EDITORIAL / EDITORIAL

A profissão de cirurgião dentista requer, na maioria das vezes, extrema concentração e detalhismo, sem deixar de mencionar uma abrangente gama de conhecimentos técnicos e habilidades adquiridas por anos de formação. Entretanto, devido a longas e exaustivas jornadas de trabalho, o profissional muitas vezes acaba por exercer seu ofício de forma quase automática.

A saúde do paciente que antes era o objetivo primário do atendimento passa agora a ter um caráter secundário diante das atribuições do cotidiano. As consultas que antes eram detalhadas tornam-se sucintas e minimalistas. A história, motivação, e às vezes até aspectos importantes da saúde do paciente passam despercebidos, devido quase sempre a uma real necessidade de sobreviver e terminar mais um dia.

Por mais que a vida seja feita de momentos difíceis e questionamentos, aqueles que escolheram como profissão recuperar a saúde e o sorriso, devem lutar diariamente para não esquecer aquele sentimento idealista de seus primeiros anos de formação. O paciente deve ser sempre a engrenagem mestra, o qual deve ser atendido com todos os rigores do saber técnico mas, sem nunca esquecer o humanismo.

Um forte abraço,

Adelmo Cavalcanti Aragão Neto
Editor Científico - OCC

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