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Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial

versão On-line ISSN 1808-5210

Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.11 no.2 Camaragibe Abr./Jun. 2011

 

Editorial

 

EDUCAÇÃO CONTINUADA: UMA NECESSIDADE

 

 

A formação continuada de docentes é um tema complexo que requer, para sua compreensão, um olhar crítico e domínio consistente nos processos ensino-aprendizagem, vislumbrando que as mudanças educacionais contemporâneas são de cunho filosófico, metodológico, político e sociológico, exigindo, portanto, uma postura dialética frente ao conhecimento; a compreensão de processos cognitivos e metaco gnitivos; domínio do conceito de competência e sua construção no âmbito universitário, entre outras exigências.

Investir no profissional docente é preponderante no que tange à qualidade da educação, pois “a qualidade da educação depende, em primeiro lugar, da qualidade do professor” (DEMO, 2002, p.72). Então, cabe ao professor a responsabilidade de formar profissionais de tal ordem que, torna-se fundamental sua boa formação. Nesse intuito, entende-se que, mais do que qualquer outro trabalhador, a sociedade demanda do professor uma “formação primorosa”. E, nesse contexto, antes de falar em formação continuada, necessário se faz, refletir na formação inicial do docente, posto que se constitui não apenas o pré-requisito legal para o exercício da profissão, mas também o substrato sobre o qual é constituída toda a sua carreira.

Ressalta-se que a própria precariedade dos cursos de graduação no Brasil, já implica(ria) a necessidade de uma via de compensação/complementação. Entretanto, Ribeiro apud Marques (2000, p.207) atesta que “a educação continuada (...) não pode entender-se apenas como reparo a uma inadequada preparação anterior”, pois, independentemente da qualidade da sua formação inicial, é mister que o professor dê prosseguimento a sua formação, já que é inaceitável a idéia de que, em algum momento, possa ela ser considerada completa e esgotada.

O caráter antagônico de opiniões sobre formação inicial e formação continuada é acirrado. Entretanto, é inquestionável que cabe à formação continuada sua adequação às novas necessidades, aos novos conhecimentos. Mais que isso, a formação continuada é o cerne da inteligência; do aprender a aprender; e da verdadeira práxis docente.

 

Professora Maria do Socorro Orestes Cardoso

Universidade de Pernambuco