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RGO.Revista Gaúcha de Odontologia (Online)

versão On-line ISSN 1981-8637

RGO, Rev. gaúch. odontol. (Online) vol.58 no.4 Porto Alegre Dez. 2010

 

ORIGINAL ORIGINAL

 

Degradação dos materiais restauradores utilizados em lesões cervicais não cariosas

 

Degradation of the restorative materials used in non-carious cervical lesions

 

 

Sheila Regina Maia BragaI; Narciso Garone NettoI; Júlia Maria Pavan SolerII; Maria Angela Pita SobralI,*

IUniversidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Dentística. Rua Prof. Lineu Prestes, 2227, 05508-900, São Paulo, SP, Brasil
IIUniversidade de São Paulo, Instituto de Matemática e Estatística. São Paulo, SP, Brasil

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o efeito de bebidas ácidas e da escovação em materiais utilizados em lesões cervicais não cariosas.
MÉTODOS: Três resinas compostas, um compômero e um cimento de ionômero resino-modificado foram testados. Para cada material, cinco espécimes foram imersos em uma das soluções teste (suco de laranja, coca-cola, uísque ou água destilada) por 10 dias a 37ºC. Em seguida, os espécimes foram submetidos à escovação (20000 ciclos, 200g de carga). O peso e a rugosidade superficial foram avaliados antes e após a imersão nas soluções e escovação. Os dados foram analisados pela ANOVA/Teste Tukey (p<0,05).
RESULTADOS: As imersões em suco de laranja e coca-cola seguida de escovação causaram significativamente maior perda de peso para o compômero e cimento de ionômero de vidro resino-modificado comparado às resinas compostas. O maior aumento de rugosidade superficial foi observado no cimento de ionômero de vidro resino-modificado após imersão em suco de laranja seguida de escovação.
CONCLUSÃO: A imersão em bebidas ácidas seguida de escovação causou degradação nos materiais restauradores avaliados, com perda de material e aumento na rugosidade superficial.

Termos de indexação: Abrasão dentária. Cimentos de ionômeros de vidro. Compômeros. Erosão dentária. Resinas compostas.


ABSTRACT

OBJECTIVE: Evaluate the effect of acidic beverages and brushing on the restorative materials used in non-carious cervical lesions.
METHODS: Three composite resins, one compomer and one resin-modified glass ionomer were tested. Five specimens of each material were immersed in each of the test solutions (orange juice, Coca-Cola, whisky and distilled water) for a 10-day period at 37ºC. Next, the specimens were brushed (20000 cycles with a load of 200g). Weight and surface roughness were measured before and after immersion and brushing. The data were analyzed by ANOVA/Tukey Test (p<0.05).
RESULTS: The compomer and resin-modified glass ionomer lost significantly more weight after immersion in orange juice and Coca-Cola followed by brushing than the composite resins. The resin-modified glass-ionomer presented the highest increase in surface roughness after orange juice immersion and brushing.
CONCLUSION: Immersion in acidic beverages followed by brushing degraded the restorative materials tested, causing loss of material and increased surface roughness.

Indexing terms: Tooth abrasion. Glass ionomer cements. Compomers. Tooth erosion. Composite resins.


 

 

INTRODUÇÃO

Em muitos países, a incidência de cárie tem diminuído substancialmente, mas os dentes têm desenvolvido outras lesões, como as lesões cervicais não cariosas1. A lesão cervical não cariosa forma-se pela perda de tecido duro dental, comumente observada nas superfícies vestibular e lingual na junção esmalte-cemento dos dentes2. As causas mais frequentes destas lesões são erosão, abrasão e trauma oclusal3. A erosão é a dissolução química da estrutura dental por ácidos, os quais podem ser intrínsecos (regurgitação do conteúdo estomacal, por exemplo) ou extrínsecos (presente na dieta ou no ambiente). A abrasão é o desgaste mecânico da estrutura dental causado pelo contato físico repetitivo (por exemplo, pela escovação com dentifrícios)4.

O tratamento para as lesões cervicais não cariosas varia do controle e aplicação de flúor à restauração, dependendo da severidade e sensibilidade da lesão5. O dentista deve considerar a restauração como alternativa de tratamento, visando interromper a progressão da lesão, fortalecer o remanescente dental, prevenir o acúmulo de placa e desenvolvimento de cárie e doença periodontal6.

Considerando a etiologia complexa e a morfologia destas lesões, nas quais as margens estão parte em esmalte e parte em dentina e cemento, escolher o material e técnica restauradora pode ser um desafio7. É importante que os materiais restauradores, em geral e mais especificamente os usados em lesões cervicais não cariosas, sejam capazes de resistir à degradação causada por substâncias ácidas e pela abrasão ocasionada pela escovação1.

Embora alguns estudos8-9 tenham determinado o efeito dos ácidos alimentares e da escovação sobre os materiais restauradores, o efeito destes fatores não foi amplamente investigado. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de bebidas ácidas e da escovação sobre o peso e a rugosidade superficial de materiais utilizados em lesões cervicais não cariosas.

 

MÉTODOS

Cinco materiais restauradores foram avaliados: três resinas compostas (uma microhíbrida, uma de micropartículas e uma flow), um compômero e um cimento de ionômero de vidro resino-modificado (Quadro 1).

Preparo dos corpos-de-prova

Os materiais foram manipulados de acordo com as instruções do fabricante e inseridos em um molde de poliuretano (10 mm de diâmetro e 4 mm de espessura) posicionado sobre uma tira matriz de poliéster. Após preenchimento do molde, outra tira matriz e uma lâmina de vidro foram posicionadas sobre a superfície do molde. A fotopolimerização foi realizada através da tira matriz, com um equipamento fotopolimerizador de luz emitida por lâmpada halólena (XL 3000, 3M, Dental Products, St. Paul, MN, USA) por sessenta segundos com intensidade de 600 mW/cm2, verificada por radiômetro (Curing Radiometer Model 100, Demetron Research Corporation, EUA). Vinte corpos-de-prova foram confeccionados de cada material.

Os corpos-de-prova foram removidos do molde e armazenados em água destilada por 24 horas a 37ºC. Em seguida, foi realizado o polimento com discos abrasivos de óxidos de alumínio (Sof Lex, 3M, Dental Products, St. Paul, MN, USA) em baixa rotação. Os corpos-de-prova foram imersos em água destilada a 37ºC por uma semana.

Avaliação inicial do peso

O peso foi determinado em uma balança analítica (AB204, Mettler Toledo, Suíça) com precisão de 0,001 gramas (g).

Os corpos-de-prova foram cuidadosamente secos com papel absorvente e mantidos imóveis em ambiente a 23ºC até que a massa não se alterasse mais que 0,01g.

Três medidas foram realizadas e a média foi considerada o peso inicial.

Avaliação inicial da rugosidade superficial

A rugosidade superficial foi avaliada utilizando equipamento com ponta avaliadora de 2µm (Surftest SJ 201-P, Mitutoyo Corporation, Kawasaki, Japão). A rugosidade superficial foi caracterizada pelo parâmetro Ra (rugosidade média), cut-off 0,25 mm, comprimento de leitura 1,25 mm.

Cinco traçados foram realizados em diferentes locais de cada corpo-de-prova e a média desses valores foi considerada a rugosidade inicial.

Protocolo de erosão

Cinco corpos-de-prova de cada material foram aleatoriamente submetidos a quatro bebidas diferentes: suco de laranja in natura (pH=3.5), refrigerante coca-cola (Coca-Cola Corporation, Ribeirão Preto, Brasil) (pH=2,6), uísque (White Horse Distillers, Glasglow, Escócia) (pH=4,1), água destilada (Probem, Catanduva, Brasil) (pH=7,3). Os valores de pH foram obtidos utilizando um medidor de pH (Quimis, Diadema, Brasil). Os corpos-de-prova foram imersos em 20 ml de cada bebida, por dez dias à 37ºC. As bebidas foram trocadas diariamente.

Protocolo de abrasão

Após o período de imersão, os corpos-de-prova foram submetidos à abrasão por escovação em uma máquina de escovação automática. Os corpos-de-prova quando imersos nas bebidas, uma das superfícies ficou em contato com a base do recipiente e a que foi polida em contato com o líquido, portanto, esta superfície foi submetida à escovação.

A escovação foi realizada durante 20 mil ciclos10 (movimentos de vai-e-vem da escova), carga de 200g11, com uma mistura pasta/água destilada (Colgate Palmolive - Divisão Kolynos do Brasil Ltda., Osasco, Brasil) na proporção de 1:2 em peso. Foram utilizadas escovas com cerdas macias (Colgate Palmolive - Divisão Kolynos do Brasil Ltda., Osasco, Brasil) que foram renovadas a cada 10.000 ciclos.

Após a abrasão, os corpos-de-prova foram lavados abundantemente em água corrente por dez minutos para remoção do dentifrício.

Avaliação final do peso e rugosidade superficial

As avaliações de peso e rugosidade superficial foram conduzidas de forma semelhante às avaliações iniciais.

A variação no peso foi calculada com a fórmula: PF (%) = (PF – PI) / PI x 100, onde PF (%) corresponde a variação em porcentagem do peso após a erosão e abrasão em relação ao inicial, PI é o peso inicial e PF é o peso final após erosão e abrasão.

A variação na rugosidade superficial foi determinada usando a diferença entre a rugosidade final e a inicial.

A amostra apresentou distribuição normal e homogênea, o que permitiu a utilização da Análise de Variância (ANOVA) para dois fatores de variação e o teste de Tukey para as comparações entre os grupos.

 

RESULTADOS

A ação das bebidas ácidas e da escovação no peso e rugosidade superficial foi material dependente.

A alteração de peso para as resinas compostas após erosão e abrasão foi semelhante, independente da bebida utilizada na imersão (p>0,05) (Tabela 1). O compômero e o cimento de ionômero de vidro resino-modificado apresentaram maiores alterações de peso em comparação às resinas compostas (p<0,05), após erosão em coca-cola e suco de laranja seguida de abrasão (Tabela 1).

Em relação à rugosidade superficial, todos os materiais tornaram-se mais rugosos após a erosão e abrasão, exceto a resina natural Flow após imersão em coca-cola seguida da abrasão, que se tornou ligeiramente mais lisa, mas não havendo diferença estatística em comparação com a imersão nas demais bebidas (Tabela 2).

O cimento de ionômero de vidro resino-modificado (Vitremer, 3M ESPE, St. Paul, USA) apresentou a maior alteração na rugosidade superficial após erosão e abrasão, independente da bebida utilizada para imersão, mas apresentando diferença estatisticamente significante apenas na imersão em coca-cola e suco de laranja.

 

DISCUSSÃO

Os materiais restauradores também estão sujeitos aos fatores etiológicos que causam as lesões cervicais não cariosas, como os baixos valores de pH na cavidade bucal e a abrasão pela escovação dental12. A resistência à degradação em ambiente bucal é essencial para a longevidade das restaurações, assim, é importante que os materiais restauradores usados em lesões cervicais não cariosas sejam capazes de resistir à degradação devido a ataques erosivos e abrasão de escovação13.

Entre os materiais estudados, a resina flow mostrou menores alterações no peso e rugosidade após erosão e abrasão. Resinas compostas flow geralmente apresentam tamanhos de partículas de carga entre 0,04 e 4µm. Quanto menor e mais homogênea as partículas, mais próximas elas estarão, reduzindo a quantidade de matriz orgânica exposta após a degradação da erosão e abrasão da escovação14, explicando as pequenas alterações de peso e rugosidade apresentadas pela resina flow aqui avaliada. Este resultado indica que a perda de partículas contribui não somente para a alteração no peso, mas também no aumento da rugosidade superficial15. Garcia et al.14 observaram em microscopia eletrônica de varredura, que resinas compostas flow, após ensaio de escovação, não apresentavam poros superficiais, demonstrando que as partículas de carga não apresentavam deslocamento durante o desgaste abrasivo. As resinas compostas flow apesar de possuírem quantidades de carga semelhantes aos compósitos de micro partículas apresentam a vantagem de não possuir os aglomerados pré-polimerizados característicos das resinas compostas de micro partículas, que muitas vezes se deslocam da matriz, resultando em irregularidades e maior rugosidade superficial. Entretanto, alguns estudos mostram que resinas flow têm propriedades mecânicas inferiores à das resinas microhíbridas e de micropartículas16-17.

O cimento de ionômero de vidro resino-modificado apresentou as maiores alterações de peso e rugosidade superficial. Tal comportamento pode ser resultado de um insuficiente elo entre a ligação cruzada da rede polialquenóide e correntes poliméricas aumentando sua susceptibilidade à degradação, particularmente em ambiente ácido18. Entretanto, Wang et al.19 não observaram alterações significativas na dure-za e módulo de elasticidade de cimento de ionômero de vidro resino-modificados imersos em solução desmineralizantes em comparação com a imersão em solução remineralizante.

Os cimentos de ionômero de vidro incorporam bolhas de ar durante a manipulação, estas introduzem porosidades junto com as partículas de carga que se expõe durante a abrasão, contribuindo para o aumento da rugosidade20. Clinicamente, tal rugosidade pode diminuir a resistência ao desgaste do material restaurador e tornar esta superfície significativamente mais propensa ao aumento da deposição de biofilme bacteriano, com consequente degradação superficial e infiltração marginal, podendo reduzir a longevidade da restauração21.

O compômero mostrou um comportamento intermediário entre as resinas compostas e cimento de ionômero de vidro resino-modificado. Compômeros apresentam reação do tipo ácido-base após a polimerização inicial que é dependente da água externa, isto sugere que o desenvolvimento de uma superfície rica em carboxilatos formada pela reação ácido-base absorve água e pode contribuir para a menor resistência ao desgaste destes materiais em comparação às resinas compostas22.

Materiais restauradores híbridos exibem pronunciada diversidade em suas características físicas e mecânicas. O compômero e o cimento de ionômero de vidro resino-modificado possuem qualidades superiores ao cimento de ionômero de vidro convencional, entretanto, eles permanecem inferiores às resinas compostas em características importantes como resistência ao desgaste e manutenção da lisura superficial23.

A coca-cola, seguida de escovação, foi a bebida ácida que menos causou alteração na rugosidade superficial da maioria dos materiais restauradores testados. Por outro lado, Franciscone et al.24 observaram que o desgaste de materiais restauradores submetidos a um desafio erosivo em coca-cola foi maior do que àqueles armazenados em saliva artificial. Hoje, bebidas as quais incluem ácido fosfórico, especialmente colas, são consumidas em grandes quantidades cotidianamente25. Apesar de apresentar o pH mais baixo dentre as bebidas aqui avaliadas, a coca-cola parece não ter efeito tão danoso sobre a superfície dos materiais quanto as outras bebidas ácidas. Como reportado por Lussi et al.26, o potencial erosivo de uma bebida ácida não depende exclusivamente de seu pH, mas também é fortemente influenciado pela titulação, pelas propriedades de quelação do ácido e sua frequência e duração de ingestão.

Segundo Geurtsen et al.27, a habilidade dos materiais em resistir à dissolução varia com a composição dos meios, e não simplesmente com o seu pH. Portanto, a presença de ácidos específicos como possivelmente o ácido cítrico do suco de laranja apresenta características deletérias não somente pelo baixo pH mas também por suas características de alta titulação28. A ação dos ácidos sobre os materiais resinosos estaria fundamentada na interação solvente-polímero. Os ácidos ao entrarem em contato com o polímero substituem as ligações secundárias entre as macromoléculas (pontes de hidrogênio) e diminuem a interação entre elas, fazendo com que uma molécula do polímero deixe de interagir com a outra e, com isso, ocorra a diminuição da dureza do material29.

Esta investigação sugere que processos similares de erosão e abrasão podem afetar clinicamente os materiais restauradores, pois o aumento no consumo de bebidas com baixo pH e a realização necessária da higiene bucal utilizando a escovação dental pode interferir na longevidade dos materiais. Desta forma, a durabilidade das restaurações é diretamente proporcional ao tipo de alimento ingerido, frequência e hábitos de higiene30.

Estudos in situ e avaliações clínicas devem ser feitas para sustentar estes resultados, pois o ambiente bucal apresen-ta características complexas que interferem no comporta-mento dos materiais e que são difíceis de serem reproduzidas em testes laboratoriais.

 

CONCLUSÃO

De acordo com a metodologia empregada e os resultados obtidos neste estudo, pôde-se concluir que a imersão em bebidas ácidas seguida de escovação causou degradação nos materiais restauradores avaliados, com perda de material e aumento na rugosidade superficial. As alterações de peso e rugosidade superficiais dos materiais testados variaram de acordo com o meio de imersão.

 

Agradecimentos

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), projeto 02/02003-2 e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

 

Colaboradores

Todos os autores colaboraram igualmente para elaboração deste manuscrito.

 

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Recebido em: 23/11/2008
Versão final reapresentada em: 21/5/2009
Aprovado em: 28/5/2009

 

 

* Correspondência para / Correspondence to: MAP SOBRAL. E-mail: <mapsobra@usp.br>