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IJD. International Journal of Dentistry

On-line version ISSN 1806-146X

IJD, Int. j. dent. vol.9 n.2 Recife Apr./Jun. 2010

 

ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE

 

Influência da experiência do operador na estabilidade primária de implantes com diferentes macro-geometrias - estudo in vitro

 

Influence of operador experience on primary stability of implants with different geometry - in vitro study

 

 

Fábio BezerraI; Érica Del Peloso RibeiroII; Sandro BittencourtII; Ariel LenharoIII

IPós-graduado em Periodontia USP-Bauru. Diretor Clínico do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas (INEPO)
IIDoutor em Clínica Odontológica, área de Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. Professor Adjunto do Curso de Odontologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
IIIDoutor em Implantodo ntia Unesp-Araçatuba. Diretor Científico do Instituto Nacional de Experimentos e Pesquisas Odontológicas (INEPO)

Correspondência

 

 


RESUMO

A estabilidade primária dos implantes está relacionada a fatores como sistema de fresagem, macro-geometria dos implantes, densidade óssea e experiência do operador. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi a avaliar a influência da experiência do o perador na obtenção da estabilidade primária de implantes com diferentes macro-geometrias. Foram utilizados dois tipos de implantes, um cilíndrico com rosca única incluído no grupo controle (Implantes Try-On, Sistema de Implante Nacio nal, Saulo, Brasil) e outro com conicidade apical e três tipos de roscas incluído no grupo teste (Implantes Unitite, Sistema de Implante Nacional, Saulo, Brasil). Os implantes foram instalados por 30 profissionais, 10 em cada categoria: sem experiência (nunca tinham colocado implante), pouca experiência (tinham instalado entre 1 e 50 implantes) e experientes (tinham mais de 50 implantes colocados). Cada profissional fez a instalação de dois implantes (um teste e um controle) em modelo de resina. Os parâmetros avaliados foram: tempo de fresagem, tempo de inserção, torque de inserção, frequência de ressonância e torque de remoção. A análise dos resultados permitiu a detecção de que os temp os de fresagem e inserção foram menores no grupo este e os torques de inserção e remoção foram maiores nesse grupo (p<0,05). Em relação à influência do operador foram observados valores maiores de tempo de fresagem, tempo de inserção e frequência de ressonância para categoria sem experiência. Pode-se então concluir que a macro-geometria do implante do grupo teste favoreceu a estabilidade primária do implante e reduziu o tempo de colocação desses implantes. Esse tempo também foi menor quanto mais experiente o profissional.

Palavras-chave: Osseointegração; Competência clínica; Implantes dentários


ABSTRACT

The primary stability of implants is associated with factors such as drilling, implant geometry, bone density and operator skills. The aim of the present study was to evaluate the influence of operator experience on drilling time and primary stability of implants with different geometry. It was used two types of implants, one cylindrical and with an unique thread (control group - Try-On implants, Sistema de Implante Nacional, Saulo , Brasil) and another tapered with three types of threads (test group - Unitite, Sistema de Implante Nacional, Saulo, Brasil). Implants were placed by 30 professionals, 10 in each category: no experience (had never placed an implant), low experience (had installed between 1 and 50 implants) and expert (had installed mo re than 50 implants). Each operator installed two implants (one test and one control) in a resin model. The parameters analyzed were: drilling time, insertion time, inserting torque, unscrewing torque and resonance frequency. As results it was detected that drilling and insertion time were lower in the test group and insertion and unscrewing torque were higher in this group (p<0,05). Regarding the influence of operator skill, was observed values statistically superior of drilling and insertion time and resonance frequency for the no experience category. Thus, it can be concluded that geometry of implants in the test group improved implant primary stability and reduced the drilling time. This time was also reduced with the increase in professional experience.

Key-words: Osseointegration; Clinical competence; dental implants


 

 

INTRODUÇÃO

A reabilitação oral utilizando implantes osseo integráveis é hoje uma das modalidades terapêuticas de maior sucesso na Odontologia, devido ao seu alto grau de previsibilidade clínica para diferentes tipos de edentulismo. Diante da sedimentação do conceito de osseo integração e os princípios biológicos que a norteiam, esforços têm se concentrado na redução do tempo de tratamento1. Nesse sentido, tem se destacado o estudo dos tipos de superfície de implante2, assim como sua macro-geometria3-5 como potenciais alterações que podem interferir positivamente no processo cicatricial.

Nesses estudos, a estabilidade primária dos implantes tem sido utilizada como indicador de futura osseointegração e é indicada como elemento chave do sucesso clínico. Essa estabilidade é influenciada por fatores relacionados a macro-geometria dos implantes e densidade óssea6. De acordo com esses autores são necessárias investigações para estabelecer o desenho de implante que melhor favoreça a osseointegração em diferentes qualidades ósseas.

Além disso, quando discutido o resultado da terapia com implantes, vários relatos ressaltam a importância da habilidade e experiência do operador7,8. Há inclusive a observação de que a taxa de falhas precoces de implantes de cirurgiões que haviam colocado menos de 50 implantes era quase duas vezes maior do que daqueles que haviam colocado 50 ou mais implantes9,10.

Diante da importância desse conhecimento e da evolução dos implantes dentais, o objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da experiência do operador na obtenção da estabilidade primária de implantes com diferentes macro-geometrias.

 

MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo foi conduzido no INEPO, Instituto de Ensino e Pesquisa em Odontologia (São Paulo, Brasil), utilizando 30 operadores divididos em três categorias: sem experiência (10 operadores que nunca tinham colocado implante); pouca experiência (10 operadores que já tinham entre 1 e 50 implantes colocados) e experientes (10 operadores que tinham mais de 50 implantes colocados).

Delineamento do estudo

Foram utilizados dois tipos de implantes com diferentes macro-geometrias, denominados Grupo Controle (Implantes Try-On, SIN - Sistema de Implante Nacional, São Paulo, Brasil) e Grupo Teste (Implantes Unitite, SIN - Sistema de Implante Nacional, São Paulo, Brasil), sendo instalados em mandíbulas edêntulas de poliuretano rígido (Nacional Ossos, São Paulo, Brasil).

O implante do grupo controle tem como características ter formato cilíndrico, com rosca única e perfil de corte triangular (Figura 1). Já o implante do grupo teste (Figura 2) tem formato cilíndrico com conicidade na sua porção apical, três tipos de rosca (micro-roscas na porção cervical, rosca externa e rosca interna) e perfil de corte quadrado. Todos os implantes utilizados foram de 4,0 milímetros de diâmetro e 10,0 milímetros de comprimento.

 

 

 

 

Cada profissional fez a instalação de dois implantes (um teste e um controle) no modelo de resina (Figuras 3 e 4). O número total de implantes instalados foi 50, sendo 02 implantes para cada categoria profissional (Figura 5).

 

 

 

 

 

 

Parâmetros analisados

As variáveis analisadas foram: tempo de fresagem, tempo de inserção, torque de inserção, freqüência de ressonância e torque de remoção. Os tempos de fresagem e instalação dos implantes foram cronometrados por avaliadores calibrados que consideraram somente o tempo ativo das fresas em contato com a mandíbula e a instalaçã o dos implantes. Para os dois grupos foram utilizadas as seqüências de fresagem recomendadas pelo fabricante. Os torques de inserçã o foram determinados pela utilização de um torquímetro cirúrgico calibrado (SIN - Sistema de Implante Nacional, São Paulo, SP, Brasil) com limite para torque de 80 N/cm, enquanto o torque de remoção foi aferido utilizando-se um torquímetro digital modelo BG1 (MARK-10, Copiague, NY, USA). A análise de freqüência de ressonância foi realizada com o aparelho Osstell (Osstell AB, Gotemburgo, Suécia).

Análise dos resultados

A análise de variância (ANOVA) foi o teste escolhido para comparação entre implantes e operadores, já que essas variáveis se apresentaram como quantitativas, com distribuição normal e variâncias homogêneas. O teste de Tukey foi feito para avaliar a significância estatística das diferenças observadas no ANOVA. As variáveis independentes eram implante, operador e repetição e as variáveis dependentes eram tempo de fresagem, tempo de inserção, torque de inserção, freqüência de ressonância e torque de remoção. Foi adotado um nível de significância de 5%.

 

RESULTADOS

Diferenças,  estatisticamente significantes, entre os implantes foram observadas para todos os parâmetros analisados, com exceção da análise da freqüência de ressonância. Os tempos de fresagem e inserção foram menores no grupo teste e os torques de inserção e remoção foram maiores nesse grupo (Tabela 1).

 

 

Dados agrupados pela ausência de interação entre os fatores tipo de implante e experiência do operador. * Indica diferença estatística entre os grupos (p<0,05).

Na comparação dos parâmetros entre as categorias de operadores, foram observados valores estatisticamente superiores nos tempos de fresagem, tempo de inserção e freqüência de ressonância para os profissionais sem experiência (Tabela 2).

 

 

Dados agrupados pela ausência de interação entre os fatores tipo de implante e experiência do operador. * Indica diferença estatística entre as categorias de experiência profissional (p<0,05)

 

DISCUSSÃO

A estabilidade do implante desempenha um papel crítico nas taxas de sucesso. Essa estabilidade primária, tem sido determinada por alguns autores pela medida do torque de inserção e/ou torque de remoção11,12. Para essas duas variáveis, os resultados do presente mostraram que maior estabilidade inicial foi conseguida com os implantes do grupo teste, independente da experiência profissional.

Essa maior estabilidade inicial dos implantes do grupo teste, verificada pelos maiores valores de torque de inserção e remoção, pode ser explicada por sua macro-geometria e sistema de fresagem. Merecem destaque a conicidade desse implante na sua porção mais apical e os três tipos de rosca. As micro-roscas devem aumentar a área de contato osso-implante e a existência de uma rosca interna e externa no corpo do implante deve influenciar o processo de reparo e osseointegração5. Em relação à conicidade, diversos autores têm demonstrado que ela aumenta a estabilidade inicial do implante e por isso implantes cônicos são bem indicados em regiões de menor densidade óssea13-15.

Outra maneira de aferir a estabilidade primária é por meio da análise de freqüência de ressonância. Essa análise é uma maneira prática e objetiva de medir a estabilidade do implante e osseointegração16. Além disso, é um método não-invasivo e que não causa danos à interface implante-osso, como pode acontecer clinicamente com a medição do torque de remoção. Nessa avaliação, não foi encontrada diferença entre os implantes, mesmo com maiores níveis de torque de inserção apresentados pelo grupo teste. Isso pode ser explicado pelo fato da macro-geometria deste implante gerar um contato parcial do mesmo com o tecido ósseo na porção cônica, criando câmaras para obtenção da ossificação intra-membranosa, diferentemente do grupo controle, onde existe um maior contato do implante com o tecido ósseo no momento da sua instalação. Apesar disso, os valores da análise de freqüência de ressonância do grupo teste não são inferiores ao do grupo controle, pois para essa avaliação a região marginal é a mais importante17.

A seqüência de fresagem e instalação dos implantes tem influência direta no tempo total do tratamento com implantes, sendo que, quanto mais obbetivo puder ser o procedimento, menor tempo será necessário para concluí-lo, o que gerará um menor trauma cirúrgico e conseqüente benefício no pós-operatório dos pacientes18. Dessa forma, o tempo de fresagem e instalação dos implantes do grupo teste foi 20,47 segundos menor do que o tempo dos implantes do grupo controle. Isso significa uma economia de tempo de 30,6%.

O tempo de colocação dos implantes (fresagem + inserção) foi também influenciado pela experiência do operador, de maneira que os profissionais experientes foram 37,9 segundos mais rápidos do que os profissionais sem nenhuma experiência. Isso pode explicar ao estudo que demonstrou que a dor experimentada pelo paciente após o procedimento cirúrgico para colocação de implantes dentais estava significativamente associada com a experiência do operador19.

Alguns estudos também tem demonstrado que outro fator associado ao desempenho dos implantes osseointegrados é a experiência do operador20. Preiskel et al.21 relataram maiores taxas de falhas no momento da reabertura de implantes colocados por cirurgiões em sua experiência inicial com a implantodontia, quando comparados à colegas com experiência de 2 anos ou mais. No presente estudo, apenas os dados da análise de freqüência de ressonância foram estatisticamente diferentes entre as categorias de operadores.

O conhecimento biológico relativo ao processo da osseointegração, associado ao domínio da técnica operatória e utilização de um sistema de implantes que influencie positivamente o tempo intra-operatório e a estabilidade primária obtida em difrentes densidades ósseas, pode aumentar os índices de previsibilidade de tratamento com implantes e simplificar os procedimentos cirúrgicos realizados em Implantodontia, elevando o seu índice de sucesso clínico e satisfaçã o dos pacientes em relação ao tratamento como um todo.

Conclusões:

Dentro dos limites deste estudo, podemos concluir que:

01. A macro-geometria do implante do grupo teste favoreceu a obtenção de estabilidade inicial e diminuiu o tempo de colocação do implante, independente do nível de experiência do operador,

02. A experiência do operador influenciou o tempo de colocação do implante e a estabilidade primária obtida, sendo que os profissionais com maior experiência tiveram um tempo menor de fresagem no grupo teste do que no grupo controle,

03. Estudos clínicos longitudinais controlados são necessários para comprovar os reais benefícios clínicos dos dados obtidos neste estudo.

 

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Correspondência:
Fábio Bezerra e Ariel Lenharo
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Telefone: 71-3358-2992
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Recebido em 03/03/2010
Aprovado em 24/03/2010