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Odontologia Clínico-Científica (Online)

versão On-line ISSN 1677-3888

Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.9 no.3 Recife Set. 2010

 

ARTIGO DE REVISÃO REVIEW ARTICIE

 

Inter-relação padrão de aleitamento e hábitos de sucção não nutritivos

 

Interrelation between feeding and non nutritive habits

 

 

Alexandra Mussolino de QueirozI; Francisco Wanderley Garcia de Paula e SilvaII; Maria Cristina BorsattoIII; Paulo Nelson FilhoIV; Léa Assed Bezerra da SilvaIV; Kranya Victoria Díaz-SerranoI

IProfessora Doutora do Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
IIAluno do Curso de Pós-Graduação em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
IIIProfessora Associada do Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
IVProfessor Titular do Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Pesquisas recentes mostram que a relação padrão de aleitamento e a presença de hábitos de sucção não nutritivos em crianças é um assunto relevante e controverso. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho é o de relatar as publicações mais recentes acerca deste tópico e discutir os aspectos positivos e negativos desta inter-relação.

Descritores: Padrão de Aleitamento; Hábitos de Sucção não Nutritivos; Crianças.


ABSTRACT

Current researches have been focused on the relationship between feeding and presence of non nutritive habits in children. The aim of this literature review is to describe the most relevant published papers in this and discuss about the positive and negative aspects of this interrelation.

Keywords: feeding, non nutritive suction habits, children..


 

 

INTRODUÇÃO

A sucção é a primeira atividade muscular coordenada da criança e um comportamento fundamental para a sobrevivência do recém-nascido, tanto que tudo que entra em contato com os seus lábios provoca nele estímulo de sucção, em virtude de este ser um reflexo inato ao ser humano1.

Os hábitos bucais são padrões de contração muscular aprendidos, de natureza complexa e que, com a constância e repetição, se tornam inconscientes 2, 3. Os hábitos bucais de sucção podem ser divididos em hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos. Dentre os hábitos de sucção não nutritivos, estão: a sucção de chupetas, os dedos, os lábios, a língua, as bochechas e os objetos 4, 5.

A sucção de chupetas e dedos parece ter a capacidade de interferir com o aleitamento materno 6. O uso da chupeta no período logo após o nascimento, quando a criança está aprendendo a sugar o seio, pode interferir com a capacidade de sucção e gerar a chamada confusão de bicos 7.

Outros estudos demonstraram a associação entre o uso da chupeta e a diminuição do período de aleitamento materno8-10. Esses resultados concorreram para as recomendações da OMS e UNICEF em termos de se evitar o uso de chupetas11.

Entretanto outros autores acreditam que não existe uma clara relação entre o uso da chupeta e a redução do aleitamento materno, considerando que o uso da chupeta é um sinaliza-dor de dificuldades e diminuição da motivação materna para amamentar 6, 12-16. Outros fatores, além do uso da chupeta, tais como fatores comportamentais e psicológicos, são importantes predictores da duração do aleitamento materno, podendo-se destacar entre eles: a intenção da mãe em amamentar e o fato de a mãe ser fumante, pois, em função de fatores psicológicos, são menos propensas a amamentar17; a presença de sintomas depressivos e a necessidade de retornar à escola ou ao trabalho18 e a percepção materna quanto a sua capacidade de produzir leite e, consequentemente, sobre a necessidade de alimentação suplementar19.

Algumas pesquisas recentes20, 21 ainda mostram que a relação uso da chupeta/ desmame precoce não é conclusiva, sugerindo que os pais devam ser informados a respeito de seus potenciais riscos e benefícios, para, só depois, decidirem se irão oferecê-la ou não aos seus filhos.

Dessa forma, observa-se que o assunto é relevante e ainda controverso. Assim o objetivo deste trabalho é, por meio de revisão da literatura, o de descrever a inter-relação padrão de aleitamento e a presença de hábitos de sucção não nutritivos em crianças.

 

REVISÃO DA LITERATURA

1) Hábitos de sucção

Hábitos parafuncionais são padrões de contração muscular apreendidos, de natureza complexa, fixados pela personalidade da criança e que funcionam como refúgio, quando ela se sente só ou ameaçada. Os hábitos parafuncionais transmitem segurança e conforto, embora possam causar alterações estruturais e funcionais graves2.

Alguns fatores etiológicos responsáveis pelo aparecimento dos hábitos bucais incluem: conflitos familiares; pressão escolar; estresse das grandes cidades; irritações associadas à erupção dental; interferências oclusais; problemas respiratórios e posturais; fatores emocionais, tais como ciúme e rejeição; ausência da mãe devido ao fato de ela trabalhar fora e aleitamento artificial3.

Os hábitos de sucção podem ser classificados como sendo do tipo nutritivo, que visa à obtenção de alimentos, ou não nutritivo. Dentre os não nutritivos, destacam-se a sucção de dedos e chupetas. Os problemas bucais decorrentes desses hábitos são a mordida aberta anterior, a inclinação vestibular dos incisivos superiores acompanhada de diastema entre eles, a retroinclinação dos incisivos inferiores, a maior incidência de traumas nos incisivos superiores devido à hipotonicidade labial superior e à inclinação aumentada dos dentes, a mordida cruzada posterior, o aumento da sobremordida, a redução da largura da arcada dentária em função da alta atividade muscular na região de molares durante a sucção, a interposição lingual, a alteração no padrão de deglutição e a alteração na articulação das palavras22. Os hábitos de sucção podem ser considerados normais ou fisiológicos até a faixa etária que compreende de 2 a 3 anos.

2) Inter-relação padrões de aleitamento e hábitos de sucção não nutritivos

Existem duas vertentes de opinião com relação a este assunto. Uma delas, a mais expressiva, acredita que a aquisição precoce de hábitos de sucção não nutritivos pelo bebê afeta o sucesso do aleitamento materno ou que, com o desmame precoce, a criança fique em débito de sucção e adquira hábitos de sucção não nutritivos como forma de compensação. A segunda vertente não evidencia relação entre padrão de aleitamento e aquisição de hábitos de sucção não nutritivos, sugerindo que fatores de cunho socioeconômico e cultural podem ter papel preponderante no que diz respeito à amamentação. Assim, iremos revisar o assunto proposto, abordando separadamente as duas possibilidades aventadas.

Inter-relação positiva entre padrões de aleitamento e hábitos de sucção não nutritivos

Em 1991, Legovic e Ostric23 realizaram um estudo com 214 crianças e verificaram que dentre as crianças que usaram chupeta, 31% nunca haviam sido amamentadas. Por outro lado, das crianças que não usaram chupeta, 58,8% foram amamentadas por, no mínimo, 3 meses. Entre as crianças que apresentavam o hábito de sucção digital, foi observado que 20,6% delas foram amamentadas durante 3 meses ou mais, e 13,1% foram alimentadas exclusivamente com mamadeira.

Ortega-Valdéz et al.24 estudaram 200 mães cubanas e seus respectivos filhos com um ano de idade e verificaram que existia uma forte relação entre o tempo de amamentação e os hábitos de sucção. Entre as crianças não amamentadas, 91% apresentavam hábitos, enquanto que entre crianças amamentadas por 6 meses ou mais, a ocorrência foi de 41%. Foi observada, ainda, uma forte relação entre tempo de amamentação e instabilidade psicológica, sendo que 82% das crianças classificadas como instáveis não haviam sido amamentadas.

De acordo com Ogaard et al. 25, a presença de hábitos bucais pode afetar o sucesso do aleitamento materno, podendo ocasionar o desmame precoce ou vice-versa, ou seja, com o desmame precoce a criança não supre suas necessidades de sucção e acaba adquirindo hábitos de sucção não-nutritiva, dentre eles, a sucção digital e o uso de chupeta.

Moresca e Feres 26 demonstraram uma relação direta entre o uso de mamadeira e a presença de hábitos bucais, sendo observado que, após o desmame, houve uma tendência do estabelecimento da sucção digital ou da chupeta.

Em 1995, Rebêlo e Grinfeld27, após a aplicação de questionário aos pais e exame clínico de 90 crianças de 3 a 7 anos de idade, verificaram que as crianças amamentadas no seio apresentavam baixos percentuais de hábitos de sucção e maloclusões, quando comparadas às alimentadas com mamadeira.

Serra-Negra et al.5, após avaliarem crianças de 3 a 5 anos de idade de creches de Belo Horizonte-MG/Brasil, constataram que 86,1% das crianças que não apresentavam hábitos deletérios foram amamentadas por, no mínimo, 6 meses. A relação entre hábitos bucais e maloclusões foi significante, sendo mais prevalentes as mordidas cruzada posterior e aberta anterior.

Ferreira e Toledo28, em um estudo realizado com 427 crianças entre 3 e 6 anos de idade, demonstraram que, quanto mais prolongado o período de aleitamento materno, menor a ocorrência de hábitos bucais nocivos, de hábitos de sucção, de respiração bucal e de bruxismo.

Aarts et al.29 analisaram a influência da sucção de dedo e de chupeta nos padrões de amamentação, na duração do aleitamento materno exclusivo e na duração total da amamentação e obtiveram como resultados que o uso frequente da chupeta, maior ou igual a 3 vezes em 24 horas, estava associado com o menor número de mamadas, menor duração de aleitamento materno exclusivo e com o menor período de amamentação. De acordo com os autores, os efeitos negativos da chupeta sobre a amamentação parecem estar relacionados com a frequência do uso, podendo, em casos de uso frequente, diminuir a duração do aleitamento materno exclusivo, mesmo entre mães altamente motivadas à amamentação.

Leite et al.30, após avaliarem 100 crianças, encontraram relação entre aleitamento misto ou artificial e a presença de hábitos de sucção não nutritivos, com destaque para a chupeta. Nas crianças com aleitamento misto ou artificial, foi verificado, também, um maior número de problemas ortodônticos, de problemas de ordem respiratória e de ordem alérgica. Em 2000, Forte et al.31, após avaliarem 180 crianças entre 3 e 6 anos de idade de Santa Catarina/Brasil, sugeriram que, para a prevenção da instalação de hábitos de sucção não nutritivos, deveria ser enfatizado que o aleitamento natural exclusivo se estendesse por períodos maiores que 4 meses.

Alarcón-Romero e Maturana32 avaliaram 128 pré-escolares chilenos e observaram que a sucção digital estava presente em 5,9% das crianças que foram amamentadas e em 14% das que não foram amamentadas. Com relação à chupeta, observaram seu uso em 32% das crianças que foram amamentadas e em 51% das que não foram amamentadas. Foi observada ainda a presença de problemas de oclusão em 33% das crianças que não foram amamentadas e em apenas 11% das que foram amamentadas. Os autores concluíram que a amamentação no seio evita os hábitos de sucção e, assim, protege as crianças dos problemas de oclusão, por permitir o correto desenvolvimento neuromuscular e esquelético do complexo craniofacial.

Baldrighi et al.33 avaliaram 180 crianças, de 4 a 6 anos de idade, de Bauru - SP/Brasil e observaram que a amamentação preveniu a ocorrência de hábitos bucais deletérios, principalmente quanto à sucção da chupeta, e diminuiu a incidência de alterações das funções estomatognáticas. Um estudo realizado em 2001, com 150 crianças com idades entre 1 ano e 7 anos constatou que as crianças amamentadas exclusivamente no peito, por, no mínimo, 6 meses, em sua maioria, não desenvolveram hábitos de sucção. E aquelas que o fizeram mantiveram os hábitos por um período mais curto, se comparadas com as crianças que não foram amamentadas34.

Praetzel et al. 35 relacionaram o tipo de aleitamento com o uso da chupeta em 82 bebês, entre 0 a 6 meses de idade, de Santa Maria - RS. Os resultados mostraram uma prevalência de bebês com aleitamento materno exclusivo de 36,95%, sendo que destes, 13,42% usaram chupeta, e 23,17% não usaram. Com aleitamento misto (até os 6 meses de idade) de 17,07%, sendo que destes 12,19% usaram chupeta, e 4,88% não usaram. Os autores concluíram que quanto maior o período de aleitamento no seio, menor o uso da chupeta e, ainda, que, em crianças aleitadas exclusivamente no seio, o uso da chupeta foi menor,quando comparadas com aquelas com aleitamento misto ou artificial.

Gorbe et al.36 investigaram a influência da chupeta e da introdução de fórmulas industrializadas na amamentação em 356 crianças sadias, aos 3 dias, 2 e 6 meses de idade. Ao final do segundo mês, 74% das mães amamentavam, e, ao final do sexto, 66%. Entre as 356 crianças, 220 usavam chupeta ao final do segundo mês. E, dentro deste grupo, 33% das crianças não eram alimentadas no seio. Dentre as mães que não deram chupetas para seus filhos, somente oito, 6%, pararam a amamentação aos 2 meses de idade.

Binns e Scott 37 estudaram o impacto do uso da chupeta na duração da amamentação entre 556 mulheres australianas. As mães foram entrevistadas no hospital e com 2, 6, 10, 14, 18 e 24 semanas após o parto ou até cessarem a amamentação. Com 2 semanas, 62% das crianças usavam chupeta e, com 6 semanas, esse número subiu para 78%. Crianças que usavam chupeta recebiam um número menor de mamadas por dia, nos diferentes períodos de tempo. Nesse estudo, o uso da chupeta, quando as crianças tinham duas semanas de idade, esteve associado à redução da amamentação aos 6 meses. A possível explicação para que o uso precoce da chupeta estivesse associado à redução do período da amamentação foi de que a redução do número de mamadas por dia poderia reduzir a estimulação do seio, e a mulher produziria menos leite. Os autores sugerem que, se a mãe pretende dar chupeta, esta deve ser introduzida tardiamente e usada com pouca frequência.

Levy et al.38 verificaram a associação entre chupeta, sucção digital, tipo de assistência à criança e desmame em 1387 crianças de Iowa (EUA). A porcentagem de mães que amamentavam com 6 semanas, 3 meses e 6 meses eram respectivamente de 46, 36 e 27%. A porcentagem usando chupeta foi de 81, 71 e 59%. Combinações de uso de chupeta e dedo nos vários níveis de cuidado com as crianças estavam associadas com o desmame, com o efeito, sendo mais forte para as crianças que usavam chupeta ou dedo, mas não tinham assistência domiciliar. Os autores concluem que a chupeta e o dedo influenciaram na cessação da amamentação, com os resultados dependendo do nível de assistência.

Um artigo publicado em 2003 procurou conhecer a opinião de diversos profissionais da área de saúde sobre a relação entre aleitamento natural e artificial e hábitos bucais. Os profissionais foram unânimes em afirmar que o aleitamento natural é a principal forma de prevenir a aquisição de hábitos deletérios39.

Pinto et al.40 estudaram os fatores sócio-econômicos e culturais relacionados ao uso da chupeta, em crianças de 0 a 4 anos de idade de Recife- PE/Brasil e verificaram a associação entre o aleitamento artificial e a sucção de chupeta. Embora 42% das mães relatassem que o uso da chupeta era prejudicial aos dentes, 82% permitiam seu uso. Ainda, a maioria das crianças que chupava chupeta tinha renda familiar inferior a 1 salário mínimo, e silenciar o choro foi o benefício mais atribuído ao seu uso pelas mães. Os autores concluíram que a introdução da chupeta é regida por uma diversidade de fatores sociais, econômicos e culturais. E, ainda, que, quando introduzida precocemente, parece satisfazer mais a comodidade dos pais que a real necessidade da criança.

Charchut et al.41, investigando os efeitos de métodos de alimentação infantil no desenvolvimento da oclusão na dentição decídua de 126 crianças, verificaram que a alimentação predominantemente com mamadeira nos primeiros 6 meses de idade estava associada ao desenvolvimento do hábito de sucção de chupeta. Crianças que usavam chupeta tinham mais tendência de desenvolver uma oclusão sem degrau mesial, um overjet maior que 3mm e mordida aberta. Crianças que chupavam dedo tinham mais tendência a desenvolver um overjet maior que 3mm. Na ausência de hábitos de sucção não nutritivos, crianças que eram predominantemente alimentadas com mamadeira, nos primeiros 6 meses de idade eram mais propensas a desenvolver sobremordida profunda.

Costa e Oreguna42 verificaram relação entre o modo de alimentação infantil e o hábito de sucção digital em 81 crianças entre 3 e 16 anos de idade que continuavam chupando dedo e comparou com um grupo semelhante, porém sem esse hábito. A duração da amamentação apresentou efeito significante no hábito. 79% das crianças que não chupavam o dedo tinham sido amamentadas por mais de 6 meses, enquanto, apenas, 43,2% dos que chupavam o dedo foram amamentados pela mesma duração. O hábito de sucção de dedo foi observado mais frequentemente em crianças com mães com alto grau de ocupação (53%). A maioria dos suctores de dedo tinha história de uso de chupeta.

Sousa et al.9 relacionaram a presença de maloclusão dental, hábitos bucais e forma e período de aleitamento materno. Em 126 crianças de 2 a 6 anos de idade de João Pessoa – PB, foi observado que a duração insuficiente do aleitamento natural estava associada à presença de hábitos de sucção persistentes (sucção de chupeta em 49,65% e de dedo em 16,78%, onicofagia em 15,38% e morder objetos em 18,18%) e que os hábitos estudados estavam associados com a presença de maloclusão.

Tomita et al.10, avaliando a relação entre tempo de aleitamento materno, hábitos bucais e maloclusão em crianças, com idade entre 3 e 5 anos, verificaram que, na maioria das crianças, o desmame ocorreu antes dos 6 meses de idade (39,4%) e que houve associação entre idade do desmame e sucção de chupeta. O hábito mais frequente foi o da mamadeira (67,7%), porém a chupeta foi o único hábito relacionado à presença de problemas oclusais (mordida aberta e cruzada).

Batista et al.43 estudaram o perfil dos pediatras de Sergipe/Brasil quanto à relação entre aleitamento e aquisição de hábitos de sucção e destes com o desenvolvimento psicológico e o aparecimento de deformidades dento-faciais em crianças. Foi verificado que 95% concordaram que existia relação entre aleitamento artificial e hábitos de sucção não nutritivos, 97% concordaram que hábitos de sucção não nutritivos poderiam estar relacionados com necessidades psicológicas, 40% acreditavam que esses hábitos não deveriam estar presentes em idade alguma, e 46% os consideravam normais até os 2 anos de idade. Ainda 100% dos pediatras acreditavam na associação entre hábitos de sucção e o aparecimento de deformidades dento-faciais.

Valdrighi et al.44 avaliaram 194 relatórios de bebês atendidos na Unidade Básica de Saúde de Cambé - PR/Brasil, com idade variando entre 8 e 30 meses, com o intuito de verificar a associação entre aleitamento materno e hábitos deletérios (dedo e chupeta). Os resultados permitiram concluir que 82% dos bebês receberam aleitamento materno, sendo que destes, 53% o receberam por mais de 6 meses de idade. Dos bebês que receberam aleitamento materno por mais de 6 meses de idade, 66% não possuíam hábitos deletérios, sendo por conseguinte a tendência de desenvolver uma maloclusão pequena. Entre os bebês que não receberam aleitamento materno, apenas 15% não possuíam hábitos deletérios.

Viggiano et al.45 verificaram o efeito do tipo de aleitamento e dos hábitos de sucção não nutritivos na oclusão dos dentes decíduos de 1130 crianças, com idade de 3 a 5 anos. Concluíram que os hábitos de sucção não nutritivos influenciaram mais que o tipo de aleitamento nos problemas de oclusão e principalmente de mordida aberta, quadruplicando o risco, na dentição decídua. Crianças com hábitos de sucção não nutritivos e sendo alimentadas com mamadeira tinham mais que o dobro de risco de apresentarem mordida cruzada posterior. A alimentação no seio mostrou um papel protetor no desenvolvimento de mordida cruzada posterior na dentição decídua.

Heringer et al.46 investigaram a influência do tempo de amamentação natural e da ausência desta no desenvolvimento de hábitos bucais (chupeta, mamadeira e dedo), após a aplicação de um questionário aos pais de 200 crianças com idade variando entre 5 e 7 anos. Verificaram que crianças sob amamentação natural por mais de 6 meses não apresentavam hábito de sucção da chupeta, mas apresentavam hábitos de sucção de dedo e uso da mamadeira.

Cunha et al.8 examinaram a associação entre o uso da chupeta e o desmame precoce em crianças no 1º e 6º mês de idade, morando em uma região com altos índices de mortalidade de Fortaleza (Brasil) e nascidas com menos de 3 quilos. Os autores verificaram que o uso da chupeta estava relacionado com o desmame precoce nos dois intervalos de tempo avaliados. Crianças usando chupetas pararam a amamentação no seio aproximadamente duas vezes mais cedo que as que não usavam, quando avaliadas com seis meses de idade, podendo o uso da chupeta funcionar como um marcador de crianças em risco de serem desmamadas precocemente.

Nelson et al. 47, em um estudo multicêntrico, envolvendo 17 países, com respeito à amamentação, sucção de chupeta e síndrome da morte súbita, verificaram que o uso da chupeta estava associado à diminuição do período de amamentação no seio, sendo notado um efeito dose dependente. A amamentação no seio ainda era influenciada negativamente por múltiplos nascimentos e pelo fato de a mãe ser fumante. A intenção de amamentar, o fato de a criança dormir na cama da mãe e de a mãe ter recebido orientação educacional sobre os benefícios do aleitamento materno eram indicadores positivos para a amamentação no seio. Os autores concluem que, embora o uso da chupeta influencie negativamente no período de amamentação no seio, sua capacidade de proteger contra a morte súbita (50%) deve ser levada em consideração e discutida com os pais.

Silveira e Lamounier48 estudaram os possíveis fatores associados à redução da duração do aleitamento materno em três municípios na região do alto do Jequitinhonha – MG/ Brasil e verificaram que três variáveis foram associadas com a redução na duração deste, sendo elas escolaridade paterna maior ou igual ao segundo grau completo, pai não residindo com a criança e principalmente o uso de chupeta.

Inter-relação negativa entre padrões de aleitamento e hábitos de sucção não nutritivos

Em 1967, Popovich49 observou maior número de crianças com hábitos de sucção entre aquelas que receberam exclusivamente amamentação natural, provavelmente devido ao tempo de aleitamento quando artificial ou misto ser mais prolongado que o de amamentação natural exclusiva, permitindo a satisfação do instinto de sucção por mais tempo.

O estudo de Zadik et al. em 1977 50 avaliou a prevalência da sucção de dedos e chupetas em 333 crianças. Uma relação inversa foi encontrada entre a sucção de dedos e chupetas, podendo, segundo os autores, ser a chupeta um substituto para a sucção digital. Nenhuma associação foi encontrada entre os hábitos de sucção e a duração da amamentação. A prevalência de sucção foi maior entre os filhos únicos.

No Brasil, estudo de Victora et al.16, com 650 pares mãe-filho, encontrou associação entre o uso de chupetas e o menor tempo de aleitamento materno apenas entre aquelas mães que estavam desconfortáveis com o ato de amamentar, ou seja, as mães que pretendiam desmamar usavam a chupeta para tirar a criança do peito. A maioria das mães relatou, ainda, usar a chupeta para controlar o intervalo entre as mamadas.

Vadiakas et al.51 avaliaram 600 crianças gregas, com idade entre 3 e 5 anos e encontraram como resultado que as crianças em idade pré-escolar descontinuaram a sucção de chupeta antes da sucção do dedo. O uso da chupeta mostrou um efeito preventivo contra a sucção do dedo, pois somente 2% da amostra examinada praticavam os dois hábitos. A amamentação no seio não estava associada a hábitos de sucção, e longos períodos de aleitamento na mamadeira estavam relacionados à diminuição da sucção de dedo e chupeta.

Ullah e Griffiths15 realizaram um estudo com o intuito de verificar se o uso da chupeta realmente diminui o tempo de amamentação. Por meio de pesquisas em diversas bases de dados e, após a aplicação de critérios de inclusão, concluíram que permanece incerto, se a chupeta é um fator causal, independente na redução da duração da amamentação em crianças.

Mendes et al.6 avaliaram a relação entre os tipos e o tempo de aleitamento com a etiologia dos hábitos bucais deletérios (sucção digital e de chupeta, interposição lingual, respiração bucal, bruxismo, onicofagia, hábitos posturais e de morder lábios e objetos) e as maloclusões (protrusão, sobremordida, mordida aberta e cruzada) em 112 crianças, de 3 a 6 anos de idade, com dentição decídua completa de João Pessoa – PB/ Brasil. Os resultados demonstraram que todos os pacientes amamentados por um período inferior a 24 meses e 96,87% dos alimentados artificialmente desenvolveram hábitos. Apenas 4 crianças não desenvolveram nenhum hábito A sucção de chupeta constituiu o hábito mais prevalente (65,4%). Foi detectada a presença de maloclusão em 89,28% das crianças, sendo que destas 77,7% receberam alimentação artificial. Concluiu-se que na amostra avaliada não foi observada relação entre tipos de aleitamento com o desenvolvimento dos hábitos bucais deletérios em adição das maloclusões avaliadas.

Pereira et al.14 verificaram se existia associação entre o período de amamentação natural, a instituição de maus hábitos bucais e a presença de maloclusão em 105 crianças com idade de 3 a 5 anos. Durante a avaliação de oclusão, foi verificada a existência de sobremordida, overjet, mordida cruzada posterior e apinhamentos dentais. A prevalência de maloclusão foi de 70,85%. O período de amamentação não apresentou associação com a instituição de maus hábitos bucais e a presença de maloclusão. Nas crianças que usaram chupeta acima dos dois anos de idade, o risco de desenvolver maloclusão foi de 8,27 vezes maior, sendo o uso da chupeta e o da mamadeira os únicos maus hábitos com associação estatisticamente significante com a maloclusão.

Heringer et al.46 investigaram a influência do tempo de amamentação natural e da ausência desta no desenvolvimento de hábitos bucais (chupeta, mamadeira e dedo), sendo para tal aplicado um questionário aos pais de 200 crianças com idade entre 5 e 7 anos. Foi verificado que o tempo de amamentação natural por mais de 6 meses foi relevante apenas em relação à prevalência do uso da chupeta, mas não em relação aos hábitos de sucção de dedo e uso de mamadeira.

Como os hábitos de sucção não nutritivos poderiam contribuir para o desmame precoce?

As explicações encontradas na literatura referem-se aos fatos de:

o mecanismo de sucção dos bicos artificiais ser completamente diferente do mecanismo de sucção do bico do seio materno30; que quando a chupeta é oferecida à criança logo após o nascimento, enquanto ela ainda não aprendeu a sugar o seio, esta poderia ocasionar a chamada confusão de bicos ou confusão de sucção, a qual tornaria a técnica de sucção do seio ineficiente14; que quando o aleitamento materno é substituído por chupeta ou mamadeiras, o bebê pode se desinteressar pela sucção do seio materno46; que a chupeta provavelmente é utilizada para acalmar a criança ao invés de tentar acalmá-la com o seio, isto então reduziria a estimulação do seio oriunda da sucção, ou seja, reduziria a frequência das mamadas, o que resultaria numa menor quantidade de estímulo, chegando à hipófise e a consequente menor produção de prolactina, que culminaria numa gradual redução na produção de leite29, 52.

 

CONCLUSÃO

De acordo com a literatura revisada com respeito ao tema inter-relação entre padrão de aleitamento e presença de hábitos não nutritivos em crianças (38 artigos), a maioria dos trabalhos de pesquisa demonstrou que a amamentação por período de tempo prolongado e em livre demanda está associada à menor prevalência de hábitos de sucção não nutritivos em crianças e que a presença de hábitos de sucção não nutritivos pode ocasionar o desmame precoce (29 artigos). Poucos trabalhos de pesquisa (9 artigos) não observaram relação entre amamentação e presença de hábitos de sucção não nutritivos.

 

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Endereço para correspondência
Profa. Dra. Alexandra Mussolino de Queiroz
Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/Universidade de São Paulo
Avenida do Café, s/n - Ribeirão Preto – SP/Brasil
CEP: 14040-904
e-mail: amqueiroz@forp.usp.br

Recebido para publicação: 16/09/09
Aceito para publicação: 21/12/09