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    Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial

      ISSN 1808-5210

    Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. vol.13 no.2 Camaragibe abr./jun. 2013

     

    Editorial

     

    Pós-graduação em Odontologia: Novas dimensões para o século XXI

     

     

    A criação da primeira faculdade de Odontologia do Brasil no final do século XIX (1884) representou um grande avanço para nossa sociedade. Dados oficiais apresentados em 2010 apontavam a formação de 9000 novos cirurgiões dentistas a cada ano, existindo 17.818 equipes de Saúde Bucal implantadas no sistema DA TASUS.

    Paralelamente ao crescimento e reconhecimento da profissão, surgem os cursos para pós graduação pelo país, colocando a Odontologia em um nova perspectiva mundial. Entre 1996-2009, o Brasil já ocupava a posição de 4º país em produção científica nesta área, ficando atrás somente para Estados Unidos, Japão e Reino Unido. Uma análise da plataforma lattes em dezembro de 2012 revelou que existem 2.737 doutores em Odontologia, equivalendo na região Sudeste a 1.84 para cada 100 mil habitantes.

    O crescimento científico conquistou grandes dimensões nos últimos anos, somente em 2012 foram 1.484 publicações envolvendo "dentistry" e "Brazil" no Pubmed/Medline, uma das bases mais respeitadas na Medicina. O crescimento de publicações a partir de 2007 é exponencial, conforme pode ser visto no gráfico 1. Além disto, o crescimento de programas de pós-graduação stricto sensus e latos sensus é muito expressivo nos últimos anos, atingindo a quantidade de 5.040 programas de pós graduação em 2012 em Odontologia,

     

     

     

    É importante destacar que existem desafios ainda, as revistas nacionais da área estão crescendo e melhorando os métodos de avaliação gradualmente; as pesquisas em odontologia, hoje, contam com recursos e investimentos em todas as esferas do país, sendo distribuídas especialmente em revisões bibliográficas, pesquisas em humanos: pesquisas clínicas e, pesquisas laboratoriais In vitro e In Vivo, entretanto faltam grandes investimentos em estudos clínicos controlados e randomizados.

    Novas reflexões deverão ser feitas com relação ao impacto social de nossas produções, ainda há pouca visibilidade e poucas patentes depositadas pelo Brasil. Este é o melhor momento que vivemos na história da pesquisa em Odontologia uma vez que é crescente o reconhecimento internacional das pesquisas realizadas em nossa nação (sistema peer review), por fim o momento é oportuno para alicerçar novos projetos com financiamento estadual e federal pautando no desenvolvimento de estudos de elevada qualidade e, buscando atingir um novo impacto social neste país.

     

    Prof. Eduardo Piza Pellizzer, UNESP