 2013

 

 

Perfil do atendimento odontopediátrico no setor de urgência e emergência da clínica odontológica do Centro Universitário do Pará – CESUPA

 

Profile of pediatric dentistry services in the urgency and emergency sectors of the dental clinic at Centro Universitário do Pará (CESUPA)

 

 

Priscilla Bittencourt de Almeida Figueiredo I; Alexandre Roberto Queiroz da Silva II; Antônio Irlan Silva II; Bruna Queiroz da Silva III

I Unidade Odontológica Infantil, CESUPA (Centro Universitário do Pará), , Belém, PA, Brasil
II Cirurgião-dentista
III CESUPA (Centro Universitário do Pará), Belém, PA, Brasil

Contact: priscilla@cesupa.br, alexandre189@hotmail.com, irlansilva@hotmail.com, bruna_queiros@hotmail.com

 

 


 

RESUMO

Objetivo: Avaliar o perfil do atendimento odontológico de urgência e emergência em crianças na faixa etária de 0 a 12 anos atendidas no setor de Urgência e Emergência do curso de odontologia do Centro Universitário do Pará. Materiais e métodos: Este estudo foi do tipo analítico observacional retrospectivo, cujos dados foram coletados a partir das fichas clínicas, utilizadas no serviço de urgência e emergência do Centro Universitário do Pará (CESUPA), no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. Buscou-se traçar um perfil dos usuários pediátricos, assim como avaliar as principais causas e tratamentos. Resultados: Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes atendidos era do gênero masculino (50,4%) e na faixa etária de 7 a 12 anos de idade (65,2%). O principal motivo da procura ao atendimento foi a dor de dente, sendo esta provocada na maioria dos casos por lesão de cárie (53,7%), acometendo principalmente crianças em fase de dentição mista. Quanto ao tratamento executado, a exodontia (73,4%) foi o mais realizado. Conclusão: A cárie é a principal ocorrência de atendimento no serviço de urgência e emergência da clínica odontológica do CESUPA, e o tratamento de escolha, na maioria das vezes, infelizmente, foi a exodontia, indicando assim, uma maior necessidade de programar estratégias educativas e preventivas na comunidade avaliada com base na promoção de saúde bucal.

Descritores: Tratamento de emergência. Odontopediatria. Cárie dentária - Terapia.


 

ABSTRACT

Aim: To evaluate the profile of urgency and emergency dental services for children aged 0-12 years of age attended to in the Urgency and Emergency sector of dentistry course at the Centro Universitário do Pará (CESUPA). Materials and Methods: This research was a retrospective observational and analytical type study, whose data were collected from medical records used in urgent and emergency services at CESUPA from January 2007 to December 2011. This study aimed to trace a profile of pediatric patients, as well as to assess the main causes and treatments. Results: The results showed that most patients were male (50.4%) and aged from 7 to 12 years of age (65.2%). The main reason for seeking dental care was a toothache, which was caused, in most cases, by caries lesions (53.7%), mainly affecting children in the mixed dentition phase. Regarding the treatment performed, tooth extraction (73.4%) was the most common treatment. Conclusion: Caries are the most common confronted problems in the urgency and emergency services of the CESUPA dental clinic. Unfortunately, in most cases, the treatment of choice was tooth extraction, thus indicating a greater need to promote educational and preventive strategies within the studied communities, based primarily on the promotion of oral healthcare.

Uniterms: Emergency treatment. Pediatric dentistry. Dental caries - Therapy.


 

 

INTRODUÇÃO

Os quadros de urgência em Odontopediatria são muito comuns, seja pelo aumento no risco de traumas com envolvimento dentário, inerentes à infância, ou pelas características anatômicas peculiares dos dentes decíduos, que muitas vezes fazem com que o comprometimento pulpar ocorra de forma rápida, quando na presença de cárie. Essas situações estão constantemente associadas a processos dolorosos causando medo e ansiedade tanto na criança quanto nos pais. Neste momento, a conduta do cirurgião dentista é um elemento essencial para que essa experiência não cause danos psicológicos na criança, que muitas vezes podem persistir até a vida adulta. Deste modo, o profissional deve realizar o procedimento utilizando criteriosamente os seus conhecimentos em odontologia e estar apto para lidar com a ansiedade dos pais e da criança1.

Um dos objetivos dos cursos da área da saúde é formar profissionais qualificados para atuar na sociedade em que estão inseridos , logo , as universidades funcionam como prestadoras de serviços à comunidade. Dentro desse contexto, as clínicas odontológicas pertencentes às instituições de ensino devem atender as demandas dos usuários que as procuram, devendo estar preparadas para resolução de seus problemas, incluindo as situações de urgência e emergência2.

O processo de planejar, programar e avaliar os serviços de saúde depende da disponibilidade de dados concretos da realidade. Nesse contexto, o movimento de planejar tem como objetivo identificar e analisar a demanda, investigar elementos relacionados à percepção de saúde da população, caracterizar seu perfil sociodemográfico, assim como identificar as principais necessidades de tratamento para os quais o setor de saúde tem de estar preparado para ser resolutivo3.

O Serviço de Urgência em Odontologia do CESUPA foi criado com o objetivo de capacitar a população discente para esse tipo de atendimento, além de atender a demanda existente na comunidade que confia no atendimento uma vez que o mesmo é orientado por profissionais qualificados e capacitados. Com base nas informações acima citadas, e na escassez de estudos que tracem esse perfil de atendimento na presente instituição, é importante ressaltar um estudo que avalie a demanda desse atendimento.

O estudo objetivou avaliar o perfil do atendimento odontológico de urgência e emergência em crianças na faixa etária de 0 a 12 anos atendidas no setor de Urgência e Emergência do curso de odontologia do Centro Universitário do Pará.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo realizado foi do tipo observacional descritivo, cujos dados foram coletados a partir das fichas clínicas utilizadas no CESUPA, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2011.

As fichas clínicas são padronizadas e o preenchimento das mesmas é de responsabilidade do acadêmico e, posteriormente, do profissional graduado responsável pelo setor, contendo dados do paciente referentes à idade, ao gênero, saúde geral do paciente, ao dente envolvido, ao diagnóstico final e ao seu respectivo tratamento.

Foram incluídas neste estudo todas as fichas clínicas pertencentes às crianças na faixa etária de 0 a 12 anos que estivessem corretamente preenchidas, sendo que as fichas que estavam indevidamente preenchidas foram excluídas da pesquisa.

A coleta de dados foi realizada por dois examinadores previamente treinados que coletavam as informações das fichas clínicas e as repassavam para uma tabela (Tabela 1) previamente elaborada. Foram coletadas informações referentes ao gênero, idade, diagnóstico final estabelecido e tratamento executado.

 

 

 

Com relação ao diagnóstico final estabelecido, as patologias foram agrupadas em lesão de cárie, trauma, falha de tratamento restaurador, lesão em tecido mole, retenção prolongada de dente decíduo e outros, sendo incluídos neste último, casos em que não havia dor, como a falta de informação dos pais em relação à evolução normal da cavidade oral ou casos em que a dor não era de origem dentária. Já os tratamentos executados foram divididos em exodontia, restauração (considerando-se, nesse caso, todos os tipos de materiais restauradores definitivos), tratamentos relacionados à terapia pulpar radical (medicação intracanal, preparo químico cirúrgico e capeamento pulpar indireto), prescrição medicamentosa e outros, incluindo-se neste último caso os exames radiográficos e os encaminhamentos).

Para a realização deste estudo, foi solicitada autorização prévia da direção da Faculdade de Odontologia do CESUPA para acessar as fichas clínicas desses pacientes, sendo a coleta dos dados realizada no setor de arquivamento desta instituição. O projeto desta pesquisa também foi submetido ao Comitê de Ética CEP/CESUPA, sendo aprovado sob o parecer CAAEnº 01185512900005169.

A análise descritiva dos dados referentes aos atendimentos clínicos de urgência foi direcionada considerando-se as frequências do diagnóstico final, tipo de tratamento executado, gênero e idade da criança atendida.

 

RESULTADOS

Foram avaliadas um total de 747 fichas clínicas relativas aos quadros de urgência e emergência, sendo 167 excluídas, restando 580 (Taxa de avaliação=77,6%) prontuários para análise. Sendo assim, dos 580 pacientes atendidos, 292 (50,4%) eram do gênero masculino e 288 (49,6%) do feminino.

Com relação à idade, foram avaliadas crianças entre 0 e 12 anos de idade (Figura 1), com uma média de idade de 7 anos e 6 meses na população avaliada. Para facilitar a tabulação dos dados, os atendimentos classificados de acordo com a idade foram subdivididos em três faixas etárias diferentes, cujos resultados estão expressos na Tabela 2. A faixa etária que mais procurou o serviço de urgência foi a compreendida entre 712 anos, seguida de 4 a 6 anos e de 0 a 3 anos, em ambos os gêneros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avaliando-se a principal causa da urgência distribuidas de acordo com o diagnóstico final estabelecido, observou-se que a grande maioria dos casos foi lesão de cárie (53,7%), seguida dos traumas (14,5%), retenção prolongada (10,5%), falha na restauração (3,4%), lesão em tecido mole (2,4%) e outros (15,5%) (Figura 2).

Ao relacionar o motivo do atendimento com a faixa etária da criança, constatou-se que a maioria dos quadros de urgência por cárie foi nas crianças de 7 a 12 anos (52,4%), já os casos de trauma e lesão de tecido mole, foram mais comuns na faixa etária de 0 à 3 anos com 39,5% e 6,9% respectivamente. A falha na restauração e a retenção prolongada foram mais presentes na faixa etária de 7 a 12 anos, sendo 4,6% e 11,9%, respectivamente (Tabela 3).

A figura 3 apresenta a relação dos tratamentos realizados considerando-se todos os atendimentos. A análise dos dados demonstra que o tratamento mais frequente foi a exodontia (73,4%), sendo mais executado no gênero feminino (50,9%). Os tratamentos endodônticos, foram o segundo tratamento de maior relevância (Medicação Intra Canal - MIC e Preparo Químico Cirurgico - PQC 7,2% e Capeamento Pulpar Indireto - CPI 3,4%), procedido por prescrição medicamentosa 2,6%, restaurações 2,5% e outros procedimentos 10,9%.

Quando se relacionou a faixa etária com o tipo de tratamento, percebeu-se que a exodontia é predominante em todas as faixas etárias, com uma média de 72,6%, podendo ser justificado pela péssima condição oral dos pacientes que procuram por este setor. Em segundo lugar, as terapias relacionadas à endodontia foram mais comuns nas crianças de 4 à 6 anos (8,3%) e de 7 à 12 anos (7,7%) anos respectivamente. Já em crianças de 0 à 3 o capeamento pulpar indireto ocupou o segundo lugar com 3,6% (Tabela 4).

Com relação ao elemento dental envolvido e a principal causa de urgência, pode-se observar que no caso das urgências por cárie, os segundos molares inferiores decíduos foram mais acometidos com 22,5%. Nos casos de trauma, os incisivos centrais superiores decíduos, com 47,6% apresentaram a maior frequência. Em situações em que houve falha na restauração, os primeiros molares infeirores permanentes, com 28% e nos casos de lesões de tecido mole e retenção prolongada, os incisivos centrais inferiores decíduos foram os mais acometidos, com 71,4% e 26,8%, respectivamente. Em outras situações de urgência, os primeiros prémolares superiores tiveram maior frequência, 12,5% (Tabela 5).

 

DISCUSSÃO

Embora estudos tenham mostrado uma diminuição dos índices de cárie, nas últimas duas décadas, esta ainda é um grave problema de saúde pública, acometendo principalmente as populações menos favorecidas que são as que têm maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde4,5. Em estudo recente onde se questionou a utilização dos serviços de saúde em um grupo de crianças entre 0 e 14 anos de idade em uma cidade do sudeste brasileiro, observou-se que 31% das crianças envolvidas no estudo nunca realizaram um consulta odontológica, onde incluía-se nesse grupo principalmente as crianças menores e que encontravam-se com más condições de higiene oral5.

Em virtude dessa dificuldade de acesso aos serviços odontológicos, parte da população acaba procurando como alternativa o atendimento em faculdades de Odontologia, onde acreditam encontrar, principalmente, um serviço de qualidade6, O Serviço de Urgência e Emergência da Clínica Odontológica do CESUPA foi criada com o intuito de fazer o diferencial para o aluno, uma vez que este frequenta o setor periodicamente com o objetivo de um maior aprendizado e vivência das mais diversas situações, atuando como observador dos alunos que se encontram nos últimos períodos da graduação. Tal setor está sob a responsabilidade de um profissional habilitado e credenciado para tal. Além disso, este serviço é um benefício para a comunidade podendo ter acesso imediato em casos de urgência e até ser encaminhada para seguir tratamento nos setores de clínica convencional.

 

 

 

 

 

 

 

Com relação à população atendida, neste estudo, houve uma pequena predileção pelo gênero masculino em relação ao feminino, no que se refere à procura ao setor de urgência e emergência do CESUPA, que se assemelha aos dados do Setor de Urgência Odontológica de Bauru7. Esta pequena diferença entre os gêneros se difere do observado em adultos, onde há uma maior prevalência do gênero feminino na população avaliada8, que talvez possa ser explicada pela faixa etária escolar não dificultar o acesso dos homens que, quando adulto, devido ao trabalho, teriam menor disponibilidade de tempo para o atendimento, enquanto as mulheres teriam horário mais flexível.

Ao analisar a faixa etária dos pacientes atendidos, obtivemos uma média de 7 anos e 6 meses anos de idade. O que nos mostra o acometimento, principalmente da dentição mista7,9, apresentando a atividade de cárie em uma época onde os molares e incisivos permanentes estão em erupção. Resultados semelhantes podem ser observados na literatura, onde a média de idade foi de 8,66 anos10 e 9,24 anos11. Já em estudo realizado na Bahia, houve um maior número de atendimentos em crianças entre 3 e 5 anos de idade12.

Dentre os dentes decíduos mais afetados por cárie estavam os segundos e primeiros molares inferiores, resultados também encontrados em outros estudos13-14, seguidos pelos incisivos centrais superiores. Ainda com relação a estes grupos de dentes, um estudo realizado entre escolares brasileiros, de 1 a 5 anos de idade, onde observou que a superfície oclusal dos molares e a palatina dos incisivos tinham maior incidência de cárie, notou também maiores índices desta doença nos segundos molares seguidos pelos primeiros molares decíduos15.

Quanto ao motivo da consulta, a lesão de cárie foi o principal, sendo o gênero feminino e os 2º molares inferiores decíduos os elementos mais acometidos. Esses dados assemelham-se a outros estudos, onde os principais dentes envolvidos eram os molares na dentição decídua9. Esses dados podem indicar uma maior necessidade de ações preventivas na população avaliada.

O trauma foi o segundo motivo de consulta mais relatado onde o gênero masculino esteve mais envolvido, sendo o incisivo central superior decíduo o dente mais acometido. Já em relação à faixa etária, as crianças de menor idade (0 a 3 anos) apresentaram uma maior prevalência dessas situações. Esses dados são semelhantes a outros estudos10,16,17 e podem ser justificado pela pouca coordenação motora dessa faixa etária e por estarem aprendendo a andar, ocorrendo um maior número de quedas e acidentes. Contudo, em outro estudo18 a faixa etária acometida por trauma se difere, sendo mais comum entre 7 à 10 anos de idade, por ser uma época onde se pratica bastante esportes e por se tratarem de crianças em idade escolar, existem muitas brincadeiras agressivas.

A retenção prolongada de dente decíduo ocorreu, em sua maioria, no gênero masculino, envolvendo principalmente os incisivos centrais inferiores decíduos, na faixa etária que compreende de 7 a 12 anos, o que se nivela a outro estudo onde a alteração patológica mais prevalente, em crianças, foi a retenção prolongada de dentes decíduos19.

A falha na restauração seguida de dor afetou principalmente os primeiros molares inferiores permanentes (28%), e foi mais comum na faixa etária de 7 à 12 anos, sendo, o gênero feminino o mais acometido por este tipo de urgência. Supõe-se que por se tratar de crianças com faixa etária mais elevada, essas restaurações em alguns casos poderiam ter sido feitas na primeira infância, sendo antigas e com possível necessidade de troca. Contudo se a prevenção da cárie fosse realizada precocemente, evitando-se assim a necessidade de restaurações e até mesmo recidivas de cárie, os custos empregados seriam inferiores, conseguindo ainda estabelecer bons hábitos e evitar a consequente visita ao cirurgião dentista por motivo de dor20.

As lesões de tecido mole atingiram principalmente os pacientes de menor idade (0 a 3 anos) sem predileção por gênero, atingindo principalmente a região de incisivos centrais inferiores decíduos (71,4%). Apesar da pequena incidência a mesma exige grande atenção por parte dos profissionais do setor de urgência e emergência21.

Outro fator a ser discutido é o tratamento executado durante o atendimento de urgência, que aponta para a exodontia como a primeira opção, sendo o gênero feminino o mais afetado, acomentendo principalmente a faixa etária de 4 a 6 anos, envolvendo principalmente os elementos posteriores, o que se equipara ao estudo realizado em Alagoas onde os pacientes já se encontravam com indicação de exodontia principalmente na dentição decídua9. Os tratamentos endodônticos aparecem como segunda opção (MIC e PQC 7,2% e CPI 3,4%), seguidos da prescrição medicamentosa 2,6%, restaurações 2,5% e outros procedimentos 10,9%. Estes resultados se assemelham com outro estudo, onde a principal forma de tratamento foi a exodontia (33%)12.

As exodontias, infelizmente, ainda têm sido o tratamento mais prevalente das populações carentes que não têm acesso ao tratamento odontológico convencional e, mesmo com a abertura de tantos cursos de odontologia e campanhas de prevenção com repercussão nacional4, estes ainda são insuficientes para atender toda a população, que na maioria das vezes procuram estes serviços já em situação de doença e para tratamentos curativos. Assim, apesar do grande número de dentistas, a população em sua maioria é carente financeiramente, o que leva a procurar o atendimento odontológico em clínicas populares e em faculdades, quando as condições de saúde bucal apresentam-se precárias, havendo a predominância de dentes totalmente comprometidos, nos quais o único tratamento possível é a exodontia.

 

CONCLUSÃO

As crianças atendidas no setor de Urgência e Emergência do Centro Universitário do Pará - CESUPA, pertencem em sua maioria ao gênero masculino, compreendidas pela faixa etária de 7 a 12 anos. O principal motivo da procura ao atendimento, foi a dor, sendo esta provocada em sua maioria pela lesão de cárie, acometendo principalmente a fase de dentição mista. Quanto ao tratamento, a exodontia foi o mais realizado. Baseado nestes dados é possível concluir que a cárie é a principal ocorrência de atendimento.

 

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