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Odontologia Clínico-Científica (Online)

versão On-line ISSN 1677-3888

Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.11 no.2 Recife Abr./Jun. 2012

 

Editorial

 

Integração?!

 

 

A Odontologia inicialmente era exercida ao ar livre, em qualquer local onde estivesse o indivíduo com necessidade de assistência odontológica. Assim, com o desenvolvimento científico, profissionalização, foi ocorrendo a segregação e o isolamento desse profissional e, por que não dizer, distanciamento tanto de outros profissionais de saúde quanto da própria população.

Com os avanços técnicos/científicos e melhor entendimento dos adoecimentos e suas inter-relações psicológicas, sociais, econômicas e biológicas, percebe-se que a integração é fundamental, e, desse modo, a Odontologia sofre com a sua própria identificação e com a busca de seu reconhecimento junto a outros profissionais, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos,entre outros.

Os avanços nos materiais (estética, resistência, dureza, biocompatibilidade) e nas técnicas (menos invasivas, indolores, rápidas) são rápidos e extremos, como: o uso do laser, do microscópio, mas a relação pessoa-pessoa é fundamental, sendo exigida cada vez mais.

Na atual realidade social e econômica, voltamos à fase de adaptação ao local onde o indivíduo necessita de assistência odontológica, com um novo-velho modelo de prestação de serviços, em domicílio ou em hospital de um modo mais amplo, ou seja, independente do ambiente do consultório odontológico e, mais ainda, integrado com outros profissionais, visando ao restabelecimento geral do indivíduo.

Vivemos a época da prevenção e, em especial, da promoção à saúde, além do diagnóstico correto, visando ao tratamento adequado em tempo hábil, sendo-nos exigida mais qualidade, menos dor, maior rapidez e acessibilidade para todos. A despeito das dezenove especialidades existentes, exige-se uma formação clínica de excelência.

Há um novo desafio na profissão, mas o primeiro passo é a autoidentificação e o reconhecimento como profissão de saúde integrada às demais áreas, inclusive além da área da saúde, a da educação, engenharia, economia, direito, pois todos interferem positiva ou negativamente, favorecendo o status de saúde ou o adoecimento populacional.

Urge que ampliemos nossa visão e nossos conhecimentos técnico-científicos como profissionais de saúde e cidadãos integrados e integrando o todo, que é o indivíduo, a população, o mundo.

 

Aurora Karla L. Vidal
Editora Científica