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Odontologia Clínico-Científica (Online)

On-line version ISSN 1677-3888

Odontol. Clín.-Cient. (Online) vol.15 n.2 Recife Apr./Jun. 2016

 

Relato de Caso/ Case Report

 

USO DE PRÓTESE PROVISÓRIA TIPO OVERLAY COMO RECURSO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS COM ALTERAÇÃO DA DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO

 

USE OF PROSTHESIS TYPE OVERLAY AS FUNCTIONAL ASSESSMENT FEATURE IN INDIVIDUALS WITH IMPAIRED VERTICAL DIMENSION OF OCCLUSION

 

Ana Carla Ferreira Carneiro RiosI; Katia Maria Gally da SilvaII; Rafael de Carvalho SampaioIII; Érica Alexsandra Vieira de CarvalhoIV; Siberia Ulisses ParenteV

 

I Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Professora Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana, Professora Mestre da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME)
II
Mestre em Odontologia e Saúde pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Prótese dentária pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Especialista em Odontologia do trabalho pela ABO, Professora mestre da União Metropolitana de Educação e Cultura
III
Graduado em Odontologia pela União Metropolitana de Educação e Cultura, Pós-graduando em Implantodontia pelo Instituto Prime de Ensino Personalizado
IV
Graduada em Odontologia pela União Metropolitana de Educação e Cultura, Pós-graduanda em Prótese dentária pelo Instituto Prime de Ensino Personalizado
V Graduada em Odontologia pela União Metropolitana de Educação e Cultura

Correspondência para:

 

 


 

RESUMO

Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) é a distância estabelecida entre os maxilares, medida entre dois pontos definidos na linha média facial, um no terço médio da face e outro no terço inferior da face, determinando uma linha reta quando dentes superiores e inferiores estão em contato em fechamento bucal máximo. Alterações na DVO resultam do desequilíbrio oclusal, em que o edentulismo parcial posterior e a atrição associada às parafunções bucais são apontados como fatores relevantes. O propósito deste trabalho é discutir a importância do uso de prótese parcial removível (PPR) tipo overlay provisória em indivíduos com alteração da DVO, como recurso de avaliação funcional na fase de adequação do sistema estomatognático, previamente a reabilitação estético-funcional definitiva. Realizou-se uma revisão de literatura dos últimos 10 anos nas bases de dados SCIELO, Pub Med e Bireme, associada a um relato de um caso clínico de um paciente com perda de suporte dentário posterior e atrição dos dentes anteriores. Verificou-se que a utilização de PPR provisória tipo overlay na reabilitação bucal dos indivíduos com redução da DVO se constitui um recurso terapêutico auxiliar no restabelecimento das funções alteradas, visando adaptação gradativa do paciente a uma nova relação maxilomandibular compatível tanto do ponto de vista funcional quanto estético.

Palavras-chave: Dimensão vertical, oclusão dentária, prótese parcial removível.


 

ABSTRACT

Vertical Dimension of Occlusion (DVO) is the distance established between the jaws, measured between two points defined in the facial midline, one in the midface and another in the lower third of the face, determining a straight line when upper teeth and below are in contact on high oral closure. Changes in DVO result of occlusal imbalance in the subsequent partial tooth loss and attrition associated with oral parafunctions are mentioned as relevant factors. The purpose of this paper is to discuss the importance of using removable partial denture (PRP) Interim overlay type in individuals with DVO change, such as functional assessment feature in the adaptation phase of the stomatognathic system, prior to final aesthetic and functional rehabilitation. It took place the last review of the literature 10 years in SCIELO databases, Pub Med and Bireme, and presented a case report of a patient with loss of posterior dental support and attrition of anterior teeth. It was found that the use of PRP provisional overlay type in oral rehabilitation of patients with reduced therapeutic DVO constitutes an aid in restoration of altered functions, aiming at the gradual adaptation of the patient a new compatible maxillomandibular relationship both from a functional point of view and aesthetic.

Keywords: Vertical dimension, dental oclusion, removable partial denture.


INTRODUÇÃO

No decorrer da vida, o sistema estomatognático passa por várias mudanças, que determinam alterações na forma e relacionamento dos dentes. Quando se associam a estas mudanças fisiológicas, patologias como, cárie, doença periodontal e outras oclusopatias vinculadas com interferências oclusais e parafunções bucais, ocorrem alterações na dimensão vertical de oclusão (DVO) principalmente com a diminuição da mesma, afetando a harmonia facial e as funções básicas bucais: fala, mastigação e deglutição1-3.

Assim, é imprescindível o restabelecimento da DVO, compatível com a estética e as funções bucais, ao se instituir uma nova relação maxilomandibular durante uma reabilitação bucal. Em certas circunstâncias, alguns cirurgiões dentistas instalam próteses repondo dentes ausentes, sem preocupar-se com a condição comprometida do sistema estomatognático. Nesses casos, com o passar do tempo ocorrem alterações nesse sistema resultando em iatrogenias de difícil resolução ou até mesmo irreversíveis2-4.

Durante tratamento de indivíduos com redução da DVO, a utilização de próteses provisórias constitui-se um recurso terapêutico auxiliar no restabelecimento das funções alteradas, visando adaptação gradativa do paciente a uma nova relação maxilomandibular compatível com as funções bucais e a estética facial2,5,6.

O propósito deste trabalho é relatar através de uma revisão de literatura os aspectos mais relevantes da importância do uso da prótese parcial removível provisória tipo overlay como recurso terapêutico de avaliação funcional em indivíduos com alterações na DVO, na fase de adequação do sistema estomatognático previamente a execução do tratamento definitivo, bem como apresentar um caso clínico ilustrando tal disfunção.

 

REVISÃO DE LITERATURA

Restabelecimento funcional

A oclusão funcional é determinada por um relacionamento maxilomandibular que permita a realização de todas as funções fisiológicas próprias do sistema estomatognático, preservando a saúde de suas estruturas constituintes. Um dos fatores relevantes na preservação da oclusão funcional é a manutenção da Dimensão Vertical (DV)3,6,7.

A Dimensão Vertical é a distância estabelecida da mandíbula em relação a maxila, medida entre dois pontos pré-definidos na linha media facial, um no terço médio da face e o outro no terço inferior da face determinando uma linha na posição vertical. Quando esta medida é estabelecida com o indivíduo na posição de Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) denomina-se Dimensão Vertical de Oclusão (DVO); quando esta aferição dar-se na posição de repouso, denomina-se Dimensão Vertical de Repouso (DVR)1-4,6.

Desse modo, é fundamental durante um tratamento reabilitador o restabelecimento da DVO associada ao estabelecimento das guias laterais e guia anterior, sem esquecer da proteção mútua entre os segmentos dentários posterior e anterior, devolvendo equilíbrio para oclusão funcional. Quando há alterações no mecanismo de proteção mútua, prejuízos funcionais podem ocorrer caracterizando uma condição de colapso oclusal, que resulta em sobrecarga mecânica nos dentes com subsequentes danos como desgastes da estrutura coronária, fraturas coronárias e/ou radiculares, reabsorções radiculares, além das alterações fisiopatológicas nos músculos, ligamentos e na articulação temporomandibular (ATM)2,3,6-8.

Por isso, a importância e a necessidade de se restabelecer a DVO de forma gradual, com o uso de próteses provisórias, oferecendo uma relação maxilomandibular adaptada e fisiologicamente estável, descartando a possibilidade do paciente não se adaptar a "nova DVO" após a reabilitação definitiva, dando previsibilidade a reabilitação bucal2,3,5,6.

Restabelecimento estético

As próteses provisórias auxiliam na construção da estética facial recuperando a autoestima afetada, por isso este requisito não pode ser negligenciado na etapa do planejamento reabilitador. Com as perdas ou desgastes dentários, a estética fica prejudicada, causando prejuízo social. Logo, uma das funções das próteses provisórias é auxiliar na reinserção social dos pacientes edêntulos2,6-8.

Durante o uso das próteses provisórias é possível verificar se a forma, cor e tamanho dos dentes estão adequados, permitindo também adequar a estética aos princípios de oclusão, verificar se os componentes protéticos escolhidos estão adequados e com boa funcionalidade, além de ajudar a prever se serão necessárias cirurgias adicionais como enxertos gengivais ou ósseos para favorecer uma estética mais harmônica. Enfim, permite experimentações onde é possível prever e aperfeiçoar a estética final. Emprega-se mais tempo de tratamento, contudo, se obtêm um resultado final mais satisfatório7,8,10,11.

Restabelecimento da condição periodontal

O planejamento reabilitador deve ser condizente com a condição periodontal apresentada. O uso de próteses provisórias bem confeccionadas e planejadas tem mostrado associação positiva não causando doenças periodontais11-13.

Todos os pacientes requerem controle de biofilme, instituição de programas de motivação para a manutenção da higiene bucal antes do tratamento e da confecção das próteses definitivas. A análise da condição da saúde periodontal é um ponto de fundamental importância na seleção dos dentes que servirão de apoio para as próteses parciais. O uso das próteses provisórias ajuda a controlar interferências oclusais, auxiliando no estabelecimento do prognóstico periodontal e servindo como contenção da condição periodontal, bem como na subsequente escolha dos pilares da prótese definitiva6,12,14.

DESENVOLVIMENTO

 

Metodologia

Para a revisão de literatura, foi feita pesquisa bibliográfica nas bases de dados SCIELO, PubMed e Bireme. Para seleção dos artigos foram utilizadas as palavras-chaves ou descritores: dimensão vertical, oclusão, prótese removível isoladamente e em conjunto a: reabilitação bucal, reabilitação com prótese removível. As palavras foram digitadas nas línguas inglesa e portuguesa.

Foram utilizadas referencias dos últimos 10 anos. Considerando essa delimitação, foram selecionados 27 artigos dentre os previamente identificados, sendo excluídos 7 por não condizerem sobre a temática proposta. Realizou-se fichamento posterior a leitura analítica com base nos seguintes critérios: restabelecimento funcional, restabelecimento estético e restabelecimento da condição periodontal com o uso de Prótese Parcial Removível (PPR) provisória tipo overlay.

Considerando o estabelecimento de um protocolo de atuação associado às práticas clínicas com as evidências cientificamente divulgadas, planejou-se um caso clínico para ilustrar a reabilitação provisória, destacando as etapas relevantes para avaliação da resposta do paciente ao restabelecimento da DVO, dentre elas: 1. Uso do front-plateau; 2. Averiguação da Dimensão Vertical de Repouso (DVR) e determinação de DVO terapêutica; 3. Reanatomização de dentes artificiais da PPR inferior em uso, estabelecendo suporte dentário posterior; 4. Confecção da PPR provisória tipo overlay; 5. Ajuste ocluso-estético-funcional com o uso da PPR provisória.

Para o desenvolvimento do caso clínico houve a autorização prévia da paciente através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este estudo foi desenvolvido sem utilização de recursos financeiros institucionais e/ou privados e o mesmo não apresentou qualquer vestígio de conflitos de interesses.

 

RELATO DE CASO CLÍNICO E DISCUSSÃO

Paciente do gênero feminino, 52 anos de idade, apresentou-se a Clínica Escola de Odontologia da UNIME, Lauro de Freitas-BA, queixando-se do desgaste excessivo dos dentes anteriores superiores e inferiores e das ausências dentárias. A mesma utilizava Prótese Parcial Removível (PPR) em ambas arcadas. Durante a anamnese a paciente relatou não apresentar problemas sistêmicos. Ao exame extra oral se averiguou sintomatologia dolorosa do lado direito em abertura de boca durante palpação da ATM, além do aprofundamento dos sulcos nasogenianos, invaginação dos lábios, ângulos nasolabiais reduzidos e anteriorização do mento. Durante o exame clínico intrabucal, observou-se desgastes excessivos dos dentes anterossuperiores com a perda da guia anterior, além de ausência dos elementos 14, 18, 22, 24, 28, 36, 37, 38, 46, 47 e 48. Notou-se desequilíbrio da oclusão compatível com colapso oclusal, o que também implicava no acentuado desgaste observado na face incisal de todos os dentes anterossuperiores e nos dentes da PPR em uso, características clínicas condizentes com redução da DVO (Figura 1).

 

 

 

Antes de iniciar a reabilitação protética foi realizada uma avaliação clínica e radiográfica do periodonto e durante as diversas etapas de ajuste interoclusal foram fornecidas instruções de higiene oral e das próteses, de maneira que o acumulo de biofilme ao redor dos dentes pilares e dos componentes das próteses fossem o mínimo possível - esses procedimentos são fundamentais e de grande importância para o sucesso do tratamento protético, visto que o mecanismo hidrodinâmico do periodonto de sustentação que transforma forças de pressão em tração, permitindo manter reabsorção e neoformação em equilíbrio, podendo ser modificado por fatores exógenos que podem desencadear forças oclusais traumáticas7,11,12,14,15.

A diminuição da DVO vinculou-se à instabilidade oclusal gerada por ausência de intercuspidação de dentes posteriores inferiores e à presença de hábitos parafuncionais, configurando assim os fatores etiológicos da disfunção do sistema estomatognático. Os danos ocasionados pela redução da DVO foram diversos, provocando problemas estéticos, fonéticos, dentários, periodontais e articulares3,5,6 (Figura 2).

 

 

 

As complicações clínicas decorrentes da alteração da DVO dificultam a reabilitação oral. Assim, optou-se pelo restabelecimento da DVO antes de qualquer procedimento restaurador definitivo, visto que a reabilitação bucal deve devolver além da estética facial, conforto neuromuscular e restabelecimento das funções modificadas2,4,15.

É aconselhável o restabelecimento da DVO de forma gradual, contudo, não existe um método cientifico único, eficaz e seguro para a determinação clínica da DVO - diversos estudos apontam técnicas e parâmetros variados, sem existir consenso quanto ao estabelecimento da DVO terapêutica e correlação entre os parâmetros da arquitetura facial após reabilitação bucal7-9,15.

Estes métodos incluem o uso da Posição Fisiológica do Repouso como parâmetro inicial, mensuração da DVR a partir da Posição de Repouso (PR) tomando como referência os pontos craniométricos registrados através da combinação de técnicas, além dos testes fonéticos, de deglutição e estéticos8,9.

No presente caso, o estabelecimento de uma relação maxilomandibular que promovesse relaxamento muscular e facilitasse a obtenção da PR foi considerado como ponto de partida confiável. Assim, iniciou-se o tratamento com a instalação de uma placa de mordida anterior (Front-Plateau) com o objetivo de eliminar temporariamente a informação nociceptiva das regiões periodontal, articular e da musculatura oral. Esse dispositivo interoclusal contribuiu para remover os contatos dos dentes posteriores e como consequência eliminação de deslize cêntrico e contatos prematuros, além de reposicionar os côndilos mandibulares em posição de conforto neuromuscular, constituindo-se um recurso auxiliar na determinação da DVR e a partir desta acercar-se da DVO terapêutica16,17.

Durante um mês a paciente teve acompanhamento semanal para ajuste do front-plateau. A determinação da quantidade do aumento da DVO foi avaliada usando-se os seguintes parâmetros: estética facial, conforto neuromuscular relatado a cada sessão de ajuste, testes fonéticos e funcionais respeitando o Espaço Funcional Livre (EFL). A determinação do EFL deu-se pela diferença entre a DVR e a DVO utilizando o front-plateau. Foi considerado EFL de 2mm3,6,16,18 (Figura 3).

 

 

 

Após alcançar condição de estabilidade neurofisiológica com o uso do front-plateau foi feita a reanatomização dos dentes artificiais da PPR inferior em uso na DVO estabelecida, respeitando a Curva de Spee. Depois foi confeccionada uma PPR provisória tipo overlay superior5,15,18.

A realização da PPR provisória com recobrimento coronário dos dentes desgastados constituiu-se em um recurso de avaliação funcional, previamente a execução do tratamento definitivo, proporcionando uma melhor distribuição das cargas mastigatorias aplicadas a dentição, melhoria na eficiência mastigatória e fonética, além de oferecer previsibilidade ao tratamento reabilitador ao nortear a obtenção futura de uma articulação maxilomandibular equilibrada nas próteses definitivas1-3,6,15,16. Destaca-se que em casos de alteração da DV onde ocorreu um desgaste acentuado dos elementos dentários, é indispensável o restabelecimento da nova condição de normalidade oclusal atrelado ao restabelecimento da DVO, através da utilização de prótese provisória ou de um dispositivo interoclusal até o paciente relatar conforto2,6,18.

Vale ressaltar que a utilização de PPR tipo overlay ofereceu condições estéticas relevantes para melhoria da autoestima da paciente (Figura 4).

 

 

 

A estética dental tem demonstrado relação com o comportamento do indivíduo, assim um sorriso atraente aumenta aceitação do indivíduo na sociedade, uma vez que melhora a impressão inicial no relacionamento interpessoal. Sendo a beleza subjetiva, o ser humano procura a partir de medidas comparativas estabelecidas com proporções, demonstrar harmonia estética8,10. O uso de proporções tem sido indicado para auxiliar o planejamento de tratamentos odontológicos estéticos6,8,19.

Clinicamente foram refinados os ajustes nos movimentos de abertura e fechamento mandibular em RC, estabelecendo guia de protusão e lateralidade esquerda e direita com desoclusão em guia canina a cada sessão (Figura 5). Os ajustes oclusais são de fundamental importância para a longevidade do tratamento uma vez que restabelece o equilíbrio oclusal.

 

 

 

A instalação das próteses provisórias propiciou o restabelecimento das funções bucais e consequentemente melhorou a capacidade mastigatória e fonética, ao mesmo tempo que favoreceu o direcionamento das forças mastigatórias para o longo eixo dos dentes, proporcionando uma relação intermaxilar mais favorável. O uso da prótese overlay com acompanhamento clínico possibilitou adaptação progressiva da paciente à DVO terapêutica, apresentando restauração estética e funcional. É licito destacar que a opção de executar próteses provisórias de fácil execução laboratorial e clínica com custos e tempo de tratamento relativamente curtos, sendo conservador e não invasivo, possibilitou atingir a expectativa da paciente através da melhoria do seu sorriso2,3,5 (Figura 6).

 

 

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na reabilitação bucal dos indivíduos com redução da dimensão vertical de oclusão, a utilização de prótese provisória removível tipo overlay se constitui um recurso terapêutico auxiliar no restabelecimento das funções bucais alteradas, por diminuição da DVO previamente a reabilitação bucal definitiva, oferecendo as seguintes vantagens: adaptação gradativa do paciente a uma nova relação maxilomandibular compatível com as funções bucais e conforto neuromuscular, melhoria estética em curto espaço de tempo promovendo reinserção social, previsibilidade estética e funcional para reabilitação bucal definitiva, além de atuar como terapia reversível e não dispendiosa para os pacientes com desgastes dentais severos.

 

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Correspondência para:
Ana Carla Ferreira Carneiro Rios
Endereço: Rua Arthur de Almeida Couto
Edifício de Jatiuca, Apartamento 1501
Vila Laura
CEP: 40270-100
e-mail: ana.rios@kroton.com.br

 

 

Recebido: 10/02/2016
Aceito: 02/09/2016